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sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Lição 9 - A Triunidade Divina - O Pai e o Filho em Perfeita Harmonia Eterna

 

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Nosso subsídio (comentário da lição) não é o mesmo conteúdo da revista Betel Dominical Adultos, é apenas um texto de auxílio complementar referente aos tópicos e subtópicos da lição

Introdução
Texto de Referência : 

João 5.19-20,22-23,26-27
19 - Mas Jesus respondeu, e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer ao Pai, porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente.
20 - Porque o Pai ama o Filho e mostra-lhe tudo o que faz; e ele lhe mostrará maiores obras do que estas, para que vos maravilheis.
22 - E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo.
23 - Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou.
26 - Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo.
27 - E deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do homem.

1 - O Amor do Pai é visto no Filho
Veremos nesse tópico que o amor do Pai se revela de forma concreta e suprema na pessoa e na obra de Jesus Cristo, o Filho.

O amor do Pai não é apenas sentimento, mas se expressa em ação, Ele entregou o Filho: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito" (João 3:16).

Jesus é a revelação visível do amor e do caráter do Pai: "Quem vê a mim, vê o Pai" (João 14:9)

O amor do Pai se manifesta na cruz, em Cristo: "Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores" (Romanos 5:8)

Jesus é a prova viva do amor divino: "Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele" (1João 4:9-10)

1.1 - O Filho Unigênito de Deus

Jesus o Unigênito
"E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória como do Filho unigênito do Pai" (João 1:14)
O título "Filho Unigênito" é riquíssimo de significado e, de fato, foi central na reflexão teológica da Igreja. Na tradução tradicional traz o sentido de "Único Gerado" ou "Unigênito" do grego "Monogenês" que não significa simplesmente "gerado biologicamente", mas sim: o único Filho, singular, sem igual, diferente de qualquer outro.

Porque Jesus é chamado de "Filho Unigênito" ?
(a) Jesus é o Filho em um sentido único, que ninguém mais compartilha
(b) Nós podemos ser chamados "filhos de Deus" por adoção (João 1:12; Romanos 8:15), mas só Jesus é o Filho Unigênito, porque só Ele tem a mesma essência do Pai.
(c) Jesus é o único, eterno, consubstancial ao Pai 
(d) "Filho Unigênito" não é sobre criação, mas sobre natureza divina única.

Jesus o Primogênito
"Ele é a imagem de Deus invisível, o primogênito de toda a criação" (Cl 1:15)
Alguns grupos interpretam esse versículo como se Jesus fosse uma "criatura" criada por Deus Pai. Mas, olhando o contexto e a linguagem usada por Paulo, o sentido é mais profundo:

1. "Imagem de Deus invisível"
Jesus é chamado de imagem (no grego eikón), ou seja, a perfeita expressão e revelação de Deus. Ele não é apenas parecido com Deus, mas a própria manifestação de quem Deus é (João 14:9 diz "quem me vê a mim, vê o Pai"). Isso mostra que Jesus é da mesma natureza do Pai, não uma criatura inferior.

2. "Primogênito de toda a criação"
O termo "Primogênito" não significa necessariamente "o primeiro a ser criado", pode indicar posição de supremacia, honra e autoridade.
(a) Em Êxodo 4:22, Israel foi chamado de "meu filho primogênito", contudo, não foi o primeiro povo a ser criado.
(b) Em Salmo 89:27, Deus chama Davi de "meu primogênito, o mais excelso dos reis da terra", mesmo que Davi não fosse o primeiro filho de Jessé.

3. O Contexto de Colossenses 1:15
O próprio texto continua explicando:
"Pois nEle foram criadas todas as coisas nos céus e na terra ... tudo foi criado por meio dEle e para Ele. Ele é antes de todas as coisas e que é nEle que tudo se mantém" (Cl 1:16-17).
Aqui fica evidente que Jesus não pode ser criatura, porque tudo foi criado por meio dEle. Se Ele fosse parte da criação, Paulo não poderia dizer que "todas as coisas" foram criadas por meio dEle.
Além disso, Paulo afirma que Jesus é antes de todas as coisas e que é nEle que tudo se mantém.

Conclusão
(1) "Primogênito da criação" não significa que Jesus foi criado, mas que Ele é o soberano sobre toda a criação, o herdeiro e Senhor dela.
(2) Jesus é eterno, preexistente e participante da obra da criação (João 1:1-3; Hebreus 1:2-3).
(3) Colossenses 1:15 afirma a supremacia e divindade de Cristo, não que Ele seja uma criatura.
(4) Jesus não é criatura do Pai, mas o Filho eterno, imagem perfeita de Deus e Senhor de toda a criação.

Tema de Debates Teológicos: Jesus Gerado ou Jesus Criado
Essa diferença entre Jesus "Gerado" e "Criado" foi um dos debates mais intensos da história da igreja, especialmente nos primeiros séculos do cristianismo.
Criado: significa que Jesus teve um início de existência, foi feito do nada pelo Pai, como todas as criaturas.
Gerado: significa no sentido teológico, que Jesus, o Filho, precede do Pai de maneira eterna, sem começo, compartilhando da mesma natureza. Jesus não foi criado (como os anjos, homens e animais), mas foi eternamente gerado pelo Pai. Isso significa que Ele sempre existiu, mas sua relação com o Pai é de "Filho Unigênito" (João 1:14,18).

1.  A Controvérsia Ariana
Ário (Presbítero de Alexandria) ensinava que o Filho foi criado pelo Pai antes de todas as coisas. Sua famosa frase era: "Houve um tempo em que o Filho não existia". Para Ário, Jesus era superior às criaturas, mas ainda assim não era Deus eterno.

2. Atanásio e o Concílio de Niceia (325 d.C)
No credo Niceno foi feito uma declaração para afastar a ideia de que Jesus fosse criatura: "Cremos em um só Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, unigênito do Pai, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, Luz de Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial do Pai"

3. A Doutrina "Geração Eterna do Filho"
Os pais da Igreja (Atanásio, Basílio, Gregório de Nazianzo, Agostinho) desenvolveram a doutrina da "Geração Eterna do Filho' , a saber:
(a) O Pai é eternamente o Pai
(b) O Filho é eternamente o Filho
(c) Não existe um "antes" do Filho, porque a paternidade do Pai pressupõe a geração do Filho
(d) Essa geração não é um ato no tempo, mas uma realidade eterna da Trindade

Conclusão
(1) Podemos dizer que Jesus foi Gerado e não Criado
(2) Isso significa que Jesus compartilha da mesma essência divina do Pai, mas mantém sua identidade de Filho
(3) Esse foi um dos pontos centrais da formulação da doutrina da Trindade e da vitória da ortodoxia cristã sobre o arianismo.
(4) Jesus não é criatura, mas o Filho eterno, gerado do Pai desde a eternidade, consubstancial a Ele

Influência do Arianismo Antigo para Hoje
Como vimos o arianismo foi oficialmente condenado no Concílio de Niceia (325 d.C) e também no Concílio de Constantinopla (381 d.C), porém, suas ideias nunca desapareceram totalmente: foram retomadas em diferentes épocas da história em seitas que negavam a Trindade.

1. Testemunhas de Jeová
(1) Afirmam que Jesus é o Filho de Deus, mas não o Deus eterno
(2) Ensinam que Ele foi a primeira criatura criada por Jeová, identificando com o arcanjo Miguel
(3) Sua tradução da Bíblia (Tradução do Novo Mundo) traduz João 1:1 como "O Verbo era um deus"  (deus em letras minúsculas)
(4) Jesus não é Deus, mas criatura elevada
Essa posição das Testemunhas de Jeová é praticamente Ariana em essência.

2. Cristadelfianos
(1) Negam a Trindade e a preexistência de Cristo. 
(2) Ensinam que Jesus teve início em Maria, sendo um homem especial, mas não Deus eterno.

3. Unitarianos
Embora menos comuns hoje, tradições unitarianas ainda existem em alguns círculos. Negam a divindade plena de Cristo e entendem Jesus como mestre humano ou ser criado.

Conclusão
(1) A maioria esmagadora das igrejas cristãs históricas e evangélicas (católicos, ortodoxos, protestantes e pentecostais) crê que Jesus é Deus eterno, não criado, mas gerado.
(2) Mas grupos como Testemunhas de Jeová, Cristadelfianos e Unitarianos, são, sim, herdeiros modernos da teologia de Ário.

1.2 - A Vontade do Filho é a mesma do Pai

"Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma ... Porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai, que me enviou" (João 5:30)
Através desse versículo podemos afirmar que a vontade do Filho está em perfeita harmonia com a vontade do Pai, mas precisamos entender bem em que sentido.

1. Jesus como homem obediente
(a) Na encarnação, o Filho assumiu voluntariamente a posição de servo (Fp 2:6-8)
(b) Isso significa, que, como homem, Jesus se submeteu à vontade do Pai em tudo
(c) Não porque tivesse vontade contrária, mas porque Sua missão era viver em perfeita obediência.

2. Unidade de Propósito
A vontade do Filho e do Pai estão em total acordo: "A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra" (João 4:34).

3. Na Trindade
(a) Pai e Filho compartilham da mesma essência divina, não podem ter vontades opostas
(b) O que o Pai deseja, o Filho também deseja, em perfeita unidade
(c) João 10:30 diz "Eu e o Pai somos um"

Conclusão
(a) Em natureza divina, a vontade do Filho é idêntica à do Pai
(b) Em sua humanidade, Jesus demonstrou obediência perfeita, não buscando interesse próprio, mas cumprindo a missão que o Pai lhe deu
(c) João 5:30 mostra tanto a humildade do Filho encarnado, quanto a unidade absoluta entre Pai e Filho

1.3 - O Filho foi enviado para fazer as Obras do Pai
"É necessário que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar" (João 9:4)
O versículo acima confirma que Jesus foi enviado para realizar as obras do Pai.
Sua missão, seus milagres, sua vida e morte não foram obra própria, mas expressão da vontade divina.
Isso também nos ensina que a Igreja contínua hoje a missão de Cristo, fazendo as obras do Pai em Seu nome (João 20:21)

2 - O Filho revela o Pai
Veremos neste tópico que O Filho revela o Pai, na Bíblia encontramos vários textos que nos dá base para essa afirmação, vejamos :

1. Jesus é a revelação visível do Deus invisível
"Ninguém jamais viu Deus; o Filho unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou" (João 1:18)
"Ele é a imagem do Deus invisível" (Colossenses 1:15)

2. Jesus é a expressão perfeita do Pai
"Quem me vê a mim, vê o Pai" (João 14:9)
"O Filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser" (Hebreus 1:3)

O que significa "revelar o Pai" ?
Significa que o Filho não apenas fala do Pai, mas torna o Pai conhecido. Significa que sem Jesus, o Pai permanece oculto, mas, em Jesus o Pai é plenamente revelado.
Jesus revelou o pai na encarnação (João 1:14), nos seus ensinos (João 12:49-50), nas suas obras e milagres (João 10:37-38), na cruz (João 3:16; Romanos 5:8).

2.1 - O Filho de Deus na Criação
Nosso comentarista da Revista mencionou vários versículos que confirma a doutrina cristã de que Jesus não apenas existiu antes de João Batista, mas também antes que o universo fosse criado, e que Ele participou ativamente da criação de tudo o que existe. Jesus é, portanto, o Filho de Deus, pessoa da Trindade, que existia desde a eternidade. Algumas bases bíblicas :
"Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez" (João 1:3)
"nestes últimos dias nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo" (Hebreus 1:2)
"Este é aquele de quem eu disse: O que vem após mim é antes de mim, porque era primeiro do que eu" (João 1:15)
"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (João 1:1)
"a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação ... Nele foram criadas todas as coisas ... todas as coisas foram criadas por Ele e para Ele. E Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele" (Colossenses 1:15-17) 

2.2 - O Filho de Deus é Divino
A Bíblia fornece uma base sólida para a crença de que Jesus é Deus e tem o mesmo grau de divindade que o Pai. Vários textos e passagens bíblicas apontam para essa verdade, quero destacar quatro :

Jesus é Deus Forte
"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado estará sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" (Isaias 9:6)
Vemos que um dos títulos proféticos dados a Jesus é "Deus forte". Este é um título que, no Antigo Testamento, é usado para se referir a Deus. 

Jesus é Senhor
"Se com a tua boca confessares que Jesus é o Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo" (Romanos 10:9)
O termo "Senhor" (em grego Kyrios) era usado para Deus no Antigo Testamento (a tradução grega de YMWH, o nome sagrado de Deus) quanto para Jesus no Novo Testamento. 
A atribuição deste título a Jesus o coloca no mesmo nível de divindade que o Pai.

Capacidade de Perdoar Pecados
Em Marcos 2:5-12, Jesus perdoa os pecados de um paralítico e, quando os escribas o questionam dizendo: "Quem pode perdoar pecados, senão Deus?", Jesus prova sua autoridade e poder ao curar o homem. Isso demonstra que Jesus tem a mesma autoridade divina para perdoar pecados que o Pai.

Jesus aceita ser adorado como Deus
A Bíblia mostra que Jesus recebe adoração, o que é reservado apenas para Deus.
Adoração de Tomé: Em João 20:28, o discípulo Tomé, ao ver as feridas de Jesus ressuscitado, o declara: "Senhor meu, e Deus meu!". Jesus não o repreende por essa afirmação, mas a aceita.
Adoração dos anjos: Hebreus 1:6 diz que os anjos de Deus "O adorem". A adoração dos anjos a Jesus demonstra seu grau de divindade, pois a Bíblia proíbe a adoração de qualquer ser que não seja Deus.

Esses e outros versículos e temas bíblicos são a base da crença na divindade de Jesus e na sua igualdade com o Pai, uma das doutrinas centrais do cristianismo.

2.3 - O Filho de Deus é Eterno
A Bíblia fornece uma base sólida para a crença de que Jesus é Eterno. Vários textos e passagens bíblicas apontam para essa verdade, vejamos alguns :

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (João 1:1). Este versículo aponta para uma existência de Jesus que precede a criação, indicando que o Verbo (Jesus) já existia. Ele não foi criado, mas existia em união com Deus Pai desde a eternidade.

Jesus diz: "Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro" (Apocalipse 22:13). Ele se identifica com o título de eternidade de Deus.

"Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje e eternamente" (Hebreus 13:8). Este versículo afirma de maneira direta e inequívoca a natureza imutável e eterna de Jesus, contrastando-o com a transitoriedade das coisas terrenas.

"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado estará sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" (Isaias 9:6). Aqui o profeta Isaías o chama de "Pai da Eternidade", indicando uma natureza eterna.

"Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, Eu Sou" (João 8:58). O uso da expressão "Eu Sou" remete diretamente a Êxodo 3:14, onde Deus se revela a Moisés com o nome "Eu Sou o que Sou". Ao usar este título, Jesus afirma sua divindade e sua existência eterna, anterior a Abraão. Os judeus entenderam a implicação e tentaram apedrejá-lo por blasfêmia.

Jesus em oração diz: "E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse" (João 17:5). Jesus fala sobre a glória que compartilhava com o Pai antes da criação do universo,  o que confirma sua preexistência, eternidade e sua natureza divina

3 - Pai e Filhos são Iguais

3.1 - O Filho de Deus é Onipotente
A Bíblia sustenta a crença de que Jesus é onipotente, ou seja, tem todo o poder. A onipotência é um dos atributos exclusivos de Deus, e vários versículos e narrativas bíblicas demonstram que Jesus possui esse poder ilimitado.

1. O Poder de Jesus Sobre a Natureza
Jesus demonstrou seu poder sobre o mundo físico, um poder que pertence somente ao Criador.
(a) Acalmando a Tempestade: Em Mateus 28:20, Ele apenas ordenou ao vento e ao mar que se acalmassem, e eles obedeceram imediatamente. Isso demonstra que a natureza está sujeita à sua autoridade.
(b) Multiplicação de Pães e Peixes: Em Mateus 14:13-21, Jesus alimentou uma multidão de cinco mil homens (Além de mulheres e crianças) com apenas cinco pães e dois peixes. Ele demonstrou um poder que transcende as leis da física.
(c) Caminhando sobre a água: A capacidade de andar sobre a água em Mateus 14:25, é outra demonstração do seu poder de dominar a natureza, algo que só pode ser feito por uma força superior.

2. O Poder de Jesus Sobre a Doença e a Morte.
O poder de Jesus se estende a áreas que estão completamente fora do controle humano.
(a) Curando Doenças: Os Evangelhos estão repletos de relatos de curas instantâneas e completas realizadas por Jesus. Ele curou cegos, leprosos, paralíticos e muitos outros, muitas vezes com uma simples palavra ou toque (Mateus 8:16-17)
(b) Ressurreição de Lázaro: Em João 11:43-44, Jesus ressuscitou Lázaro, que estava morto há quatro dias. A declaração de Jesus: "Lázaro, vem para fora!", demonstrou o seu poder absoluto sobre a morte, um poder que pertence somente a Deus (1Tm 6:15-16).

3. O Poder de Jesus Sobre o Pecado e as Trevas
O poder mais significativo de Jesus é o seu domínio sobre o reino espiritual.
(a) Perdoando pecados: Em Marcos 2:5-12, Jesus perdoa os pecados de um paralítico e, quando questionado, prova sua autoridade ao curar o homem. Isso mostra que Ele tem o poder de perdoar pecados, algo que pertence somente a Deus.
(b) Expulsando Demônios: Jesus demonstrou poder absoluto sobre os demônios, expulsando-os com uma única palavra, como vemos em Lucas 4:33-36. Os próprios demônios o reconheceram como "o Santo de Deus" (Lucas 4:34)
(c) Autoridade Final: A Bíblia afirma que "toda a autoridade me foi dada no céu e na terra" (Mateus 28:18). Esta declaração de Jesus ressuscitado não deixa dúvidas sobre o seu poder ilimitado e total sobre toda a criação.

3.2 - O Filho de Deus é Onipresente
A onipresença de Jesus é um conceito teológico, aqui estão algumas passagens e temas bíblicos que fundamentam que Jesus é detentor desse Atributo divino :

1. A Grande Comissão
Jesus afirma sua presença em todos os lugares quando diz : "E eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mateus 28:20). A Onipresença é uma atributo exclusivo de Deus. Essa promessa de estar "convosco todos os dias" implica uma presença que transcende tempo e espaço, o que é uma manifestação da onipresença.

2. A Trindade e a Unidade com o Pai.
A Bíblia ensina que Jesus é uma pessoa da Trindade e que Ele é um com o Pai. Como Deus, o Pai é onipresente, e por Jesus ser da mesma natureza divina, Ele também compartilha desse atributo.
Em João 10:30, Jesus declara: "Eu e o Pai somos um"
Em João 14:9, Ele diz: "Quem me vê a mim, vê o pai"

3. A presença de Jesus entre os Crentes
Jesus também promete sua presença em contextos de adoração e comunidade.
"Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles" (Mateus 18:20).
Essa promessa não se restringe a um lugar ou grupo específico. Ela se aplica a qualquer reunião de crentes, em qualquer parte do mundo, ao mesmo tempo. Isso só é possível por meio de sua onipresença.

4. Jesus em Todo o Universo
A Bíblia também descreve o papel de Jesus na criação e sustentação do universo, o que requer uma presença que vai além de um único ponto no espaço.
"Ele é antes de todas as coisas, e nEle tudo subsiste" (Cl 1:17).
Para que todas as coisas subsistam ou se mantenham em existência em Cristo, Ele deve estar presente e ativo em cada parte do universo. 

3.3 - O Filho de Deus é Onisciente
A onisciência de Jesus, ou seja, o seu conhecimento de todas as coisas, é um conceito central na teologia cristã e pode ser sustentado por várias passagens bíblicas. Aqui estão algumas das principais bases bíblicas que provam a onisciência de Jesus:

1. Conhecimento dos Pensamentos e Corações Humanos
Diversos evangelhos mostram Jesus conhecendo os pensamentos e as intenções secretas das pessoas, algo que somente Deus pode fazer.
"Mas Jesus, conhecendo-lhes os pensamentos, disse: Por que pensais o mal em vossos corações?" (Mateus 9:4)
"Mas o próprio Jesus não se confiava a eles, porque conhecia a todos. E não precisava que alguém lhe desse testemunho do homem, porque bem sabia o que havia no homem" (João 2:24-25)
"E Jesus, conhecendo logo em seu espírito que eles assim arrazoavam entre si, lhes disse: Por que arrazoais sobre estas coisas em vossos corações?" (Marcos 2:8).

2. Conhecimento do futuro e Eventos Ocultos
Jesus demonstrou um conhecimento detalhado de eventos que ainda não haviam acontecido, confirmando a sua capacidade de ver alguém do tempo presente.
Jesus previu a negação de Pedro antes que o galo cantasse duas vezes: "Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante duas vezes, tu me negarás três vezes" (Mateus 26:34).
Jesus instruiu seus discípulos sobre como encontrar o lugar para a Páscoa, descrevendo com precisão os eventos que eles encontrariam: "E Ele lhes disse: Eis que, quando entrardes na cidade, encontrareis um homem, levando um cântaro de água; segui-o até à casa em que ele entrar. E direis ao pai de família da casa: O Mestre te diz: Onde está o aposento em que hei de comer a Páscoa com os meus discípulos? Então ele vos mostrará um grande cenáculo, mobiliado; ali fazei os preparativos" (Lucas 22: 10-12). Jesus também previu a destruição do Templo de Jerusalém, sua própria morte e ressurreição, e até mesmo a traição de Judas.

3. Conhecimento da Vida Pessoal das pessoas
Em várias ocasiões, Jesus revelou um conhecimento íntimo sobre a vida de indivíduos que acabara de conhecer.
Jesus revelou a uma mulher samaritana que ela teve cinco maridos e que o atual não era seu, o que a deixou espantada com o seu conhecimento sobrenatural: "A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido; Porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade" (João 4:17-18).
Antes de Natanael se aproximar, Jesus disse sobre ele: "Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo: Natanael perguntou como ele o conhecia, e Jesus respondeu: Antes que Filipe te chamasse, eu te vi, quanto estava debaixo da figueira" (João 1:47-48). 

A onisciência é um atributo exclusivo de Deus. Como a Bíblia ensina que Jesus é o Verbo que se fez carne (João 1:1,14) e que Ele é um com o Pai (João 10:30), Ele, por sua natureza divina, também possui esse atributo: "... Deus é maior do que o nosso coração, e conhece todas as coisas" (1João 3:20).


Comentário 
Pr. Éder Tomé

Referências

[1] Bíblia Sagrada (ARC) – Sociedade Bíblica do Brasil - 4° edição - 2009
[2] Bíblia Sagrada King Jones – Atualizada – Fiel aos Originais
[3] Bíblia Sagrada (NTLH) - Linguagem de Hoje
[4] Revista Betel Dominical Adultos - 3T - 2025 

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