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terça-feira, 21 de maio de 2024

Lição 8 - Ordenança para Confessar os Pecados e Perdoar as Ofensas

 

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Nosso subsídio (comentário da lição) não é o mesmo conteúdo da revista Betel Dominical Adultos, é apenas um texto de auxílio complementar referente aos tópicos e subtópicos da lição. 

Introdução  

O texto de referência :    

1 João 1.7-10 
7 - Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
8 - Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.
9 - Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
10 - Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.

1 - Precisamos do Perdão de Deus
"Suportando-vos e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como o Senhor vos perdoou, assim fazei vós também" (Cl 2.12)
Os discípulos de Jesus receberam seu perdão pela sua misericórdia, e estendeu esse mesmo ato a outras pessoas.
O Perdão é um ato da graça divina, e está alicerçado sobre a misericórdia, a bondade e a veracidade do Todo-Poderoso.
Perdoar segundo as Escrituras envolve atitude de legítima fé.
Significa doar-se a si mesmo, sem buscar retribuição.
Perdoar é dar amor quando o inimigo espera ódio; dar absolvição quando o ofensor merece castigo; dar compreensão quando agressor aguarda ira e vingança. [7]

Quando você perdoa, permite que Deus também anule as suas ofensas.
"Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai Celestial vos perdoará a vós" (Mt 6.14).
Além do perdão de Deus, você se livra de tensões, inabilidade para dormir e até doenças. O seu crescimento espiritual não é prejudicado, e aumenta a sua capacidade de amar o Senhor. Evita dúvidas sobre a sua salvação.
Você dá um belo testemunho aos outros. Este benefícios espirituais do perdão atingem tanto o perdoador como o perdoado. E o mais importante: o nome de Deus é exaltado entre os homens. [7]

1.1 - A Necessidade do Arrependimento
Ao ouvir a exposição da Palavra de Deus, o pecador é convencido através do Espírito Santo do estado em que se encontra, a pessoa toma conhecimento dos pecados praticados. A Palavra de Deus fala de uma forma tão forte, que a pessoa muda o coração.
O arrependimento é uma mudança de coração e mente que nos aproxima de Deus. O arrependimento inclui afastar-se do pecado e voltar-se para Deus para obter perdão.
Observe que Arrependimento, confissão e Perdão estão sempre andando juntos.
É necessário se arrepender, confessar e buscar o perdão :
"Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1Jo 1.9)

1.2 - A Necessidade da Confissão do Pecado para o Perdão
Do Arrependimento vem a Confissão e da Confissão vem o Perdão !
É necessário a confissão de pecados: "Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus" (Rm 3.23). 
No entanto: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar" (1Jo 1.9). 
Porém: "O que encobre as suas transgressões nunca prosperará" (Pv 28.13).

A Confissão de pecados é o ato de reconhecer e declarar abertamente o pecado praticado, vem logo após o arrependimento, é um mandamento bíblico e um pré-requisito para receber o perdão de Deus.
Davi Hoffmann: Do ponto de vista espiritual, a confissão proporciona libertação da culpa e da acusação, permitindo que a pessoa exerça todo o seu potencial tanto para sua vida pessoal, quanto para o serviço a Deus. Para a pessoa que confessa, traz alívio e paz, mas além disso, liberta a pessoa de qualquer laço espiritual, pois uma vez que confessamos nosso pecado, já não somos mais reféns daquele que nos acusa, o diabo.
 
1.3 - O Constante Pedido de Perdão
Mesmo depois de converter, o crente ainda pode cair em pecado, por isso vai o alerta bíblico para orar e estar em constante vigilância.
No momento da nossa conversão, no processo de regeneração (nascer de novo) ocorre a "santificação definitiva" que e à libertação instantânea do domínio do pecado por intermédio da maravilhosa graça de Jesus. O pecado não vai mais reinar em nosso corpo mortal (Rm 6.12).
Embora a pessoa regenerada por Cristo apresente transformações em sua vida, não obterá ainda a perfeição absoluta e necessitará da "santificação progressiva" que refere-se ao crescimento gradual do cristão em conhecimento e santidade, ou seja, a regeneração também dá a possibilidade do cristão progredir em santidade tanto em pensamentos como em ações, e o pecado não reinará mais em nós, mediante o arrependimento, confissão, pedido de Perdão e abandono do Pecado.

O pecado dificulta o relacionamento com Deus trazendo consequências ruins para nossa vida, por isso é necessário a pessoa se arrepender do pecado praticado, confessar e pedir o perdão e pedir ajuda de Deus para abandoná-lo.
Devemos confessar nossos pecados para Deus, todavia, muitas vezes além de cometer pecado contra Deus, também pecamos contra nossos irmãos, nesse caso, precisamos ir até nosso irmão ofendido e pedir perdão.

2 - O Credor Incompassivo

2.1 - O Perdão Exige Reciprocidade
"Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas" (Mt 18.35)
A "Parabola do Credor Incompassivo", ensina a forma de lidar com a ofensa e com o perdão.
Deus nos perdoa por intermédio de sua infinita graça, da mesma forma temos a responsabilidade de perdoar aqueles que nos ofendem.
Pedro queria saber quantas vezes deveria perdoar o irmão ofensor. Talvez tenha se sentido generoso ao sugerir: "Até sete?" (Mt 18.21).
Jesus fala que devemos perdoar setenta vezes sete (Mt 18.22), ou seja, na verdade Jesus está ensinando o perdão ilimitado, devemos perdoar quantas vezes forem necessárias com liberalidade e sinceridade.
Os servos do rei emprestavam dinheiro do tesouro imperial. No dia de prestar contas ao rei, identificaram um caso de um empréstimo de "dez mil talentos" (Mt 18.24) tratava-se de uma dívida impagável.
O servo que devia a dívida impagável, em reverência clamou por misericórdia e teve sua dívida perdoada.
No segundo quadro da parábola: O mesmo servo que teve sua dívida perdoada pelo rei, encontrou com seu conservo que lhe devia "cem dinheiros" ou "cem drenários". Contudo, aquele que teve sua dívida perdoada agora resolve ser absolutamente incompreensivo, recusando o perdão, lançando-o na prisão.
Os demais servos, ao sentirem-se revoltados pela atitude injusta do credor incompassivo, levaram o assunto até o conhecimento do rei (Mt 18.31).
O credor  incompassivo(incompreensivo)  acaba estão recebendo o castigo que merece por parte do rei (Mt 18.32-34)   [9]
     
2.2 - O Perdão excede a nossa compreensão de merecimento
O servo não merecia o perdão do rei, e nem o conservo merecia o perdão do servo que era seu credor, o perdão não se dá pelo merecimento.
Deus nos perdoou das nossas dívidas impagáveis não por merecimento, mas pela sua infinita misericórdia.
A mensagem que a parábola quer transmitir é unicamente o perdão de Deus e a obrigatoriedade que os homens têm em perdoar em função de Deus já tê-los perdoado [9]

2.3 - A nossa dívida era impagável
Por causa de nossos delitos e pecados contraímos uma dívida impagável para com Deus (Rm 6.23; 3.23).
O próprio Deus, providenciou uma forma para que pudéssemos "pagar" a nossa dívida, enviou seu filho unigênito para morrer em nosso lugar na cruz do calvário. Cristo verteu o sangue necessário para a remissão de nossos pecados.
A Bíblia nos assegura que "nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito (Rm 8.1). A misericórdia é uma marca do ensino e do ministério do Senhor Jesus. O perdão proporcionado por Deus, em Jesus, jamais poderia ser pago pela humanidade.
Se a misericórdia é uma marca do ministério de Cristo, deve ser também uma marca de seus seguidores. Assim, não podemos endurecer o coração para com aqueles que nos devem, uma vez que Jesus jamais agiu dessa maneira. A ênfase no juízo será proporcional à ênfase na misericórdia:
"Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; a misericórdia triunfa sobre o juízo" (Tg 2.13).

3 - Perdoai-vos uns aos outros

3.1 - Jesus ensina o caminho do Perdão
Elinaldo Renovato: Quando oramos o Pai Nosso, rogamos: "Perdoa as nossas dívidas (ofensas), assim como nós perdoamos aos nossos devedores (ofensores) (Mt 6.12). Muitos estão selando sua culpa com essa oração. Se quisermos que Deus nos perdoe, precisamos também perdoar a ofensa recebida [8]

3.2 - O Perdão é o caminho para cura do corpo e da alma
Quando concedemos o perdão, somos contemplados por toda sorte de bênçãos, vejamos:

(a) Cura espiritual
O verdadeiro perdão sara as feridas da alma e traz alívio e paz ao coração.

(b) Libertação
O verdadeiro perdão liberta o ofendido do peso da mágoa: ele abre mão de seus direitos contra o ofensor, e entrega-os a Deus. Só Ele absolve o devedor quando este confessa suas transgressões e as abandona (Pv 28.13).

(c) Saúde Psicofísica.
O verdadeiro perdão não somente restabelece nossa comunhão com Deus, como também dá saúde à alma, à mente, ao coração e ao corpo promovendo o perfeito equilíbrio entre o homem e o meio em que vive. [8]

Perdoar não é esquecimento, mas nós como cristãos devemos ter um espírito longânimo, quando vir a lembrança de uma ofensa de alguém em nossa memória, se verdadeiramente perdoamos, estaremos livres da ira, do ódio, da mágoa, do espírito de vingança e juízo:
"... porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais lembrarei dos seus pecados" (Jr 31.34)
Elinaldo Renovato: Ora, como pode ser isto? Deus é onisciente e não se lembra de algo? Na verdade, o versículo acima afirma que Deus não mais se lembra do juízo sobre o  pecador arrependido. A lembrança de fato não tem mais efeito negativo, pois Deus já perdoou ! [8] 
      
3.3 - O Perdão precede a Adoração
Antes de Adorar e antes de ofertar, é necessário ter paz com todos, caso contrário, Deus não ira receber nossa adoração e nossas ofertas, isso é bíblico. Se temos algo contra nosso irmão, devemos procurá-lo, e reconciliar com ele [Mt 5.23-24].

Jorge Linhares: É próprio do ser humano sentir o desejo de vingar-se quando é ofendido por alguém. O primeiro desejo de quem sofre uma ofensa é "pagar com a mesma moeda". Parece que isso trará um prazer como de uma conquista ou vitória. No entanto, tal pensamento não é coerente com o espírito cristão (Lc 9.52-55). Jesus proíbe o ato de vingança porque esse é sempre produzido pela ira. A Bíblia recomenda que a vingança pertence ao Senhor (Rm 12.19). O apóstolo Paulo em seus ensinos destaca que em lugar de vingança, o cristão deve povoar a mente e o coração (Fp 4.8) e, em outra ocasião, ele ressalta a necessidade do perdão (2Co 2.10-11).   [10]


Comentário 
Pr. Éder Tomé

Referências

[1] Bíblia Sagrada (ARC) – Sociedade Bíblica do Brasil - 4° edição - 2009
[2] Bíblia Sagrada King Jones – Atualizada – Fiel aos Originais
[3] Bíblia Sagrada (NTLH) - Linguagem de Hoje
[4] Revista Betel Dominical Adultos - 2T - 2024
[5] versículoscomentados.com.br
[6] Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD
[7] Revista Discipulado - Mestre 2 - CPAD - Pág.46-51
[8] Revista Lições Bíblicas - Adulto - CPAD - 3T - 2003 - Pág.17
[9] Revista Lições Bíblicas - Adulto - CPAD - 4T - 2018
[10] Revista Lições da Bíblia - Central Gospel - Nro.5 - Ano 2 

domingo, 12 de maio de 2024

Lição 7 - Ordenança para uma Vida de Fidelidade e Lealdade

 

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Lei 9.610/98 (Direitos Autorais)

Nosso subsídio (comentário da lição) não é o mesmo conteúdo da revista Betel Dominical Adultos, é apenas um texto de auxílio complementar referente aos tópicos e subtópicos da lição. 

Introdução  

O texto de referência :    

Lucas 16.10-12 
10 - Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo, também é injusto no muito.
11 - Pois, se nas riquezas injustas não fostes fiéis, quem vos confiará as verdadeiras?
12 - E, se no alheio não fostes fiéis, quem vos dará o que é vosso?

1 Coríntios 4.1-2 
1 - Que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus.
2 - Além disso, requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel.

1 - A Fidelidade a Deus
Há quem diga que os relacionamentos pessoais sólidos, onde existe a Fidelidade são fundamentados em quatro pilares: Comunicação, respeito, confiança e cuidado. Se não existir esse fundamento o relacionamento não resistirá o teste do tempo, pois demostrará ser algo descartável. Zygmunt Bauman, sociólogo e filósofo destaca que vivemos em tempos líquidos onde as relações terminam tão rápido quanto começam. As pessoas pensam que se termina o problema simplesmente cortando seus vínculos, descartamos pessoas de nossa vida como um copo de plástico após beber água, substituímos o casamento quando aparece os primeiros conflitos, na verdade em tempos da pós-modernidade estamos abrindo mão de princípios, valores, ética, normas, regras para aderir a esse novo cenário que se desenha. 
Os relacionamentos sólidos, onde existe Fidelidade, ou seja, onde há lealdade, confiança, honestidade, verdade, compromisso com aquilo que se assume pode estar em extinção, vivemos tempos difíceis.
As pessoas não estão sendo mais fiéis ao seu próximo, aos seus cônjuge, aos seus líderes no trabalho e na igreja, as pessoas não tem sido fiéis à igreja como denominação e muitos não tem sido fiéis a Deus, estão descartando até Deus de seu relacionamento.
"Que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Além disso, requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel." (1Co 4.1-2).
Que Deus possa nos encontrar na posição de Fidelidade em todas as áreas e lugares, tanto para com nosso próximo como para com Deus. 
Deus requer do cristão a fidelidade: "Que cada um se ache fiel" (1Co 4.2) , que haja perseverança até que receba a plena recompensa (2 Jo 8-9).

1.1 - Fidelidade ao Tratar das Coisas de Deus
Aos que receberam tanto Dons Espirituais como Dons Ministeriais devem ficar atentos para o cuidado com que trata das coisas de Deus.
Aqui cabe as palavras que veio ao profeta Jeremias:
"Maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente!" (Jr 48.10)
Em outra versão diz:
"Maldito aquele que faz com negligência a obra do senhor!" (Jr 48.10)
Ainda em outra versão diz:
"Maldito aquele que faz a obra do Senhor enganosamente!" (Jr 48.10)
Ao qual quero deixar o comentário de Albert Barnes: Maldito aquele que não executar com fidelidade e com a maior exatidão as ordens do Senhor; amaldiçoados sereis [5]
Essa palavra dirigida aos caldeus pode também ser aplicadas a nós cristãos quanto ao cuidado ao Tratar das coisas de Deus, obedeça, siga, faça conforme foi ordenado por Deus. 

Temos que ter Fidelidade ao tratar as coisas de Deus, a ordem de Deus acerca de como levar a Arca da Aliança de um lugar para outro era que deveria ser levada por levitas e que ninguém poderia tocar nela: 
"Havendo, pois, Arão e seus filhos, ao partir do arraial, acabado de cobrir o santuário e todos os instrumentos do santuário, então os filhos de Coate virão para levá-lo; mas no santuário não tocarão para que não morram" (Nm 4.15)
"Então disse Davi: Ninguém pode levar a arca de Deus, senão os levitas; porque o Senhor os escolheu, para levar a arca de Deus e para o servirem eternamente." (1Cr 15.2)
"E os filhos dos levitas trouxeram a arca de Deus sobre os seus ombros, pelas varas que nela havia, como Moisés tinha ordenado conforme a palavra do Senhor" (1Cr 15.15)
Portanto, a ordem era de que a Arca da Aliança deveria ser levada no ombro e ninguém poderia tocar nela, mas adiante, os israelitas tentaram levar a Arca da Aliança em um carro de boi (ao invés de levá-la sobre os ombros) e durante o percurso:
"Quando chegaram à eira de Nacom, estendeu Uzá a mão à arca de Deus e a segurou, porque os bois tropeçaram (a arca pendeu). Então, a ira do Senhor se acendeu contra Uzá, e Deus o feriu ali por esta irreverência; e morreu ali junto à arca de Deus. Davi se contristou" (2Sm 6.6-7)
Reflita com seus Alunos, Deus requer fidelidade ao tratar com as suas coisas, não aceita o pragmatismo (o pragmatismo tem intenção de validar determinada conduta, mesmo que ela não tenha respaldo bíblico, baseada apenas em seus resultados). Uzá provavelmente era filho ou neto de Abinadabe, isso indica que era um levita, conhecia a Palavra de Deus, tinha o conhecimento de como deveria tratar as coisas de Deus, sabia sobre o que a Lei de Deus exigia. Depois de 20 anos esquecida na casa de Abinadabe, enfim, lembraram de levar a arca da aliança para Jerusalém objetivando retomar o culto a Deus, mas isso não deveria ser feito de qualquer maneira. A arca foi transportada de forma incorreta e não podia ser tocada, acredita-se que Uzá tenha recebido a punição por Deus como um caráter pedagógico, pois não se pode tratar as coisas de Deus de qualquer maneira.

Como é que a Palavra de Deus tem nos ensinado a lidar com as ovelhas ? Como é que a Palavra de Deus tem nos ensinado a lidar com os recursos financeiros de sua obra ? Como é que a Palavra de Deus tem nos ensinado referente ao uso dos Dons Espirituais e Ministeriais ? Tens obedecido ? Tens agido com Fidelidade naquilo que o Senhor tem colocado em vossas mãos ? Reflita com os seus alunos sobre esta questão.

1.2 - Fidelidade é Fruto do Novo Nascimento
A Fidelidade é um dos atributos comunicáveis de Deus, em certa medida, Deus compartilha esse atributo com os verdadeiros cristãos através do Espírito Santo conforme sua entrega como servo ao  Senhor, a estes, o Espírito Santo lhe confere nove virtudes produzindo o "Fruto do Espírito" : "Mas o fruto do Espírito é: Amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança" (Gl 5.22). 
A virtude Fé é destacada abaixo pelo Pr. Eurico Bergstén que afirma :
Fé não é só crer e confiar firmemente. É também Lealdade, Fidelidade.
Deus é fiel (1Co 1.9; 1Ts 5.24; 2Co 1.18), Jesus é fiel (Ap 19.11). A sua fidelidade permanece para sempre (2Tm 2.13): na chamada (1Co 1.9), no perdão (1Jo 1.9), quando somos tentados (1Co 10.13), e na santificação (1Ts 5.23.24). A fidelidade é uma força em nossas relações com Deus e diante da sua Palavra (At 5.29; Jo 14.23). Sejamos fiéis em tudo e receberemos a coroa da vida (Ap 2.10). [7]
 
1.3 - Fidelidade às Doutrinas Cristãs
Nesses tempos difíceis, assim como os relacionamentos tem se tornado descartáveis, a quem tenha descartado algumas Doutrinas Cristãs presente na Bíblia Sagrada, a nossa regra de fé e conduta. Muitos tem construído suas casas sobre a areia, são os Infiéis a sã Doutrina, não temem e nem andam nos caminhos de Deus, ouvem e leem os ensinamentos bíblicos, todavia, não as pratica, Jesus disse: "E aquele que ouve estas minhas palavras e as não cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia" (Mt 7.26)
Como um castelo de cartas, a vida do tolo desmorona. Muitas pessoas não procuram, deliberadamente, construir sobre uma fundação falsa ou inferior; elas apenas não pensam sobre o propósito da vida. Muitas pessoas estão fadadas à destruição, não por teimosia, mas por descuido ou negligência. Parte de nossa responsabilidade como crentes consiste em ajudar outras pessoas a pensar sobre o rumo que suas vidas seguem, e mostrar as consequências de ignorarem a mensagem de Cristo. [6]

"Expondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Cristo Jesus, alimentado com as palavra de fé e da boa doutrina que tens seguido" (1Tm 4.6)
Precisamos estar atentos para não sermos levados por questões enganosas, por pessoas que se acham detentores de revelações especiais, disseminadoras de ideias egocêntricas, soberbas e cheias de vaidade. A doutrina bíblica é a chave para sermos bem sucedidos na caminhada cristã. Infelizmente, por não ser valorizada, assistimos uma série de novas "doutrinas" surgindo, não para a glória de Deus e sim para o próprio homem. Isso tem feito com que a Igreja do Senhor Jesus experimente um desvio doutrinário e distancie-se do propósito para o qual Deus a designou [8]

Consequências do desvio doutrinário da Igreja
Os efeitos do desvio doutrinário são perceptíveis aos olhos de todos, pois aquele que se distancia do ensino salutar das Escrituras, passa a ter atitudes que o igualam às pessoas que não conhecem a Cristo. Essas atitudes afastam as pessoas da igreja e, quando não as afastam, faz com que se tornem instrumentos para a disseminação de contendas entre os irmãos. [8]

Retorno à Fidelidade Doutrinária
Ao lermos os escritos de Paulo a Timóteo entendemos que a possibilidade de retorno não foi apenas para os insubordinados de sua época, mas também para os de hoje. Portanto esse retorno ocorrerá:
(1) Quando anunciarmos a Palavra com intenção pura
(2) Quando produz transformação
(3) Quando a doutrina é transmitida com graça [8]


2 - A Fidelidade aos Líderes Eclesiásticos
"E rogamo-vos irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam" (1Ts 5.12)
"Os que presidem sobre vós no Senhor" é, provavelmente, uma referência aos presbíteros e diáconos, na igreja. Como você pode honrar seu pastor e lideres da igreja? Expresse seu apreço, diga-lhes como você recebeu ajuda com sua liderança e ensinamento, e agradeça-lhes pelo seu ministério na sua vida. Se você não disser nada, como eles saberão o que você pensa? Lembre-se, eles necessitam e merecem seu apoio e seu amor. [6] Quem tem Dom Ministerial da parte de Deus, tem autoridade espiritual, a quem devemos Fidelidade.
"Obedecei a vossos pastores e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil" (Hb 13.17).
A salvação é individual, todavia, a responsabilidade de nos ensinar é do pastor, de quem Deus vai cobrar a prestação de contas um dia. Cabe-lhe, portanto, expor a Palavra para o nosso ensino e crescimento espiritual. De nossa parte, como determina a Bíblia, cabe-nos atentar para os seus conselhos, ouvir-lhe as recomendações e obedecer-lhe, sempre compulsando a Bíblia, pois este é um direito de todos os crentes: ter acesso direto à Bíblia Sagrada para comparar o ensino que está recebendo com a Palavra de Deus. Aqui vale a seguinte cautela. Se, por acaso, o seu pensamento está divergindo do que pensa a unanimidade da Igreja, acenda uma luz de advertência, pois o Espírito Santo não é capaz de divergir de si próprio, dando-lhe um iluminação diferente daquela concedida aos líderes e à Igreja. [9]

2.1 - Tratai-os com Estima e Amor
"e que tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós" (1Ts 5.13)
Devemos valorizar nossos líderes, pastores e bispos, Albert Barnes reforça: Acalentá-los com carinho. O cargo de ministro exige respeito. A própria natureza do ofício exige que eles façam o bem aos outros, e não há benfeitor que deva ser tratado com mais carinho do que aquele que se esforça para nos salvar da ruína; comunicar-nos as consolações do evangelho na aflição; e trazer a nós e nossa família para o céu. [5]
     
2.2 - A Fidelidade tem o seu Fundamento no Amor
A Igreja de Filadélfia (Ap 3.7-13) era uma igreja que tinha Fidelidade ao Senhor, cujo fundamento era o Amor, um Amor Perfeito.
"Eu sei as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta e ninguém pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome" (Ap 3.8)
Claudionor de Andrade: Sendo rica em amor, Filadélfia era também abundante em obras e virtudes teológicas (Ap 3.8). Cumpria zelosa e perseverantemente os termos da Grande Comissão (Mt 28.19,20; At 1.8). Filadélfia era uma igreja forte, mas pela fé, sabia como tirar forças da fraqueza (Hb 11.34). Portanto, não importa se a sua igreja é pequena: faça grandes coisas para Deus. Em meio às perseguições, Filadélfia jamais negou o nome do Senhor. Ela tinha amorosa perseverança, não capitulou diante do Império Romano, pois estava compromissada com o Reino de Deus [10]

2.3 - A Fidelidade é Recompensada pelo Senhor

Parábola dos Talentos
Em Mateus 25.14-30, Jesus faz uma exortação referente a sua segunda vinda através da Parábola dos Talentos. 
Jesus fala nesta Parábola, que um Senhor rico que possuía muitas propriedades iria se ausentar e não queria que seu dinheiro (talento) ficasse parado, sem lhe prover rendimentos, então confiou quantidade diferentes de talentos a cada servo conforme as suas habilidades para administrar. Quando o patrão voltou da viagem, os servos apresentaram os resultados, a maioria deles granjeou bons resultados e pela demonstração de fidelidade se assentaram à mesa com seu senhor para se alegrarem, todavia, um dos seus servos, aquele que recebera apenas um talento, o enterrou, e foi considerado negligente e inútil por não obter nenhum resultado. Um dia Jesus voltará e avaliará nossos resultados, não se importando com a quantidade de dons que recebemos, mas se agimos com fidelidade. 
Seja qual for a interpretação, nenhuma delas pode ignorar que o grande significado da Parábola dos Talentos enfatiza o princípio de que cada um recebe dons e oportunidades. O servo fiel é aquele que, independentemente da quantidade de talentos recebida, age com responsabilidade e diligência. O servo fiel valoriza os bens do seu Senhor.
 
Parábola do Mordomo Infiel
Em Lucas 16.1-13 (mencionado no texto de referência) Jesus nos exorta que o cristão deve viver de forma diligente, com prudência.
Neste Parábola um Senhor acusa seu mordomo (administrador) de fazer um péssima gestão de seus bens (Lc 16.1) ao ponto de querer dispensá-lo.
Esse mordomo vendo a possibilidade de ficar desempregado e desamparado, resolveu chamar todos os devedores do seu patrão e dar descontos generosos sobre a dívida, sem a aprovação do patrão (o credor), a fim de que no futuro esses devedores o recebesse em suas casas. A mensagem de Jesus é que se até mesmo os filhos da trevas agem com prudência, mesmo que de forma desonesta, para atingir seus propósitos terrenos, quanto mais nós, cristãos, devemos agir com diligência e prudência ao tratar as coisas de Deus e principalmente da nossa Salvação.  reflita isso com seus Alunos !

3 - A Fidelidade à Igreja e ao Ministério

3.1 - Fidelidade à Igreja que congregamos
Devemos ter Fidelidade à igreja porque :
(1) A Igreja Local é a fiel depositária do plano de salvação, é ela que  ensina os princípios gerais da Bíblia. 
(2) A Igreja Local nos proporciona condições de obedecer a bíblia no que tange a perseverar na comunhão com os irmãos, no partir do pão, nas orações, ajudando um ao outro nas necessidades. 
(3) A Igreja Local estreita os laços do nosso relacionamento com outros cristãos, criando relações sólidas.
(4) A Igreja Local proporciona um equilíbrio espiritual entre nossa vida espiritual e às distrações da vida fornecendo alicerce aos nossos pés.
(5) A Igreja Local nos dá força espiritual para prosseguir na caminhada cristã.
(6) A Igreja Local nos dá oportunidade de servir ao próximo.
(7) A Igreja Local nos aproxima de Deus.

Troca de Igreja
Quanto a questão de muitas pessoas mudarem de igrejas com muita frequência, envolve vários fatores, alguns motivos são justos e necessários para sobrevivência espiritual, mas de grosso modo o que se percebe hoje é que muitas pessoas não são fiéis as igrejas que congregam, e fazem essa troca constante por falta de maturidade e até mesmo sem grandes motivos, apenas se habituou a trocar de igreja como se troca de roupa, demostrando ser imaturos, instável, volúvel, sem ter firmeza de propósitos e conhecimento da Palavra de Deus. Quanto a esse processo migratório, cabe aos pastores, estarem preparados para receber esses cristãos que migram tanto de igreja, para que uma vez que escolheram ficar, tenham a oportunidade de ter um real crescimento espiritual.  Não existe igreja perfeita, mas que sua igreja local esteja voltada aos fundamentos sólidos da fé, que não seja mais uma que faça parte de uma rápida passagem de uma pessoa, mas que seja um ambiente que consiga transformar as pessoas através do poder do evangelho. Infelizmente nos dias atuais, temos um grande número de igrejas problemáticas, onde impera as dissensões entre irmãos por conta de egos inflados, porque muitos pastores não tem exercido o seu papel, não são pouca as igrejas que não possuem ensinos bíblicos, abriram mão, muitas vezes por negligência, mas muitas vezes por falta de capacidade de explicar e aplicar os ensinos bíblicos, cabe ao pastor fazer de sua igreja um local de constante aprendizado para reverter esse processo migratório de nossos dias.

3.2 - Por trás de uma Igreja tem um Ministério de Suporte
O cristão tem a liberdade de escolher a igreja local para congregar, uma vez concordando com o estatuto ou regimento da mesma, resta a obrigação de manifestar sua fidelidade e lealdade a essa filiação.
Muitos insistem em permanecer em uma igreja de forma descontente e mesmo não concordando com nada; isso não é bom para a vida espiritual da pessoa, pois pode nutrir o espírito de rebelião em seu coração, criando na igreja um ambiente tóxico, disso é um pecado grave diante dos olhos do Senhor: "Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria e o porfiar é como iniquidade e idolatria ..." (1Sm 15.23).
      
3.3 - A Lealdade Firma a Fidelidade
Conforme lemos na revista, Lealdade e Fidelidade embora se confunda, sejam palavras sinônimas, elas não possuem o mesmo significado.
Lealdade é um valor humano relacionado com a capacidade de uma pessoa de ser plenamente confiável, manter sua retidão moral, honestidade e honrar compromissos de forma inabalável, envolve o coração, valores ou sentimentos. Uma pessoa leal é alguém que é fiel e dedicado, e sempre cumpre as suas promessas por espontaneidade e escolha pessoal. Quem demonstra Lealdade firma também a Fidelidade.
Existem três princípios que norteiam a integridade (honestidade) na vida cristã, de acordo com os ensinos da Palavra de Deus, um desses três princípios e a Lealdade Incondicional a Cristo, ou seja, não se pode atender aos apelos do mundo e ao mesmo tempo fazer a vontade de Deus (Mt 12.30), quem é Leal a Cristo, faz a vontade somente de Cristo (Jo 15.14; Mt 6.24).
Fidelidade está ligada ao cumprimento de uma norma por obrigação sem ter uma relação com valores e sentimentos. Uma pessoa pode demonstrar Fidelidade sem contudo ter Lealdade.


Comentário 
Pr. Éder Tomé

Referências

[1] Bíblia Sagrada (ARC) – Sociedade Bíblica do Brasil - 4° edição - 2009
[2] Bíblia Sagrada King Jones – Atualizada – Fiel aos Originais
[3] Bíblia Sagrada (NTLH) - Linguagem de Hoje
[4] Revista Betel Dominical Adultos - 2T - 2024
[5] versículoscomentados.com.br
[6] Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD
[7] Revista Lições Bíblicas - CPAD - 1T - 2004
[8] Revista Betel Dominical Adultos - 1T - 2014
[9] Revista Discipulado - CPAD - Mestre 1 - Pág. 47
[10] Revista Lições Bíblicas - CPAD - 2T - 2012 - Pág. 59-60