12 - E, no dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome.
13 - E, vendo de longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa; e, chegando a ela, não achou senão folhas, porque não era tempo de figos.
14 - E Jesus, falando, disse à figueira: Nunca mais coma alguém fruto de ti. E os seus discípulos ouviram isto.
15 - E vieram a Jerusalém; e Jesus, entrando no templo, começou a expulsar os que vendiam e compravam no templo; e derrubou as mesas dos cambiadores e as cadeiras dos que vendiam pombas.
16 - E não consentia que alguém levasse algum vaso pelo templo.
17 - E os ensinava, dizendo: Não está escrito: A minha casa será chamada, por todas as nações, casa de oração? Mas vós a tendes feito covil de ladrões.
18 - E os escribas e príncipes dos sacerdotes, tendo ouvido isto, buscavam ocasião para o matar; pois eles o temiam, porque toda a multidão estava admirada acerca da sua doutrina.
19 - E, sendo já tarde, saiu para fora da cidade.
20 - E eles, passando pela manhã, viram que a figueira se tinha secado desde as raízes.
21 - E Pedro, lembrando-se, disse-lhe: Mestre, eis que a figueira, que tu amaldiçoaste, se secou.
22 - E Jesus, respondendo, disse-lhes: Tende fé em Deus;
Estudando essa passagem bíblica paralelamente nos Evangelhos sinópticos, teólogos concluem que era o tempo habitual para os primeiros figos maduros e, portanto, era natural esperar que houvesse figos maduros nessa árvore, mesmo porque, as folhas da árvores era um sinal de que havia frutos, todavia, parece que não havia frutos bons para comer.
Thomas Coke: Quanto a expressão de Marcos ao escrever "ainda não era chegado o tempo das árvores produzirem", parecia muito inexplicável que Cristo considerasse uma árvore estéril, embora tivesse folhas, e a amaldiçoasse como tal, quando sabia que ainda não havia chegado o momento de produzir figos. Para alguns teólogos a frase "tempo dos figos" não significa o tempo do surgimento dos figos, mas o tempo de reunir os figos maduros, como é evidente nas expressões paralelas. [5]
Podemos notar em outras passagens que a frase "tempo dos frutos" se refere ao tempo da colheita dos frutos maduros, exemplo:
"E, chegado o tempo dos frutos, enviou os seus servos aos lavradores, para receber os seus frutos." (Mt 21.34)
Versão paralela do texto :
"Na época da colheita, enviou um servo aos lavradores, para receber deles parte do fruto da vinha" (Mc 12.2)
Portanto, a questão aqui neste estudo é que Jesus não encontrou figos maduros para comer e deveria ter encontrado, e então usando da sua AUTORIDADE amaldiçoou aquela figueira. No dia posterior, essa figueira estava seca.
Para Adam Clarke, o momento da figueira, já era para ter frutos maduros, assim como a nação judaica já deveria estar produzindo frutos diante das pregações de Jesus, era uma hora apropriada para eles darem frutos. Jesus não amaldiçoou a figueira por algum ressentimento, mas lançando uma sentença para a nação de Israel, a ruína final e total do estado judeu pelos romanos, vejamos ...
Adam Clarke: Jesus estava pregando a doutrina do arrependimento e salvação entre eles por mais de três anos; as influências mais escolhidas do céu haviam caído sobre eles; e tudo foi feito nesta vinha que deveria ser feito, a fim de torná-la frutífera. Agora estava próximo o tempo em que Deus exigiria frutos, bons frutos, da nação de Israel, e se não o produzisse, a árvore deveria ser cortada pelo machado romano. [5]
A figueira infrutífera também representa os cristãos que não dão frutos na obra de Deus, são indiferentes a obra de Deus, e o pior, não dão lugar a presença e operação do Espírito Santo em suas vidas.