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sábado, 28 de janeiro de 2023

Lição 6 - A Autoridade do Servo

 


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Lei 9.610/98 (Direitos Autorais)

Nosso subsídio (comentário da lição) não é o mesmo conteúdo da revista Betel Dominical Adultos, é apenas um texto de auxílio complementar referente aos tópicos e subtópicos da lição. 

Introdução  

O texto de referência :  

Marcos  4:35-40    
35 - E, naquele dia, sendo tarde, disse-lhes: Passemos para a outra banda.
36 - E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; havia também com ele outros barquinhos.
37 - E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que se enchia.
38 - E ele estava na popa dormindo sobre uma almofada; e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não se te dá que pereçamos?
39 - E ele, despertando, repreendeu o vento, e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança.
40 - E disse-lhes: Por que sois tão tímidos? Ainda não tens fé?

Nesta lição veremos as manifestações da Autoridade de Jesus Cristo e sua abrangência, bem como, o legado de Sua Autoridade.
Quando lemos os Evangelhos Sinópticos, notamos que Jesus Cristo possuía Autoridade sobre a Natureza, demônios e enfermidades:
"É me dado todo o poder no céu e na terra" (Mt 28.18)
"Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito" (Jo 1.3)
"Porque nEle foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por Ele e para Ele. E Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele." (Cl 1.16,17)
Albert Barnes: O "Filho de Deus", como criador, tinha o direito original de todas as coisas, de controlá-las e eliminá-las. O governo mediador de Jesus Cristo se estende, portanto, ao mundo material, aos anjos, aos demônios, aos homens maus e ao próprio povo, ao qual ele resgata, defende e salva.[5]
Nesta lição estudaremos várias passagens bíblicas do Evangelho de Marcos demonstrando a autoridade de Jesus. Antes de entrar no estudo propriamente dito, só quero enfatizar que desde o primeiro contato dos primeiros discípulos com Jesus, eles maravilharam-se da sua autoridade:
"Entraram em Cafarnaum, e logo no sábado, indo ele à sinagoga, ali ensinava. E maravilharam-se como tendo autoridade, e não como os escribas." (Mc 1.21-22)

1 - Autoridade sobre a Natureza

1.1 - Autoridade sobre a Tempestade
Neste subtópico, vamos estudar a autoridade de Jesus sobre a tempestade, conforme relatado por Marcos no capítulo 4:35-40, cujo texto foi lido no TEXTO DE REFERÊNCIA da nossa revista, a saber:
35 - E, naquele dia, sendo tarde, disse-lhes: Passemos para a outra banda.
36 - E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; havia também com ele outros barquinhos.
37 - E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que se enchia.
38 - E ele estava na popa dormindo sobre uma almofada; e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não se te dá que pereçamos?
39 - E ele, despertando, repreendeu o vento, e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança.
40 - E disse-lhes: Por que sois tão tímidos? Ainda não tens fé?

Diante do temporal de vento que se levantou, cujas ondas subiam por cima do barco, que já se enchia, Jesus fez a pergunta:
"Por que sois tão tímidos? Ainda não tens fé?"
É como se Jesus falasse para seus discípulos: Porque estão com medo, Eu estou com vocês, já não viram anteriormente provas da minha onipotência, do meu poder absoluto ? Ainda não me conhecem ?
Jesus com sua autoridade repreendeu o vento e acalmou o mar.
Num misto de maravilha e assombro, os discípulos perguntaram-se: Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?" (Mc 4.41)
Os discípulos ficaram maravilhados, quão diferente Jesus é dos outros homens, pois até o vento e o mar lhe obedecem. A fúria do vento e do mar se acalmou, a tempestade cessou, o barco se planou em águas calmas e os discípulos só tinham uma certeza quanto a autoridade de Jesus sobre a Tempestade: Jesus devia ser o próprio Deus, pois só Deus poderia fazer tal proeza. 

1.2 - Autoridade sobre o Vento
Neste subtópico, vamos estudar a autoridade de Jesus sobre o vento, conforme relatado por Marcos no capítulo 6:45-52, a saber:
45 - E logo obrigou os seus discípulos a subir para o barco e passar adiante, para o outro lado, a Betsaida, enquanto ele despedia a multidão.
46 - E, tendo-os despedido, foi ao monte a orar.
47 - E, sobrevindo a tarde, estava o barco no meio do mar e ele, sozinho, em terra.
48 - E vendo que se fatigavam a remar, porque o vento lhes era contrário, perto da quarta vigília da noite aproximou-se deles, andando sobre o mar, e queria passar-lhes adiante.
49 - Mas, quando eles o viram andar sobre o mar, cuidaram que era um fantasma e deram grandes gritos.
50 - Porque todos o viam e perturbaram-se; mas logo falou com eles e disse-lhes: Tende bom ânimo, sou eu, não temais.
51 - E subiu para o barco, para estar com eles,  e o vento se aquietou; e entre si ficaram muito assombrados e maravilhados;
52 - pois não tinham compreendido o milagre dos pães; antes o seu coração estava endurecido.

Primeiramente, atentemos para o versículo abaixo:
E logo obrigou os seus discípulos a subir para o barco, e passar adiante, para o outro lado, a Betsaida, enquanto ele despedia a multidão" (Mc 6.45)
Porque Jesus obrigou os seus discípulos a subir para o barco e partir para o outro lado de Betsaida sem sua presença? observe o texto de João :
"Jesus, percebendo que queriam arrebatá-lo e fazê-lo rei, tornou a retirar-se sozinho para o monte" (João 6.15)
Joseph Benson: De acordo com o texto de João, as pessoas foram tão afetadas pelo milagre mencionado, que estavam prestes a pegá-lo à força e torná-lo rei, naturalmente supondo, sem dúvida, que Jesus, que com cinco pães e dois peixes podiam alimentar tantos milhares, era capaz de sustentar exércitos por quanto tempo Ele quisesse. E é provável que seus discípulos estivessem dispostos a incentivá-los e ajudá-los nessas intenções. Jesus, portanto, conhecendo os propósitos da multidão e as inclinações dos discípulos, ordenou que este último entrasse em um barco e partisse para Betsaida, enquanto ele deveria dispensá-lo. Isso eles não estavam dispostos a fazer: é, portanto, aqui dito que Cristo os restringiu (obrigou, ordenou a irem adiante dEle). [5] 
 
Quando Jesus veio andando sobre o mar ao encontro dos seus discípulos que estavam no barco, eles pensavam ser um fantasma e começaram a gritar, Jesus falou com eles :
"Tende bom ânimo, sou EU; não Temais. E subiu para o barco, para estar com eles, e o vento se aquietou; e entre si ficaram muito assombrados e maravilhados" (Mc 6.50-51)
Os discípulos de Jesus estavam com medo, dominados pelo terror.
Jesus ao exortá-los: "Tende bom ânimo, sou EU, não Temais", de acordo com João Calvino, Jesus estava querendo que seus discípulos entendessem que Sua presença no meio deles, representava segurança e abundantes bases de esperança. Jesus estava ensinando os discípulos a ter confiança nEle, para que mesmo em meios as adversidades da vida houvesse paz interior e forte confiança em Deus, sem que haja no percurso a ação de ceder aos medos carnais.
 
1.3 - Autoridade sobre as Árvores
Vamos ler o Texto de Marcos 11:12-22
12 - E, no dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome.
13  - E, vendo de longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa; e, chegando a ela, não achou senão folhas, porque não era tempo de figos.
14 - E Jesus, falando, disse à figueira: Nunca mais coma alguém fruto de ti. E os seus discípulos ouviram isto.
15 - E vieram a Jerusalém; e Jesus, entrando no templo, começou a expulsar os que vendiam e compravam no templo; e derrubou as mesas dos cambiadores e as cadeiras dos que vendiam pombas.
16 - E não consentia que alguém levasse algum vaso pelo templo.
17 - E os ensinava, dizendo: Não está escrito: A minha casa será chamada, por todas as nações, casa de oração? Mas vós a tendes feito covil de ladrões.
18 - E os escribas e príncipes dos sacerdotes, tendo ouvido isto, buscavam ocasião para o matar; pois eles o temiam, porque toda a multidão estava admirada acerca da sua doutrina.
19 - E, sendo já tarde, saiu para fora da cidade.
20 - E eles, passando pela manhã, viram que a figueira se tinha secado desde as raízes.
21 - E Pedro, lembrando-se, disse-lhe: Mestre, eis que a figueira, que tu amaldiçoaste, se secou.
22 - E Jesus, respondendo, disse-lhes: Tende fé em Deus;
Estudando essa passagem bíblica paralelamente nos Evangelhos sinópticos, teólogos concluem que era o tempo habitual para os primeiros figos maduros e, portanto, era natural esperar que houvesse figos maduros nessa árvore, mesmo porque, as folhas da árvores era um sinal de que havia frutos, todavia, parece que não havia frutos bons para comer.
Thomas Coke: Quanto a expressão de Marcos ao escrever "ainda não era chegado o tempo das árvores produzirem", parecia muito inexplicável que Cristo considerasse uma árvore estéril, embora tivesse folhas, e a amaldiçoasse como tal, quando sabia que ainda não havia chegado o momento de produzir figos. Para alguns teólogos a frase "tempo dos figos" não significa o tempo do surgimento dos figos, mas o tempo de reunir os figos maduros, como é evidente nas expressões paralelas. [5]
Podemos notar em outras passagens que a frase "tempo dos frutos" se refere ao tempo da colheita dos frutos maduros, exemplo:
"E, chegado o tempo dos frutos, enviou os seus servos aos lavradores, para receber os seus frutos." (Mt 21.34)
Versão paralela do texto :
"Na época da colheita, enviou um servo aos lavradores, para receber deles parte do fruto da vinha" (Mc 12.2)

Portanto, a questão aqui neste estudo é que Jesus não encontrou figos maduros para comer e deveria ter encontrado, e então usando da sua AUTORIDADE amaldiçoou aquela figueira. No dia posterior, essa figueira estava seca.

Para Adam Clarke, o momento da figueira, já era para ter frutos maduros, assim como a nação judaica já deveria estar produzindo frutos diante das pregações de Jesus, era uma hora apropriada para eles darem frutos. Jesus não amaldiçoou a figueira por algum ressentimento, mas lançando uma sentença para a nação de Israel, a ruína final e total do estado judeu pelos romanos, vejamos ...
Adam Clarke: Jesus estava pregando a doutrina do arrependimento e salvação entre eles por mais de três anos; as influências mais escolhidas do céu haviam caído sobre eles; e tudo foi feito nesta vinha que deveria ser feito, a fim de torná-la frutífera. Agora estava próximo o tempo em que Deus exigiria frutos, bons frutos, da nação de Israel, e se não o produzisse, a árvore deveria ser cortada pelo machado romano. [5]

2 - Autoridade sobre os Demônios
"E nomeou doze para que estivessem com ele e os mandasse a pregar, e para que tivessem o poder de curar as enfermidades e expulsar os demônios" (Mc 3.14,15)
Jesus deu poder (autoridade) para seus discípulos e para todos os cristãos de pregar o evangelho, curar as enfermidades e expulsar os demônios NO SEU NOME.

2.1 - Uma Autoridade reconhecida até pelos Demônios
"E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o." (Mc 5.6)
Até os demônios se prostraram diante de Jesus, rendendo-lhe homenagem. Este foi um reconhecimento de seu poder e de seu controle absoluto sobre os demônios. 
"E todos aqueles demônios lhe rogaram, dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles" (Mc 5.12)
Os demônios estavam aguardando a ordem de Jesus, implorando para não serem enviados para fora daquela província, pediram para entrar nos porcos.  Para João Calvino, aqueles demônios não queriam ser enviados para as profundezas, em lugares desabitados, onde não teriam oportunidades de ferir e arruinar os homens, visto que eles não tem outro objetivo senão empreitar entre os homens.
Dewey M. Mulholland: Satanás e seus agentes já se encontram sob o julgamento de Deus. Entretanto, uma vez que o juízo de Deus ainda não se consumou, eles continuam a se debater em pânico [6] , veja :
"E repreendeu-o Jesus, dizendo: Cala-te e sai dele. Então o espírito imundo, convulsionando-o e clamando com grande voz, saiu dele." (Mc 1.26)
"E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes" (Mc 5.7)
"Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai dele e não entres mais nele. E ele, clamando e agitando-o com violência, saiu..." (Mc 9.25-26)

2.2 - Uma Autoridade Inquestionável
Vamos ler Marcos 9.17-27 :
17 - E um da multidão, respondendo, disse: Mestre, trouxe-te o meu filho, que tem espírito mudo;
18 - E este, onde quer que o apanhe, despedaça-o, e ele espuma, e range os dentes, e vai definhando; e eu disse aos teus discípulos que o expulsassem, e não puderam.
19 - E ele, respondendo-lhe, disse: Ó geração incrédula! até quando estarei convosco? até quando vos sofrerei ainda? Trazei-mo.
20 - E trouxeram-lho; e quando ele o viu, logo o espírito o agitou com violência, e, caindo o endemoninhado por terra, revolvia-se, escumando.
21 - E perguntou ao pai dele: Quanto tempo há que lhe sucede isto? E ele disse-lhe: Desde a infância.
22 - E muitas vezes o tem lançado no fogo, e na água, para o destruir; mas, se tu podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós, e ajuda-nos.
23 - E Jesus disse-lhe: Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê.
24 - E logo o pai do menino, clamando, com lágrimas, disse: Eu creio, Senhor! ajuda a minha incredulidade.
25 - E Jesus, vendo que a multidão concorria, repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe: Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai dele, e não entres mais nele.
26 - E ele, clamando, e agitando-o com violência, saiu; e ficou o menino como morto, de tal maneira que muitos diziam que estava morto.
27 - Mas Jesus, tomando-o pela mão, o ergueu, e ele se levantou.
Primeiramente vemos neste texto, a queda de qualquer argumento de que a doutrina da influência demoníaca é falsa.
Jesus Cristo jamais daria apoio, ou faria alguma encenação para justificar que a doutrina da influência demoníaca é verdadeira.
Jesus realmente ordenou aos demônios que saíssem do corpo daquele jovem: "Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: sai dele, e não entres mais nele." , ali não se tratava de um doença como epilepsia como alguns tem argumentado, era possessão demoníaca. Esse jovem foi liberto mediante a autoridade inquestionável de Jesus Cristo, o Servo. Ao expulsar os demônios, todos os sintomas da aparente doença caíram por terra, o jovem voltou a ouvir e falar, a aparente doença que parecia aos olhos de muitos como natural, era causada por influência diabólica. (Estudamos esta passagem bíblica com detalhes no subtópico 1.2 da lição 5)

2.3 - Jesus concede o Poder de Expulsar os Demônios
"E para que tivessem o poder de curar as enfermidades e expulsar os demônios." (Mc 3.15)
"E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas" (Mc 16.17)
Jesus tem toda autoridade sobre os Demônios e delega para todos os cristãos essa autoridade, toda possessão demoníaca e toda seta serão aniquiladas no nome de JESUS CRISTO. 

3 - Autoridade sobre as Enfermidades
"Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão." (Mc 16.18)
Aqui Jesus esta delegando aos cristãos Sua autoridade sobre as Enfermidades. Jesus está afirmando que irá revestir o crente de poder de cura através das mãos e no Seu Nome muitos serão curados para glória de Deus.
"E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho isto te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda." (At 3.6)

3.1 - Autoridade sobre todas as Doenças
"E curou muitos que se achavam enfermos de diversas enfermidades ..."  (Mc 1.34)
Jesus curou leprosos, cegos, mudos, paralíticos, aleijados, acamados, pessoas com diversos tipos de enfermidades e ressuscitou mortos, mostrando sua autoridade de cura. João escreveu :
"Jesus realizou ainda muitas outras maravilhas. Se todas elas fossem escritas uma por uma, acredito eu que nem mesmo o mundo inteiro seria capaz de conter os livros que se escreveriam." (Jo 21.25)

3.2 - O Legado da Autoridade de Jesus sobre as Enfermidades
Vamos ler Lucas 4.17-21 :
17 - E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito:
18 - O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração,
19 - A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor.
20 - E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.
21 - Então começou a dizer-lhe: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos.
Essa passagem bíblia é uma das mais maravilhosas do Novo Testamento, Jesus lendo Isaias 61 no seu primeiro sermão, e depois de ter lido, afirmar: Eu sou o MESSIAS profetizado pelos profetas do Velho Testamento. Eu Sou, aquele que veio para evangelizar, libertar e curar , hoje se cumpre a profecia do profeta Isaías. 

3.3 - Autoridade para levar Esperança a Muitos
No decorrer de seu ministério Jesus prova de fato através de sua autoridade que o que afirmou no seu primeiro sermão não ficou somente nas suas palavras, aos ouvidos, mas através dos milagres, curas e libertação, aos olhos de quem o seguia, Eis aqui a Esperança a muitos.


Comentário 
Pr. Éder Tomé

Referências

[1] Bíblia Sagrada (ARC) – Sociedade Bíblica do Brasil - 4° edição - 2009
[2] Bíblia Sagrada King Jones – Atualizada – Fiel aos Originais
[3] Bíblia Sagrada (NTLH) - Linguagem de Hoje
[4] Revista Betel Dominical Adultos - 1T - 2023
[5] versículoscomentados.com.br
[6] Marcos - Dewey M. Mulholland - Pág. 42

sábado, 21 de janeiro de 2023

Lição 5 - O Servo e as Multidões

 


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Lei 9.610/98 (Direitos Autorais)

Nosso subsídio (comentário da lição) não é o mesmo conteúdo da revista Betel Dominical Adultos, é apenas um texto de auxílio complementar referente aos tópicos e subtópicos da lição. 

Introdução 

O texto de referência :  

Marcos  3:7-11    
7 - E retirou-se Jesus com os seus discípulos para o mar, e seguia-o uma grande multidão da Galiléia, e da Judéia.
8 - E de Jerusalém, e da Iduméia, e dalém do Jordão, e de perto de Tiro e de Sidom; uma grande multidão que, ouvindo quão grandes coisas fazia, vinha ter com ele.
9 - E ele disse aos seus discípulos que lhe tivessem sempre pronto um barquinho junto dele, por causa da multidão, para que o não apertasse,
10 - Porque tinha curado a muitos, de tal maneira que todos quantos tinham algum mal se arrojavam sobre ele, para lhe tocarem.
11 - E os espíritos imundos, vendo-o, prostravam-se diante dele e clamavam, dizendo: Tu és o Filho de Deus.

Eis uma pergunta que pode tirar muitos ensinos para nós: como Jesus lidava com a multidão de pessoas que o seguia ?
Nesta lição veremos que a Multidão que seguia Jesus era formada por pessoas de diversas culturas, classes sociais e religiões, e se não bastasse essa diversidade, conforme o Evangelho de Marcos, podemos destacar que havia pelo menos três tipos de pessoas que faziam parte desta multidão.

1 - Jesus e a Multidão

1.1 - Atento às Necessidades da Multidão
"Naqueles dias, havendo mui grande multidão e não tendo o que comer, Jesus chamou a si os seus discípulos e disse-lhes: Tenho compaixão da multidão, porque há já três dias que estão comigo e não tem o que comer." (Mc 8.1-2)
Este texto que acabamos de ler é uma narrativa da "Segunda Multiplicação dos Pães" onde Marcos relata que Jesus teve pena das condições daquela multidão formada por cerca de 4 mil pessoas (Mc 8.9) e com sete pães e alguns peixinhos saciou a fome deles e ainda sobrou sete cestos.
Se observarmos o texto anterior de Mc 6.30-44 na narrativa da "Primeira Multiplicação dos Pães" os discípulos no final do dia, pediram para Jesus despedir a multidão para eles irem nas aldeias circunvizinhas comprar pão : "Ele (Jesus), porém, respondendo, lhes disse: Dai-lhes vós de comer. E eles disseram-lhe: Iremos nós, e compraremos duzentos dinheiros de pão para lhes darmos de comer?" (Mc 6.37)
Note que os discípulos responderam que não poderia alimentar aquela multidão mesmo que gastassem duzentos dinheiro de pão, o que tinham em dinheiro não seria suficiente para saciar a fome daquela multidão.
Albert Barnes: Como os discípulos tinham uma bolsa comum na qual levavam suas pequenas propriedades, consistindo em doações de seus amigos e dinheiro a ser dado aos pobres, não é improvável que eles tivessem, naquele momento, essa quantia em seu poder. Filipe foi quem fez a pergunta do versículo acima (conforme João 6.7), ele perguntou, com uma mistura de admiração e agitação, se eles deveriam tomar todas as suas pequenas propriedades e gastá-la em uma única refeição? E mesmo que devêssemos, disse ele, não seria suficiente satisfazer uma multidão assim. Estavam implícito nisso que, a seu ver, eles não poderiam sustentá-los se quisessem, e que seria melhor mandá-los embora do que tentar. [5]
No sentido espiritual, hoje devemos ir de encontro a multidão de pessoas e atentá-las para as suas necessidades, nos colocando a disposição de Jesus Cristo que nos capacitou com o revestimento de poder do Espírito Santo e com os dons espirituais para saciar a fome e a necessidade espiritual das pessoas.

1.2 - No meio da Multidão, mas Atento às oportunidades
"E Jesus, vendo que a multidão concorria, repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe: Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: sai dele e não entres mais nele." (Mc 9.25)
Nesta narrativa de Marcos acerca da "Cura do Menino Endemoniado", podemos observar a figura de um Pai desesperado pela situação de seu filho, um jovem lunático, ao qual já havia tentado de tudo para vê-lo curado, mas não conseguira êxito. Este pai quando viu Jesus no meio da multidão, não perdeu a oportunidade, foi com muita dificuldade até Jesus e seu filho ficou liberto dessa doença maligna. Se este pai tivesse desanimado de encarar a multidão para chegar até a Cristo, não teria recebido a bênção ! Aprendemos que nada pode nos impedir de chegar até a Cristo e clamar por sua misericórdia frente aos nossos sofrimentos e necessidades.

O que é Lunático ?
De acordo com o Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento o termo grego para LUNÁTICO em Mateus 4.24 e 17.15 é SELENIAZO e reflete a conexão popular da possessão demoníaca de acordo com as fases da lua.
Algumas traduções bíblicas, traduzem LUNÁTICO para EPILÉTICO, mesmo porque os sintomas do jovem na narrativa de Marcos 9.17-18 , conforme relatado pelo pai são semelhantes ao da epilepsia:
"E um da multidão, respondendo, disse: Mestre, trouxe-te o meu filho, que tem um espírito mudo, e este, onde quer que o apanha, despedaça-o e ele espuma, range os dentes e vai definhando, eu disse aos teus discípulos que o expulsassem, mas não puderam" (Mc 9.17-18)
José Gonçalves: Precisamos entender que enquanto o Lunático (SELENIAZO) é um problema de natureza espiritual (sendo objeto de libertação), a EPILEPSIA é uma distúrbio de natureza neurológica (sendo objeto de medicação). Um é discernido pelo Espírito Santo e o outro pelos exames de laboratório. [7]
 
1.3 - Não permita que a Multidão atrapalhe a sua busca por socorro
"Ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou no seu vestido" (Mc 5.27)
Neste texto Marcos narra a cura de uma mulher que sofria doze anos de um fluxo de sangue, ela agiu como o Pai do jovem lunático, enfrentou a multidão, os empurrões, as dificuldades para chegar e tocar em Jesus e receber pela fé a sua cura.
Thomas Coke: A doença dessa mulher era considerada impura, ela teve vergonha de mencioná-la perante a multidão; e tendo formado a mais alta ideia do poder de Cristo, resolveu tentar esse método de cura tocar em Jesus, mesmo que essa doença tornava imundos a quem tocava. Essa mulher mostrou fé e humildade [5]
A fé e a coragem dessa mulher rompeu as barreiras daquela multidão, ela buscou por socorro e alcançou. Rompemos as barreiras e cheguemo-nos até Cristo, nossa esperança diante das adversidades da vida.

2 - As Multidões que Seguiam Jesus
Neste tópico vamos estudar os três tipos de pessoas que faziam parte da multidão que seguia Jesus.

2.1 - Multidão dos Curiosos
"E todos se admiravam, a ponto de perguntarem entre si, dizendo: Que é isto? Que nova doutrina é esta? Pois com autoridade ordena aos espíritos imundos e eles lhe obedecem!" (Mc 1.27)
Essas pessoas curiosas que faziam parte da multidão, reconheceram nos discursos de Jesus algo incomum e extraordinário, ficavam surpresas, espantadas com as mensagens seguidas por milagres, o que  confirmava a autoridade de Jesus Cristo. Que Ensino é esse? Os espíritos imundos lhe obedecem, que autoridade é essa? são perguntas de admiração, todavia, essas pessoas seguiam Jesus Cristo apenas para ver os milagres e as ações de Jesus na vida de outras pessoas, não queriam ter um compromisso com Jesus e seus ensinamentos. Segundo John Calvin, essas pessoas curiosas permaneceram em seu estado de hesitação (indecisão, perplexidade, dúvida, embaraço), enquanto deveriam se entregar a Jesus, seguir seus ensinamentos e como filhos de Deus progredir cada vez mais.

2.2 - Multidão dos Desprovidos
"E Jesus, saindo, viu uma grande multidão e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor; então começou a ensinar-lhes muitas coisas." (Mc 6.34)
Essas pessoas desprovidas (carentes, necessitadas) que faziam parte da multidão era negligenciada pelo sacerdotes e escribas, pessoas comuns não recebiam ensinamentos; andavam sem orientação, não havia ninguém para guiá-las. Jesus se compadeceu delas, porque estavam como as ovelhas nas colinas sem pastor, sem dono, com sede e com fome. Não havia ninguém para conduzi-las ao pasto e, no momento certo, levá-las de volta para casa. Eram pessoas que buscavam soluções para seus problemas, buscavam o socorro de Jesus.

2.3 - Multidão dos Acusadores
"Mas os principais dos sacerdotes incitaram a multidão para que fosse solto antes Barrabás." (Mc 15.11)
No meio da multidão havia as pessoas que estavam ali por estar, somente observando o movimento, não tinham nenhuma pretensão ou propósito. Elas foram facilmente induzidas pelos sacerdotes para preferir Barrabás ao invés de Jesus Cristo, o Messias. 

3 - Os Três Grupos entre a Multidão
Dos que seguiam Jesus na Multidão, neste tópico, estudaremos três grupos de discípulos de Jesus que se destacou.

3.1 - Os Setenta discípulos que se destacaram entre a Multidão
"E, depois disso, designou o Senhor ainda outros setenta e mandou-os adiante da sua face, de dois em dois a todas as cidades e lugares onde ele havia de ir" (Lc 10.1)
Albert Barnes: Esses Setenta discípulos além dos apóstolos, foram designados para um propósito diferente dos (doze) apóstolos. Os apóstolos deveriam estar com Ele (Jesus); ouvir suas instruções; para ser testemunha de seus milagres, sofrimentos, morte, ressurreição e ascensão, para que eles "então" vão proclamar todas essas coisas ao mundo. Os Setenta foram enviados para pregar imediatamente, e principalmente onde Jesus estava para ir. Eles foram nomeados para um objeto temporário. Eles deviam entrar nas aldeias e cidades e preparar o caminho para a Sua vinda. O número "setenta" era um número favorito entre os judeus. Assim, a família de Jacó que entrou no Egito consistia em setenta (Gn 46.27). O número de anciãos que Moisés designou para ajudá-lo era Setenta (Nm 11.16,25). O número que compôs o grande Sinédrio, ou conselho da nação era Setenta. Não é improvável que nosso Salvador tenha indicado esse número com referência ao fato de que Ele ocorria com tanta frequência entre os judeus, ou depois do exemplo de Moisés, que nomeou setenta para ajudá-lo em seu trabalho; mas é evidente que o ofício era "temporário", seria impróprio tentar encontrar uma "continuação" dele, ou um paralelo a ele, no ministério cristão. [5]   

3.2 - Os Doze discípulos que se destacaram entre a Multidão
"Simão, aos quais pôs o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, que significa: Filho do trovão; André, e Filipe, e Bartolomeu, e Mateus, e Tomé, e Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu, e Simão, o Cananeu, e Judas Iscariotes, o que o entregou." (Mc 3.16-19)
Dewey M. Mulholland: Simão Pedro, o primeiro chamado por Jesus, encabeça a lista dos doze no Novo Testamento, chamando a atenção para sua posição de liderança. O grupo é bastante heterogêneo.  Espera-se que surjam diferentes personalidades em doze homens vindo de experiências de vida tão diversas [...]  Jesus deliberadamente escolhe os doze dentre as diferentes regiões do país e de diferentes facções do judaísmo, a fim de tornar óbvio que seu chamado é extensivo a todos os Israelitas. A nova família de Deus é composta de pessoas imperfeitas [...] mas que aprendem a viver juntas em harmonia como parte de sua submissão ao senhorio de Cristo [...] Judas Iscariotes foi incluído quando Jesus chamou aqueles que ele queria (Mc 3.13). Por que Jesus escolheria um traidor, a não ser que estivesse indo para a cruz, não como um mártir, mas voluntariamente? Nisso está a misteriosa interação entre a escolha soberana de Jesus do traidor e a liberdade de ação de Judas (pela qual ele é inteiramente responsável, conforme Mc 14.21). Os apóstolos deveriam estar com Ele (Jesus); ouvir suas instruções; para ser testemunha de seus milagres, sofrimentos, morte, ressurreição e ascensão, para que eles "então" vão proclamar todas essas coisas ao mundo.[8]

3.3 - Os Três discípulos que se destacaram entre a Multidão
"E tomou consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, e começou a ter pavor, e a angustiar-se. E disse-lhes: A minha alma está profundamente triste até a morte, ficai aqui, e vigiai." (Mc 14.33-34)
Dewey M. Mulholland: Pedro, Tiago e João receberam apelidos, tal como os líderes de Israel (Abrão, Isaque e Jacó) receberam novos nomes. Esses três são testemunhas escolhidas por Jesus para acompanhá-lo em três ocasiões (Mc 5.37; Mc 9.2 e Mc 14.33). Outros discípulos são mencionados apenas estes são citados em Marcos (Pedro, frequentemente; Tiago e João, em Mc 10.35-37; e João em Mc 9.38). [8]


Comentário 
Pr. Éder Tomé

Referências

[1] Bíblia Sagrada (ARC) – Sociedade Bíblica do Brasil - 4° edição - 2009
[2] Bíblia Sagrada King Jones – Atualizada – Fiel aos Originais
[3] Bíblia Sagrada (NTLH) - Linguagem de Hoje
[4] Revista Betel Dominical Adultos - 1T - 2023
[5] versículoscomentados.com.br
[6] Bíblia de Estudo cronológica Aplicação Pessoal - CPAD
     Pág.1296, 1312, 1432
[7] José Gonçalves - Epilético, Lunático ou Endemoninhado 
   https://felipealvesm.wordpress.com/2016/06/21/epiletico-lunatico-ou-endemoninhado-por-jose-goncalves/
[8] Marcos - Dewey M. Mulholland - Pág. 42