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domingo, 16 de junho de 2024

Lição 12 - Ordenança para Amar o Próximo

 

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Lei 9.610/98 (Direitos Autorais)

Nosso subsídio (comentário da lição) não é o mesmo conteúdo da revista Betel Dominical Adultos, é apenas um texto de auxílio complementar referente aos tópicos e subtópicos da lição. 

Introdução  

O texto de referência :    

Marcos 12.31 
31 - E o segundo, semelhante a este, é, Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.

Romanos 13.8 
8 - A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei.

1 João 3.11 
11 - Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros.

1 João 4.11 
11 - Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros.

1 - Amarás o teu Próximo como a Ti Mesmo
Nessa lição estudaremos sobre o AMOR, suas propriedades e características.

Deus é Amor
Eliezer de Lira e Silva: Essa é uma das declarações mais sublimes da bíblia. O Amor não é apenas um dos atributos de Deus; é a sua própria essência e natureza. O amor divino é totalmente diferente do humano, uma vez que é incondicional, imutável e perfeito. Ainda que o homem o ame menos ou mais, o amor de Deus não sofrerá alteração alguma, porque é da natureza dEle amar. Em tudo o que faz, seu amor é demonstrado. Até mesmo quando corrige, o Eterno o faz porque ama (Hb 12.6). A partir dessa verdade, a Bíblia declara que é impossível alguém conhecer a Deus e não amar: "Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor" (1Jo 4.8). Ora, assim como um filho possui características de seu pai, nós, como filhos de um Deus que ama, naturalmente devemos amar como Ele amou (2Pe 1.4; Jo 15.12), do contrário, não seremos considerados seus filhos. [7]

A Manifestação do Amor de Deus
Eliezer de Lira e Silva: O amor de Deus manifestou-se em Cristo: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16). Cristo é a materialização do amor divino. Jesus é a declaração de amor de Deus ao mundo"Mas um dia apareceu a bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com os homens" (Tt 3.4 KJ). Para o homem, é impossível imaginar a grandeza, a largura, a altura e a profundidade  desse amor. Em sua carta, o apóstolo faz questão de deixar claro que foi o próprio Deus quem tomou a iniciativa de nos amar e demonstrou isso enviando Jesus para perdão dos nossos pecados. Além disso, quando João afirma que Cristo morreu não somente pelos nossos pecados, mas também pelo de todo o mundo"E Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo" (1Jo 2.2), enfatiza a abrangência do seu sacrifício expiatório e a grandeza deste amor"Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores" (Rm 5.8).  [7]

Por que "Amar ao próximo" tem se tornado um desafio ?
"Amar ao próximo como a ti mesmo" é um desafio constante devido ao individualismo e o egoísmo, esses comportamentos tem tomado conta da sociedade, inclusive até de muitos que se dizem cristãos, e isso têm dificultado, e até impedido, os gestos de amor ao próximo. 
O "próximo" é nosso familiar, nosso irmão em Cristo, nosso vizinho, nossos colegas de trabalho e escola, a pessoa carente e excluída da sociedade.
"Amar ao próximo como a ti mesmo" é um desafio devido a iniquidade que impera nestes últimos tempos cuja principal característica é o esfriamento do amor entre as pessoas, inclusive entre os cristãos: "e, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará" (Mt 24.12).

O Amor de Próximo é Reflexo do Amor de Deus derramado em nós
Eliezer de Lira e Silva: Se o Pai, o Deus Todo-Poderoso, o Criador, nos amou antes de ser amado por nós, muito mais nós, seres humanos, que já experimentamos tão maravilhoso amor, devemos amar ao nosso próximo, conforme nos ensina a Parábola do Bom Samaritano (Mc 10.29-37). [7]

1.1 - O Amor é uma Evidência do Novo Nascimento
De acordo com o capítulo 4 da 1 Epístola de João há pelo menos três práticas que evidência se realmente somos filhos de Deus e se realmente somos salvos, a saber: 

1 - O Amor ao próximo (1Jo 4.12,13)
Eliezer de Lira e Silva: Quando somos salvos (nascemos de novo), somos transformados por Deus e feitos seus filhos, passamos a ter o seu amor dentro de nós. O ato de amar ao próximo é uma  prova da nossa nova natureza e filiação. Aquele que já experimentou o amor divino consequentemente ama o seu semelhante. É por isso que o apóstolo afirma com tanta segurança e certeza que quem não ama, não conhece a Deus! [7]

2 - A Confissão de Jesus como Filho de Deus (1Jo 4.15)
Eliezer de Lira e Silva: Aqueles que reconhecem que Jesus Cristo é o Filho de Deus, podem estar convictos de que são a habitação do Senhor. Tais pessoas só podem realizar essa confissão a partir do momento em que experimentam o amor divino [7]

2 - A Confiança no Amor de Deus (1Jo 4.16-18)
Eliezer de Lira e Silva: O crente, que é morada do Espírito Santo de Deus (1Co 3.16,17; 6.19), cumpre seus mandamentos, é santo, tem comunhão com Deus, permanece nEle e ama o seu próximo. Enfim, confia plenamente no amor que o Eterno tem por si e na sua salvação em Cristo. Por isso, está seguro em relação à vida eterna [7]

1.2 - O Amor é o expoente das Virtudes do Fruto do Espírito
Eliezer de Lira e Silva: Deus não é apenas o nosso exemplo de amor ao próximo (Jo 13.15), mas também aquele que nos capacita a amar mediante o Espírito Santo que em nós habita (Rm 5.5; 8.9; 2Co 1.22). Além disso, o amor de Deus é aperfeiçoado em nós, porque somos os seres nos quais Deus manifesta esse amor [7]
Somente através do fruto do Espírito é que o homem pode ser transformado, segundo a imagem de Cristo (2Co 3.18; Cl 3.10; Gl 5.22). Esse fruto é o oposto às obras da carne (Gl 5.19-21). As obras da carne são produtos da concupiscência humana. Porém, o fruto desenvolve-se naturalmente na vida do crente que permanece em Cristo (Jo 15.1-5). As virtudes do Fruto do Espírito são Amor, Gozo, Paz, Longanimidade, Benignidade, Bondade, Fidelidade, Mansidão e Temperança. O Amor é a suprema virtude do fruto do Espírito. Ele expressa a bendita natureza de Deus (1Jo 4.8; Jo 3.16). Assim, os cristãos deve amar incondicionalmente o seu próximo (Lc 6.32; Rm 12.10; 1Jo 4.11). [10]

Pr. Walmir Cohen: Harmonia é o equilíbrio perfeito ou bom ordenamento de todos os aspectos na vida do cristão. Harmonia é a situação de estabilidade mental, emocional e espiritual resultante da proporção de forças ou influências várias pela ação do Espírito Santo. A descrição bíblica perfeita da harmonia encontra-se na lista das qualidades (ou virtudes) morais que compõem o fruto do Espírito (Gl 5.22,23). Essas virtudes formam o caráter geral do cristão e fazem transparecer nele a imagem moral de Jesus. Elas são também o resultado da nova lei do Espírito, que impera nos filhos de Deus (Rm 8.2,5,6,9-11) [11]
 
1.3 - O Amor não faz Mal nem Julga o Próximo

Qual é o Maior Mandamento ?
Vamos ler Romanos 13.8-10 :
8 - A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei. 
9 - Com efeito: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não cobiçarás; e se há algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.
10 - o amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor.
Para fazer uma exposição do texto acima, quero aqui, de forma resumida, relembrar contigo os Dez Mandamentos que encontramos em Êxodo 20.1-17, da seguinte forma:
  1 - Não terás outros deuses diante de mim 
  2 - Não farás imagem de escultura
  3 - Não tomarás o nome de Deus em vão
  4 - Lembra-te do sábado, para o santificar
  5 - Honra o teu pai e a tua mãe
  6 - Não Matarás
  7 - Não Adulterarás
  8 - Não furtarás
  9 - Não dirás falso testemunho
10 - Não cobiçarás

Agora Vamos Ler Marcos 12.28-31 :
28 - Aproximou-se dele um dos escribas que os tinha ouvido disputar, e sabendo que lhes tinha respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o primeiro de todos os mandamentos?
29 - E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamento é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.
30 - Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.
31 - E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.
Aqui Jesus, resume os "Dez Mandamentos" em dois, se guardarmos esses dois mandamentos, estaremos guardando todos os Dez.
É bastante óbvio que a intenção dos quatro primeiros mandamentos difere da intenção dos outros seis. Os quatro primeiros tratam do relacionamento com Deus, enquanto os outros seis regulam relacionamentos interpessoais. Ao ser perguntado sobre o mais importante mandamento (como se eles pudessem ser organizados hierarquicamente), Jesus primeiramente citou Deuteronômio 6.5: "Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento" (Marcos 12.30). Apesar de não lhe pedirem maiores esclarecimentos, Jesus prosseguiu falando também do segundo mandamento: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes." (Marcos 12.31). Isso condensa em uma única frase os últimos seis mandamentos. Observe que Jesus insiste que o amor pode ser determinado. Isso não seria uma profanação do amor ? O amor não é  algo a ser voluntariamente dado ? Ao colocar o amor num contexto de exigência ou mesmo de imposição, Jesus dá a entender que o amor por Deus e pelo próximo se baseia na vontade (livre-arbítrio, de livre e espontânea vontade, por decisão própria) [8]

Agora Vamos Ler Marcos 19.16-21 :
16 - E eis que, aproximando-se dele um jovem, disse-lhe: Bom Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna?
17 - E Ele disse-lhe: Porque me chamas bom? Não há bom senão um só, que é Deus. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos.
18 - Disse-lhe ele: Quais? E Jesus disse: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho; honra teu pai e tua mãe e amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Logo após ser orientado por Jesus sobre o cumprimento do mandamento como requisito para a vida eterna, o rico perguntou: Quais? observe que Jesus não disse nada sobre os quatro primeiros mandamentos (que regula o nosso relacionamento com Deus), mas apenas sobre o segundo grupo (que regulam o nosso relacionamento com o próximo) [...] A falta de amor entre irmãos impede a possibilidade do amor de Deus e torna obscura qualquer expressão de amor por Deus [8]

Ninguém Aborrece sua própria carne
"Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja," (Ef 5.29)
"Amar o próximo como a ti mesmo" implica em não aborrecer a si mesmo. O texto de Romanos 13.8-10 é bem claro: Quem ama não julga o próximo, Quem ama não faz mal ao próximo, Quem ama não mata o próximo, Quem ama não furta e adultera, Quem ama não dá falso testemunho, Quem ama não cobiça as coisas do próximo, Quem ama não age com desonestidade, em fim, o que eu não quero para mim não faço para os outros.

O Amor não faz Mal nem Julga o Próximo
Vamos Ler Mateus 7.1-5 :
1 - Não julgueis, para que não sejais julgados.
2 - Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.
3 - E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?
4 - Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu olho?
5 - Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e então, cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.
Jesus diz que devemos examinar nossos motivos e nossa conduta, em vez de julgar os outros. As características que nos incomodam nos outros são, frequentemente, hábitos que nós mesmos temos. Nossos maus hábitos e padrões de comportamento são os mesmos que queremos modificar nos outros. Você acha fácil aumentar os erros dos outros, e justificar os seus? Se você está pronto a criticar alguém, verifique se você merece a mesma critica. Julgue-se primeiro, e depois com amor, perdoe e ajude seu próximo. [6]

Vamos Ler Tiago 4.11-12 :
11 - Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão e julga a seu irmão, fala mal da lei, e julga a lei; e se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz.
12 - Há só um legislador que pode salvar e destruir: Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?
Jesus resumiu a lei como o amor a Deus e ao próximo (Mt 22.37-40), e Paulo disse que o amor demostrado pelo próximo satisfaria, completamente, a lei (Rm 13.6-10). Quando não amamos, na realidade, infringimos a lei de Deus. Examine suas atitudes e ações para com os outros. Você edifica as pessoas ou as destrói? Quando você estiver pronto a criticar alguém, lembre-se da lei do amor de Deus, e, em vez de criticar, diga algo bom. Dizer algo benéfico aos outros impedirá que você encontre falhas e defeitos, e aumentará sua capacidade de obedecer à lei de amor de Deus. [6]

2 - Aquele que não Ama não Conhece a Deus

A demonstração do Amor identifica o verdadeiro cristão
Elinaldo Renovato: Foi Jesus quem definiu a marca do verdadeiro cristão: "Um  novo mandamento vos dou: Que vos amei uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos  conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros" (Jo 13.34,35). [9]

Aquele que  Ama Conhece a Deus
 "... qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus" (1Jo 4.7b)
Eliezer de Lira e Silva: Essa é a identidade do seguidor de Cristo; somos o reflexo do amor divino para o mundo. João menciona que ninguém viu a Deus (1Jo 4.12) reforçando a necessidade que temos de amar ao próximo, para que o mundo possa (ver Deus em nós) e assim experimentar do seu amor.  A nova criatura é a luz que ilumina o mundo, e suas boas obras são motivo de os descrentes glorificarem ao Senhor:  "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus" (Mt 5.16)  [7]

"Se alguém diz: Eu amo a Deus e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?" (1Jo 4.20)
Elinaldo Renovato: Infelizmente, há cristãos que aborrecem e odeiam uns aos outros. Tal comportamento é inaceitável aos olhos de Deus. A "síndrome de Caim", que é o ódio homicida contra o irmão, tem dominado o coração de muitos que se dizem nascidos de novo. Jesus previu isso: "Nesse tempo, muitos serão escandalizados, e trair-seão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão" (Mt 24.10). É uma terrível e assustadora advertência de João, o apóstolo do amor: "Qualquer que aborrece a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem permanente nela a vida eterna" (1Jo 3.15).  Quem se diz crente, mas se deixa dominar pelo ódio ou amargura contra o seu irmão, não é filho de Deus, pois Deus é amor. [9]

2.1 - O Amor Exige Perdão
O Perdão é uma forma de amor.
Quando você perdoa, permite que Deus também anule suas ofensas.
Como oraremos o PAI NOSSO se não temos a atitude de Perdoar ?
Como chegaremos a Deus orando : "Pai nosso, que estais nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feito a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas (ofensas), assim como nós perdoamos aos nossos devedores (que pecou, falhou contra nós); e não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, o poder e a glória, para sempre. Amém" (Mt 6.9-13)
Marcos Tedesco: Outro elemento que nos chama a atenção na oração do Pai-Nosso é a incisiva aplicação do princípio da reciprocidade [...] o Mestre explica que se perdoarmos as ofensas dos homens, o Pai Celestial nos perdoará também. Mas, se não perdoarmos aos que nos ofendem, também não seremos perdoados por Deus. Precisamos colocar em prática esse ensinamento todos os dias das nossas vidas, o perdão é uma importante chave para que o Pai Celeste nos abençoe com a sua ação curadora e nos perdoe pelas faltas (Mt 18.21,22; Ef 4.32; Cl 3.13). Aquilo que desejamos para as nossas vidas, antes precisamos buscar levar a vida dos nossos próximos, sempre (Lc 6.37; Mt 7.12)  [15]

Quando você perdoa alguém, além do perdão de Deus, você se livra de tensões, inabilidade para dormir e até doenças. O seu crescimento espiritual não é prejudicado, e aumenta a sua capacidade de amar o Senhor. Evita dúvidas sobre a sua salvação. Você dá um belo testemunho aos outros. Estes benefícios espirituais do perdão atingem tanto o perdoador como o perdoado. E o mais importante: o nome de Deus é exaltado entre os homens [12]

Uma das táticas mais eficientes de Satanás para reduzir a eficácia dos cristãos é instigar atritos, facções, ciúmes, maledicências, calúnias ou simples falta de educação entre os crentes. A falta de perdão não só divide o corpo como também destrói a alegria, age como um câncer ameaçador, remove o poder do testemunho e bloqueia o fluxo do Espírito Santo. Howard Bushnell escreveu: "O perdão é a necessidade mais profunda do ser humano e sua maior realização" [13]
     
2.2 - O Amor Exige Disciplina
"Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita (castiga) a qualquer que recebe por filho" (Hb 12.6)
Não é porque Deus nos ama que permitirá que andemos na desordem, descumprindo seus mandamentos e estatutos. Deus agirá com seu cuidado para não nos deixar seguir um curso de pecado que nos levaria a ruínas. Albert Barnes destaca: "o próprio fato de Deus nos corrigir mostra que Ele tem em relação a nós os sentimento de um Pai e exerce em relação a nós um cuidado paterno ... e como existe na vida de todo filho de Deus algo que merece correção, acontece que é universalmente verdade que 'a quem o Senhor ama, Ele castiga' ". 
A disciplina por si só, é um ato de compaixão e amor. A mesma reflexão se aplica quanto a existência da disciplina na Igreja. Quando se trata de pecado, a igreja deve usar a disciplina, pois quando alguém passa a viver no pecado fere a si e ao corpo de Cristo, necessita ser repreendida para que se arrependa e abandone a prática do pecado. A Bíblia nos ensina quatro tipos de repreensão disciplinar: (repreensão pessoal, repreensão com testemunhas, repreensão pública  e por último a exclusão).

"Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros; porque o amor cobrirá a multidão de pecados" (1Pe 4.8 ACF)
Samuel Malafaia: [...] note que o amor não ENCOBRE, e sem COBRE uma multidão de pecados. Isso quer dizer: o verdadeiro amor não passa a mão por cima de quem errou o alvo ou fraquejou no Corpo de Cristo. Como, então, pode o amor cobrir, ou fazer com que inúmeros pecados não tenham relevância? Isso acontece porque, quando temos esse amor em nosso coração, em vez de percebermos as falhas dos nossos irmãos, relevamo-las. Assim, protegemo-nos de agir de maneira incoerente com aquilo que Deus espera de nós. Por outro lado, o amor permite que o ambiente seja favorável e confiável, para aquele que pecou exponha sua fragilidade, confesse e deixe de pecar [14]

2.3 - O Amor Exige Verdade

Amor exige e regozija com a Verdade
"(O Amor) não folga com a injustiça, mas regozija com a verdade" (1Co13.6)
Quem tem a virtude do amor não descansa com as injustiças, e não se alegra com a mentira, antes se indigna com as injustiças e se alegra com a verdade, porque é justo, honesto, verdadeiro.
Há quem se alegra quando o mal cai sobre seus desafetos, no secreto se consola e se alegra por parecer que Deus vingou suas brigas.
Há quem descansa com o sucesso de uma injustiça na vida de seus desafetos. A Injustiça e a falsidade não são qualidades de um cristão verdadeiro.

Mentira é filha do Diabo
"Vós tendes por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira" (Jo 8.44)
As atitudes e as ações desses líderes os identificavam, claramente, como  seguidores de Satanás. Eles podiam não ter consciência disso, mas o ódio que sentiam pela verdade, suas mentiras e suas intenções assassinas indicavam a dimensão do controle que o diabo tinha deles. Eles eram as ferramentas do diabo para a execução dos seus planos; eles falavam a mesma linguagem das mentiras. Hoje, Satanás ainda usa pessoas, em seu esforço para obstruir a obra de Deus (Gn 4.8; Rm 5.12; 1Jo 3.12). [6]
 
3 - O Amor seja não Fingido
"O Amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem" (Rm 12.9)
No grego, a palavra Amor aparece como:
EROS     : Atração física, sexual
STORGE: Sentimento familiar
FHILLOS: Amizade
ÁGAPE   : Amor Incondicional, perfeito e Supremo
Nesse texto, o apóstolo Paulo ensina que o nosso Amor (ÁGAPE) seja verdadeiro, que não seja fingido, hipócrita, com máscara. Nosso amor fraternal deve partir voluntariamente do coração. 
Muitos aprenderam como fingir amar os outros, como falar gentilmente evitando ferir seus sentimentos, e parecer que nos interessamos por eles. Podemos até  mesmo ser habilidosos em fingir compaixão, quando ouvimos falar das necessidades dos outros, ou fingir indignação quando ouvimos falar de injustiças. Mas Deus quer que tenhamos o amor verdadeiro e genuíno, que vai muito além da hipocrisia e da polidez. O amor genuíno requer concentração e esforço. Ele consiste em ajudar os outros a se tornarem pessoas melhores. Ele exige nosso tempo, dinheiro, e envolvimento pessoal. Nenhuma pessoa tem a capacidade de expressar amor a uma comunidade toda; mas o corpo de Cristo, em sua cidade, pode fazê-lo. Procure pessoas que precisem do seu amor, e procure maneiras para que você e os demais crentes possam amar sua comunidade, em Cristo. [6]

3.1 - Amai-vos Cordialmente uns aos outros
"Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros" (Rm 12.10)
Podemos honrar os outros de duas maneiras. Uma delas envolve segundas intenções. Nós honramos nossos patrões, para que nos recompensem; nossos empregados, para que trabalhem mais duro; os ricos, para que contribuam com nossa causa; com os poderosos; para que usem seu poder em nosso favor, e não contra nós. A outra maneira, a de Deus, envolve o amor. Sendo cristãos, devemos honrar as pessoas, porque elas foram criadas à imagem de Deus, porque são nossos irmãos e irmãs em Cristo, e porque têm uma contribuição singular a fazer para a igreja de Cristo [6]

3.2 - A Ninguém devais coisa alguma, a não ser o Amor
"A ninguém devais coisas alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei" (Rm 13.8)
Por que o amor pelos outros é chamado de obrigação? Nós temos uma dívida permanente com Cristo, pelo amor generoso que Ele derramou sobre nós. A única maneira com que podemos pensar em começar a pagar essa dívida é amando os outros. Como o amor de Cristo é infinitamente maior do que nosso, teremos sempre a obrigação de amar nosso próximo. [6]. O Perdão é uma forma de amor, é possível haver divida de Amor por falta de Perdão, de acertos de pendências e diferenças. 
      
3.3 - Suportando-vos uns aos outros em Amor
"Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor" (Ef 4.2)
Ninguém será perfeito aqui na terra, por isso devemos aceitar e amar os outros cristãos apesar de seus defeitos. Quando enxergamos defeitos nos outros crentes, devemos ser pacientes e gentis. Existe alguém cujas ações ou personalidade realmente o incomodam? Ao invés de se concentrar nos pontos fracos ou procurar falhas, ore por essa pessoa. Em seguida, faça ainda mais, passe algum tempo junto dessa pessoa e procure aprender a gostar dela. [6]


Comentário 
Pr. Éder Tomé

Referências

[1] Bíblia Sagrada (ARC) – Sociedade Bíblica do Brasil - 4° edição - 2009
[2] Bíblia Sagrada King Jones – Atualizada – Fiel aos Originais
[3] Bíblia Sagrada (NTLH) - Linguagem de Hoje
[4] Revista Betel Dominical Adultos - 2T - 2024
[5] versículoscomentados.com.br
[6] Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD
[7] Revista Lições Bíblicas - CPAD - 3T - 2009 - Pág.53-54 
[8] Manual do Pentateuco - Vitor Hamilton - CPAD - Pág 218-219
[9] Revista Lições Bíblicas - CPAD - 2T - 2007 - Pág.89
[10] Revista Lições Bíblicas - CPAD - 3T - 2007 - Pág.63
[11] Revista Lições da Bíblia - Central Gospel - nro.12 - Ano 3 - Pág.96-97
[12] Revista Discipulado - Mestre 2 - CPAD - Pág.50
[13] Orgulho Fatal - CPAD - Pág. 191
[14] Revista Lições da Palavra de Deus - C.Gospel - nro.17 - ano 5 - Pág.46
[15] Revista Lições Bíblicas Jovens - CPAD - 1T - 2021 - Pág.71

 

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