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Nosso subsídio (comentário da lição) não é o mesmo conteúdo da revista Betel Dominical Adultos, é apenas um texto de auxílio complementar referente aos tópicos e subtópicos da lição
Introdução
Texto de Referência :
João 13.1,3-7
1 - Ora, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim.
3 - Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus e ia para Deus,
4 - Levantou-se da ceia, tirou os vestidos e, tomando uma toalha, cingiu-se.
5 - Depois deitou água em uma bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido.
6 - Aoroximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim?
7 - Respondeu Jesus, e disse-lhe: O que faço, não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois.
1 - Jesus Amou Seus Discípulos até o Fim
Evangelho de João - Capítulos 1 ao 12
Os capítulos de 1 ao 12 do Evangelho de João, de forma geral, podem ser resumidos no cenário em que Jesus pregou, ensinou, operou milagres e ministrou a uma variedade de pessoas, tanto em multidões quanto em encontros individuais.
Na teologia bíblica, especialmente nos estudos do Evangelho de João, os estudiosos usam a expressão "Livro dos Sinais" para se referirem à primeira grande seção do Evangelho de João (Capítulo 1 ao 12). O "Livro dos Sinais" mostra quem Jesus é, sua identidade messiânica e divina. Esse nome se deve ao fato desses capítulos focar nos sete milagres (ou sinais) realizados por Jesus :
1. Transformação da água em vinho (João 2:1-11)
2. Cura do filho de um oficial em Cafarnaum (João 4:46-54)
3. Cura do paralítico no tanque de Betesda (João 5:1-18)
4. Multiplicação dos pães e peixes (João 6:1-15)
5. Jesus anda sobre o mar (João 6:16-21)
6. Cura do cego de nascença (João 9:1-41)
7. Ressurreição de Lázaro (João 11:1-44)
Evangelho de João - Capítulos 13 ao 21
Do capítulo 13 em diante, é a segunda grande parte do Evangelho de João, muitos chamam de "Livro da Glória", porque foca na paixão, morte e ressurreição de Cristo, a revelação suprema da glória de Deus.
Portanto, o "Livro da Glória" mostra como Jesus manifesta plenamente a glória de Deus em sua paixão, morte e ressurreição.
O Ato de Jesus relatado no Capítulo 13
Nesta lição vamos estudar o ato de Jesus ter lavado os pés dos seus discípulos no cenáculo e suas preciosas lições.
O episódio de João 13:1-20 é um dos momentos mais fortes em que Jesus revela o amor em sua forma prática e externa.
O Evangelista João abre o capítulo dizendo: "... tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim" (João 13:1).
A expressão "até o fim" significa plenitude ou até o limite máximo, isto é, um amor completo, sem reservas.
1.1 - Amor na Prática
O Ato de Lavor os pés
O ato de lavar os pés dos convidados na cultura judaica, como descrito em João 13, era um costume comum, mas tinha um significado muito mais profundo do que simplesmente higiene. O simbolismo por trás desse gesto, especialmente no contexto da época de Jesus, revela várias camadas de significado social, cultural e espiritual.
1. Hospitalidade e Serviço
Na cultura do Oriente Médio antigo, onde as pessoas usavam sandálias e caminhavam por estradas empoeiradas, lavar os pés dos convidados era um ato essencial de hospitalidade. Era a primeira coisa que um anfitrião oferecia ao visitante, geralmente um servo ou escravo realizava essa tarefa.
Era um Ato de Submissão, um trabalho humilde e, por isso, era delegado à posição mais baixa da casa. Ao lavar os pés de seus convidados, o anfitrião demonstrava que a sujidade da viagem havia sido removida e que o visitante era bem-vindo e honrado.
2. O Exemplo de Jesus
Quando Jesus, em João 13, se levanta, tira sua túnica e começa a lavar os pés de seus discípulos, Ele subverte completamente a hierarquia social e cultural da época. Jesus, o Mestre, o Senhor, assume a posição de servo.
Ato de Humildade: Jesus não estava apenas seguindo um costume; Ele estava ensinando uma lição radical sobre humildade e serviço. Ao fazer o trabalho que um escravo faria, Jesus mostra que o verdadeiro líder não é aquele que é servido, mas aquele que serve. Ele se torna o modelo do que é a liderança cristã.
Significado Espiritual: O ato também tem uma dimensão espiritual. Jesus diz a Pedro que, se ele não tiver seus pés lavados, não terá parte com Ele (João 13:8). Isso sugere uma purificação simbólica. Enquanto o banho completo se refere à salvação inicial, lavar os pés se refere à purificação diária necessária da "poeira" do mundo para manter a comunhão com Cristo.
Em resumo, o ato de lavar os pés, que culturalmente era um sinal de hospitalidade e um trabalho de servo, foi transformado por Jesus em uma lição eterna sobre o significado de liderar, amar e servir com humildade.
1.2 - Um Amor sem Limites
Foi na Última Ceia, ao lavar os pés de Seus discípulos, que Jesus deu o maior exemplo de humildade, e mostrou ter um Amor sem limites, o lava-pés apontou para a entrega maior que viria, a morte de Jesus, a expressão suprema do seu amor.
O gesto de Jesus não excluiu ninguém: Jesus lavou até os pés de Judas, que estava prestes a traí-lo (João 13:11). Isso mostra que o amor de Cristo não é seletivo, mas alcança até os que o rejeitam. Jesus revelou que amar é servir, e que esse amor se consumaria na cruz.
"Ora, antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim" (João 13:1).
Este versículo apresenta a introdução teológica da Paixão de Cristo: Jesus, consciente da sua hora, entrega-se voluntariamente em obediência ao Pai e em amor profundo pelos seus discípulos, amando-os até o fim, amor que culmina na cruz.
1.3 - A Extensão do Amor de Cristo
"Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crerem no seu nome" (João 1:11-12).
O versículo deixa claro que Jesus veio ao mundo especialmente ao povo de Israel, como Messias prometido, e foi rejeitado pela maioria (Jo 7.5; Jo 12.37), mesmo em meio à rejeição, Jesus cuida dos que creram nele, ou seja, deixa claro que veio para todos. Quanto a extensão do Amor de Cristo relato em João 15 :
a) A medida do amor de Cristo é o amor eterno e perfeito do Pai.
b) Jesus nos ama com a mesma profundidade, fidelidade e intensidade com que o Pai O ama.
c) O amor de Cristo não é apenas sentimento, mas uma aliança que chama ao compromisso.
d) Assim como Ele permaneceu no amor do Pai obedecendo até a cruz, seus discípulos são chamados a viver nesse amor pela obediência.
e) A extensão máxima do amor de Cristo é a entrega da sua vida pelos discípulos. Jesus não apenas falou de amor, mas demonstrou-o na cruz.
f) O Amor de Jesus transformou a relação (Jo 15:14-15), Jesus chama os discípulos de amigos e não apenas servos.
g) O Amor de Jesus não é passageiro, é frutífero e permanente, gera resultados eternos.
2 - Jesus, o Servo Humilde
O Ato de humildade, servidão e amor de Jesus é, sim, um modelo obrigatório a ser imitado por todos os cristãos. Veremos nesse tópico que as Escrituras Sagradas mostram essa verdade de forma clara e consistente.
2.1 - A Verdade Humildade
Em João 13, Jesus lava os pés dos seus discípulos, um ato que era considerado o trabalho mais humilde da época. Após realizar o ato, ele explica o significado: "Portanto, se eu, o Senhor e o Mestre, lavei os pés de vocês, também vocês devem lavar os pés uns dos outros. Pois eu lhes dei o exemplo, para que, como eu fiz, vocês também façam" (João 13:14-15 - NAA).
Jesus, mesmo sendo Deus, assumiu a forma de servo e se humilhou até a morte de cruz. O apóstolo Paulo destaca esse ponto : "Tenham entre vocês o mesmo modo de pensar de Cristo Jesus, que, mesmo existindo na forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus algo a que devesse se apegar; pelo contrário, ele se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se semelhante a seres humanos. E, quando na forma de homem, ele se humilhou, sendo obediente até a morte, e morte de cruz" (Fp 2:5-8 - NAA).
Esta passagem não apenas narra a humildade de Cristo, mas também exorta os cristãos a terem o mesmo modo de pensar, ou seja, a imitar a sua atitude.
2.2 - O Amor que se expressa no servir ao Próximo
"Portanto, se eu, o Senhor e o Mestre, lavei os pés de vocês, também vocês devem lavar os pés uns dos outros. Pois eu lhes dei o exemplo, para que, como eu fiz, vocês também façam" (João 13:14-15 - NAA).
Aqui, Jesus não apenas demonstra servidão, mas também ordena que seus seguidores sigam o seu exemplo, servindo uns aos outros com humildade.
Lucas apresenta Jesus não como um Líder que domina, mas como um servo que serve : "Pois quem é o maior: o que está à mesa ou o que serve? Não é o que está à mesa? No entanto, eu estou entre vocês como quem serve" (Lc 22:27).
Esse versículo está no contexto da Última Ceia. Momentos após Jesus instituir a Ceia do Senhor, os discípulos começam uma discussão acalorada sobre qual deles seria o maior (Lc 22:24).
Essa atitude revela a mentalidade dos discípulos daquela época. Eles esperavam um Messias que estabelecia um reino político e glorioso, e queriam saber quem ocupará os postos mais altos nesse novo governo. A humildade não era a prioridade, e sim a posição e o poder. Aqui aprendemos duas lógicas :
1. A Lógica do Mundo
Jesus começa fazendo uma pergunta retórica: "Pois quem é o maior: o que está à mesa ou o que serve?". A resposta óbvia para qualquer pessoa daquele tempo seria: "o que está à mesa". O maior era aquele que recebia o serviço, não o que o prestava. Estar à mesa, reclinado, era um sinal de status e honra, enquanto servir era um trabalho de escravos e servos de menor valor.
2. A Lógica do Reino de Deus
Em seguida, Jesus se apresenta como a prova viva de que a lógica de Deus é diferente. A frase "No entanto, eu estou entre vocês como quem serve" é o ponto central da exposição. Jesus, o Rei dos reis e Senhor dos senhores, o Messias esperado, não veio para ser servido, mas para servir. Ele é o exemplo máximo da humildade e da servidão.
Essa mensagem de Lucas 22:27 é um chamado radical à humildade e ao serviço para todos os seguidores de Cristo
Para Jesus, a verdadeira liderança não se mede pelo poder, pelo status ou pela autoridade, mas pela disposição de servir os outros. O líder cristão deve ser o primeiro a abaixar-se, a lavar os pés (João 13), e a cuidar das necessidades dos outros, assim como Cristo fez.
Esse versículo nos lembra que o Reino de Deus opera com valores opostos aos do mundo. Enquanto o mundo busca a fama, a riqueza e a autoridade, os cristãos devem buscar a humildade, o sacrifício e o serviço desinteressado.
2.3 - O Senhor Jesus: Exemplo de Humildade
"Se Eu Me glorifico a mim mesmo, a minha glória não é nada; quem me glorifica é meu Pai" (João 8:54)
1. "Se Eu Me glorifico a mim mesmo, a minha glória não é nada"
Aqui, Jesus usa uma hipérbole para destacar um princípio fundamental: a sua glória não é de origem humana ou egoísta. Se ele estivesse buscando a própria exaltação, a sua glória seria vazia e sem valor espiritual. Essa frase mostra a humildade de Jesus, que não busca a honra a honra para si mesmo, mas direciona toda a glória de volta ao Pai. Ele não estava tentando construir um nome para si. Ele estava revelando o nome de Deus.
2. "Quem me glorifica é meu Pai"
Esta é a afirmação central do versículo. Jesus esclarece que sua autoridade, seu poder e sua glória vêm diretamente de Deus Pai. A palavra "glorificar" (do grego doxazõ) significa "dar honra", "exaltar" ou "revelar a verdadeira natureza de alguém". O Pai estava revelando e honrando Jesus como seu Filho e Messias. A missão de Jesus não era buscar a sua própria fama, mas ser o canal através do qual a glória do Pai seria manifestada na Terra.
"Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração" (Mt 11:29)
Ser discípulo é mais que absorver conhecimento: é imitar o Mestre, seguir seus passos e adotar seu caráter (Jo 13:15).
Todo cristão não deve ser arrogante nem dominador, mas acessível, compassivo e sensível às necessidades do próximo.
Todo cristão deve ser manso e humilde, não orgulhoso nem agressivo.
3 - Jesus praticava Humildade
"Pois quem é o maior: o que está à mesa ou o que serve? Não é o que está à mesa? No entanto, eu estou entre vocês como quem serve" (Lc 22:27).
Nesse tópico, novamente o texto de Lucas 22:27 ganha uma ressonância ainda mais profunda quando a compararmos com a realidade da nossa sociedade moderna, que vive em uma busca incessante por status, poder e sucesso a qualquer custo.
A atitude dos discípulos, que discutiam sobre quem era o maior, reflete o nosso tempo de maneira assustadora. Vivemos em uma cultura de "vencer a qualquer custo", onde a competição se sobrepõe à cooperação.
Busca por Status: Nas empresas, a busca por cargos mais altos e salários maiores pode levar a um ambiente tóxico, onde a colaboração é substituída pela rivalidade.
Humilhação: No ambiente digital, a cultura do cancelamento e o cyberbullying são exemplos extremos de como a humilhação do outro é usada para afirmar uma suposta superioridade moral ou intelectual.
Meios para um Fim: A frase "atuar de todas as formas para alcançar os objetivos" descreve perfeitamente a ética utilitarista que domina muitas áreas, onde os fins justificam os meios, e a ética é sacrificada em nome do sucesso pessoal.
Veremos nesse tópico que Jesus praticou e ensinou seus discípulos a praticar a humildade, Ele fez isso até o final de seu ministério terreno.
3.1 - Jesus Serviu com Humildade
"pelo contrário, ele se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se semelhante a seres humanos" (Fp 2:7).
Paulo escreveu esse texto a igreja dos Filipenses. Ele estava exortando os cristãos a terem a mesma mentalidade de Jesus, abandonando o egoísmo e a busca por glória pessoal, e buscando o bem uns dos outros.
O exemplo que ele usa para ilustrar esse princípio é a trajetória de Cristo, que vai da preexistência divina à humilhação extrema e, finalmente, à exaltação suprema.
Jesus "esvaziou" (do grego ekenõsen), essa palavra não significa que Jesus abandonou a natureza divina ou suas qualidades divinas, mas que Ele voluntariamente abriu mão de seus privilégios e direitos divinos de estar no trono de glória para estar aqui na terra. O "esvaziamento" foi um ato de renúncia voluntária. Jesus não deixou de ser Deus; ele se restringiu para cumprir a missão de servir e morrer pela humanidade.
Jesus não apenas "esvaziou-se", mas também tomou para si uma nova "forma": a de servo. Ele se tornou um servo de Deus Pai, obediente até a morte, e um servo da humanidade, servindo a todos em seu ministério tornando-se semelhante aos seres humanos.
3.2 - Jesus Liderava mesmo sob Pressão
Ao analisar os dois textos mencionados pelo comentarista da lição, João 5:17 e João 13:14-15, podemos concluir que Jesus liderava sob pressão mas não na forma como a sociedade humana entende a pressão. Jesus não se submeteu a uma pressão externa de ansiedade ou busca por aprovação, Jesus estava seguro da sua autoridade e identidade, portanto, Ele operou sob uma pressão intrínseca de seu propósito divino, lidando com ela através da humildade e do serviço.
"Mas Jesus lhes respondeu: O meu Pai trabalha até agora, e eu também trabalho" (1João 5:17).
Este versículo é o resposta de Jesus aos judeus que o criticavam por curar no sábado, quebrando suas tradições. A frase "O meu Pai trabalha até agora, e eu também trabalho" revela a fonte da "pressão" sob a qual Jesus operava. Ele estava alinhado com o plano contínuo e ativo do Pai.
A declaração de Jesus sugere que sua missão não era limitada por regras humanas ou dias da semana. Ele estava sob a "pressão" constante de cumprir a vontade do Pai, que é um trabalho de redenção e provisão que nunca cessa.
"Portanto, se eu, o Senhor e o Mestre, lavei os pés de vocês, também vocês devem lavar os pés uns dos outros. Pois eu lhes dei a exemplo, para que, como eu fiz, vocês também façam" (João 13:14-15).
Este versículo mostra a resposta de Jesus à pressão por um tipo de liderança dominadora e hierárquico. Em vez de exercer poder de forma vertical (de cima para baixo), ele o exerceu de forma horizontal, através do serviço.
Juntando as duas passagens, em vez de Jesus usar seu poder para se impor e aliviar a pressão através da dominação, Ele escolheu o caminho do serviço e da humildade.
3.3 - O Senhor Jesus: Obediente
"Ele mesmo levou os nossos pecados no seu corpo sobre o madeiro, a fim de que, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; e pelas suas feridas vocês foram curados" (1Pedro 2:24)
Essa passagem exorta os cristãos, que estavam sofrendo perseguição e injustiça, a seguir o exemplo de Jesus. É nesse contexto que Pedro apresenta Jesus não apenas como um modelo de paciência, mas como o Cordeiro que se ofereceu em sacrifício para redimir a humanidade em obediência ao Pai, cumprido a profecia de Isaías 53, demonstrando o amor pela humanidade.
Comentário
Pr. Éder Tomé
Referências
[1] Bíblia Sagrada (ARC) – Sociedade Bíblica do Brasil - 4° edição - 2009
[2] Bíblia Sagrada King Jones – Atualizada – Fiel aos Originais
[3] Bíblia Sagrada (NTLH) - Linguagem de Hoje
[4] Revista Betel Dominical Adultos - 3T - 2025
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