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quinta-feira, 21 de julho de 2022

Lição 6 - Os Cuidados com a Intenção do Coração

 


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Lei 9.610/98 (Direitos Autorais)

Nosso subsídio (comentário da lição) não é o mesmo conteúdo da revista Betel Dominical Adultos, é apenas um texto de auxílio complementar referente aos tópicos e subtópicos da lição. 

Introdução 

O texto de referência fica em Mateus 5:21-22;44-45
21 - Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo.
22 - Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu de sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno.
44 - Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem,
45 - Para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.

Como bem sabemos, podemos estruturar o estudo do sermão da Montanha em cinco grandes discursos, a saber: 
1 - As Bem-Aventuranças (Mt 5.3-12)
2 - Sal e Luz (Mt 5.13-16)
3 - Jesus é o cumprimento da Lei (Mt 5.17-48)
4 - Os Atos de Justiça (Mt 6.1-18)
5 - Declarações de Sabedoria (Mt 6.19 a Mt 7.27)

Esta lição está dentro do terceiro grande discurso de Jesus, na aula passada aprendemos que Jesus não veio anular a lei, nessa lição vamos perceber com mais nitidez que Jesus torna a lei mais completa.


1 - As Atitudes do Coração Humano

1.1 - Combatendo a Raiz do Mal

                      A Lei estabelece: "Não Matarás" (Êx 20.13; Dt 5.17)

Jesus não anulou essa Lei, pelo contrário, completa esse sexto mandamento ensinando que não é apenas quem comete o assassinato que é homicida, mas também todo aquele que se ira contra o seu irmão. 
Thomas Coke: Para uma exposição completa deste mandamento "Não Matarás", nos referimos também a exposição do nosso Salvador. E se não devemos matar outros, certamente não podemos matar nós mesmos, de modo que o suicídio é aqui proibido de maneira clara e absolutamente, bem como, de acordo com a exposição de nosso Salvador, todas aquelas paixões raivosas e ressentidas, não são menos criminosas em si mesmas do que são fatais em suas consequências.[5]
John Wesley: Não farás nada prejudicial à saúde, ou à vida do teu próprio corpo, ou de qualquer outra pessoa. Isso não proíbe nossa própria defesa necessária, ou os magistrados matando os infratores; mas proíbe toda malícia e ódio a alguém, pois quem odeia seu irmão é assassino, e toda vingança daí decorrente; da mesma forma raiva e mágoa ditas ou feitas, ou destinadas a serem feitas com paixão; disso nosso Salvador expõe esse mandamento.

Jesus também faz uma exposição sobre o sétimo mandamento, em ambas exposições, Jesus quer ensinar que o pecado ou a transgressão a Lei, não ocorre somente através de atitudes externas, mas também quando nossos sentimentos e vontades procedem do nosso interior, do nosso coração e da nossa mente.

A Lei estabelece: "Não Adulterarás" (Êx 20.14)

"Ouvistes o que foi dito: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo, que qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, em seu coração, já cometeu adultério com ela." (Mt 5.27-28)
Albert Barnes: Nosso Salvador nesses versículos explica o sétimo mandamento. É provável que os fariseus tivessem explicado esse mandamento, como o sexto, como estendendo-se apenas ao ato externo; e que eles consideravam maus pensamentos e uma imaginação devassa como de pouca importância, ou como não proibidos pela lei. Nosso Salvador assegura a eles que o mandamento não considerava apenas o ato externo, mas os segredos do coração e os movimentos dos olhos. Ele declara que aqueles que satisfazem um desejo arbitrário, que aqueles que procuram uma mulher para aumentar sua luxúria, já, aos olhos de Deus, violaram o mandamento e cometeram adultério no coração. [5]

1.2 - O Autocontrole Vence a Ira
"Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo;" (MT 5.22a)
"Mas eu lhes digo que qualquer um que ficar com raiva do seu irmão será julgado." (Mt 5.22a NTLH).
Como foi comentado anteriormente, você estará sujeito ao julgamento por  homicídio se irar sem motivos contra seu irmão, portanto esse sentimento deve desaparecer rapidamente de si. Você deve ter capacidade e domínio sobre este sentimento.
Albert Barnes: A raiva, ou aquele sentimento que temos quando somos feridos, e que nos leva a nos defendermos quando em perigo, é um sentimento natural, dada a nós:
1. Como expressão apropriada de nossa desaprovação de um curso de má conduta.
2. Para que possamos nos defender quando subitamente atacados.
Quando excitado contra o pecado, é lícito. Deus está zangado com os ímpios, Salmos 7:11. Jesus olhou para os fariseus hipócritas com raiva, Marcos 3.5. Assim é dito: "Fiquem irados, e não peque, Efésios 4:26.
Essa raiva, ou indignação contra o pecado, não é o que nosso Salvador fala aqui. O que ele condena aqui é a raiva sem causa; isto é, injustamente, precitadamente, apressadamente, onde nenhuma ofensa foi dada ou pretendida. Nesse caso, é mau; e é uma violação do sexto mandamento, porque "quem odeia a seu irmão é assassino" 1João 3:15. Ele tem um sentimento que o levaria a cometer um assassinato, se fosse totalmente encenado. [5]

1.3 - O Peso das Palavras Ofensivas
"Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno." (Mt 5.22)


RACA
Albert Barnes: É uma palavra siríaca, expressiva de grande desprezo. Vem de um verbo que significa vazio, vaidoso; e, portanto, como uma palavra de desprezo, denota cérebros sem sentido, estúpidos e superficiais. [5]
E.W.Bullinger: É uma palavra que expressa a emoção ou o desprezo de uma mente desdenhosa. [5]

LOUCO
Lendo vários comentários de alguns teólogos cheguei a conclusão de que quando se chama alguém de Louco, está classificando esse alguém como Tolo, afirmando que essa pessoa age com ingenuidade, de maneira infundada e boba. O louco ou Tolo age com muita vaidade sem perceber suas próprias falhas morais. Vive se comportando com insensatez, como se Deus não existisse.

2 - Confrontando as Impurezas da Alma

2.1 - A Oferta deixada no Altar
"Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta" (Mt 5:23-24)
Aqui vemos a importância de estarmos em paz com todas as pessoas, sem guardar mágoas de uma ofensa ou de um mal que recebemos. Já tentou fazer a paz ou obter perdão de alguma pessoa que te ofendeu e que tenta te ignorar? É difícil, todavia, a ordem é para procurar a pessoa e reconciliar independente de qual lado esteja com a razão, pois se assim não fizermos, nossas ofertas não serão recebidas e não terão valor diante de Deus. 
"Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão" (Mt 5:25)
"Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens" (Rm 12:18)
Pr. Geremias do Couto: Se ao procurarmos alguém para reconciliação, se ele recusar o nosso gesto, a questão foge ao nosso controle, mas naquilo que nos compete, devemos fazer o possível para ter paz com todos os homens . [8]

2.2 - A Cobiça no Coração e o Adultério
"Ouvistes o que foi dito: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo, que qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, em seu coração, já cometeu adultério com ela." (Mt 5.27-28)
Complementando aqui o que foi comentado no subtópico 1.1.
Adam Clarke: Muitos detestariam cometer um ato externo diante dos olhos dos homens, em templo de pedra; e, no entanto, não têm medo de cometer uma multidão de tais atos no templo de seus corações e aos olhos de Deus. Jesus apresenta aos saduceus e fariseus a espiritualidade da lei, ao qual os judeus não prestavam atenção; é próprio do fariseu abster-se apenas dos crimes externos. Os homens são muitas vezes menos inquisitivos em saber até que ponto a vontade de Deus se estende, para que possam agradá-lo em executá-la, do que em saber em que medida podem satisfazer suas concupiscências sem destruir totalmente seus corpos e almas por uma violação aberta da sua lei.
Neste subtopico, Bp Abner Ferreira faz uma colocação que deve ser destacada frente a cobiça no coração - A Necessidade de Crucificar a carne: Procurando renovar a mente, buscar a purificação da mente e do coração das impurezas e cobiças carnais, não alimentando os desejos lascivos em nosso interior, pois somos engodados (enganados, fisgados) pela nossa própria cobiça carnal:
"Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte." (Tg 1.14,15)
Thomas Coke: Todo homem é tentado (nesse mau sentido da palavra) pela fraqueza inata de sua própria natureza, em concordância com as circunstâncias da vida em que ele é colocado, sendo seduzido por suas próprias concupiscências; e por querer sabiamente e resolutamente se opor ao primeiro surgimento deles, ele é preso à realidade comissão do pecado [5]
John Wesley: Devemos, portanto, procurar a causa de todo pecado, dentro, não fora de nós mesmos. Mesmo as injeções do diabo não podem ferir antes de torná-las nossas. E cada um tem desejos decorrentes de sua própria constituição, temperamento, hábitos e modo de vida. [5]

2.3 - Os Juramentos
O juramento serve para que a pessoa fale a verdade e cumpra seus compromissos, ou seja, que honre com a sua palavra.

Os juramentos no Antigo Testamento 
Os judeus acreditavam que quando a pessoa fizesse um juramento envolvendo algo espiritual (Deus, Céu, etc) obteria credibilidade, ou seja, tinha mais valor pois algo sagrado estava envolvido.

LEI DO JURAMENTO

Os Juramentos dos Cristãos
"Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus; Nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei; Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna." (Mt 5:34-37)
A honestidade do cristão elimina a necessidade de juramentos.
Pr. Osiel Gomes: Um cristão verdadeiro [...] não precisa invocar qualquer elemento como céu e terra para afirmar que o que está dizendo é a verdade, posto que na essência a verdade está no coração" [7]
"Mas, sobretudo, meus irmãos, não jurei nem pelo céu nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim e não, não, para que não caiais em condenação" (Tg 5.12)
Reflita com seus alunos: Qual o valor de uma palavra? muitas pessoas já viveram em um tempo em que a palavra de uma pessoa era suficiente para se concretizar um negócio.
Pr. Osiel Gomes: Jesus foi categórico quando afirma que pelas palavras alguém pode ser justificado ou condenado: "Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado" (Mt 12:37), portanto é preciso ter cuidado ao falar. Falar somente "Sim" ou "Não" significa que devemos como cristão verdadeiro procurar falar com verdade e sabedoria [7]


3 - Construindo Pontes
 
3.1 - Fugindo do Ressentimento
Vamos ler o Texto de Mateus 5:38-42 :
38 - Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente.
39 - Eu, porém, vos digo que não resistais ao mau; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra;
40 - E, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa;
41 - E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.
42 - Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes.
Como você reage ao ser ofendido ou prejudicado? Você não pode controlar as atitudes das pessoas em relação à sua pessoa, mas pode controlar suas reações. Pagaremos com a mesma moeda? Olha o que Deus falou através de Moisés:
"Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor" (Lv 19.18)

3.2 - O Amor pelos Inimigos
Disse Jesus:
"Eu, porém, vos digo: Amai o vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem, para que sejais filhos do Pai que está nos céus; porque faz que que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos." (Mt 5.44-45)
O cristão não deve guardar rancor e nem buscar vingança. Antes, deve vencer o mal com o bem. Dessa forma, ela demonstra que verdadeiramente teve o seu caráter transformado por Cristo. [7]
No texto de Mateus 5.39-44,47 encontramos cinco questões que estão no centro do desenvolvimento da perfeição cristã, a saber:
1 - "Oferecer a outra face"
2 - "caminhar duas milhas"
3 - "não desviar de quem pede emprestado"
4 - "amar o inimigo" 
5 - "saudar quem não é irmão"
Nesse subtópico, estamos tratando da questão "amar o inimigo"
Pr. Osiel Gomes: Ao invés de nos vingar, devemos amar e perdoar. Isso não é uma coisa natural. Somente Deus pode nos dar forças para que amemos como Ele ama. [7]
No Texto que acabamos de ler em Mateus 5:38-42 (vide tópico 3.1), Jesus deixou um novo ensinamento quanto a Lei do Talião, olho por olho, dente por dente (Êx 21.24; Lv 24.20; Dt 19.21). Enquanto os fariseus interpretavam essa lei com o propósito de vingança, procurando ajustar o castigo ao crime, Jesus ensina fazer o bem ao invés de revidar com a vingança, porque essa pertence a Deus:
"Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensei, diz o Senhor." (Rm 12.19)
"Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo" (Hb 10.30).
Pr. Osiel Gomes: O Cristão não revida o mal de acordo com a Lei de Talião. Ele não se deixa dominar pela vingança. [7]
Pr. Geremias do Couto: O padrão divino sobre o relacionamento com os nossos desafetos começa  com a renúncia. Nesse contexto, renúncia significa conter a reação imediata da retribuição do mal pelo mal, tão comum entre os homens. A renúncia oferece ao crente a oportunidade de testemunhar com suas atitudes. [8]
Jesus ensina que o amor não é seletivo, é fácil amar e estender a mão para nossos amigos e irmãos, todavia, o galardão é de quem faz o difícil, ou seja, daquele que estende a mão para os inimigos.

3.3 - Sede Perfeitos como o Vosso Pai
"Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está no céu" (Mt 5.48)
Pr. Osiel Gomes: Parece inatingível o que Jesus elucidou, mas é possível. 
James Nisbet: Agora nosso Senhor eleva nossos pensamentos muito acima de todos os padrões da terra. Muitos de nós simplesmente ignoram as palavras como impraticáveis e impossíveis. "Perfeito!" dizemos, "Perfeito como Deus é perfeito! Impossível".
Adam Clarke: Deus daria uma ordem para nós que seria impossível obedecer? Quando afirmamos: "Isso é Impossível!" estamos reprovando Deus.  

Que "perfeição" é essa mencionada no texto?
Comentário Bíblico Scofield: A palavra "perfeitos" implica pleno desenvolvimento, crescimento para a maturidade da piedade, não perfeição sem pecado (Ef 4.12). Nessa passagem, a bondade do Pai (Amor do Pai), não Sua impecabilidade, é o ponto em questão (Lc 6.35)
Então podemos afirmar que Jesus está ordenando para sermos perfeitos em relação ao seu Amor. Pr. Osiel Gomes completa:  Assim como Deus ama a todos, o cristão também deve amar, ou seja, tomar como medida a perfeição padrão e absoluta de Deus. Esse amor só está no crente porque foi derramado por Deus no seu coração. Essa exigência é incompatível com a natureza humana caída. [7]
"E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Rm 5:5)
"Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado (perfeito); nisto conhecemos que estamos nele." (1Jo 2.5)
"Ninguém jamais viu Deus; se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeito o seu amor" (1Jo 4.12)


Comentário 
Pr. Éder Tomé

Referências

[1] Bíblia Sagrada (ARC) – Sociedade Bíblica do Brasil - 4° edição - 2009
[2] Bíblia Sagrada King Jones – Atualizada – Fiel aos Originais
[3] Bíblia Sagrada (NTLH) - Linguagem de Hoje
[4] Revista Betel Dominical Adultos - 3T - 2022
[5] versículoscomentados.com.br
[6] Bíblia de Estudo Cronológica - CPAD - Pág. 1326
[7] Revista Lições Bíblicas - CPAD - 2T - 2022
[8] Revista Lições Bíblicas - CPAD - 2T - 2001
[9] Bibliaplus.org - James Nisbet 


quarta-feira, 20 de julho de 2022

Lição 5 - A Justiça Moral e Ética do Reino de Deus

 


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Lei 9.610/98 (Direitos Autorais)

Nosso subsídio (comentário da lição) não é o mesmo conteúdo da revista Betel Dominical Adultos, é apenas um texto de auxílio complementar referente aos tópicos e subtópicos da lição. 

Introdução 

O texto de referência fica em Mateus 5:17-20
17 - Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir.
18 - Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido.
19 - Qualquer , pois, que violar um destes menores mandamentos, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.
20 - Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.

Na Lição 1 , havia comentado que podemos estruturar o estudo do sermão da Montanha em cinco grandes discursos, a saber: 
1 - As Bem-Aventuranças (Mt 5.3-12)
2 - Sal e Luz (Mt 5.13-16)
3 - Jesus é o cumprimento da Lei (Mt 5.17-48)
4 - Os Atos de Justiça (Mt 6.1-18)
5 - Declarações de Sabedoria (Mt 6.19 a Mt 7.27)
Sendo assim, nessa lição será comentado o terceiro grande discurso de Jesus: Jesus é o cumprimento da Lei.

1 - Entendendo os Preceitos da Lei

1.1 - O que é uma Lei e para que ele Serve?
A Lei dada a Moisés revela as regras  e a punição para quem não as cumpre ou para quem tem um desvio de comportamento. A Lei revela o quanto o homem é pecador e merecedor de condenação. Na Antiga Aliança, os judeus deveriam cumprir a lei com base em obras humanas.

 
Bp Abner Ferreira: Lei alguma pode mudar o coração humano, mesmo com ameaça de punição... [4]
Pr. Osiel Gomes: Pelo sistema da antiga Lei, havia um falso entendimento de que o homem poderia por seus próprios méritos salvar-se. Paulo refutou a salvação pela lei:
"Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; Porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada" (Gl 2.16)
"Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo." (Tt 3.5)

1.2 - O Caráter Fundamental da Lei Divina
Bp. Abner Ferreira: A lei sempre foi o espelho que protegeu os homens para que não fossem consumidos pela glória de Deus. Foi através da revelação da lei que a humanidade teve um conhecimento mais ampliado acerca da santidade de Deus. [4]

A Lei mostra o pecado e a condenação, porém ela não tem poder para salvar. É aqui que entra a Amor de Deus e a Graça de Jesus Cristo, alguém escreveu: "A maior necessidade da humanidade é o perdão, então Deus nos enviou um salvador". Jesus o único que foi capaz de cumprir toda a Lei é o único que pode nos salvar, seu sacrifício foi suficiente para pagar a nossa dívida de pecado (Rm 6:23).
Perceba que a Lei e a Graça andam de mãos dadas, existe harmonia entre a Lei e a Graça. Se a lei tivesse sido abolida, não haveria transgressão (1 João 3:4) e, necessariamente, não haveria condenação. E não havendo condenação, não há necessidade da Graça. A Graça, além de nos salvar da condenação da Lei, habilita-nos a viver em harmonia com os preceitos celestiais, com o padrão divino. [10]


Pr. Osiel Gomes [7]

1.3 - As Exigências da Lei
"porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos" (Tg 2:10)
Assim como o espelho sempre revelará uma imagem verdadeira sobre nós, sem aqueles filtros que possuímos no celular, assim a Lei revela o que é pecado para o homem, como se fosse um raio-x de nós mesmos. 
A lei não está na Bíblia para mostrarmos o quanto somos bons em cumpri-las, mas para reconhecermos o quanto somos pecadores e que não conseguimos cumprir as leis de Deus [11]

Bp. Abner Ferreira: Os Escribas admitiam não poder atingir esse padrão. Daí criaram um sistema que, em essência, burlava as exigências da lei ... declaravam que se alguém vivesse segundo a interpretação que eles davam à lei, seria aceitável a Deus. Mas eram fardos pesados que nem eles mesmos carregavam [Mt 15.7-9; 23.1-5] [4]

Pr. Osiel Gomes [7]

2 - Os Escribas e a Lei
Bp Abner Ferreira: Na época de Jesus, o que constituía a verdadeira religião e o verdadeiro serviço a Deus para os judeus ortodoxos era a lei dos escribas [4]

2.1 - Os Escribas e sua Funções

ESCRIBAS
No Novo Testamento, os escribas judeus eram doutores, ou mestres, da Leis. Além de copiar textos sagrados, eles se dedicavam à interpretação da Lei de Moisés. [10]

FARISEUS
Esequias Soares: Era a mais severa seita do judaísmo (At 26.5; Gl 1.14; Fp 3.5), representavam o povo e, apesar de serem minoria na sociedade pré-cristã, exerciam forte influência na comunidade judaica. Os Evangelhos estão repletos de provas do comportamento negativo dos fariseus e de suas hipocrisias. Tanto que a palavra "fariseu" tornou-se sinônimo de hipócrita e fingido, até os dias de hoje.[8]
Ponto Positivos:
1 - Estavam interessados em obedecer à lei de Deus
2 - Eram admirados por sua piedade
3 - Acreditavam em uma ressurreição física e na vida eterna
4 - Acreditavam em anjos e demônios.
Pontos Negativos:
1 - Comportavam-se como se suas próprias regras religiosas fossem tão 
     importantes quanto à lei de Deus.
2 - Sua piedade frequentemente era hipócrita e eles admoestavam os 
     outros para que vivessem segundo os padrões que eles mesmos não 
     conseguiram cumprir.
3 - Estavam mais preocupados em parecer ser bons que em obedecer a 
     Deus.

2.2 - A Diferença entre o Escriba e o Fariseu 

Bp. Abner Ferreira [4]

2.3 - Os Escribas e a Interpretação da Lei

Bp. Abner Ferreira [4]

3 - Jesus Cristo e o Cumprimento da Lei
 
3.1 - Jesus não veio Anular a Lei


Pr. Osiel Gomes: Quando nosso Senhor começou a ensinar, seu propósito nunca foi o de desconstruir tudo ou não valorizar o passado relativo aos ensinos da Lei e dos Profetas. [7] Apóstolo Paulo aprendeu isso:
"Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei." (Rm 3.31)

Albert Barnes: Nosso Salvador estava apenas começando seu trabalho. Era importante que ele declarasse o que veio fazer. Ao se preparar para ser um professor em oposição aos escribas e fariseus, alguns podem acusá-lo com a intenção de destruir sua lei e abolir os costumes da nação. Portanto, ele lhes disse que não tinha esse objetivo, mas realmente cumpria o que havia na lei e nos profetas. [5]

Pr. Osiel Gomes: Jesus não veio para desfazer a Lei, nem viveu como um legalista. Porém, soube conservar o que havia de bom na antiga Lei, dando-lhe uma nova dinâmica de vida. Devemos cumprir e ensinar a lei divina a partir do poder do Espírito Santo que transforma, aperfeiçoa e concede-nos graça e verdade [7] : "E todos nós recebemos também da sua plenitude, e graça por graça. Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo." (Jo 1.16,17)

3.2 - Jesus afirmou que toda a Escritura se Cumprirá
Jesus afirma que:
"Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido" (Mt 5.18).
Albert Barnes: "Enquanto o céu e a terra existirem" quer dizer que tudo pode mudar; a própria terra e o céu podem passar, mas a lei de Deus não será destruída até que todo o seu desígnio seja cumprido.  "Nem um jota ou um til passará da lei" quer dizer que nenhum jota (menor letra do alfabeto hebraico) e nenhum til (nenhum ponto ou pontuação que servem para distinguir uma letra da outra e que pode mudar o sentido da palavra) irá passar da lei. [5]

"Qualquer , pois, que violar um destes menores mandamentos, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus." (Mt 5.19)
Albert Barnes: É provável que os fariseus dividissem os preceitos da lei em menor e maior, ensinando que aqueles que violavam o primeiro eram culpados apenas de uma ofensa trivial. Cristo ensina que em seu reino aqueles que fazem essa distinção, ou que ensinaram que qualquer lei de Deus pode ser violada impunemente, devem ser chamados menor; enquanto eles deveriam ser respeitados, respeitando todas as leis de Deus sem distinção. Aquele que quebra o menor desses mandamentos não tem valor ou não deve ser considerado como um professor religioso adequado. Os fariseus, ao dividir a lei em preceitos cada vez maiores, anularam uma pequena parte dela por suas tradições e divisões. Jesus diz que em seu reino toda essa divisão e tradição vãs cessariam. As pessoas estariam empenhadas em obedecer a toda a lei de Deus sem essas distinções vãs. [5]
Joseph Benson: Todo aquele que praticar cuidadosamente esses preceitos da lei, e outras partes da palavra divina, e inculcar sua obrigação universal, será grandemente recompensado [5]

3.3 - A Justiça do Reino

JUSTIÇA NO ANTIGO TESTAMENTO
Pr. Osiel Gomes: A compreensão da justiça no Antigo Testamento, baseada no binômio lei-obra, gerou orgulho pessoal e confiança nas próprias ações dos judeus para justificarem a si mesmos, exemplos:
1 - O jovem rico que agiu para atingir o supremo bem (Mt 19.16-26)
2 - O fariseu que, por meio da sua justiça própria, achava-se melhor que o publicano (Lc 18.9-17)
3 - O sacerdote e o levita que, firmados numa justiça própria, achava-se melhor que o publicano (Lc 18.9-17) [7]

JUSTIÇA NO NOVO TESTAMENTO
Pr. Osiel Gomes: Jesus ensina aos seus discípulos que a nova justiça de Deus é interior, moral e espiritual e não se trata da velha justiça exterior, cerimonial e legalista  [7]


"Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus." (Mt 5.20)

Bp. Abner Ferreira: Os Escribas e fariseus eram as pessoas mais importantes na sociedade judaica e, portanto, Jesus estava dizendo que a nossa justiça deve exceder a deles.[4]

QUE TIPO DE JUSTIÇA O SENHOR REQUER DE SEUS SERVOS? 
Bp. Abner Ferreira: A que vem do coração, não de atos exteriores. Nenhum homem pode entrar no reino de Deus por conta própria (Sl 49.7-8). A grande bênção da graça divina é que através do Espírito Santo, o Senhor coloca Sua lei em nosso coração (quando experimentamos o novo nascimento pelo Espírito Santo) [4]
"Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo." (Jr 31.33)

Albert Barnes: A justiça dos Escribas e Fariseus consistia em observâncias externas da lei cerimonial e tradicional. Eles ofereciam sacrifícios, jejuavam frequentemente, orava muito, era meticuloso em relação a abluções, dízimos e cerimônias da religião, mas negligenciava a justiça, a verdade, a pureza e a santidade do coração. [5]

Comentário 
Pr. Éder Tomé

Referências

[1] Bíblia Sagrada (ARC) – Sociedade Bíblica do Brasil - 4° edição - 2009
[2] Bíblia Sagrada King Jones – Atualizada – Fiel aos Originais
[3] Bíblia Sagrada (NTLH) - Linguagem de Hoje
[4] Revista Betel Dominical Adultos - 3T - 2022
[5] versículoscomentados.com.br
[6] Bíblia de Estudo Cronológica - CPAD - Pág. 1326
[7] Revista Lições Bíblicas - CPAD - 2T - 2022
[8] Revista Lições Bíblicas - CPAD - 3T - 2017
[9] Escribas - https://www.respostas.com.br/escriba-significado-e-funcao/
[10] Pr. Milton andrade - https://biblia.com.br/perguntas-biblicas/a-lei-e-a-graca/
[11] luteranos.com.br - https://www.luteranos.com.br/conteudo/a-lei-e-um-espelho-exodo-20-1-17