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sábado, 7 de junho de 2025

Lição 11 - A Participação das Mulheres no Ministério de Jesus

 

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Introdução
Texto de Referência : Mateus 26.6-7
6 - E, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso.
7 - Aproximou-se dele uma mulher com um vaso de alabastro, com unguento de grande valor, e derramou-lhe sobre a cabeça, quando ele estava assentado à mesa.
Texto de Referência : Lucas 8.1-3
1 - E aconteceu, depois disto, que andava de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus; e os doze iam com ele.
2 - E algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios.
3 - Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Susana, e muitas outras que o serviam com suas fazendas.


1 - As Mulheres no Ministério de Jesus

1.1 - O Papel das Mulheres no Ministério
Durante o ministério de Jesus, várias mulheres desempenharam papéis significativos como discípulas, apoiadoras e testemunhas, mesmo em uma sociedade patriarcal. Podemos citar algumas dessas mulheres notáveis nos Evangelhos:

1 - Maria, mãe de Jesus
Presente desde o nascimento até a crucificação e ressurreição de Jesus. Símbolo de obediência e fé. Participou do início do ministério de Jesus, como nas bodas de Caná (João 2).

2 - Maria Madalena 
Uma das seguidoras mais fiéis de Jesus.
Libertada de sete demônios (Lucas 8.2).
Presente na crucificação, sepultamento e foi a primeira a ver Jesus ressuscitado (João 20.11-18).

3 - Marta e Maria de Betânia
Irmãs de Lázaro, amigo de Jesus (João 11).
Marta é ativa no serviço e Maria é contemplativa, sentando-se aos pés de Jesus para ouvir seus ensinamentos (Lucas 10.38-42). Estão presentes na ressurreição de Lázaro e no episódio em que Maria unge Jesus com perfume.

4 - Joana, esposa de Cusa
Mencionada em Lucas 8.3.
Cusa era administrador de Herodes Antipas. 
Joana apoiava Jesus com seus bens e estava entre as mulheres que encontraram o túmulo vazio.

5 - Susana
Mencionada em Luca 8.3.
Apoiava financeiramente o ministério de Jesus.
Pouco se sabe além dessa referência.

6 - A Mulher Samaritana no Poço
Jesus quebra barreiras sociais e religiosas ao conversar com ela (João 4). Ela se torna uma das primeiras evangelistas, levando sua vila a conhecer Jesus.

7 - A Mulher com Fluxo de Sangue
Curada ao tocar nas vestes de Jesus (Mc 5.25-34).
Um exemplo de fé e da compaixão de Jesus por marginalizados.

8 - A Mulher Adúltera
Apresentada em João 8.1-11. 
Jesus impede seu apedrejamento e a liberta do julgamento, ensinando sobre graça e misericórdia.

9 - A Viúva que ofertou duas moedas
Jesus elogia sua generosidade como superior à dos ricos, por dar "tudo o que possuía" (Lc 21.1-4).

10 - Mulheres na crucificação e ressurreição
Muitas mulheres estavam ao pé da cruz quando os discípulos homens fugiram (Mt 27.55-56). Elas foram as primeiras testemunhas da ressurreição, papel fundamental no anúncio do evangelho.

1.2 - Servir é um Ato de Gratidão
Jesus trouxe restauração, cura e libertação para muitas mulheres, e essas por sua vez passaram a servi-lo.
A experiência pessoal de cura (espiritual e física) as levou a segui-lo com gratidão e compromisso. Maria Madalena, especificamente, foi libertada de sete demônios (Lc 8.2) o que ressalta sua profunda transformação.
Jesus deu visibilidade às mulheres em uma sociedade que as ignorava porque isso está profundamente alinhado com o coração de sua missão: restaurar a dignidade humana, revelar o Reino de Deus e desafiar estruturas injustas.
Podemos pontuar algumas razões fundamentais teológicas, sociais e espirituais do motivo de Jesus dar visibilidades as mulheres no seu ministério :

1 - O Reino de Deus é Inclusivo
"Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus" (Gl 3.28).
Jesus veio anunciar um novo Reino, radicalmente diferente dos sistemas opressivos da época. Esse Reino inclui :
a) Pobres, doentes, estrangeiros e mulheres (Lc 4.18-19)
b) Ele quebra barreiras sociais e religiosas (João 4)
c) Mulheres eram chamadas a segui-Lo e serviam como modelo de Fé.

2 - Jesus via as pessoas, não só papéis sociais
Na cultura judaica do século I, as mulheres eram vistas como posses dos homens (pai, marido ou irmão), com voz pública limitada. Jesus no entanto :
a) Falava com elas diretamente (algo incomum para rabinos)
b) Ouviu suas histórias, dores e esperanças
c) As elogiou por sua fé, sabedoria e ações, às vezes mais do que os homens ao redor.

3 - Jesus restaurava a dignidade perdida
A mulher com fluxo de sangue (Marcos 5) era impura e rejeitada, Jesus a cura e a chama de "filha". 
A mulher adúltera é salva do apedrejamento (João 8) e recebe uma nova chance: "Vai e não peques mais".
Mulheres foram as primeiras testemunhas da ressurreição, em uma época em que o testemunho feminino não tinha valor legal; Jesus, ao escolher essas mulheres, inverte essa lógica.

4 - Elas responderam com fé e fidelidade
Muitas mulheres foram mais corajosas e fiéis do que os próprios discípulos homens (ficaram ao pé da cruz, enquanto os outros fugiram). 
Elas sustentaram financeiramente o ministério (Lc 8.1-3). Estavam entre os primeiros evangelistas (como a samaritana ou Maria Madalena).

5 - Jesus inicia um movimento transformador
Ao dar visibilidade às mulheres, Jesus planta as sementes de uma boa humanidade:
a) De igualdade, dignidade e mutualidade
b) O cristianismo primitivo, inspirado nisso, teve muitas líderes mulheres (Febe, Priscila, Lídia, Junia, outras - Rm 16).

Portanto, Jesus não apenas incluiu mulheres, Ele afirmou seu valor eterno diante de uma sociedade que as silenciava. Isso não foi um gesto simbólico : foi um parte essencial da revolução do amor que Ele veio inaugurar. A forma como Jesus tratou as mulheres continua sendo um chamado à justiça, inclusão e restauração para todos os tempos.
  
1.3 - A Relevância das Mulheres no Ministério de Jesus
"Depois disso, Jesus ia passando pelas cidades e povoados, proclamando as boas novas do Reino de Deus. Os Doze iam com Ele, e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; Joana, mulher de Cuza, administrador de Herodes; Susana e muitas outras. Essas mulheres ajudavam a sustentá-los com seus bens" (Lc 8.1-3).
O texto acima é um dos textos mais importante sobre a participação ativa de mulheres no ministério terreno de Jesus.
Podemos pontuar algumas formas de participação dessa mulheres no ministério de Jesus:

1 - Acompanhavam Jesus Ativamente
Elas viajavam com Jesus e os discípulos, algo altamente incomum para a época, pois mulheres não participavam de ministério itinerantes religiosos. Mostram-se discípulas verdadeiras, não apenas ouvintes ocasionais.

2 - Sustentavam financeiramente o ministério
Elas apoiavam com seus próprios recursos (Lc 8.3).
Isso mostra que :
a) Tinham autonomia financeira
b) Entendiam o valor do Reino de Deus a ponto de investir nele
c) Jesus recebia ajuda de mulheres, algo revolucionário para a cultura patriarcal da época

3 - As Mulheres estavam entre as mais fiéis
Maria Madalena, Joana e outras estiveram :
a) Ao pé da cruz (quando muitos discípulos homens fugiram)
b) No sepultamento de Jesus
c) No encontro com o túmulo vazio e no anúncio da ressurreição (Lc 24.10).

Portanto, essas mulheres não foram coadjuvantes, elas foram discípulas, parceiras e testemunhas essenciais no ministério de Jesus. Lucas 8 destaca algo revolucionário: Jesus integrou mulheres à missão do Reino como agentes ativas, desafiando normas sociais e religiosas.

2 - Jesus e as Mulheres
Jesus evidenciou a importância de diversas mulheres para o Seu ministério de forma clara, direta e, para a época, revolucionária.
Nos subtópicos vamos estudar algumas mulheres e sua respectiva importância no ministério de Jesus.
Agora vamos ver algumas evidencias bíblicas da importância das mulheres no ministério de Jesus :

1 - O Ministério de Jesus era sustentado com a participação ativa de Mulheres
Como já mencionei, as mulheres participaram ativamente do sustento e da missão de Jesus, Maria Madalena, Joana e Susana foram curadas, transformadas, e seguiram Jesus ativamente, e não só isso, mas também sustentavam o ministério de Jesus com seus bens (Lc 8.1-3), e Jesus não apenas aceitava a ajuda, mas também valorizava as contribuições como essencial ao seu ministério terreno.

2 - O Reconhecimento nos Evangelhos
Os Evangelhos citam mulheres nominalmente, o que mostra que elas eram conhecidas e respeitadas nas comunidades cristãs primitivas. Maria Madalena aparece 12 vezes nos Evangelhos mais do que muitos apóstolos.

3 - Jesus dialogava e ensinava mulheres
As mulheres eram tão importantes no seu ministério, que Jesus além de dialogar com elas, também ensinava-as.
A mulher samaritana (João 4): Jesus tem uma conversa teológica profunda com ela e ela se torna missionária em sua cidade.
Marta e Maria de Betânia (Lc 10.38-42): Jesus afirma que Maria, ao ouvir seus ensinamentos, escolheu a boa parte, algo inédito para uma mulher na cultura judaica.

4 - Jesus escolheu mulheres como primeiras testemunhas da ressurreição
As mulheres eram tão importantes no seu ministério terreno que Jesus escolheu as mulheres como as primeiras a vê-lo ressuscitado.
Em uma época em que o testemunho de um mulher não tinha valor legal, Jesus confiou o evento mais importante do cristianismo, Sua ressurreição.
Isso mostra que Jesus não apenas incluiu mulheres, mas as colocou em posições de confiança e responsabilidade espiritual.

2.1 - Nos Passos de Jesus
Neste subtópico vamos ver algumas mulheres nos passos de Jesus, sua importância no ministério de Jesus :

Joana
Joana é uma personagem fascinante e muitas vezes pouco explorada no Novo Testamento. Sua breve menção carrega profundos significados históricos, espirituais e sociais. 

A Identidade de Joana
a) Joana era esposa de Cuza, alto funcionário de Herodes Antipas (o mesmo que mandou matar João Batista)
b) Seu marido provavelmente um oficial de confiança e influência, talvez administrador de finanças.
c) Joana, portanto, fazia parte de um classe social elevada, com acesso à elite política

Joana teve uma Conversão Impactante
Joana foi curada por Jesus (Lc 8.2-3).
A experiência pessoal de cura a levou a seguir Jesus de maneira ativa e comprometida. 
Sua posição social não a impediu de se identificar publicamente com Jesus, mesmo que isso pudesse comprometer sua reputação.

Joana era uma Discípula Verdadeira
Joana não era apenas simpatizante: ela acompanhava Jesus em suas viagens, o que, para um mulher, era radicalmente contra a norma. Era um seguidora regular e fiel, uma discípula no mais verdadeiro sentido da palavra.
"...e Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Susana, e muitas outras, as quais o serviam com os seus bens" (Lc 8.3)
Joana era generosa nas contribuições financeiras e sua compreensão do Reino de Deus como algo que merece investimento pessoal e prático.
"E voltando do sepulcro, anunciaram todas estas coisas aos onze, e a todos os demais. E eram Maria Madalena, e Joana, e Maria mãe de Tiago" (Lc 24.9-10)
Joana estava entre as primeiras pessoas a saber que Jesus havia ressuscitado, foi testemunha do maior milagre da fé cristã, isso confirma sua presença contínua e fiel do início ao fim do ministério de Jesus.
Joana é um exemplo de alguém que usou sua influência, recursos e fé para apoiar o Reino de Deus, rompendo com as expectativas sociais de sua época. 

Susana
Susana é uma das mulheres mencionadas nos Evangelhos que, embora citada brevemente, possui um papel significativo nos passos de Jesus em sua missão e nos acontecimentos cruciais da crucificação e ressurreição.
"... e Susana, e muitas outras, as quais o serviam com os seus bens" (Lc 8.3).
Neste versículo vemos que Susana era discípula de Jesus, ela fazia parte do grupo de mulheres que ajudavam a sustentar o ministério de Jesus e dos apóstolos com seus próprios recursos. Isso mostra compromisso pessoal, fé prática e generosidade. 
"E as mulheres que tinham vindo com ele da Galileia seguiram a José e viram o sepulcro, e como foi posto o corpo" (Lc 23.55).
Embora Susana não seja nomeada diretamente aqui, ela é incluída no grupo das mulheres fiéis que seguiram Jesus desde a Galileia, testemunharam seu sepultamento e que estavam comprometidas até o fim, quando muitos discípulos homens haviam fugido.
Da mesma forma, embora ela não esteja citada em Lucas 24.10, Susana é presumida como parte do grupo de mulheres que foram testemunhas da ressurreição de Jesus.

Lições Práticas da vida de Susana
Susana representa os discípulos silenciosos, fiéis e comprometidos que, mesmo sem muito destaque, fazem diferença real no Reino de Deus. Ela nos ensina que : 
a) Não é preciso ter holofotes para ser importante no ministério de Cristo
b) O apoio prático e a presença constante são valiosos aos olhos de Deus
c) A fidelidade em momentos difíceis é uma marca do verdadeiro discípulo

2.2 - Marta, a Hospitaleira
Marta, irmã de Lázaro e Maria.
A hospitalidade de Marta, relatada em Lucas 10:38 e João 12.2, revela muito sobre sua personalidade, fé prática e seu serviço ao Senhor. Embora às vezes comparada negativamente com sua irmã Maria, Marta é uma figura bíblica forte, acolhedora e devotada, que expressa sua fé através da ação e cuidado com os outros.

Marta recebe Jesus em Casa
"E aconteceu que, indo eles de caminho, entrou numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa" (Lc 10.38).
Marta abre sua casa para Jesus o que na cultura judaica era um gesto profundo de honra e hospitalidade.
Ela assume o papel de anfitriã ativa, preocupando-se com os preparativos (comida, limpeza, conforto).
Embora Jesus a repreenda gentilmente por estar "ansiosa e afadigada", Ele não desvaloriza seu serviço, mas a convida a equilibrar serviço com adoração.
Marta nos ensina sobre dedicação prática, mas também a necessidade de priorizar a presença de Jesus acima das tarefas.

2.3 - Maria, a Agradecida
Maria de Betânia, irmã de Lázaro e Marta.
Enquanto, Marta sua irmã era mais ativa no serviço, Maria é contemplativa, sentando-se aos pés de Jesus para ouvir seus ensinamentos (Lucas 10.38-42). 
"Então Maria, tomando uma libra de unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus, e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do ungento" (João 12.3)
Maria é uma das figuras femininas mais expressivas dos Evangelhos, e seu gesto de ungir os pés de Jesus é um dos atos de adoração mais profundos e simbólicos da Bíblia. O Ato revela :

1 - Adoração profunda e pessoal
a) Maria se coloca aos pés de Jesus, uma posição de humildade, reverência e devoção
b) Ela unge os pés e não a cabeça (como em outras unções), o que demonstra a entrega completa, até o nível mais baixo de adoração.
c) Usar os cabelos para enxugar os pés é um gesto ousado, íntimo e de profundo quebrantamento

2 - Generosidade e Sacrifício
a) O nardo puro era um perfume caríssimo, importado da Índia. Uma libra equivalia a quase um ano de salário de um trabalhador comum (conforme João 12.5)
b) Maria não economizou no amor, ela entrega o melhor que tinha.

3 - Discernimento Espiritual
a) Reconhecimento de Jesus como o verdadeiro Messias
b) Jesus afirma que Maria ungiu-o antecipadamente para o seu sepultamento (João 12.7)
c) Maria compreendeu o momento espiritual que muitos discípulos não entenderam: Jesus estava prestes a morrer.
d) Maria percebeu algo que os outros não viram, isso revela sensibilidade espiritual

Lições Práticas do Ato de Maria
a) Adoração verdadeira exige entrega de tempo, recursos, reputação, tudo pode ser posto aos pés de Jesus
b) Nem sempre a adoração  é compreendida pelos outros, Judas criticou Maria (João 12.4-5), mas Jesus a defendeu
c) O que oferecemos a Deus enche a casa, o perfume encheu o ambiente (João 12.3), assim como nossa adoração sincera pode tocar a vida de outros.

3 - O Papel das Mulheres na Igreja Primitiva

3.1 - Maria, um Grande Coração
Maria, mãe de João Marcos, é uma personagem bíblica que, apesar de ser citada brevemente, teve um papel importante no início da Igreja Primitiva, especialmente no apoio aos apóstolos e à comunidade cristã. Ela aparece em Atos 12.12, num momento decisivo: "E, considerando ele [Pedro] nisso, foi à casa de Maria, mãe de João, que tem por sobrenome Marcos, onde muitos estavam reunidos e oravam" (Atos 12.12).
Pedro havia sido preso por Herodes e, de maneira milagrosa, foi libertado por um anjo (Atos 12.6-11). Após a libertação, ele vai direto à casa de Maria, mãe de João Marcos. Essa casa era um local de reunião de cristãos para oração, ou seja, funcionava como uma igreja doméstica. O que podemos dizer sobre Maria, mãe de João Marcos :

1 - Uma Mulher de Fé e Influência
Sua casa era um ponto de apoio para a igreja. Era provavelmente grande o suficiente para abrigar muitos crentes. Isso mostra que Maria era respeitada, generosa e comprometida com o Evangelho.

2- Hospitalidade e Coragem
Abrir a casa para os cristãos orarem, num tempo de perseguição, era arriscado. Isso demonstra sua coragem, fidelidade e disposição de servir.

3 - Mãe de um futuro missionário
João Marcos (seu filho) se tornaria companheiro de Paulo e Barnabé (Atos 13.5) e o autor do Evangelho de Marcos. Isso indica que Maria criou seu filho na fé, num ambiente de oração e comunhão.     

Portanto, Maria, mãe de João Marcos, é um exemplo de como Deus usa pessoas comuns, especialmente mulheres, para sustentar espiritualmente a igreja por meio da oração, hospitalidade e apoio familiar. Sua casa era um lar de fé, e sua vida, um testemunho silencioso mas poderoso do Reino.

3.2 - Dorcas, uma Mulher Admirável
"Pedro levantou-se e foi com eles. Quando chegou, foi levado ao quarto do andar superior. Todas as viúvas o rodeavam, chorando e mostrando-lhe os vestidos e outras roupas que Dorcas fizera enquanto ainda estava com elas" (Atos 9.39).
Dorcas (também chamada Tabita, em aramaico), mencionada em Atos 9:36-43, é uma das figuras femininas mais admiradas do Novo Testamento. Ela é citada diretamente no versículo acima, quando Pedro é chamado para sua casa após sua morte. A passagem destaca não apenas sua morte e ressurreição milagrosa, mas sua vida de serviço cristão e compaixão.

Quem era Dorcas ?
a) Era uma discípula em Jope, reconhecia por seu nome grego "Dorcas" e aramaico "Tabita" (ambos significam gazela - símbolo de graça e beleza)
b) Descrita como uma mulher "cheia de boas obras e esmolas que fazia" (Atos 9.36). Costurava roupas para viúvas, um grupo vulnerável na sociedade da época. Não ajudava apenas materialmente, mas demonstrava amor prático e constante
c) Dorcas tinha uma fé viva em ação. Sua obras eram reflexo de uma fé viva e compassiva. Era reconhecida pela comunidade não por palavras, mas pelas ações silenciosas de misericórdia.
d) Faleceu repentinamente, e sua perda causou grande comoção entre as viúvas que ela ajudava
e) Foi ressuscitada por Pedro após oração, o que resultou na conversão de muitos em Jope (Atos 9.40-42). Deus usou sua vida (e morte) para manifestar poder e atrair vidas.

3.3 - Lídia, um Exemplo de Hospitalidade
O texto base que relata Lídia é Atos 16.11-15,40.
"... e Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, temente a Deus, nos escutava..." (Atos 16.14)
Lídia, nasceu em Tiatira, uma cidade da Àsia Menor conhecida por seus tecidos e tinturaria (Ap 2.18), mas morava em Filipos, uma cidade da Macedônia. 
Lídia era um mulher de negócios, vendedora de púrpura, um tecido caro, associado à nobreza e riqueza.
Era um mulher temente a Deus, uma gentia simpatizante do judaísmo, que participava das orações com outras mulheres.
Ela não era judia de nascimento, mas buscava a Deus em meio a uma cultura pagã. Foi a primeira convertida ao cristianismo na Europa registrada no Novo Testamento.
"... rogou-nos, dizendo: Se julgais que eu sou fiel ao Senhor, entrai em minha casa e fica ali. E nos constrangeu a isso." (Atos 16.15)
Lídia usou seus recursos e sua casa a serviço da obra de Deus.
Sua hospitalidade foi essencial para o início da igreja em Filipos (conforme Atos 16.40). Sua casa se tornou um ponto de apoio para os missionários e possivelmente o primeiro local de culto cristão da cidade.
"E, saindo de prisão [Paulo e Silas] entraram em casa de Lídia; e, vendo os irmãos, os confortaram." (Atos 16.40)
Mesmo após Paulo e Silas serem presos, Lídia manteve firme seu compromisso com a fé. Sua casa continuou sendo um lugar de consolo e encorajamento para os cristãos.

Lídia é um modelo de mulher cristã: buscadora, fiel, empreendedora, hospitaleira e missionária. Ela nos ensina que o lugar da mulher na igreja é ativo, relevante e espiritual, sendo ponte para a expansão do Reino de Deus. 


Comentário 
Pr. Éder Tomé

Referências

[1] Bíblia Sagrada (ARC) – Sociedade Bíblica do Brasil - 4° edição - 2009
[2] Bíblia Sagrada King Jones – Atualizada – Fiel aos Originais
[3] Bíblia Sagrada (NTLH) - Linguagem de Hoje
[4] Revista Betel Dominical Adultos - 2T - 2025

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