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Nosso subsídio (comentário da lição) não é o mesmo conteúdo da revista Betel Dominical Adultos, é apenas um texto de auxílio complementar referente aos tópicos e subtópicos da lição.
Introdução
O texto de referência :
Êxodo 20.13
13 - Não Matarás
Números 35.16-19
16 - Porém, se a ferir com instrumento de ferro, e morrer, homicida é; certamente o homicida morrerá.
17 - Ou, se a ferir com instrumento de ferro, e morrer, homicida é; certamente o homicida morrerá.
18 - Ou, se a ferir com instrumento de pau que tiver na mão, de que possa morrer, e ela morrer, homicida é; certamente morrerá o homicida.
19 - O vingador do sangue matará o homicida; encontrando-o, matá-lo-á.
Logo na Introdução da lição seria interessante alinhar com os alunos que nas lições 2 a 5 estudamos os quatro primeiros mandamentos, e que eles tratam do nosso relacionamento vertical, ou seja, nosso relacionamento com Deus, a saber :
1 - Não terás outros deuses diante de mim
2 - Não farás imagens de escultura
3 - Mão tomarás o nome de Deus em vão
4 - Lembra-te do sábado, para o santificar
E desde a Lição 6, estamos abordando os outros seis mandamentos que tratam do nosso relacionamento horizontal, ou seja, nosso relacionamento com o nosso próximo, a saber :
5 - Honra o teu pai e a tua mãe
6 - Não matarás
7 - Não adulterarás
8 - Não furtarás
9 - Não dirás falso testemunho
10 - Não cobiçarás
É interessante enfatizar que a princípio não será possível ter comunhão com Deus sem que se tenha um bom relacionamento com o nosso próximo.
Sexto Mandamento - "Não Matarás" (Êx 20.13; Dt 5.17)
Pr. Davi Cabral: Aristóteles, o grande filósofo, dizia: "A preservação da raça e de qualquer governo, se fundamenta no cuidado e segurança da vida". Este mandamento não só reprime a violência física, como a violência moral. Entretanto, não somente as armas matam, há palavras que matam e destroem, e estas devem ser evitadas contra nosso semelhante (1Jo 3.15). O Cristão deve sempre ter uma palavra temperada para promover vida (Pv 25.11). [7]
Pr. Esequias Soares: O sexto mandamento manifesta o propósito de Deus pela proteção da vida. Sua vontade é que os seres humanos façam o mesmo. O tema é abrangente e complexo, razão pela qual deve ser estudado com diligência. [8]
1 - Aspectos Essenciais do Sexto Mandamento
A abrangência, ou violação do sexto mandamento se dá quanto ao homicídio voluntário ou doloso que é aquele que ocorre quando a pessoa comete o assassinato intencionalmente, com intenção de matar, de forma premeditada. Pr. Esequias Soares enfatiza que também se enquadra em violação do sexto mandamento: suicídio, aborto e eutanásia.
O Sexto Mandamento não abrange o homicídio involuntário ou culposo que é aquele cometido sem a intenção de matar, podendo ser o resultado de um acidente, imprudência, negligência ou imperícia.
Pr. Esequias Soares: A proibição do sexto mandamento é não assassinar. O verbo hebraico RATSACH significa "matar, assassinar, destruir", aparece 47 vezes no Antigo Testamento, em sua maior parte nos textos legais. A primeira ocorrência é nos Dez Mandamentos (Êx 20.13) [...] O dispositivo mosaico proíbe o homicídio premeditado, o assassinato violento de um inimigo pessoal (Êx 21.12; Lv 24.17) [...] estudos mostram que originalmente a ideia do verbo era de vingança de sangue. O termo RATSACH não é usado na guerra nem na administração da justiça e não aparece no contexto judicial e militar [8]
1.1 - O Aspecto Essenciais do Sexto Mandamento
"Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua imagem" (Gn 9.6)
A vida é um dom de Deus e ninguém tem o direito de tirá-la, mesmo porque, o ser humano foi feito segunda à imagem de Deus.
Pr. Esequias Soares: Somente Deus, que criou o homem à sua imagem tem o direito de pôr fim à vida humana (Gn 1.26,27; Dt 32.39). Três grandes personagens da Bíblia pediram a morte e não foram atendidas: Moisés, Elias e Jonas (Nm 11.15; 1Rs 19.4; Jn 4.3). Tudo isso nos mostra que a vida pertence a Deus, e não a nós mesmos. Deus sabe a hora em que a vida humana deve cessar, Ele é o soberano de toda a existência. [8]
Significado do Homicídio
Pr. Esequias Soares: O homicídio é o maior crime que um ser humano pode cometer. A proibição do assassinato, apesar de constar dos código de leis anteriores ao sistema mosaico, já havia sido estabelecido pelo próprio Criador desde o limiar (começo) da raça humana: "Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua imagem" (Gn 9.6). É contra Deus que o homicida está desferindo seu golpe ao tirar a vida de alguém, pois a imagem é a representação de uma pessoa ou coisa. [6]
1.2 - O Aspecto Legal do Mandamento
A legislação mosaica tanto trata o homicídio voluntário como o involuntário, os procedimentos visavam se resguardar de julgar um suposto homicida cometendo injustiças e enganos na busca de vingança.
Homicídio Voluntário ou Doloso (Nm 35.16-21)
Pr. Esequias Soares: Aqui são dadas instruções específicas acerca do procedimento jurídico sobre o homicídio doloso. Se alguém ferir de morte seu próximo, "com instrumento de ferro" (Nm 35.16), "com pedra à mão (Nm 35.17) ou ainda "com instrumento de madeira (Nm 35.17), ou por qualquer outra forma (Nm 35.20,21), e a pessoa golpeada morrer, o autor da ação é considerado homicida. [8]
O Vingador
Pr. Esequias Soares: A lei dava o direito ao "vingador do sangue" (Nm 35.19,21b), goel, em hebraico, "redentor, remidor, vingador", de matar o assassino onde quer que o encontrasse. Vingar o sangue era, no Oriente Médio, uma questão de honra da família (Êx 21.24; Lv 24.20; Dt 19.21). Era uma grande desonra para a família não vingar o assassinato de um ente querido. Isso é mantido ainda hoje nessa parte do mundo. Porém, o Senhor Jesus mandou substituir a vingança pelo perdão (Mt 5.38,39) [8]
Expiação pela Vida
Pr. Esequias Soares: O crime de assassinato podia ser expiado por uma das duas maneiras estabelecidas na legislação mosaica. A primeira, no caso de homicídio doloso, em que uma vida é expiada por outra (Nm 35.31), o assassino deve ser morto, ou seja, era "vida por vida" (Êx 21.23). A segunda diz respeito ao homicídio culposo, a busca de proteção em uma das cidades de refúgio. A expiação, nesse caso, é a morte do sacerdote da cidade (Nm 35.25) [8]
1.3 - O Aspecto Intencional do Mandamento
Homicídio Involuntário ou Culposo (Nm 35.22-25)
Pr. Esequias Soares: Era o crime involuntário e acidental, razão pela qual o autor não devia morrer, e a lei estabeleceu o procedimento a ser seguido para livrar o réu da pena de morte. Ele precisava se refugiar numa das cidades de refúgio até provar que o homicídio fora acidental (Dt 19.4-6). A outra maneira de escapar das mãos do vingador do sangue era agarrar-se nas pontas do altar (Êx 21.12-14; 1Rs 1.50,51). Esses dois recursos equivalem ao habeas corpus concedido atualmente. [8]
Lawrence Richards: Dentro da comunidade da aliança, precisava-se tomar um grande cuidado para que ninguém perdesse a vida, mesmo por acidente. [10]
Cidades de Refúgio
Entre as 48 cidades dadas aos levitas em Israel, seis por ordem de Deus, foram indicadas como cidades de refúgio, ou asilo, para o homicida (Nm 35.6,7). O próprio Moisés escolheu três delas no lado leste do rio Jordão: Bezer para os rubenitas, Ramote em Gileade, para os gaditas; Golã, em Basã, para os manassistas (Dt 4.41-43).
Mais tarde, na época de Josué, as outras três foram indicadas na parte oeste do Jordão. Elas estavam convenientemente situadas na regiões norte, central e sul da terra que habitavam. Seriam construídas e mantidas abertas estradas para essas importantes cidades (Dt 19.3).
Em Hebreus 6.18 está indicado que as cidades de refúgio eram um tipo de Cristo. O apóstolo faz alusão a isso quando fala daqueles que fugiram procurando um refúgio, e também de esperança oferecida a eles. Nós procuramos o refúgio em Cristo, e nEle estamos a salvo do Vingador do sangue divino (Rm 5.9). [9]
2 - Jesus Cristo e o Sexto Mandamento
2.1 - Uma Questão do Coração
Origem dos Homicídios
"Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias" (Mt 15.19).
Jesus deixou claro que a origem dos homicídios parte do coração, ou seja, do homem interior, dos pensamentos, emoções.
2.2 - Uma Ação Motivada pela Ira
A pessoa que comete um assassinato está dominada pelas obras da carne, dentre elas a IRA, vejamos: "Porque as obras da carne são conhecidas, as quais são: Adultério, prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, profias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus" (Gl 5.19-21).
Jesus falou sobre a Ira
"Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio, e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno" (Mt 5.21-22).
Quando Jesus disse "Eu, porém, vos digo", Ele não estava desconsiderando a lei, nem adicionando suas próprias opiniões. Em vez disso. Ele estava fornecendo uma compreensão melhor acerca do propósito de Deus que está presente na lei. Por exemplo, Moisés disse: Não Matarás (Êx 20.13); Jesus ensinou que não devemos nem mesmo ficar irados a ponto de desejar cometer um assassinato, porque desejar matar alguém é pecar no coração. Os fariseus liam esta lei e, não tendo assassinado ninguém literalmente, sentiam que haviam sido obedientes. No entanto, eles estavam suficientemente irados com Jesus para em breve tramarem sua morte, embora não fizessem, pessoalmente, o trabalho sujo. Perdemos o propósito da Palavra de Deus quando lemos as regra de Deus para a vida sem tentarmos entender por que Ele as fez. Existe alguma área da sua vida na qual você guarda as regras de Deus, mas fecha os olhos para os propósitos dele ? [6]
Matar é um pecado terrível, mas a ira e a cólera também são grandes pecados porque violam o mandamento de Deus sobre o amor ao próximo. Neste caso, a cólera se refere a uma amargura fervilhante e inquietante contra alguém. Esta é uma emoção perigosa que sempre faz o indivíduo correr o risco de perder o controle, conduzindo-o à violência, ao sofrimento emocional, ao aumento do estresse mental e a danos espirituais. A ira nos impede de desenvolver um espírito agradável a Deus. Você já ficou orgulhoso por se controlar e não dizer o que realmente estava em sua mente ? O autocontrole é bom, mas Cristo que que nós também pratiquemos o controle dos nossos pensamentos. Jesus disse que seremos responsabilizados até mesmo pelos nossos pensamentos e intentos. [6]
Apóstolo João falou sobre a Ira
"Qualquer que odeia a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele" (1Jo 3.15).
João repete o ensinamento de que qualquer pessoa que odeie outra é um assassino, no coração (Mt 5.21-22). O cristianismo é uma religião do coração; a obediência externa, apenas, não é suficiente. A amargura com relação a alguém que lhe fez alguma injustiça é um câncer maligno dentro da pessoa que odeia, o que acabará destruindo-a. Não permita que "nenhuma raiz de amargura" (Hb 12.15) cresça em você ou na igreja em que você serve ao Senhor. [6] Reflita isso com seus alunos.
2.3 - Tratando do Coração
"tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem" (Hb 12.15)
Como uma pequena raiz que se torna uma grande árvore, a amargura brota em nosso corações e ofusca até mesmo nossos relacionamentos cristãos mais profundos. Uma "raiz de amargura" surge quando permitimos que a decepção se transforme em rancor, ou quando nutrimos ressentimentos a partir de mágoas do passado. A amargura traz consigo a inveja, a discórdia e a imoralidade. Quando o Espírito Santo nos enche. Ele pode curar a dor que causa a amargura [6]
3 - O Respeito ao Dom da Vida
3.1 - O Cuidado em Preservar a Vida
Pr. Esequias Soares: O Sexto Mandamento: "Não Matarás" , reflete o ensino geral do Antigo Testamento sobre o respeito à santidade da vida. O Senhor Jesus incluiu aqui o ensino sobre o amor (Mt 5.21,22). No Novo concerto Ele incluiu "pensamentos e palavras, ira e insultos". O Novo Testamento considera homicida quem aborrece a seu irmão (1Jo 3.15). O objetivo deste mandamento é religioso e social, com o propósito de proteger a vida e trazer a paz entre os seres humanos (Mt 5.44; Rm 12.18) [8]
3.2 - Um Código a Ser Respeitado
"Eis que hoje me expulsas para longe e da tua presença me esconderei e serei fugitivo e vagabundo na terra; e será que qualquer um que me encontrar, me matará" (Gn 4.14)
Caim tinha conhecimento da gravidade de ter assassinado o próprio irmão, Ela tinha um medo intenso pela repercussão de seu ato criminoso.
No relato bíblico até o texto de Gênesis 4 apareceu apenas o nome de Adão, Eva, Caim e Abel, todavia, o casal Adão e Eva tiveram vários filhos, a bíblia menciona Caim e Abel pelo nome para expor o ocorrido. Caim tinha medo de um acerto de contas por parte de algum irmão que estava vivendo em outra parte da terra.
Pr. Esequias Soares: "Não Matarás" já era um mandamento antigo, mas agora é introduzido de uma forma nova. O respeito à vida era conhecido na Antiguidade pelos mesopotâmios, egípcios e gregos, entre outros. O código de Hamurabi (1750 a.C), rei da Babilônia, é um exemplo clássico, contudo não se revestia de autoridade divina. Essa é a primeira distinção entre os códigos antigos e a revelação do Sinai. A outra é que Deus pôs sua lei no coração e na consciência dos demais povos (Rm 1.19; 2.14,15) [6]
3.3 - A Violação do Mandamento
Vivemos em uma sociedade marcada pela violência; por isso, esta é uma oportunidade ímpar para tratar o respeito do sexto mandamento: Não Matarás. Para muitos que não conhecem a Deus e a sua Palavra, a vida humana parece ter perdido o seu valor. Todos os dias milhares de pessoas matam e morrem por coisas triviais (fora o número de abortos e eutanásia). A vida é um dom de Deus e, ao cometer um homicídio, além de estar infringindo a lei dos homens, a pessoa está indo contra o próprio autor e galardoador da vida, Deus. [8]
Comentário
Pr. Éder Tomé
Referências
[1] Bíblia Sagrada (ARC) – Sociedade Bíblica do Brasil - 4° edição - 2009
[2] Bíblia Sagrada King Jones – Atualizada – Fiel aos Originais
[3] Bíblia Sagrada (NTLH) - Linguagem de Hoje
[4] Revista Betel Dominical Adultos - 2T - 2024
[5] versículoscomentados.com.br
[6] Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD
[7] Revista Betel Jovens e Adultos - 3T - 1996 - Pág.9-10
[8] Revista Lições Bíblicas Adultos - 1T - 2015 - Pág.56-61
[9] Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD - Pág.417-418
[10] O Guia do Leitor da Bíblia - CPAD - Pág.64
Bom dia a paz do senhor a todos gostei muito da explicação que Deus abençoe a todos vocês
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