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Nosso subsídio (comentário da lição) não é o mesmo conteúdo da revista Betel Dominical Adultos, é apenas um texto de auxílio complementar referente aos tópicos e subtópicos da lição.
Introdução
O texto de referência : 2 Coríntios 8.1-5
1 - Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus dada às igrejas da Macedônia.
2 - Como, em muita prova de tribulação, houve abundância do seu gozo, e como a sua profunda pobreza abundou em riquezas da sua generosidade.
3 - Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente.
4 - Pedindo-nos com muitos rogos a graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos.
5 - E não somente fizeram como nós esperávamos, mas a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor e depois a nós, pelo vontade de Deus.
1 - Contribuição à Luz da Bíblia
1.1 - Um Ato de Fé
"Pela fé Abel ofereceu o Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela, Depois de morto" (Hb 11.4)
Assim como a oferta de Abel foi um ato de fé, cremos que o ato de contribuir na igreja com as ofertas e dízimos também é uma forma de demonstrar a sua fé. O importante não é o valor da oferta mais a sinceridade da fé e as intenções do coração. Deus não julgou a oferta de Caim pela oferta em si, mas pelo modo de como caminhava na vida. Deus atentou para a oferta de Abel em virtude de sua fé e suas boas intenções do coração. Somos recebidos pelo Senhor por nossas atitudes do coração e não por nossa contribuição em si: "E disse-lhes: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação" (Lc 16.15).
Os dizimistas não precisam se preocupar com a Doutrina da Prosperidade, visto que automaticamente, o dizimista é abençoado por Deus por sua fidelidade. O Dízimo não deve ser vinculado a salvação, não somos salvos pelas obras, e nem precisamos pagar a salvação, é um ato de fé, onde temos testemunhos e experiência que mostram que Deus abençoa aqueles que são dizimistas. Isto é Fato !
"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dizimais da hortelã, do endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas" (Mt 23.23).
Alguns podem pensar, à primeira vista, que Jesus estivesse condenando o dízimo. Porém o texto revela que Ele estava reprovando a motivação errada. Aqueles religiosos judeus deveriam dar o dízimo sem desprezar ou omitir o mais importante da lei que é o juízo, a misericórdia e a fé. Os escribas e fariseus eram dizimistas para serem vistos e honrados pelos homens e não como fruto sincero de corações agradecidos. Era apenas aparência, falsa religiosidade.[7]
1.2 - Um Ato de Gratidão
"Se Deus dá ao homem bens e riquezas, e lhe concede delas comer e delas tomar sua parte, e se alegrar no seu trabalho, isso é um dom de Deus." (Ec 5.19)
Luciano Subirá explica que Mordomia Cristã é a consciência de que nada do que temos nos pertence, e sim ao Senhor, e que devemos administrar os nossos bens para Ele da melhor maneira possível. A contribuição, por outro lado, é um contínuo lembrete de que somos mordomos e que não deveríamos nos apegar ao que não é nosso [Leia Mais]
Expressamos um sentimento de gratidão ao Senhor ao contribuirmos. Mas, por detrás do sentimento, encontra-se também a obediência a um princípio ou mandamento.
Baseado no princípio da Mordomia Cristã, se utilizarmos os recursos que Deus tem nos dados de modo egoísta não estaríamos provando nossa infidelidade para com Ele ?
Douglas Baptista: Entregar os dízimos significa devolver ao Senhor a décima parte de todos os nossos rendimentos. Já a oferta é extra ao dízimo. Tanto um quanto outro devem ser dados com alegria (2Co 9.7), amor, altruísmo e voluntariedade. O sentimento que deve predominar no coração do crente no momento da entrega solene é o da gratidão a Deus: "O povo se alegrou com tudo o que se fez voluntariamente; porque de coração íntegro deram eles liberalmente ao SENHOR; também o rei Davi se alegrou com grande júbilo" (1Cr 29.9) [7]
1.3 - Um Ato de Amor para com a Obra de Deus
"E ainda, porque amo a casa de meu Deus, o ouro e a prata particulares que tenho dou para a casa de meu Deus, afora tudo quanto preparei para o santuário" (1Cr 29.3 ARA)
Quando a pessoa Ama a obra de Deus ela quer ajudar de todas as maneiras, isso inclui ajuda financeira, e isso agrada a Deus.
Precisamos dar atenção a Obra de Deus, a Igreja precisa de recursos para se manter, para ajudar os necessitados, enviar missionários, enfim, para realizar a missão evangelizadora. As ofertas e dízimos além de ser um ato de Fé e gratidão, também é um ato de Amor, não são imposições, quem assim o faz, está coerente com a vida cristã.
Davi tinha tanto amor pelas coisas de Deus, que desejou em seu coração construir o Templo, o que Deus não permitiu, todavia, mesmo assim disponibilizou três mil e quinhentas toneladas de ouro, trinta e cinco mil toneladas de prata, bronze, ferro, cedro e pedra para que seu filho Salomão o construísse :
"Davi pensava: 'Meu filho Salomão é jovem e inexperiente, e o templo que será construído para o Senhor deve ser extraordinariamente magnífico, famoso e cheio de esplendor à vista de todas as nações. Por isso deixarei tudo preparado para a construção'. Assim, Davi deixou tudo preparado antes de morrer" (1Cr 22.5)
"Com muito esforço providenciei para o templo do Senhor três mil e quinhentas toneladas de ouro, trinta e cinco mil toneladas de prata, e tanto bronze e ferro que nem dá para calcular, além de madeira e pedra. E você poderá aumentar a quantidade desse material" (1Cr 22.14).
Mas adiante, esse Templo de Salomão foi destruído pela invasão babilônica, e muitos judeus foram levados cativos para Babilônia. No ano 538 a.C. os judeus voltaram do Exílio da Babilônia com a permissão do rei da Persa (que colocou o império Babilônico por terra) para a reconstrução da cidade de Jerusalém e do Templo. Todavia, o povo estava preocupado em construir suas próprias casas desprezando a Obra de Deus no que tange a reconstrução do Templo. Eles foram duramente exortados pelo profeta Ageu (Ag 1.1-15), o abandono da reconstrução do Templo tornou a todos impuros perante Deus (Ag 2.10-19), pois demonstraram ingratidão e falta de Amor para com as coisas de Deus. Quem tem amor pelas coisas de Deus, amor para com o Senhor, precisa ter zelo pela casa d'Ele.
2 - Como se deve Contribuir
2.1 - Devemos Contribuir com Regularidade
"No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for" (1Co 16.2)
Luciano Subirá: O apóstolo ensinou que a contribuição deveria ser pessoal, constante, e programada. A Igreja também deveria perceber aqui um princípio administrativo interessante: a necessidade de trabalharmos com fundos que servirão a propósitos específicos e previamente programados [Leia Mais]
2.2 - Devemos Contribuir Proporcional à nossa Renda
"... conforme a sua prosperidade" (1Co 16.2)
O apóstolo Paulo reitera o conceito de que a contribuição deve ser proporcional ao que se recebe. Deus não quer de nós contribuições acima de nossas posses.
"No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder juntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar" (1Co 16.2)
Ainda que a palavra dízimo não apareça nos ensinos do apóstolo Paulo, está implícito (subentendido) todas as vezes em que ele admoesta sobre a contribuição.
Duas coisas aparecem no texto: as contribuições eram feitas no primeiro dia da semana (domingo), proporcionalmente à prosperidade de cada um. O dízimo é exatamente isto. Quando se paga 10 por cento, ele sempre será proporcional. Em outras palavras, quanto mais o crente prospera, mais contribui. [7]
"Porque, se há prontidão, a contribuição aceitável de acordo com aquilo que alguém tem, e não de acordo com o que não tem" (2Co 8.12 NVI)
Não nos conforta saber que Deus não requer de nós acima do que podemos dar ? Aqui o apóstolo Paulo fala de questões sobre o dever de esmola, mas o princípio é aplicável a tudo que envolve o nosso dever, portanto, quando houver a disposição de contribuir, o coração deve estar nesse ato para ser aceitável por Deus, e ninguém é obrigado a dar o que não tem, sua obrigação é proporcional à sua capacidade. Baseado nesse ensinamento, segue uma reflexão: É certo algumas igrejas receberem contribuições com maquininha de crédito (e até de forma parcelada), ou seja, receber um dinheiro que a pessoa ainda não tem ? É certo o que algumas igrejas fazem ao lançar campanhas de sacrifícios acima das posses das pessoas prometendo em nome de Deus milagres financeiros ? Bem sabemos que o método da barganha Neopentecostal tem levado pessoas a se decepcionarem com Deus por falta de entendimento, resultando o aumento das fileiras dos desigrejados. Somente um mercenário da fé exige mais do que as pessoas tem, o exigir demasiado é a descrição apropriado de um tirano, tal atitude não pertence e não vem da parte de Deus.
Albert Barnes: Sua obrigação é proporcional à sua capacidade. Sua oferta é aceitável a Deus de acordo com a grandeza e vontade de seu coração e não de acordo com a estreiteza de sua fortuna. Se os meios são pequenos, se o indivíduo é pobre, e se a dádiva deve ser pequena, ainda assim pode ser o prova de um coração maior e de um amor mais verdadeiro a Deus e à sua causa do que quando é muito mais amplo [...] Esse sentimento o Salvador expressou e defendeu expressamente no caso da viúva pobre (Mc 12.42-44; Lc 21.1-4). Ela que lançara dois ácaros (duas moedas) no tesouro havia investido mais do que tudo o que os ricos haviam contribuído, pois eles haviam dados a sua abundância, mas ela lançara tudo o que possuía (e não mais do que ela tinha) [...]
2.3 - Devemos Contribuir com Alegria
"Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza, ou por necessidade, porque Deus ama ao que dá com alegria" (2Co 9.7)
O apóstolo Paulo além de reiterar o conceito de que a contribuição sistemática deve ser proporcional, afirma que a contribuição deve ser oriunda da motivação correta.
Pb. Gerson Tomé: Pergunte para a classe: "A obediência é o único motivo que os leva a ser um contribuinte da obra do Senhor ?" - Espera-se que os alunos respondam que é um dos motivos, mas quando contribuímos com uma obra de Deus somos movidos pela fé e alegria do Espírito Santo.
3 - Resultados da Contribuição
3.1 - A Contribuição é para a Manutenção da Casa de Deus
Não compete a nós administrarmos as ofertas e dízimos como achamos por bem, esse recurso deve ser destinado a Igreja Local, por certo as contribuições serão destinadas a manutenção da Igreja e a expansão do seu reino.
Se todos os crentes pagassem o dízimo, não haveria necessidade de a igreja local lançar mão de campanhas financeiras para a execução de sua tarefa. O que ocorre é exatamente o oposto. É pequeno o percentual dos que se dispõem a cumprir este mandamento, talvez por falta de ensino e de ter a visão correta do que significa o dízimo.
Malaquias afirmou que o dízimo é para que haja "mantimento na casa do Senhor". Aplicando-se ao contexto de hoje, é o meio que a Igreja tem aqui na terra para realizar a evangelização, enviar missionários, manter os seus obreiros, cuidar da assistência social, construir templos para abrigar o povo e suprir o dia-a-dia da administração. [7]
3.2 - A Contribuição Financeira Honra a Deus
"Honra ao Senhor com os teus bens, e com a primeira parte de todos os teus ganhos" (Pv 3.9)
Joseph Benson: Honre ao Senhor com os teus bens, estabeleça o seu estado, não agradar a si mesmo, mas para glorificar a Deus [...] assim os teus celeiros serão cheios de abundância. Este não é o caminho para diminuir seus bens, como alegam pessoas avarentas e profanas, mas sim para aumentá-lo. [5]
3.3 - A Contribuição Resulta em Abundantes Bênçãos
"Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes" (Ml 3.10)
Adam Clarke: "Trazei todos os dízimos" - Eles haviam retido tanto que os sacerdotes não tinham comida suficiente para sustentar a vida, e o serviço foi interrompido (Ver Neemias 13.10). "E depois fazei prova de mim" - O que dá a Deus nunca diminuirá a tua reserva. Dê como deve e veja se não aumentarei seus recursos abrindo as janelas do céu, dando-lhe chuva e estações frutíferas para que seus celeiros não sejam capazes de conter a abundância de suas colheitas e safras [5]
Veja algumas coisas que acontecem quando, motivado pela visão correta, o crente entrega o dízimo:
a) Sente-se recompensado por sentir-se parte ativa da obra de Deus
b) Deus o socorre em tempos trabalhosos
c) Torna-se exemplo para os demais crentes
d) Deus lhe é recíproco em proporções bem maiores
e) Os recursos são mais abundantes para os projetos da igreja
f) A obra de Deus é realizada com maior rapidez [7]
Comentário
Pr. Éder Tomé
Referências
[1] Bíblia Sagrada (ARC) – Sociedade Bíblica do Brasil - 4° edição - 2009
[2] Bíblia Sagrada King Jones – Atualizada – Fiel aos Originais
[3] Bíblia Sagrada (NTLH) - Linguagem de Hoje
[4] Revista Betel Dominical Adultos - 2T - 2024
[5] versículoscomentados.com.br
[6] Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD
[7] Revista Discipulado - Mestre 1 - Pág.23-24
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