Professor enfatize que a salvação não foi um presente, mas graça(
favor imerecido)
‘Porque pela graça sois salvos por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus’ (Ef 2.8);
SALVAÇÃO: Definição etimológica. Na língua original do Novo Testamento, a palavra sōtēria ,
além de salvação, traz as seguintes significações: “libertação de um perigo
eminente. Livramento do poder e da maldição do pecado. Restituição do homem à
plena comunhão com Deus” (Dicionário Teológico).
Segundo o
Pr.Eliezer de Lira e Silva “sempre que se estuda sobre a salvação, é necessário que você trabalhe com seus alunos o significado mais
profundo de "salvação". Infelizmente, hoje em dia, já não se valoriza a salvação
eterna como antes. Parece que
não há mais interesse e esperança no Porvir. O termo "salvação" é de
profundo significado e de infinito alcance. Muitos têm uma pobre idéia da
inefável salvação consumada por Jesus, o que, às vezes, reflete-se numa vida espiritual descuidada e negligente, onde falta aquele amor ardente e total por Jesus, e busca constante de
sua comunhão.”
Professor ainda destaque que a salvação não é somente para fugirmos da
condenação do inferno, mas ela concede aos salvos bênçãos nesta vida e também
na vindoura.
Dois textos bíblicos são bastante
utilizados no estudo acerca deste tão distinto tema ao longo da história da
Igreja: Efésios 1.4-6,11; 1 Pedro 1.2.
“Como também nos elegeu nele antes da
fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em
amor, e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo,
segundo o beneplácito de sua vontade” (Ef 1.4,5).
A Eleição divina. Eleição traz a
ideia de escolha. Aos Efésios (1.4), Paulo menciona três aspectos dessa
escolha: (1) Em quem fomos escolhidos? Em Jesus, por isso ela é Cristocêntrica;
(2) Em que tempo se deu essa escolha? O tempo é dito como “antes da fundação do
mundo”; (3) E qual a finalidade? Para que fôssemos “santos e irrepreensíveis”.
Donald Stamps, editor da Bíblia de Estudos Pentecostal, afirma que
a eleição de pessoas ocorre somente em união com Jesus Cristo e que ninguém é
eleito sem estar unido a Cristo pela fé. Nossa Declaração de Fé assevera
que Deus elegeu a Igreja desde a eternidade, antes da fundação do mundo,
segundo a sua presciência (1Pe 1.2).(Lições CPAD Jovens e Adultos» Adultos 2020 » 2º Trim.)
Deus tomou a iniciativa para nossa
salvação. É importante destacar que a salvação não é uma ação divina de
“ultima hora”, como se Deus pudesse ser surpreendido (Ap 13.8). Cada
cordeiro sacrificado no Antigo Testamento apontava para Jesus Cristo, o
Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). (Revista do
professor,BETEL,2017)
Predestinação. O
apóstolo afirma que fomos não somente eleitos, mas igualmente predestinados à
vida eterna (Ef 1.5).
“A predestinação
genuinamente bíblica diz respeito apenas à salvação, sendo condicionada à fé em
Cristo Jesus, estando relacionada à presciência de Deus. Portanto, a
predestinação dos salvos é precedida pelo conhecimento prévio de Deus daqueles
que, diante do chamamento do Evangelho, recebem a Cristo como o seu Salvador
Pessoal e perseveram até o fim. A predestinação do crente leva-o a ser conforme
a imagem de Cristo; assim sendo, todos somos exortados a perseverar até o fim:
‘aquele que perseverar até ao fim será salvo’ (Mt 24.13). A graça divina
tanto salva quanto nos preserva a alma neste mundo corrupto e corruptor. A fé
antecede a regeneração: ‘Porque pela graça sois salvos por meio da fé; e
isso não vem de vós; é dom de Deus’ (Ef 2.8); ‘Quem crer e for batizado
será salvo; mas quem não crer será condenado’ (Mc 16.16); ‘Se, com a tua
boca, confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração, creres que Deus o
ressuscitou dos mortos, serás salvo’” (SOARES, Ezequias
(Org.). Declaração de Fé das Assembleias de Deus. 1ª Edição. RJ:
CPAD, 2017, pp.110,111).
O pastor
e teólogo John Stott diz que a expressão-chave para se compreender as
consequências presentes de nossa eleição é a “adoção”. Ele afirma que o Senhor
nos destinou para uma dignidade mais alta do que a própria criação poderia nos
outorgar. Pretendia “adotar-nos”, fazer-nos filhos e filhas da sua família [Jo
1.12-13; Ef 2.19]. William Barclay diz que de acordo com a lei romana uma pessoa
adotada desfrutava na nova família de todos os direitos de um filho legítimo e
perdia todo direito em sua família anterior. Perante a lei era uma nova pessoa.
Tão nova era, que até as dívidas e obrigações relacionadas com sua família
anterior ficavam canceladas ou abolidas como se jamais tivessem existido.
Adoção de filhos é uma das grandes
doutrinas da fé cristã. Ela nada tem com filiação, e sim com posição. A
expressão deriva de dois termos gregos: “huios” = filho, e “thesis”
= posição. A adoção quase não era usada entre os judeus. Os casos mencionados
na Bíblia ocorreram fora do ambiente cultural de Israel, como o caso de Moisés
(no Egito), Êx 2.10 e At 7.21. O caso de Ester (na Pérsia), Et 2.7,15. O mundo
greco-romano onde foi escrito o Novo Testamento, sim, este praticava a adoção
de filhos. O termo “huiothesia” é de origem romana, adotado pelos
gregos. Paulo, inspirado pelo Espírito Santo o emprega cinco vezes: Rm 8.15,23;
9.4; Gl 4.5; Ef 1.5.
Em nossa cultura, adota-se quem não é
filho, mas no caso da Bíblia a adoção espiritual é
para quem já é filho de Deus. A Bíblia é clara: “adoção de filhos” (Rm
8.15; Gl 4.5). Deus não adota um crente como filho; este é gerado como tal,
pelo Espírito Santo, na regeneração. Na adoção, recebemos a posição
de filhos adultos e herdeiros, espiritualmente falando. “Adoção de
filhos” não é nossa colocação na família de Deus; isto se dá no novo
nascimento. Na adoção, o crente já como filho é elevado à posição
de filho adulto e herdeiro da família. Na regeneração há mudança de
natureza, pela filiação; na adoção, há mudança de posição.
Lembremo-nos: Deus só adota a quem já
é seu filho!
A nossa adoção de filhos de Deus tem
ainda um aspecto a cumprir-se no futuro: Rm 8.23 — é
a nossa ressurreição ou transformação do nosso corpo, quando então
seremos conformados com Jesus Cristo (1Jo 3.2).(Lições CPAD Jovens e
Adultos » 1998 » 2º Trim)
Subsídio do Professor:Comentário de Romanos – Craig S. Keener – Reflexão Editora – p. 193-194) discorre sobre o cuidado que devemos ter para não restringirmos o entendimento quanto a termos como “escolher” e “predestinar” [Rm 8.29-30], à luz da polarização dos debates teológicos posteriores, tais como a defesa do livre-arbítrio por um lado e a graça soberana de Deus por outro: “O próprio público de Paulo pensaria em Israel como o povo que Deus havia escolhido e reconheceria que o argumento de Paulo foi projetado para mostrar que Deus era tão soberano que não era obrigado a escolher (com respeito à salvação) baseado na etnia judaica. (…) aparentemente ele se refere à escolha de Deus principalmente para enfatizar a iniciativa da graça de Deus ao invés das obras humanas [Rm 9.11].”
Professor,
neste tópico é importante deixar claro a santidade absoluta de Deus, segundo o
Pr. Antonio Gilberto a santidade de Deus é intrínseca, absoluta e perfeita (Lv
19.2; Ap 15.4). É o atributo que melhor expressa sua natureza. No
crente, porém, a santificação não é um estado absoluto, é relativo assim como a
lua, que não tendo luz própria, reflete a luz do sol (ver Hb 12.10; Lv
21.8b).
Quanto
mais nos santificamos, mais refletimos a gloria de Deus...
Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um
espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na
mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor. (2Co3.18)
Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia;
mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da
sua santidade.(Hb 12:10).
Em Rm 8.5, Paulo divide as pessoas em duas categorias: as que são dominadas por sua natureza humana, e as que são controladas pelo Espírito Santo. Todos nós estaríamos na primeira categoria, se Jesus não nos tivesse oferecido uma saída. Depois que dissemos "sim" a Jesus, passamos a desejar continuar a segui-lo, porque seu caminho traz vida e paz. Devemos escolher diariamente e conscientemente, centrar nossa vida em Deus. Use a Bíblia para descobrir as diretrizes de Deus, e então siga-as. Em cada situação desconcertante, pergunte-se: "O que Jesus quer que eu faça?" Quando o Espírito Santo lhe mostrar o que é certo, faça-o de maneira fervorosa (Para mais informações sobre natureza pecadora versus nossa nova vida em Cristo, veja Rm 6.6-8; Cl 3.3-15).(Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD - Pág.1677).
Paulo declara que eles foram selados e receberam “o penhor do
Espírito Santo”. O “selo” é um elemento que denota posse e autenticidade num
documento. Em nossos tempos, denominamos carimbos ou autenticações, os
instrumentos investidos de poder que imprimem marcas de propriedade e garantia.
Em Cristo, os crentes são selados com o Espírito Santo, tornando-se propriedade
exclusiva do Senhor (Ef 1.13,14). (Lições CPAD Jovens e
Adultos » 2010» 1º Trim)