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quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Lição 6 - Ana: A força de quem ora gera Milagres

 

        

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Nosso subsídio (comentário da lição) não é o mesmo conteúdo da revista Betel Dominical Adultos, é apenas um texto de auxílio complementar referente aos tópicos e subtópicos da lição

Introdução
Texto de Referência :

1Samuel 1:10-11,20-22  
10 - Ela, pois, com amargura de alma, orou ao Senhor e chorou abundantemente.
11 - E votou um voto, dizendo: Senhor dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, mas à tua serva deres um filho varão, ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha.
20 - E sucedeu que, passado algum tempo, Ana concebeu, e teve um filho, e chamou o seu nome Samuel, porque, dizia ela, o tenho pedido ao Senhor.
21 - E subiu aquele homem Elcana, com toda a sua casa, a sacrificar ao Senhor o sacrifício anual e a cumprir o seu voto.
22 - Porém Ana não subiu, mas disse a seu marido: Quando o menino for desmamado, então o levarei, para que apareça perante o Senhor e lá fique para sempre.

1 - A História de Ana    
A história bíblica de Ana é relatada no livro de 1 Samuel, capítulos 1 e 2.
A história de Ana ensina sobre fé perseverante, oração sincera e confiança em Deus mesmo em meio à dor. Ela é um exemplo de alguém que, em vez de murmurar, buscou o Senhor e viu o milagre acontecer no tempo certo.

1.1 - Ana não tinha filhos
Ana era uma das esposas de Elcana, um homem da tribo de Efraim. A outra esposa se chamava Penina, que tinha filhos, enquanto Ana era estéril, esse era o problema de Ana: ela não podia ter filhos (1Sm 1:2). Penina a provocava constantemente aumentando a sua dor (1Sm 1.6).

1.2 - Ana se humilhou diante de Deus
Mesmo vivendo essas circunstâncias adversas, Ana não perdeu a sua fé; ela orou ao Senhor com lágrimas no templo, pedindo um filho e prometendo que, se o recebesse, o dedicaria a Deus por toda a vida (1Sm 1.10-11).
A oração de Ana era diferenciada, tanto em intensidade emocional quanto em sinceridade e humilhação diante de Deus. A Bíblia destaca que ela orava com amargura de alma, mas sem perder a fé: "Levantou-se Ana, e, com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou abundantemente" (1Sm 1.10).
Eli, o sacerdote, pensou que ela estivesse embriagada, porque apenas seus lábios se moviam, sem som, um exemplo de oração íntima, feita do coração (1Sm 1.13).
Ana orava com amargura de espírito, sim, mas sua dor foi o combustível de uma oração cheia de fé, humildade e entrega. Essa combinação é o que a tornou diferenciada e eficaz diante de Deus.

1.3 - Ana fez um voto com Deus
"E fez um voto, dizendo: Senhor dos Exércitos, se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva não te esqueceres, mas à tua serva deres um filho homem, ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha" (1Sm 1.11).

1. O Voto de Ana nasceu da dor, mas foi movido pela fé
Ana estava em profunda tristeza, mas não usou a dor para reclamar, e sim para se aproximar de Deus.
Ela acreditava que Deus podia transformar sua esterilidade em fertilidade. 
Ensine aos alunos que a fé verdadeira não é ausência de dor, mas capacidade de crer em meio a ela.

2. O Voto foi um ato de entrega, não de barganha
Ana não negociou com Deus ("Se me deres, eu te darei"), mas expressou uma entrega sincera, o filho que tanto desejava seria inteiramente consagrado ao Senhor.
O voto foi um compromisso de consagração, não de troca.
Mostra que Deus valoriza mais a intenção do coração do que as palavras em si.

3. O voto revela uma visão espiritual sobre a maternidade
Ana não queria apenas ser mãe por status social ou pessoal.
Ela desejava um filho para que servisse a Deus.
Ensine aos alunos o valor de dedicar ao Senhor tudo o que Ele nos dá: filhos, dons, tempo, ministério, recursos ...

2 - A Oração de Ana

2.1 - Ana perseverou em oração
Mesmo sendo incompreendida por Eli (que pensou que ela estivesse embriagada), Deus ouviu o clamor silencioso de Ana, que perseverou em oração (1Sm 1.13).
Aquelas lágrimas não foram em vão, delas nasceu Samuel, um dos maiores profetas e juízes de Israel.
Deus transformou a dor em bênção e o pranto em propósito.
Esta história nos ensina que Deus usa nossas lágrimas para gerar algo novo, quando choramos aos Seus pés.
O choro diante de Deus não é sinal de fraqueza, mas de confiança. O mundo pode não entender nossas lágrimas, mas Deus as traduz como oração.
Chorar aos pés do Senhor é uma forma de adoração, pois demonstra dependência e fé.

2.2 - Ana foi grata
Ana manteve sua palavra e entregou Samuel ao Senhor quando o desmamou (1Sm 1.27-28).
Ensine aos alunos que cumprir o que prometemos a Deus é sinal de caráter, fidelidade e gratidão.

2.3 - O Choro sincero de Ana
O choro sincero de Ana é um dos momentos mais comoventes e espiritualmente profundos do Antigo Testamento. Ele revela como Deus responde a um coração quebrantado e o poder da oração feita com sinceridade e fé.
Ana não chorou apenas porque estava triste, mas porque decidiu levar sua dor a Deus.
Ana não se isolou nem murmurou, transformou o pranto em oração. O choro de Ana foi a expressão de um coração humilde, dependente e sensível à voz de Deus. Ensina que Deus não despreza lágrimas sinceras, especialmente quando brotam da fé.

3 - A Fidelidade de Ana
Falar sobre a Fidelidade de Ana é destacar uma das virtudes mais belas da vida cristã, cumprir com lealdade aquilo que prometemos a Deus, mesmo quando é difícil.
A Fidelidade de Ana é uma das marcas centrais de sua história em 1Samuel capítulo 1 e 2.

A Fidelidade de Ana gerou bênção contínua 
"E o Senhor visitou a Ana, e ela concebeu,  e teve três filhos e duas filhas" (1Sm 2.21).
Deus honrou a fidelidade de Ana com uma colheita abundante.
A fidelidade sempre gera frutos, quem é fiel no pouco, Deus confia no muito (Mt 25.21).

3.1 - Não faça voto de Tolo
"E fez um voto, dizendo: ... se me deres um filho homem, ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida" (1Sm 1.11)
O voto de Ana foi sério e comprometido.
Quando o filho nasceu, ela não se esqueceu do que havia prometido, mesmo após alcançar o que desejava.
Isso mostra que a fidelidade a Deus se prova depois da bênção, não apenas no tempo da necessidade.

Quando fazemos um voto a Deus, devemos ser sinceros e responsáveis. Muitos fazem votos na dor, mas esquecem quando são abençoados. Ana fez o contrário: lembrava do compromisso e o cumpriu com alegria.

O exemplo de Ana ensina que a fidelidade nas pequenas coisas gera grandes recompensas espirituais.
Ana não perdeu com o voto, ela ganhou Samuel e depois teve outros filhos (1Sm 2.21).

"Por este menino orava eu; e o Senhor me concedeu a minha petição ... pelo que também ao Senhor eu o entreguei; por todos os dias que viver, ao Senhor será entregue" (1Sm 1.27-28).
Quando Samuel foi desmamado, Ana o levou ao templo e o entregou ao sacerdote Eli, para servir ao Senhor.
Cumprir esse voto foi um ato de fidelidade e desprendimento, ela entregou o que tinha de mais precioso.
Isso mostra que a verdadeira fidelidade é obedecer mesmo quando custo algo.

3.2 - O Legado de Ana
A história de Ana mostra como uma mulher comum, mas fiel, deixou marcas eternas através da fé, da oração e da obediência a Deus.
(a) Ana deixou o exemplo de alguém que levava tudo a Deus em oração: dor, sonhos, votos e gratidão.
(b) A vida de Ana ensina que a oração sincera tem poder para transformar o impossível.
(c) O legado de Ana é o de uma mulher que não desistiu, mas insistiu em orar até ver a resposta.
(d) Ana cumpriu o que votou a Deus, mesmo quando isso custou algo precioso: entregar o filho que tanto esperou.
(e) Sua fidelidade mostrou que os votos feitos a Deus não podem ser esquecidos, seu cumprimento é um prova prática de fé e gratidão.
(f) Mesmo após entregar Samuel, Ana não lamentou, mas louvou.
(g) Ana mostrou que amava mais o Doador do que o presente recebido.
(h) O Cântico de Maria foi prenuncio do Cântico de Maria (Lc 1.46-55).
(i) O filho que Ana entregou se tornou um dos maiores profetas e juízes de Israel, o homem que ungiu Saul e Davi.
(j) Ana não apenas gerou um filho, mas gerou um instrumento para mudar a história do povo de Deus.
(l) A história de Ana atravessa séculos e continua inspirando pessoas que enfrentam esterilidade, dor ou espera.
(m) O nome de Ana é lembrado não por riqueza ou posição, mas por sua fé, oração e fidelidade.

3.3 - O Louvor de Ana
O louvor de Ana é uma das partes mais inspiradoras da sua história e está registrado em 1 Samuel 2.1-10, conhecido como "O cântico de Ana".
Ele é uma das orações mais belas da Bíblia, e reflete gratidão e reconhecimento da soberania de Deus.

1. O Louvor de Ana nasceu de um coração agradecido
"Então orou Ana e disse: O meu coração exulta no Senhor; a minha força está exaltada no Senhor" (1Sm 2.1).
Ana havia chorado e sofrido muito, mas quando Deus respondeu sua oração, ela não se exaltou o Senhor.
Seu louvor foi espontâneo e sincero, fruto de um coração que sabia quem era o verdadeiro autor da bênção.
Ensine aos alunos que quem sabe orar na dor, sabe louvar na vitória.

2. O Louvor de Ana foi Teológico e Profundo
"Não há santo como o Senhor; porque não há outro fora de ti; e rocha nenhuma há como o nosso Deus" (1Sm 2.2).
Ana reconhece a santidade e a fidelidade de Deus.
Ana não fala apenas de si, mas exalta o caráter de Deus, um louvor que revela conhecimento espiritual.
Mostra que o verdadeiro louvor vai além da emoção, é adoração baseada em quem Deus é.

3. O Louvor de Ana revela transformação interior
Antes, Ana chorava de amargura; agora, seu coração exulta em alegria. O mesmo coração que clamava em dor agora transborda em gratidão. Quando o coração muda, o louvor muda também.

4. O Louvor de Ana reconhece a soberania de Deus
"O Senhor é o que tira a vida e dá; faz descer à sepultura e faz subir. O Senhor empobrece e enriquece; abaixa e também exalta" (1Sm 2.6-7).
Ana entende que Deus governa todas as coisas: a vida, o destino e o tempo de cada um.
Seu louvor é uma declaração de confiança na justiça e no poder de Deus.

5. O Louvor de Ana inspira outros
O cântico de Ana é tão importante que prenunciou o cântico de Maria (Lc 1.46-55).
Mostra que um louvor verdadeiro deixa legado, ele toca gerações.
Ensina aos alunos que o louvor sincero tem poder de edificar e influenciar vidas.

Aplicação Prática aos Alunos
(a) O louvor não é apenas cantar, mas reconhecer o que Deus é e o que Ele faz.
(b) Louvar após a vitória é bom, mas louvar mesmo antes dela é sinal de fé.
(c) O louvor deve ser centrado em Deus, não em nós.


Comentário 
Pr. Éder Tomé

Referências

[1] Bíblia Sagrada (ARC) – Sociedade Bíblica do Brasil - 4° edição - 2009
[2] Bíblia Sagrada King Jones – Atualizada – Fiel aos Originais
[3] Bíblia Sagrada (NTLH) - Linguagem de Hoje
[4] Revista Betel Dominical Adultos - 4T - 2025 

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