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quinta-feira, 26 de junho de 2025

Lição 2 - O Evangelho do Filho de Deus - A Revelação da Luz do Mundo

 

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Nosso subsídio (comentário da lição) não é o mesmo conteúdo da revista Betel Dominical Adultos, é apenas um texto de auxílio complementar referente aos tópicos e subtópicos da lição

Introdução
Texto de Referência : João 1.2-10
2 - Ele estava no princípio com Deus.
3 - Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
4 - Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.
5 - E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
6 - Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.
7 - Este veio para testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele. 
8 - Não era ele a luz, mas veio para que testificasse da luz.
9 - Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo.
10 - Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.

1 - O Contexto Histórico
A Escrita do Evangelho de João, emerge de um contexto histórico e religioso muito específico e desafiador para as primeiras comunidades cristãs.

1.1 - A Autoria Material do Evangelho
A Autoria Material do Evangelho de João é tradicionalmente atribuída a João, o Apóstolo, filho de Zebedeu e um dos doze discípulos mais próximos de Jesus. Essa é a visão sustentada pela Igreja desde os primeiros séculos do cristianismo e é apoiada por evidências internas e externas ao próprio texto.

Evidências Internas do Evangelho

1) O Evangelho de João se refere a um "discípulo a quem Jesus amava" em várias passagens-chave (Jo 13.23; 19.26; 20.2; 21.7,20). Esse discípulo é retratado como estando em uma relação de grande intimidade com Jesus.

2) O Evangelho de João não nomeia seu autor explicitamente, todavia, no capítulo final, o texto afirma: "Este é o discípulo que dá testemunho dessas coisas e que as escreveu. E sabemos que o seu testemunho é verdadeiro" (Jo 21.24).

3) O "discípulo amado" estava presente em momentos cruciais do ministério de Jesus como a última ceia (onde ele reclina a cabeça no peito de Jesus), na crucificação (onde Jesus confia-lhe Maria, sua mãe as seus cuidados), na corrida ao túmulo no dia da ressurreição. Sendo Tiago martirizado cedo, João ficou como o mais provável apóstolo a ser o "discípulo amado"

4) No Evangelho de João, o nome do apóstolo João nunca é mencionado, enquanto outros apóstolos são frequentemente nomeados. A ausência de seu nome, combinada com a presença de um discípulo anônimo que sugere que o autor poderia ser o próprio João, referindo-se a si mesmo indiretamente.

5) O Evangelho de João contém detalhes vívidos e específicos de eventos, como o número de jarros de água nas bodas de Caná (Jo 2.6), o peso (cem arráteis) da mirra e do aloés usado no sepultamente de Jesus (Jo 19.39) e o diálogo pessoal de Jesus. Isso sugere um autor que foi uma testemunha ocular dos acontecimentos.

Evidências Externas do Evangelho
A tradição cristã primitiva, que remonta ao século II d.C., unanimemente atribuiu a autoria do quarto evangelho a João, o Apóstolo.

Irineu de Lyon (180 c.C)
Um dos mais importantes pais da Igreja, Irineu afirma explicitamente que João, "o discípulo do Senhor, aquele que também se reclinou sobre o peito [de Jesus], publicou ele mesmo um Evangelho enquanto residia em Éfeso, na Ásia".
Irineu era discípulo de Policarpo, que por sua vez, teria sido discípulo direto de João.

Patristica
Outras fíguras da Patristica como Teófilo de Antioquia (século II) e Clemente de Alexandria (século II/III) também atestam a autoria joanina.

Resumindo
Apesar dos debates acadêmicos modernos, a vasta maioria das evidências Internas e Externas (históricas) aponta para João, o Apóstolo, filho de Zebedeu, como o autor material do Evangelho que leva seu nome. Ele é reconhecido como a testemunha ocular e a autoridade apostólica por trás deste evangelho único e teologicamente profundo.

1.2 - A Data e o Local

A Data
O Evangelho de João, provavelmente escrito entre 60 d.C e 100 d.C., com a maioria dos estudiosos apontando para o período entre 80 e 95 d.C.

O Local
O Cenário é a Ásia Menor (especialmente Éfeso, onde a tradição aponta que João o escreveu) no final do século I era de grande fermentação cultural e religiosa.
  
1.3 - Os Destinatários
O Evangelho de João foi endereçado tanto a leitores judeus quanto gentios. É perceptível que o Apóstolo João, o autor, tinha propósitos e ênfases no seu escrito, a saber :

1 - Tornar conhecida a Mensagem Universal da Salvação
O propósito declarado de João é que as pessoas creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e que, crendo, tenham vida em Seu nome (Jo 20.30-31). Essa é uma mensagem universal de salvação que se estende a todos, independentemente de sua origem étnica ou religiosa: "Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome" (Jo 20.31).

2 - Aprofundar a Fé dos cristãos
João buscava aprofundar a fé dos cristãos já existentes, sejam eles judeus ou prosélitos convertidos ao cristianismo, sejam eles, gentios interessados no cristianismo. Sua linguagem e temas são habilmente construídos para alcançar ambos grupos (judeus e gentios) e solidificar a compreensão da divindade e da missão de Jesus.

Evidências de Destinatários Gentios

1 - Explicações de Costumes Judaicos
João frequentemente explica costumes judaicos e a geografia palestina, o que seria desnecessário se estivesse escrevendo apenas para um público judeu familiarizado com esses detalhes. Por exemplo, João traduz termos hebraicos (como "Rabi" ou "Messias") e aramaicos (como "Cefas") para o grego, e explica tradições judaicas, como a inimizade entre judeus e samaritanos (Jo 4.9). Isso sugere que João tinha em mente leitores que não eram judeus.

2 - Linguagem Filosófica Grega
João utiliza conceitos e termos que ressoavam com a cultura grega, como o "Logo" (Verbo) no prólogo (Jo 1.1-18). Embora o conceito de "Logos" tenha raízes judaicas, ele também era um termo filosófico importante no pensamento grego, tornando a mensagem mais acessível com formação helenística.

3 - Contraste com "Os Judeus"
O Evangelho de João usa frequentemente o termo "os judeus" em um sentido que parece  se referir às autoridades judaicas que se opunham a Jesus, ou a uma parte da população judaica que rejeitou sua mensagem. Essa distinção em vez de uma identificação do autor com "os judeus", pode indicar que o autor estava escrevendo para uma audiência mais ampla, que incluía não-judeus.

Evidências de Destinatários Judeus

1 - Foco da Identidade Judaica de Jesus
João apresenta Jesus como o Messias prometido nas Escrituras Hebraicas e o cumprimento das festas e rituais judaicos (por exemplo, apresenta Jesus como o "Pão da Vida" em referência ao maná).

2 - Diálogos com Figuras Judaicas
Grande parte do evangelho é composta por diálogos de Jesus com líderes religiosos judeus como Nicodemos, ou com o povo em sinagogas e durante as festas em Jerusalém. Esses debates abordam temas centrais para o judaísmo, como a Lei, a aliança e a identidade do Messias.

3 - Questões Pós - 70 d.C.
Como mencionado anteriormente, o Evangelho de João foi escrito em um período de crescente separação entre o cristianismo e o judaísmo. O Evangelho, portanto, serve para reafirmar a fé cristã e a identidade de Jesus para os cristãos de origem judaica que poderiam estar sob pressão ou questionamento por sua fé.

2 - O Contexto Religioso
O Contexto Religioso do Evangelho de João era um caldeirão de ideias: 
a) Um judaísmo em reorganização e cada vez mais separado do cristianismo.
b) A influência onipresente do Helenismo
c) O surgimento de movimentos heréticos que distorciam a pessoa de Jesus (exemplo: Gnosticismo).
Nesse cenário, João se propõe a apresentar uma Cristologia profunda e clara, reafirmando a divindade e a humanidade plenas de Jesus Cristo para fortalecer a fé das comunidades cristãs e combater as falsas doutrinas.

2.1 - O Judaísmo e o Cristianismo

1 - Judaísmo Rabínico Pós 70 d.C.
A destruição do Templo de Jerusalém em 70 d.C. pelos romanos foi um evento cataclísmico para o judaísmo. A partir de então, o judaísmo passou por uma fase de reafirmação e reestruturação, centrando-se mais na Torá e na sinagoga. Os fariseus, com sua ênfase na lei oral e escrita, tornaram-se a força dominante, pavimentando o caminho para o que viria a ser o judaísmo rabínico.

2 - Tensão e Separação com o Cristianismo
Nesse período, a distinção entre o judaísmo e o cristianismo se acentuou drasticamente. Inicialmente, o cristianismo era visto como um seita dentro do judaísmo. No entanto, a rejeição generalizada de Jesus como Messias por parte das autoridades judaicas e a adesão de gentios ao cristianismo criaram uma ruptura crescente. O Evangelho de João reflete essa tensão, usando a expressão "os judeus" muitas vezes para se referir às autoridades judaicas que se opunham a Jesus, e não a todo o povo judeu. A comunidade joanina, que provavelmente incluía judeus convertidos, pode ter enfrentado hostilidade ou até expulsão das sinagogas (referências como João 9.22; 12.42; 16.2 podem refletir essa realidade).

3 - Diferenças Teológicas: Judaísmo x Cristianismo

a) Jesus e as Expectativas Messiânicas Judaicas
Evangelho de João apresenta uma Cristologia (doutrina sobre Cristo) muito elevada, enfatizando a divindade preexistente de Jesus como o Logos (Verbo). Isso contrastava com as expectativas messiânicas judaicas mais tradicionais, que esperavam um Messias político-militar, e era um ponto de discórdia significativo.

b) Os Judaizantes e a Lei Mosaica para a Salvação
Os Judaizantes condicionavam a salvação à observância da Lei Mosaica, conforme escrito em Atos 15.1-5. Este era um dos debates mais cruciais e definidores do cristianismo primitivo.
Os judeus convertidos ao cristianismo anteriormente pertenciam à seita dos fariseus. Eles acreditavam que, para os gentios serem verdadeiramente salvos e aceitos na comunidade cristã, eles precisavam primeiro se tornar prosélitos do judaísmo, o que incluía a circuncisão e a observância de toda a Lei Mosaica (incluindo as leis alimentares, guarda do sábado, etc.). Para eles, a fé em Jesus não era suficiente por si só; a Lei ainda era um requisito fundamental para a salvação.
Paulo e Barnabé se opuseram veemente a essa doutrina, pois trazia uma série de implicações, algumas a saber:
1 - Negação da Suficiência da Graça
Implicaria que a morte e ressurreição de Jesus Cristo, e a fé Nele, não eram suficientes para a salvação. Seria necessária uma adição de obras da lei.
2 - Obstáculos aos Gentios
Tornaria o cristianismo uma seita do judaísmo, exigindo que os gentios adotassem uma série de rituais e costumes judaicos antes de se tornarem cristãos. Isso seria um grande impedimento para a conversão.
3 - Divisão da Igreja
Causaria uma divisão profunda entre os cristãos de origem judaica e os cristãos gentios, comprometendo a unidade do corpo de Cristo.
Essa questão crucial foi resolvida no concílio de Jerusalém (Atos 15.6-29). Após intensos debates e testemunhos (notavelmente de Pedro, Barnabé e Paulo), Tiago, o irmão de Jesus, deu a conclusão: os gentios não precisavam ser circuncidados nem se submeter a toda a Lei Mosaica para serem salvos. Essa decisão foi fundamental para afirmar que a salvação é pela graça, mediante a fé em Jesus Cristo, e não pelas obras da Lei, abrindo caminho para ao cristianismo se tornar uma religião global.

c) Não há nenhum intermediário entre o Criador e os seres humanos
Essa doutrina central da fé judaica é um ponto de distinção fundamental em relação a outras religiões, como o cristianismo.
A ideia de um intermediário divino ou humano para acessar Deus ou para a salvação é contrária aos princípios centrais do judaísmo. A ênfase é na relação direta e pessoal de cada indivíduo com o Deus único e verdadeiro.
Apóstolo Paulo em contraste ao judaísmo afirmou : "Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem" (1Tm 2.5)

2.2 - O Helenismo e o Cristianismo

1 - Cultura Greco-Romana Dominante
O mundo mediterrâneo estava profundamente imerso na cultura helenística (grega) e romana. isso significava que a filosofia grega, os cultos de mistério, a adoração do imperador e o sincretismo religioso eram prevalentes.

2 - Filosofia Grega
Conceitos filosóficos gregos, como o Logos (Verbo, Razão, Princípio Divino), eram amplamente conhecidos. João utiliza esse termo em seu prólogo (João 1.1-18) para apresentar Jesus, demonstrando a universalidade de Cristo e, ao mesmo tempo, combatendo certas visões filosóficas que poderiam minimizar a encarnação.

3 - Sincretismo
Havia uma tendência a misturar elementos de diferentes religiões e filosofias. O cristianismo, ao se apresentar como a verdade exclusiva, desafiava essa mentalidade sincrética, especialmente quando se tratava da adoração de outros deuses ou do imperador.

2.3 - O Gnosticismo e o Cristianismo

1 - Gnosticismo (ou proto-gnosticismo)
O gnosticismo era um movimento religioso e filosófico complexo que floresceu nos primeiros séculos do cristianismo. Seus seguidores acreditavam que a salvação vinha de um conhecimento secreto (gnosis) e que a matéria era inerentemente má, enquanto o espírito era bom. Isso levava a visões distorcidas sobre Jesus.

2 - Docetismo
Era uma forma de gnosticismo que ensinava que Jesus não tinha um corpo físico real, mas apenas parecia ter um (do grego dokein, "parecer"). Eles acreditavam que um ser divino perfeito não poderia ter contato com a matéria impura.

3 - Rejeição da Ressurreição Corporal
Se o corpo é mau, a ressurreição física não fazia sentido.

Resposta de João ao Gnosticismo
O Evangelho de João pode ser visto como uma resposta vigorosa a essas heresias. Ao enfatizar que "o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1.14), João sublinha a plena humanidade de Jesus, combatendo o docetismo. A ênfase na realidade dos "sinais" (milagres) de Jesus e na ressurreição corporal de Lázaro e do próprio Cristo servem para afirmar a bondade da criação material e a autenticidade da encarnação. A preocupação de Tomé em tocar as feridas de Jesus ressuscitado (Jo 20.24-29) também reforça a realidade física da ressurreição.

3 - O Propósito

3.1 - Um Evangelho Distinto dos Demais

O que são os Evangelhos Sinóticos ?
Os Evangelhos Sinóticos são os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, e são chamados assim porque apresentam uma visão semelhante da vida, ministério, morte e ressurreição de Jesus. A palavra "sinótico" vem do grego "synopsis" que significa "ver juntos" ou "ver do mesmo ponto de vista".
O Evangelho de Marcos seria o mais antigo (escrito entre 60 e 70 d.C); Mateus e Lucas teriam usado Marcos como base.

Quais são as Características dos Evangelhos Sinóticos ?
1. Conteúdo Semelhante: Eles compartilham muitas histórias, ensinamentos, milagres e até mesmo palavras idênticas.
2. Estrutura Paralela: A ordem dos acontecimentos e os relatos são muito parecidos
3. Linguagem e Estilo: Muitas frases aparecem com as mesmas palavras em todos os três Evangelhos.

Por que o Evangelho de João não é Sinótico ?
O Evangelho de João é bastante diferente:
1. Tem Estilo e Linguagem mais Teológicos e Simbólicos
2. Enfatiza mais a Divindade de Jesus
3. Contém discursos longos, como os capítulos sobre o "Bom Pastor" ou a "Videira Verdadeira"
4. Relata milagres exclusivos e omite vários eventos que estão nos sinóticos (como a Última Ceia em forma de instituição).

3.2 - A Teologia Joanina
Resumidamente, as mensagens principais do Evangelho de João são:

1. Jesus é o Filho de Deus e o Verbo Eterno
João apresenta Jesus como o Verbo (Logos) que existia desde o princípio e que se fez carne (Jo 1.1,14). A divindade de Cristo é destacada desde o início.

2. A Salvação vem pela Fé em Jesus
A salvação é oferecida a todos que creem em Jesus como o Filho de Deus (Jo 3.16). A Fé e o meio pelo qual se obtém vida eterna.

3. Jesus dá vida eterna
A "vida eterna" é uma das expressões mais repetidas. Essa vida começa agora para quem crê, não apenas após a morte (Jo 5.24).

4. Jesus é o único caminho para Deus
"Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14.6). João destaca a exclusividade de Cristo como o mediador entre Deus e os homens.

5. A Presença e Ação do Espírito Santo
João chama o Espírito Santo de Consolador (Paráclito), enviado por Jesus para guiar, consolar e ensinar os discípulos (Jo 14.26; 16.13).

6. Jesus realiza sinais para revelar sua glória
João seleciona sete sinais (milagres) com o propósito de revelar a identidade divina de Jesus e levar as pessoas a fé (Jo 20.30-31).

7. Amor como Mandamento Central
Jesus dá o "novo mandamento": "Que vos ameis uns aos outros como eu vos amei" (Jo 13.34). O amor é a marca dos discípulos de Jesus (Jo 13.35).

3.3 - João nos Ensina a Evangelizar

O Versículo de João 3:16
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16)
Esse versículo é o mais conhecido da Bíblia, é considerado o "coração da Bíblia" porque expressa de forma clara e profunda o plano de salvação por meio de Jesus Cristo.
1. Resume o evangelho em uma frase: Fala do amor de Deus, do sacrifício de Jesus e da promessa da vida eterna.
2. É amplamente citado em evangelismo: Usado por missionários, pregadores, e em campanhas evangelísticas.
4. Fácil de memorizar e impactante: A mensagem é curta, direta e poderosa.

O que João Enfatiza sobre o Evangelismo Pessoal ?
João enfatiza como é o Evangelismo Pessoal que devemos praticar inspirados pelo modelo de Jesus em vários pontos, onde o comentarista da nossa lição destacou três, a saber :

1. Quebra de Preconceito Social
O Evangelho de João apresenta Jesus desafiando abertamente as normas sociais e os preconceitos de sua época. Um dos exemplos mais marcantes é o encontro de Jesus com a mulher samaritana (João 4.1-42). Judeus e Samaritanos tinham uma profunda inimizade e evitavam qualquer contato. No entanto, Jesus quebra essas barreiras ao iniciar uma conversa com ela, pede-lhe água e, em seguida, revela-se como o Messias. 
Essa interação não só choca a mulher, mas também surpreende os próprios discípulos de Jesus, que ficam admirados ao vê-lo conversando com uma samaritana.
Além disso, Jesus discute com ela sobre adoração, transcendendo as divisões geográficas e religiosas e afirmando que a verdadeira adoração é em espírito e em verdade, acessível a todos, independentemente de sua origem.
Esse episódio demonstra claramente a rejeição de Jesus ao preconceito racial, religioso e de gênero, mostrando que o amor e a salvação de Deus são para todos.

2. Valor do Perdão
Embora o Evangelho de João não contenha parábolas específicas sobre o perdão como outros evangelhos (por exemplo, a parábola do Filho Pródigo em Lucas), o tema do Perdão é central na sua mensagem, especialmente em relação à missão de Jesus.
O Evangelho de João mostra que o propósito da vinda de Jesus é oferecer a remissão dos pecados e a vida eterna a todos os que creem (João 3.16). O ato da cruz é o maior exemplo do amor perdoador de Deus pela humanidade pecadora.

3. Amor pelos Perdidos
O evangelho de João destaca o profundo amor de Deus e de Jesus pela humanidade, incluindo aqueles que são considerados "perdidos" ou afastados de Deus. A famosa passagem de João 3.16 é o pilar fundamental desse Amor pelos perdidos, ela inclui toda a humanidade, todos os pecadores e aqueles que estão em trevas. Jesus é apresentado como o "Bom Pastor" que dá a vida pelas suas ovelhas e busca aquelas que estão perdidas (Jo 10.11-16). A morte de Jesus na cruz é o ato supremo desse amor , um sacrifício para resgatar a humanidade de sua condição de "perdida" por causa do pecado e reconduzi-la a Deus.


Comentário 
Pr. Éder Tomé

Referências

[1] Bíblia Sagrada (ARC) – Sociedade Bíblica do Brasil - 4° edição - 2009
[2] Bíblia Sagrada King Jones – Atualizada – Fiel aos Originais
[3] Bíblia Sagrada (NTLH) - Linguagem de Hoje
[4] Revista Betel Dominical Adultos - 3T - 2025

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