Aula presencial dia 20 de maio de 2018
Estimado professor, acredito que já tenha percebido que nosso SLIDE semanal traz uma abordagem DETALHADA de todos os pontos abordados na lição. É um resumo da lição fazendo uso de uma metodologia moderna de ensino, tornando-o mais eficiente e efetivo. Aplica-se ao conteúdo da lição, ilustrações com figuras relacionadas com cada tópico a ser ensinado. Faça bom uso ! Baixe o Slide no formato desejado, Tenha liberdade de cortar, alterar e adicionar conteúdo. Não deixe de Divulgar e Compartilhar nas Redes Sociais !
Texto Áureo
“Jesus respondeu-lhes, e
disse: Na verdade, na verdade
vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes,
mas porque comestes do pão e vos saciastes”. (João 6.26)
vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes,
mas porque comestes do pão e vos saciastes”. (João 6.26)
Verdade Aplicada
Precisamos perceber nos milagres, à luz da Palavra de Deus,
além dos
benefícios imediatos e temporais, pois há sinal no milagre.
Motivo de Oração
Peça ao Senhor para cobrir os Seus Filhos com a Sua proteção divina.
Hinos sugeridos.
6 - Na Maldição da Cruz
7 - Cristo Cura Sim !
577 - Em Fervente Oração
Marcos 16.20
20 E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com
eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém.
Atos 4.14
14 E, vendo estar com eles o homem que fora curado, nada tinham que
dizer em contrário.
Atos 8.6
6 E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia,
porque ouviam e viam os sinais que ele fazia.
Atos 9.41-42
41 E ele, dando-lhe a mão, a levantou e, chamando os santos e as viúvas,
apresentou-lha viva.
42 E foi isto notório por toda a Jope, e muitos creram no Senhor.
Segunda-feira - Números 14:22-23
22 - E que todos os homens que viram a minha glória e os meus sinais, que fiz no Egito e no deserto, e me tentaram estas dez vezes, e não obedeceram à minha voz,
23 - Não verão a terra de que a seus pais jurei, e nenhum daqueles que me provocaram a verá.
23 - Não verão a terra de que a seus pais jurei, e nenhum daqueles que me provocaram a verá.
Terça-feira - Deteronômio 4:35-40
35 - A ti te foi mostrado para que soubesses que o Senhor é Deus; nenhum outro há senão ele.
36 - Desde os céus te fez ouvir a sua voz, para te ensinar, e sobre a terra te mostrou o seu grande fogo, e ouviste as suas palavras do meio do fogo.
37 - E, porquanto amou teus pais, e escolheu a sua descendência depois deles, te tirou do Egito diante de si, com a sua grande força,
38 - Para lançar fora de diante de ti nações maiores e mais poderosas do que tu, para te introduzir e te dar a sua terra por herança, como neste dia se vê.
39 - Por isso hoje saberás, e refletirás no teu coração, que só o Senhor é Deus, em cima no céu e em baixo na terra; nenhum outro há.
40 - E guardarás os seus estatutos e os seus mandamentos, que te ordeno hoje para que te vá bem a ti, e a teus filhos depois de ti, e para que prolongues os dias na terra que o Senhor teu Deus te dá para todo o sempre.
36 - Desde os céus te fez ouvir a sua voz, para te ensinar, e sobre a terra te mostrou o seu grande fogo, e ouviste as suas palavras do meio do fogo.
37 - E, porquanto amou teus pais, e escolheu a sua descendência depois deles, te tirou do Egito diante de si, com a sua grande força,
38 - Para lançar fora de diante de ti nações maiores e mais poderosas do que tu, para te introduzir e te dar a sua terra por herança, como neste dia se vê.
39 - Por isso hoje saberás, e refletirás no teu coração, que só o Senhor é Deus, em cima no céu e em baixo na terra; nenhum outro há.
40 - E guardarás os seus estatutos e os seus mandamentos, que te ordeno hoje para que te vá bem a ti, e a teus filhos depois de ti, e para que prolongues os dias na terra que o Senhor teu Deus te dá para todo o sempre.
Quarta-feira - Deuteronomio 11:7-8
7 - Porquanto os vossos olhos são os que viram toda a grande obra que fez o Senhor.
8 - Guardai, pois, todos os mandamentos que eu vos ordeno hoje, para que sejais fortes, e entreis, e ocupeis a terra que passais a possuir;
8 - Guardai, pois, todos os mandamentos que eu vos ordeno hoje, para que sejais fortes, e entreis, e ocupeis a terra que passais a possuir;
Quinta-feira - Deuteronômio 13:1-4
1 - Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti, e te der um sinal ou prodígio,
2 - E suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los;
3 - Não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos; porquanto o Senhor vosso Deus com todo o vosso coração, e com toda a vossa alma.
4 - Após o senhor vosso Deus andareis, e a ele temereis, e os seus mandamentos guardareis, e a sua voz ouvireis, e a ele servireis, e a ele vos achegareis.
2 - E suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los;
3 - Não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos; porquanto o Senhor vosso Deus com todo o vosso coração, e com toda a vossa alma.
4 - Após o senhor vosso Deus andareis, e a ele temereis, e os seus mandamentos guardareis, e a sua voz ouvireis, e a ele servireis, e a ele vos achegareis.
Sexta-feira - Mateus 11:20-24
20 - Então começou ele a lançar em rosto às cidades onde se operou a maior parte dos seus prodígios o não se haverem arrependido, dizendo:
21 - Ai de ti, Corazim! ai de ti, Betsaida! porque, se em Tiro e em Sidom fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há muito que se teriam arrependido, com saco e com cinza.
22 - Por isso eu vos digo que haverá menos rigor para Tiro e Sidom, no dia do juízo, do que para vós.
23 - E tu, Cafarnaum, que te ergues até o céu, serás abatida até o inferno; porque, se em Sodoma tivessem sido feitos os prodígios que em ti se operaram, teria ela permanecido até hoje.
24 - Eu vos digo, porém, que haverá menos rigor para os de Sodoma, no dia do juízo, do que para ti.
21 - Ai de ti, Corazim! ai de ti, Betsaida! porque, se em Tiro e em Sidom fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há muito que se teriam arrependido, com saco e com cinza.
22 - Por isso eu vos digo que haverá menos rigor para Tiro e Sidom, no dia do juízo, do que para vós.
23 - E tu, Cafarnaum, que te ergues até o céu, serás abatida até o inferno; porque, se em Sodoma tivessem sido feitos os prodígios que em ti se operaram, teria ela permanecido até hoje.
24 - Eu vos digo, porém, que haverá menos rigor para os de Sodoma, no dia do juízo, do que para ti.
Sabado - Hebreus 2:1-4
1 - Portanto, convém-nos atentar com mais diligência para as coisas que já temos ouvido, para que em tempo algum nos desviemos delas.
2 - Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda a transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição.
3 - Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram;
4 - Testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade?
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ESBOÇO DA LIÇÃO
IIntrodução
1. Deus, o Operador de milagres.
2. A relação entre milagres e sinais
3. Os milagres e a Palavra de Deus.
Conclusão
Lição 8 - Os propósitos de Deus nos milagres
Professor deixo como sugestão para o
inicio da aula o comentário bíblico abaixo que de forma sintética introduz o
nosso tema e é ideal para o primeiro contato com a classe:
“O
dia prolongado
O evento do dia prolongado (vv.12-14) não é facilmente explicado pela
ciência. É preciso reconhecer que Aquele que fez as leis da Natureza tem o
direito de usá-las. Aquele que usou a saraiva como arma de destruição contra
seus inimigos também poderia usar a luz e as trevas para servirem aos seus
propósitos. A soberania de Deus sobre a natureza o capacita a promover seu
reino espiritual pelo uso do mundo físico. O salmista enfatizou que todo o
universo visível existe para propósitos espirituais. Ele afirmou que 'os céus
manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de suas mãos. Um
dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite' (Sl
19.1,2). Também declarou que 'do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e
aqueles que nele habitam' (Sl 24.1). Josué não demonstrou hesitação ao chamar
as forças do universo para ajudá-lo contra aqueles que se opunham a Deus (12).
A declaração de que não
houve dia semelhante a este, nem antes nem depois dele (14)
reafirma a singularidade deste evento. Também destaca o fato de que Deus usa
milagres com grande reserva. Ele evita que os homens se tornem dependentes
deles. Deus insiste que devemos depender Dele próprio, que realiza os
milagres".
(MULDER, C. O. (et al) Comentário
bíblico Beacon. Vol. 2 Josué a Ester. RJ: CPAD, 2005, p.51.)
TEXTO ÁUREO
Lição 8 - Os propósitos de Deus nos milagres
Professor deixo como sugestão para o
inicio da aula o comentário bíblico abaixo que de forma sintética introduz o
nosso tema e é ideal para o primeiro contato com a classe:
“O
dia prolongado
O evento do dia prolongado (vv.12-14) não é facilmente explicado pela
ciência. É preciso reconhecer que Aquele que fez as leis da Natureza tem o
direito de usá-las. Aquele que usou a saraiva como arma de destruição contra
seus inimigos também poderia usar a luz e as trevas para servirem aos seus
propósitos. A soberania de Deus sobre a natureza o capacita a promover seu
reino espiritual pelo uso do mundo físico. O salmista enfatizou que todo o
universo visível existe para propósitos espirituais. Ele afirmou que 'os céus
manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de suas mãos. Um
dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite' (Sl
19.1,2). Também declarou que 'do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e
aqueles que nele habitam' (Sl 24.1). Josué não demonstrou hesitação ao chamar
as forças do universo para ajudá-lo contra aqueles que se opunham a Deus (12).
A declaração de que não
houve dia semelhante a este, nem antes nem depois dele (14)
reafirma a singularidade deste evento. Também destaca o fato de que Deus usa
milagres com grande reserva. Ele evita que os homens se tornem dependentes
deles. Deus insiste que devemos depender Dele próprio, que realiza os
milagres".
(MULDER, C. O. (et al) Comentário
bíblico Beacon. Vol. 2 Josué a Ester. RJ: CPAD, 2005, p.51.)
TEXTO ÁUREO
“Jesus respondeu-lhes, e disse: Na verdade, na verdade vos digo que me
buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos
saciastes”(Jo 6.26).
VERDADE APLICADA
Precisamos perceber nos milagres, à luz da Palavra de Deus, além dos
benefícios imediatos e temporais, pois há sinal no milagre.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
1 - Lembrar que Deus operou e ainda opera milagres;
2 - Mostrar a relação entre milagres e sinais;
3 - Enfatizar que os milagres não substituem a Palavra de Deus.
TEXTO REFERÊNCIA
Marcos 16.20
E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém.
Atos 4.14
E, vendo estar com eles o homem que fora curado, nada tinham que dizer em contrário.
Atos 8.6
E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia.
Atos 9.41-42
E ele, dando-lhe a mão, a levantou e, chamando os santos e as viúvas, apresentou-lha viva. E foi isto notório por toda a Jope, e muitos creram no Senhor.
Louvemos
ao Senhor pela vida de nosso comentarista que com muita graça e maestria
comenta esta lição...
INTRODUÇÃO
Reduzir o significado e o propósito dos muitos milagres operados por
Deus no passado, e também no presente, é não refletir sobre as consequências e
a influência dos mesmos em outras áreas da vida.
1. Deus, o Operador de milagres.
Iniciaremos o estudo deste tema lembrando que o Senhor Deus operou
milagres e os realiza ainda hoje, pois o Seu poder não diminuiu, Ele é o mesmo
(Tg 1.17; Hb 13.8). Para Deus nada é impossível (Lc 1.37). Uma prova disso é
que encontramos na Bíblia o registro de centenas de milagres.
1.1. O que é um milagre?
Segundo o dicionário, “milagre” é definido como “feito ou ocorrência
extraordinária, que não se explica pelas leis da natureza”. Biblicamente a
ênfase recai sobre os atos maravilhosos de Deus, que retratam Sua atividade na
criação e na história. Estamos usando a expressão “ênfase”, pois a Bíblia
também registra sinais e prodígios operados por espíritos enganadores (2Ts
2.9-10; Ap 13.3-4, 12-15). No Antigo Testamento o termo em hebraico “´ôt” em
várias passagens se refere a “sinais miraculosos”, como as pragas que vieram
sobre os egípcios. Também há o termo “môpet”, no sentido de “maravilhas” ou
“milagre”.
Os termos citados designam os muitos acontecimentos extraordinários
produzidos pelo poder de Deus ao longo da história (Êx 7.3; Dt 4.34; Sl 135.9;
Jr 33.20, entre outros textos). C. S. Lewis assim definiu milagre: “Milagre é
uma interferência na natureza por um poder sobrenatural”. Os milagres de Deus
em favor do Seu povo demonstram, assim, atos salvíficos e apontam para uma
salvação ainda mais abrangente no futuro, como se expressou o professor de
Teologia Sistemática na Califórnia, C. Brown. Os propósitos de Deus para o Seu
povo alcançam a eternidade. Não se limitam à existência debaixo do sol.(Revista
do professor)
1.2. Os milagres de Cristo.
No novo testamento a expressão grega “semeion” indica “sinal”,
“maravilha”, “milagre” (Jo 2.11, 18, 23; 4.48). Também é utilizado, dentre
outros, o termo “dunamis”, ou seja, “poder”, para indicar ações sobrenaturais
(At 2.22; 8.13; entre outros). A passagem de Jesus Cristo aqui na terra, desde
a concepção até a Sua ascenção, foi marcada por milagres e maravilhas. Gerado
no ventre de Maria pela ação do Espírito Santo, efetuou curas, ressurreições e
expulsão de demônios, ressuscitou ao terceiro dia e foi elevado aos céus à
vista de Seus discípulos (Mt 1.20; 4.23-24; 28.1-6; At 1.9-10; 2.22).
Tais atos sobrenaturais socorreram necessitados, atraíram multidões,
provocaram invejas, atestaram a missão messiânica de Jesus e levaram pessoas a
glorificar a Deus. E evidente que os evangelhos não registram todos os milagres
operados por Jesus (Jo 20.30), pois muitos livros precisariam ser escritos (Jo
21.25). Contudo, o que chegou até nós testifica que o Deus que operava sinais e
maravilhas no período do Antigo Testamento continuou operando maravilhas por
intermédio de Jesus Cristo (At 2.22). E Jesus Cristo, ressuscitado e à direita
de Deus, é o mesmo para sempre (Hb 13.8).(Revista do professor)
1.3. Milagres após a ascenção de
Cristo.
A continuidade dos milagres tem sido uma realidade ao longo da história
da Igreja. O próprio Jesus, antes de retornar ao céu, disse aos Seus discípulos
que sinais seguiriam aos que cressem (Mc 16.17). A Bíblia registra que, após a
ascensão, o Senhor cooperava com os discípulos confirmando a Palavra pregada
com sinais (Mc 16.20). Alguns dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito
Santo à Igreja são os dons de curar e a operação de maravilhas (1Co 12.9-10).
No livro de Atos encontramos diversos relatos acerca da operação de
milagres por intermédio dos discípulos, enquanto ocorria a proclamação do
Evangelho. Palavras e atos; pregação e sinais (At 3.9-12, 19; 8.5-6; 14.3;
15.12; 19.11). Interessante refletir que a ausência de milagres não significa
que findou a “era dos sinais de maravilhas”, até porque não há base bíblica
para afirmarmos que os milagres se restringiram ao período apostólico. Notemos
dois motivos para a não operação de muitas maravilhas: incredulidade (Mt 13.58;
Mc 6.1-6) e curiosidade (Lc 23.8). Até mesmo no tempo do
Antigo Testamento houve períodos nos quais o povo não estava testemunhando
sinais e mensagens proféticas (Sl 74.9).(Revista do professor)
2. A relação entre milagres e sinais.
Neste tópico vamos considerar a palavra “sinal” de acordo com os
significados que encontramos no dicionário da língua portuguesa, entre outros:
“aquilo que serve de advertência; que possibilita conhecer; demonstração
exterior duma intenção; aceno”.
2.1. A importância de perceber os
sinais.
Devemos refletir na importância de enxergarmos nos milagres, maravilhas
e prodígios do Senhor, sinais de Deus para nós. Ou seja, olhar além do milagre
em si. O próprio Cristo lançou em rosto da multidão que o buscava o fato de que
O procuravam “não pelos sinais”, mas porque haviam desfrutado do milagre da
multiplicação dos pães e peixes (Jo 6.26). Não haviam enxergado no milagre o
sinal de Deus: Jesus Cristo é o verdadeiro pão do céu. Ele é o pão da vida (Jo
6.32, 35).
Os milagres operados por Cristo não eram o objetivo final em si, mas,
sim, fazer com que os beneficiados passassem a crer em Cristo como o messias
prometido e que veio para “buscar e salvar o que se havia perdido” (Jo 4.48; Lc
19.10). Há sinal em cada milagre! Desse modo, podemos dizer que a realização de
um milagre não é sinônimo de que Deus está aprovando o modo de vida do beneficiado
ou da pessoa por quem o milagre e as maravilhas estão sendo realizadas (Mt
7.21-23).(revista do professor)
O
MILAGRE ABRE A PORTA DA PALAVRA
Realizado o milagre, o que fizeram os apóstolos? Certamente não
trabalharam o seu marketing pessoal nem foram abrir uma igreja independente.
Sabendo que a excelência estava em Cristo e não em si, aproveitaram a ocasião a
fim de proclamar o evangelho. Como tem você agido quando Deus usa-o na
realização de um milagre ou prodígio? Chama a glória toda a si? Ou glorifica o
Senhor da glória? Observe o modo como os apóstolos trataram o prodígio.
A proclamação da Palavra é mais importante que o milagre. Não resta
dúvida de que um portento fora realizado. Era notório a todos (At 4.16). Era
algo simplesmente inegável. Todavia, os apóstolos estavam prestes a mostrar que
aquela ocasião era mais do que propícia à proclamação da Palavra de Deus. Hoje,
temos muitas terças e quintas-feiras de milagres. Mas que todos os dias sejam
dedicados à pregação do evangelho. O Senhor Jesus estará presente entre nós
operando sinais e prodígios diariamente.
A proclamação da Palavra deve ser feita a tempo e a fora de tempo. É o
que recomenda Paulo a Timóteo: “Conjuro-te, pois diante de Deus e do Senhor
Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, que
pregues a palavra, instes a tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a
longanimidade e doutrina” (2 Tm 4.1,2).
Por conseguinte, Pedro e João aproveitaram a oportunidade a fim de
proclamar o Evangelho de Cristo tanto para o povo quanto para os sacerdotes.
Leia com vagar os capítulos três e quatro de Atos dos Apóstolos. E veja quantas
portas a pregação da Palavra foram abertas através do milagre operado pelos
apóstolos na Porta Formosa. Tem você aproveitado as oportunidades para anunciar
a mensagem da cruz? Ou acha que o milagre não passa de um espetáculo? É chegado
o momento de se pregar a tempo e fora de tempo que Cristo Jesus morreu e
ressuscitou para salvar o pecador.
( Lições CPAD Jovens
e Adultos » 2011 » 1º Trim)
2.2. Milagres e relacionamento com Deus.
É muito comum a associação entre a operação de maravilhas e milagres com
a aprovação divina. Contudo, Jesus operou muitos prodígios em Cafarnaum, mas
disse que no juízo vindouro aquela geração sofreria mais rigor do que os de
Sodoma, pois, apesar de tantos milagres, não se arrependeram (Mt 11.20-24). O
Senhor estava dizendo que os habitantes daquela cidade deveriam ter se voltado
para Deus, pois ele estava se manifestando de maneira tão poderosa. Porém, eles
demonstraram que estavam interessados tão somente em desfrutar dos milagres
produzidos pelo poder de Jesus. Eles não queriam relacionamento ou compromisso.
Queriam continuar vivendo suas vidas do mesmo jeito.
Muitos hoje também só querem ser beneficiados pelos milagres, mas não
querem mudança de vida e passar a viver como discípulos de Jesus. Querem
receber e ouvir sobre milagres, contudo, não estão interessados em serem
confrontados pela Palavra de Deus. No tempo de Jesus muitos creram nEle pelo
que viam Ele fazer, mas não havia mudança no coração. O apóstolo João registrou
acerca destes, dizendo que o próprio Jesus “não confiava neles” (Jo 2.23-25).(revista
do professor)
E, estando ele em Jerusalém pela páscoa, durante a festa, muitos, vendo
os sinais que fazia, creram no seu nome.
Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia;
E não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem
sabia o que havia no homem.(João 2:23-25)
2.3. Lições a partir dos milagres.
Considerando três expressões do significado da palavra “sinal”, conforme
exposto no início do tópico, podemos extrair preciosas lições sobre como lidar
com os milagres e maravilhas de Deus: advertência, conhecimento e aceno. Deus tem utilizado meios para advertir, se revelar
e acenar para o ser humano acerca da Sua existência, do Seu interesse por nós,
da Sua providência, do Seu plano de salvação e de Seus propósitos. Precisamos procurar conhecer os caminhos do Senhor
(Sl 103.7) e não apenas desfrutar dos Seus feitos. Apesar de ter visto e
desfrutado das obras de Deus, toda uma geração pereceu no deserto, porque não
conheceu os caminhos do Senhor (Hb 3.9-10).
Não conheceram por não terem atentado para a Palavra de Deus. Não
procuraram obedecer às orientações divinas. Ou seja, não perceberam que Deus
estava operando tantas maravilhas não apenas para suprir necessidades físicas (fome,
sede, proteção, etc.), mas, também (e principalmente), atraí-los a Si para
ensinar-lhes verdades espirituais (Nm 14.11, 22). Desfrutaram dos milagres e
prodígios, “mas Deus não se agradou da maior parte deles” (1Co 10.5). É preciso
perceber o sinal no milagre.
Quando
Jesus curava um enfermo normalmente ele primeiro perdoava os pecados para
posteriormente atender a necessidade física, por exemplo:
E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão
os teus pecados.
Qual é mais fácil? dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados;
ou dizer-lhe: Levanta-te, e toma o teu leito, e anda?
Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra poder para
perdoar pecados (disse ao paralítico),
A ti te digo: Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa.
Marcos 2:5,9-11
3. Os milagres e a Palavra de Deus.
Antes de Deus falar com Moisés no monte Horebe, primeiro lhe mostrou uma
sarça que ardia e não se consumia. Moisés ficou maravilhado com o que via e
decidiu chegar mais perto para ver. Então, quando o Senhor viu que ele estava
chegando mais perto, o chamou e começou a falar com ele sobre Seus planos e
propósitos (Êx 3.1-4).
3.1. Impactados pela ação divina.
A sarça que ardia e não se consumia era tão somente um sinal para
despertar a atenção de Moisés sobre o que Deus queria falar com ele. Podemos
observar, novamente, o impacto da ação divina nos dois relatos encontrados no
Evangelho de João sobre os samaritanos (Jo 4.39-42) e os galileus (Jo 4.43-45).
Ambos os povos receberam e tiveram um encontro com Jesus. A diferença é a
ênfase que o apóstolo João dá sobre os samaritanos. Considerando os quatro
versículos citados acima, as expressões que se destacam para descrever este
encontro são que eles creram pela palavra, primeiro do testemunho da mulher e
depois do próprio Cristo, a tal ponto que testemunharam que haviam crido em
Jesus porque ouviram e, assim, passaram a conhecer que Ele verdadeiramente era
o Salvador do mundo.
Não há no texto de João 4.39-42 menção da realização de milagres de
curas e libertação dos possuídos por demônios. Podemos crer que o grande
milagre foi produzido pela Palavra de Jesus no coração dos samaritanos.
Enquanto que os galileus “o receberam, porque viram” (Jo 4.45).(Revista do
professor)
Amados
vale a pena fazermos esta comparação entre os samaritanos e os galileus
sugerida por nosso comentarista:
Indo, pois, ter com ele os samaritanos, rogaram-lhe que ficasse com
eles; e ficou ali dois dias.
E muitos mais creram nele, por causa da sua palavra.
E diziam à mulher: Já não é pelo teu dito que nós cremos; porque nós
mesmos o temos ouvido, e
sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo.
E dois dias depois partiu dali, e foi para a Galiléia.
Porque Jesus mesmo testificou que um profeta não tem honra na sua
própria pátria.
Chegando, pois, à Galiléia, os galileus o receberam, vistas todas as coisas que fizera em Jerusalém,
no dia da festa; porque também
eles tinham ido à festa.
João 4:40-45
3.2. A relevância da Palavra.
Tendo em vista as palavras de Jesus para o oficial do rei que foi
procurá-Lo (Jo 4.48), podemos extrair uma importante lição: o milagre e os
sinais podem despertar a atenção e o interesse das pessoas, mas somente a
Palavra de Deus produz a fé e o conhecimento necessários para a salvação (Jo
17.3; 20.30-31). Por isso, Jesus não atendeu o pedido do homem para
acompanhá-lo, mas o estimulou e desafiou a crer em Sua Palavra: “Vai, o teu
filho vive” (Jo 4.50). E aquele servo do rei creu na Palavra de Jesus e
testemunhou o milagre. Ou seja, o milagre, os prodígios e as maravilhas não
substituem a Palavra de Deus. A Bíblia diz que a fé é pelo ouvir (Rm 10.17).
A fé firme e consistente, que está centrada em Cristo e conduz o
discípulo de Jesus a uma vida perseverante, é produzida pela Palavra de Deus.
Acima do milagre está a Palavra de Deus (Dt 13.1-4). Deus alertou o povo de
Israel quanto a possibilidade de surgir um profeta no meio da congregação e
operar um sinal ou prodígio, buscando, assim, desviar o povo da palavra
revelada por Deus. Lembremo-nos de que os magos do Egito também fizeram sinais
diante de Faraó (Êx 7.11, 22; 8.7).(Revista do professor)
3.3. Analisar o milagre a luz da
Palavra.
Deuteronômio 4.34-40 é outro texto que demonstra a relação entre sinais
e Palavra de Deus. O Senhor Deus revela que mostrou ao povo sinais e milagres
para que soubesse que não há outro Deus, para ensinar e para que guardasse os
estatutos e mandamentos. O inimigo sabe da tendência do ser humano de
supervalorizar um milagre e interpretá-lo somente à luz dos acontecimentos
imediatos e dos benefícios recebidos. Mas Deus deixou revelado em Sua Palavra,
a Bíblia, sobre o perigo de se desprezar a Palavra. A Bíblia diz que, aos que
não receberam a Palavra, será enviada a operação do erro, com poder, sinais e prodígios
de mentira (2Ts 2.9-12).
Jesus, em Seu sermão profético, disse que se levantarão falsos profetas
operando sinais e prodígios (Mc 13.22). O inimigo fará até mesmo descer fogo do
céu à terra (Ap 13.13) e enganará com sinais. Precisamos atentar para os
milagres e refletir junto com a Palavra de Deus. Não podemos analisar o milagre
isoladamente. Devemos procurar perceber qual é a fonte, o propósito visado e o
resultado produzido. O Doutor em Teologia e professor Otfried Hofius assim
comentou acerca dos numerosos milagres registrados nos evangelhos: “De modo
geral, as narrativas prestam pouca atenção ao processo milagroso propriamente
dito; concentram sua atenção no encontro entre Jesus e o homem inteiro, com
suas necessidades físicas e espirituais”.
Como identificar a fonte do
milagre? (Dt 13.2). A
primeira e mais segura regra de autenticação dos prodígios realizados por
alguém é a sua coerência bíblica. É impossível alguém operar milagres da parte
do Senhor e, ao mesmo tempo, adotar uma teologia contrária à Bíblia, ou seja,
quem ensina ao povo a seguir a um deus estranho está incitando a rebelião
contra Deus (Dt 13.5). Jesus disse: “[...] por seus frutos os conhecereis” (Mt
7.16). O termo “frutos” não diz respeito apenas ao testemunho pessoal, pois há
ateus e praticantes de doutrinas ocultistas que têm um excelente testemunho
junto à família e diante da sociedade. Ao falar dos “frutos”, o Senhor Jesus
Cristo referiu-se mais ao conteúdo teológico do pregador milagreiro e
enganador.
Deus usa o falso profeta para
provar os seus servos (Dt 13.3). Como já
foi dito, uma das formas mais simples de avaliação de um falso profeta é o
conteúdo de sua mensagem. Se a cosmovisão religiosa e filosófica do profeta, ou
sonhador, acerca de Deus, do ser humano e do mundo afasta-se das Escrituras,
contrariando a doutrina bíblica, ainda que ele faça descer fogo do céu à nossa
vista e impressione o povo, devemos continuar firmes em nosso lugar, pois tais
manifestações são de fonte estranha. Conforme vimos na leitura bíblica, Deus
permite que essas coisas aconteçam para nos provar (13.3). Isso é ainda mais
válido para os dias atuais com tantos inovadores milagreiros, falsos cristos e
pregadores de “outro Jesus, outro espírito e outro evangelho” (2 Co 11.4).
(Lições CPAD Jovens e Adultos » 2010 » 3º Trim)
CONCLUSÃO
Os milagres, prodígios e as maravilhas de Deus são ações de socorro e
providência, bem como sinais de advertência e acenos do Senhor para nós. Ainda
não terminou o período da Igreja na terra, portanto precisamos permanecer
crendo, proclamando e esperando o agir sobrenatural de Deus.
“Jesus respondeu-lhes, e disse: Na verdade, na verdade vos digo que me
buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos
saciastes”(Jo 6.26).
VERDADE APLICADA
Precisamos perceber nos milagres, à luz da Palavra de Deus, além dos
benefícios imediatos e temporais, pois há sinal no milagre.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
1 - Lembrar que Deus operou e ainda opera milagres;
2 - Mostrar a relação entre milagres e sinais;
3 - Enfatizar que os milagres não substituem a Palavra de Deus.
TEXTO REFERÊNCIA
Marcos 16.20
E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém.
Atos 4.14
E, vendo estar com eles o homem que fora curado, nada tinham que dizer em contrário.
Atos 8.6
E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia.
Atos 9.41-42
E ele, dando-lhe a mão, a levantou e, chamando os santos e as viúvas, apresentou-lha viva. E foi isto notório por toda a Jope, e muitos creram no Senhor.
Louvemos
ao Senhor pela vida de nosso comentarista que com muita graça e maestria
comenta esta lição...
INTRODUÇÃO
Reduzir o significado e o propósito dos muitos milagres operados por
Deus no passado, e também no presente, é não refletir sobre as consequências e
a influência dos mesmos em outras áreas da vida.
1. Deus, o Operador de milagres.
Iniciaremos o estudo deste tema lembrando que o Senhor Deus operou
milagres e os realiza ainda hoje, pois o Seu poder não diminuiu, Ele é o mesmo
(Tg 1.17; Hb 13.8). Para Deus nada é impossível (Lc 1.37). Uma prova disso é
que encontramos na Bíblia o registro de centenas de milagres.
1.1. O que é um milagre?
Segundo o dicionário, “milagre” é definido como “feito ou ocorrência
extraordinária, que não se explica pelas leis da natureza”. Biblicamente a
ênfase recai sobre os atos maravilhosos de Deus, que retratam Sua atividade na
criação e na história. Estamos usando a expressão “ênfase”, pois a Bíblia
também registra sinais e prodígios operados por espíritos enganadores (2Ts
2.9-10; Ap 13.3-4, 12-15). No Antigo Testamento o termo em hebraico “´ôt” em
várias passagens se refere a “sinais miraculosos”, como as pragas que vieram
sobre os egípcios. Também há o termo “môpet”, no sentido de “maravilhas” ou
“milagre”.
Os termos citados designam os muitos acontecimentos extraordinários
produzidos pelo poder de Deus ao longo da história (Êx 7.3; Dt 4.34; Sl 135.9;
Jr 33.20, entre outros textos). C. S. Lewis assim definiu milagre: “Milagre é
uma interferência na natureza por um poder sobrenatural”. Os milagres de Deus
em favor do Seu povo demonstram, assim, atos salvíficos e apontam para uma
salvação ainda mais abrangente no futuro, como se expressou o professor de
Teologia Sistemática na Califórnia, C. Brown. Os propósitos de Deus para o Seu
povo alcançam a eternidade. Não se limitam à existência debaixo do sol.(Revista
do professor)
1.2. Os milagres de Cristo.
1.2. Os milagres de Cristo.
No novo testamento a expressão grega “semeion” indica “sinal”,
“maravilha”, “milagre” (Jo 2.11, 18, 23; 4.48). Também é utilizado, dentre
outros, o termo “dunamis”, ou seja, “poder”, para indicar ações sobrenaturais
(At 2.22; 8.13; entre outros). A passagem de Jesus Cristo aqui na terra, desde
a concepção até a Sua ascenção, foi marcada por milagres e maravilhas. Gerado
no ventre de Maria pela ação do Espírito Santo, efetuou curas, ressurreições e
expulsão de demônios, ressuscitou ao terceiro dia e foi elevado aos céus à
vista de Seus discípulos (Mt 1.20; 4.23-24; 28.1-6; At 1.9-10; 2.22).
Tais atos sobrenaturais socorreram necessitados, atraíram multidões,
provocaram invejas, atestaram a missão messiânica de Jesus e levaram pessoas a
glorificar a Deus. E evidente que os evangelhos não registram todos os milagres
operados por Jesus (Jo 20.30), pois muitos livros precisariam ser escritos (Jo
21.25). Contudo, o que chegou até nós testifica que o Deus que operava sinais e
maravilhas no período do Antigo Testamento continuou operando maravilhas por
intermédio de Jesus Cristo (At 2.22). E Jesus Cristo, ressuscitado e à direita
de Deus, é o mesmo para sempre (Hb 13.8).(Revista do professor)
1.3. Milagres após a ascenção de
Cristo.
A continuidade dos milagres tem sido uma realidade ao longo da história
da Igreja. O próprio Jesus, antes de retornar ao céu, disse aos Seus discípulos
que sinais seguiriam aos que cressem (Mc 16.17). A Bíblia registra que, após a
ascensão, o Senhor cooperava com os discípulos confirmando a Palavra pregada
com sinais (Mc 16.20). Alguns dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito
Santo à Igreja são os dons de curar e a operação de maravilhas (1Co 12.9-10).
No livro de Atos encontramos diversos relatos acerca da operação de
milagres por intermédio dos discípulos, enquanto ocorria a proclamação do
Evangelho. Palavras e atos; pregação e sinais (At 3.9-12, 19; 8.5-6; 14.3;
15.12; 19.11). Interessante refletir que a ausência de milagres não significa
que findou a “era dos sinais de maravilhas”, até porque não há base bíblica
para afirmarmos que os milagres se restringiram ao período apostólico. Notemos
dois motivos para a não operação de muitas maravilhas: incredulidade (Mt 13.58;
Mc 6.1-6) e curiosidade (Lc 23.8). Até mesmo no tempo do
Antigo Testamento houve períodos nos quais o povo não estava testemunhando
sinais e mensagens proféticas (Sl 74.9).(Revista do professor)
2. A relação entre milagres e sinais.
Neste tópico vamos considerar a palavra “sinal” de acordo com os
significados que encontramos no dicionário da língua portuguesa, entre outros:
“aquilo que serve de advertência; que possibilita conhecer; demonstração
exterior duma intenção; aceno”.
2.1. A importância de perceber os
sinais.
Devemos refletir na importância de enxergarmos nos milagres, maravilhas
e prodígios do Senhor, sinais de Deus para nós. Ou seja, olhar além do milagre
em si. O próprio Cristo lançou em rosto da multidão que o buscava o fato de que
O procuravam “não pelos sinais”, mas porque haviam desfrutado do milagre da
multiplicação dos pães e peixes (Jo 6.26). Não haviam enxergado no milagre o
sinal de Deus: Jesus Cristo é o verdadeiro pão do céu. Ele é o pão da vida (Jo
6.32, 35).
Os milagres operados por Cristo não eram o objetivo final em si, mas,
sim, fazer com que os beneficiados passassem a crer em Cristo como o messias
prometido e que veio para “buscar e salvar o que se havia perdido” (Jo 4.48; Lc
19.10). Há sinal em cada milagre! Desse modo, podemos dizer que a realização de
um milagre não é sinônimo de que Deus está aprovando o modo de vida do beneficiado
ou da pessoa por quem o milagre e as maravilhas estão sendo realizadas (Mt
7.21-23).(revista do professor)
O
MILAGRE ABRE A PORTA DA PALAVRA
Realizado o milagre, o que fizeram os apóstolos? Certamente não
trabalharam o seu marketing pessoal nem foram abrir uma igreja independente.
Sabendo que a excelência estava em Cristo e não em si, aproveitaram a ocasião a
fim de proclamar o evangelho. Como tem você agido quando Deus usa-o na
realização de um milagre ou prodígio? Chama a glória toda a si? Ou glorifica o
Senhor da glória? Observe o modo como os apóstolos trataram o prodígio.
A proclamação da Palavra é mais importante que o milagre. Não resta
dúvida de que um portento fora realizado. Era notório a todos (At 4.16). Era
algo simplesmente inegável. Todavia, os apóstolos estavam prestes a mostrar que
aquela ocasião era mais do que propícia à proclamação da Palavra de Deus. Hoje,
temos muitas terças e quintas-feiras de milagres. Mas que todos os dias sejam
dedicados à pregação do evangelho. O Senhor Jesus estará presente entre nós
operando sinais e prodígios diariamente.
A proclamação da Palavra deve ser feita a tempo e a fora de tempo. É o
que recomenda Paulo a Timóteo: “Conjuro-te, pois diante de Deus e do Senhor
Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, que
pregues a palavra, instes a tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a
longanimidade e doutrina” (2 Tm 4.1,2).
Por conseguinte, Pedro e João aproveitaram a oportunidade a fim de
proclamar o Evangelho de Cristo tanto para o povo quanto para os sacerdotes.
Leia com vagar os capítulos três e quatro de Atos dos Apóstolos. E veja quantas
portas a pregação da Palavra foram abertas através do milagre operado pelos
apóstolos na Porta Formosa. Tem você aproveitado as oportunidades para anunciar
a mensagem da cruz? Ou acha que o milagre não passa de um espetáculo? É chegado
o momento de se pregar a tempo e fora de tempo que Cristo Jesus morreu e
ressuscitou para salvar o pecador.
( Lições CPAD Jovens
e Adultos » 2011 » 1º Trim)
2.2. Milagres e relacionamento com Deus.
É muito comum a associação entre a operação de maravilhas e milagres com
a aprovação divina. Contudo, Jesus operou muitos prodígios em Cafarnaum, mas
disse que no juízo vindouro aquela geração sofreria mais rigor do que os de
Sodoma, pois, apesar de tantos milagres, não se arrependeram (Mt 11.20-24). O
Senhor estava dizendo que os habitantes daquela cidade deveriam ter se voltado
para Deus, pois ele estava se manifestando de maneira tão poderosa. Porém, eles
demonstraram que estavam interessados tão somente em desfrutar dos milagres
produzidos pelo poder de Jesus. Eles não queriam relacionamento ou compromisso.
Queriam continuar vivendo suas vidas do mesmo jeito.
Muitos hoje também só querem ser beneficiados pelos milagres, mas não
querem mudança de vida e passar a viver como discípulos de Jesus. Querem
receber e ouvir sobre milagres, contudo, não estão interessados em serem
confrontados pela Palavra de Deus. No tempo de Jesus muitos creram nEle pelo
que viam Ele fazer, mas não havia mudança no coração. O apóstolo João registrou
acerca destes, dizendo que o próprio Jesus “não confiava neles” (Jo 2.23-25).(revista
do professor)
E, estando ele em Jerusalém pela páscoa, durante a festa, muitos, vendo
os sinais que fazia, creram no seu nome.
Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia;
E não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem
sabia o que havia no homem.(João 2:23-25)
2.3. Lições a partir dos milagres.
Considerando três expressões do significado da palavra “sinal”, conforme
exposto no início do tópico, podemos extrair preciosas lições sobre como lidar
com os milagres e maravilhas de Deus: advertência, conhecimento e aceno. Deus tem utilizado meios para advertir, se revelar
e acenar para o ser humano acerca da Sua existência, do Seu interesse por nós,
da Sua providência, do Seu plano de salvação e de Seus propósitos. Precisamos procurar conhecer os caminhos do Senhor
(Sl 103.7) e não apenas desfrutar dos Seus feitos. Apesar de ter visto e
desfrutado das obras de Deus, toda uma geração pereceu no deserto, porque não
conheceu os caminhos do Senhor (Hb 3.9-10).
Não conheceram por não terem atentado para a Palavra de Deus. Não
procuraram obedecer às orientações divinas. Ou seja, não perceberam que Deus
estava operando tantas maravilhas não apenas para suprir necessidades físicas (fome,
sede, proteção, etc.), mas, também (e principalmente), atraí-los a Si para
ensinar-lhes verdades espirituais (Nm 14.11, 22). Desfrutaram dos milagres e
prodígios, “mas Deus não se agradou da maior parte deles” (1Co 10.5). É preciso
perceber o sinal no milagre.
Quando
Jesus curava um enfermo normalmente ele primeiro perdoava os pecados para
posteriormente atender a necessidade física, por exemplo:
E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão
os teus pecados.
Qual é mais fácil? dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados;
ou dizer-lhe: Levanta-te, e toma o teu leito, e anda?
Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra poder para
perdoar pecados (disse ao paralítico),
A ti te digo: Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa.
Marcos 2:5,9-11
3. Os milagres e a Palavra de Deus.
Antes de Deus falar com Moisés no monte Horebe, primeiro lhe mostrou uma
sarça que ardia e não se consumia. Moisés ficou maravilhado com o que via e
decidiu chegar mais perto para ver. Então, quando o Senhor viu que ele estava
chegando mais perto, o chamou e começou a falar com ele sobre Seus planos e
propósitos (Êx 3.1-4).
3.1. Impactados pela ação divina.
A sarça que ardia e não se consumia era tão somente um sinal para
despertar a atenção de Moisés sobre o que Deus queria falar com ele. Podemos
observar, novamente, o impacto da ação divina nos dois relatos encontrados no
Evangelho de João sobre os samaritanos (Jo 4.39-42) e os galileus (Jo 4.43-45).
Ambos os povos receberam e tiveram um encontro com Jesus. A diferença é a
ênfase que o apóstolo João dá sobre os samaritanos. Considerando os quatro
versículos citados acima, as expressões que se destacam para descrever este
encontro são que eles creram pela palavra, primeiro do testemunho da mulher e
depois do próprio Cristo, a tal ponto que testemunharam que haviam crido em
Jesus porque ouviram e, assim, passaram a conhecer que Ele verdadeiramente era
o Salvador do mundo.
Não há no texto de João 4.39-42 menção da realização de milagres de
curas e libertação dos possuídos por demônios. Podemos crer que o grande
milagre foi produzido pela Palavra de Jesus no coração dos samaritanos.
Enquanto que os galileus “o receberam, porque viram” (Jo 4.45).(Revista do
professor)
Amados
vale a pena fazermos esta comparação entre os samaritanos e os galileus
sugerida por nosso comentarista:
Indo, pois, ter com ele os samaritanos, rogaram-lhe que ficasse com
eles; e ficou ali dois dias.
E muitos mais creram nele, por causa da sua palavra.
E diziam à mulher: Já não é pelo teu dito que nós cremos; porque nós
mesmos o temos ouvido, e
sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo.
E dois dias depois partiu dali, e foi para a Galiléia.
Porque Jesus mesmo testificou que um profeta não tem honra na sua
própria pátria.
Chegando, pois, à Galiléia, os galileus o receberam, vistas todas as coisas que fizera em Jerusalém,
no dia da festa; porque também
eles tinham ido à festa.
João 4:40-45
3.2. A relevância da Palavra.
Tendo em vista as palavras de Jesus para o oficial do rei que foi
procurá-Lo (Jo 4.48), podemos extrair uma importante lição: o milagre e os
sinais podem despertar a atenção e o interesse das pessoas, mas somente a
Palavra de Deus produz a fé e o conhecimento necessários para a salvação (Jo
17.3; 20.30-31). Por isso, Jesus não atendeu o pedido do homem para
acompanhá-lo, mas o estimulou e desafiou a crer em Sua Palavra: “Vai, o teu
filho vive” (Jo 4.50). E aquele servo do rei creu na Palavra de Jesus e
testemunhou o milagre. Ou seja, o milagre, os prodígios e as maravilhas não
substituem a Palavra de Deus. A Bíblia diz que a fé é pelo ouvir (Rm 10.17).
A fé firme e consistente, que está centrada em Cristo e conduz o
discípulo de Jesus a uma vida perseverante, é produzida pela Palavra de Deus.
Acima do milagre está a Palavra de Deus (Dt 13.1-4). Deus alertou o povo de
Israel quanto a possibilidade de surgir um profeta no meio da congregação e
operar um sinal ou prodígio, buscando, assim, desviar o povo da palavra
revelada por Deus. Lembremo-nos de que os magos do Egito também fizeram sinais
diante de Faraó (Êx 7.11, 22; 8.7).(Revista do professor)
3.3. Analisar o milagre a luz da
Palavra.
Deuteronômio 4.34-40 é outro texto que demonstra a relação entre sinais
e Palavra de Deus. O Senhor Deus revela que mostrou ao povo sinais e milagres
para que soubesse que não há outro Deus, para ensinar e para que guardasse os
estatutos e mandamentos. O inimigo sabe da tendência do ser humano de
supervalorizar um milagre e interpretá-lo somente à luz dos acontecimentos
imediatos e dos benefícios recebidos. Mas Deus deixou revelado em Sua Palavra,
a Bíblia, sobre o perigo de se desprezar a Palavra. A Bíblia diz que, aos que
não receberam a Palavra, será enviada a operação do erro, com poder, sinais e prodígios
de mentira (2Ts 2.9-12).
Jesus, em Seu sermão profético, disse que se levantarão falsos profetas
operando sinais e prodígios (Mc 13.22). O inimigo fará até mesmo descer fogo do
céu à terra (Ap 13.13) e enganará com sinais. Precisamos atentar para os
milagres e refletir junto com a Palavra de Deus. Não podemos analisar o milagre
isoladamente. Devemos procurar perceber qual é a fonte, o propósito visado e o
resultado produzido. O Doutor em Teologia e professor Otfried Hofius assim
comentou acerca dos numerosos milagres registrados nos evangelhos: “De modo
geral, as narrativas prestam pouca atenção ao processo milagroso propriamente
dito; concentram sua atenção no encontro entre Jesus e o homem inteiro, com
suas necessidades físicas e espirituais”.
Como identificar a fonte do
milagre? (Dt 13.2). A
primeira e mais segura regra de autenticação dos prodígios realizados por
alguém é a sua coerência bíblica. É impossível alguém operar milagres da parte
do Senhor e, ao mesmo tempo, adotar uma teologia contrária à Bíblia, ou seja,
quem ensina ao povo a seguir a um deus estranho está incitando a rebelião
contra Deus (Dt 13.5). Jesus disse: “[...] por seus frutos os conhecereis” (Mt
7.16). O termo “frutos” não diz respeito apenas ao testemunho pessoal, pois há
ateus e praticantes de doutrinas ocultistas que têm um excelente testemunho
junto à família e diante da sociedade. Ao falar dos “frutos”, o Senhor Jesus
Cristo referiu-se mais ao conteúdo teológico do pregador milagreiro e
enganador.
Deus usa o falso profeta para
provar os seus servos (Dt 13.3). Como já
foi dito, uma das formas mais simples de avaliação de um falso profeta é o
conteúdo de sua mensagem. Se a cosmovisão religiosa e filosófica do profeta, ou
sonhador, acerca de Deus, do ser humano e do mundo afasta-se das Escrituras,
contrariando a doutrina bíblica, ainda que ele faça descer fogo do céu à nossa
vista e impressione o povo, devemos continuar firmes em nosso lugar, pois tais
manifestações são de fonte estranha. Conforme vimos na leitura bíblica, Deus
permite que essas coisas aconteçam para nos provar (13.3). Isso é ainda mais
válido para os dias atuais com tantos inovadores milagreiros, falsos cristos e
pregadores de “outro Jesus, outro espírito e outro evangelho” (2 Co 11.4).
(Lições CPAD Jovens e Adultos » 2010 » 3º Trim)
CONCLUSÃO
Os milagres, prodígios e as maravilhas de Deus são ações de socorro e
providência, bem como sinais de advertência e acenos do Senhor para nós. Ainda
não terminou o período da Igreja na terra, portanto precisamos permanecer
crendo, proclamando e esperando o agir sobrenatural de Deus.
Bibliografia
[1] Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD - ARC
Biblia de estudo pentecostal, Almeida revista e corrigida, Rio de Janeiro, CPAD
Bíblia do Culto - Editora Betel
Revista EBD Betel Dominical Professor - 2 trimestre 2018, ano 28, número 107 - Editora Betel
Biblia de estudo pentecostal, Almeida revista e corrigida, Rio de Janeiro, CPAD
Bíblia do Culto - Editora Betel
Revista EBD Betel Dominical Professor - 2 trimestre 2018, ano 28, número 107 - Editora Betel
PAE - Plano de Aula Expositiva - Auxílio EBD - http://editorabetel.com.br/auxilio/beteldominical/
1. O que a expressão grega “semeion” indica?
R: “Sinal”, “maravilha”, “milagre” (Jo 2.11, 18, 23; 4.48).
2. O que Jesus, antes de retornar ao céu, disse aos Seus discípulos?
R: Que sinais seguiriam aos que cressem (Mc 16.17).
3. Por que toda uma geração pereceu no deserto?
R: Porque, apesar de ter visto e desfrutado das obras de Deus, não
conheceu os caminhos do Senhor (Hb 3.9-10).
4. O que o milagre, os prodígios e as maravilhas não substituem?
R: A Palavra de Deus (Rm 10.17).
5. O que o texto de Deuteronômio 4.34-40 demonstra?
R: A relação entre sinais e palavra de Deus.
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