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sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Lição 8 - O Ensino de Jesus sobre a Oração



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Lei 9.610/98 (Direitos Autorais)

Nosso subsídio (comentário da lição) não é o mesmo conteúdo da revista Betel Dominical Adultos, é apenas um texto de auxílio complementar referente aos tópicos e subtópicos da lição. 

Introdução 

O texto de referência fica em Mateus 6:9-13
9 - Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
10 - Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;
11 - O pão nosso de cada dia nos dá hoje;
12 - E perdoa-nos as nossa dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;
13 - E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.

Na Lição 1 , havia comentado que podemos estruturar o estudo do sermão da Montanha em cinco grandes discursos, a saber: 
1 - As Bem-Aventuranças (Mt 5.3-12)
2 - Sal e Luz (Mt 5.13-16)
3 - Jesus é o cumprimento da Lei (Mt 5.17-48)
4 - Os Atos de Justiça (Mt 6.1-18)
5 - Declarações de Sabedoria (Mt 6.19 a Mt 7.27)
Sendo assim, nessa lição vamos continuar o estudo do quarto grande discurso de Jesus: Os Atos de Justiça.

1 - A Oração Modelo dos Discípulos de Cristo  
Trataremos nesta lição sobre a ORAÇÃO MODELO que Jesus deixou para os seus discípulos. Nesse primeiro contato com a Lição, reflita com seus alunos a colocação proposta pelo Bp. Abner Ferreira: Embora Jesus tenha dada a seus discípulos esse modelo de oração, isso não significa que esta seja a única maneira correta de orar.[4]
Compare com os alunos a Oração do Pai Nosso de Mateus 6.9-13 com a de  Lucas 11.2-4 (abaixo), agora observe as considerações de Albert Barnes:  Esta oração é dada como um "modelo". Esse "Modelo" foi projetado para expressar a "maneira" pelo qual devemos orar, evidentemente não as palavras ou petições precisas que devemos usar. Em Lucas, há uma variação da forma da oração apresentada por Mateus, mostrando que ele pretendia não prescrever isso como uma forma de oração a ser usada sempre, mas expressar a substância de nossas petições ou mostrar quais petições seriam apropriadas para apresentar a Deus[5]
Em outras passagens bíblicas, não encontramos Jesus e seus discípulos orando necessariamente com as mesmas palavras da oração do Pai nosso, mas existem evidências de orações com outras palavras, vejamos,
Jesus orou:
"E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres." (Mt 26.39)
"E, indo segunda vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade" (Mt 26.42)
Observe que as palavras foram outras, todavia, a substância da petição foi a mesma que encontramos no Pai Nosso: "Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;" (Mt 6:10)

Mateus 6.9-13
9 - Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
10 - Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;
11 - O pão nosso de cada dia nos dá hoje;
12 - E perdoa-nos as nossa dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;
13 - E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.

Lucas 11.2-4
2 - E ele disse: quando orardes, dizei: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; seja feita a tua vontade, assim na terra. como no céu.
3 - Dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano.
4 - E perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a qualquer que nos deve, e não nos conduza à tentação, mas livra-nos do mal.

1.1 - Ensina-me a Orar
No Texto de referência de Mateus 6.9-13 e também em Lucas 11.2-4, através da oração modelo do Pai Nosso, Jesus ensina  a maneira correta de orar e dialogar com o Deus Pai. Adam Clarke enfatiza: Que satisfação deve ser aprender com o próprio Deus, com que palavras e de que maneira ele nos faria orar a ele, para não orar em vão! Um rei, que elabora a petição que ele permite que seja apresentado a ele, sem dúvida tem a determinação mais completa de atender ao pedido. [5]
Como já comentado, devemos se chegar a Deus orando e se expressando da mesma "maneira" que o Pai nosso, não necessariamente com as mesmas palavras mas com a mesma substância em espírito de verdadeira devoção, mesmo porque, até a oração ensinada por Jesus Cristo proferida com as mesmas palavras e repetida por diversas vezes ao dia pode não ter proveito para a nossa alma. 
Muitos tem a oração do "PAI NOSSO" como uma fórmula mágica, podemos usar a oração do "PAI NOSSO" no espírito de verdadeira devoção, com convicção e Deus ouvirá ou também usá-la como modelo para fazer nossas orações, todavia,  seria em vão repetir a oração do PAI NOSSO sem entender o seu significado e sem aplicá-la a vida prática, como algo decorado, recitado.

Encontramos na Bíblia vários tipos de oração, podemos destacar alguns:
1 - Adoração: Tipo de oração que fazemos com o propósito de adorarmos ao nosso Deus de todo o nosso coração (At 16:25)
2 - Ação de Graças: Tipo de oração com o propósito de agradecer a Deus pelas bênçãos recebidas.
3 - Confissão de Pecados: Tipo de oração onde confessamos os nossos pecados à Deus pedindo perdão e misericórdia (1 Jo 1.9)
4 - Petição: Tipo de oração onde apresentamos nossas necessidades e nossas ansiedades.
5 - Súplica: Tipo de oração que fazemos quando insistentemente pedimos por socorro, quando batemos... batemos na porta várias vezes, para que ela se abra para nós e venha a resposta (Mt 7.7,8) 
6 - Intercessão: Tipo de oração que fazemos pedindo o favor de Deus para outras pessoas, intercedendo por exemplo para um familiar ...

Daniel Conegero: Podemos combinar vários tipos de oração numa única oração. A oração do PAI NOSSO é um exemplo disso. Ela reúne adoração, petição e confissão dos pecados e fornece um modelo apropriado de como deve ser o tipo de oração que Deus se agrada.[9]


1.2 - A Oração e sua Ordem

Bp. Abner Ferreira [4]
 
1.3 - Do Pai para os Filhos
"E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos" (Mt 6.7)
"Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome" (Mt 6.9b)

Bp. Abner Ferreira [4]

2 - Deus e Sua Glória

Bp. Abner Ferreira [4]

2.1 - "Pai nosso que estás nos céus"
"Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;" (Mt 6.9)
Jesus ensina seus Discípulos a chamar Deus de Pai.
Observe que os cristãos, ou seja, os seguidores de Jesus Cristo tem o privilégio de chamar Deus de "PAI" ou de "ABAPAI" que significa "Papai", com isso Jesus nos ensina que através dEle agora temos uma relação de comunhão, intimidade e confiança com o Deus Criador, Deus Pai de todos, Deus preservador da Família, Deus Provedor das necessidades.
Apóstolo Paulo nos ensina que em Cristo somos agora filhos adotados:
"Portanto todos os que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual chamamos: Aba, Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados." (Rm 8.14-17)

2.2 - Santificado seja o teu nome
"Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome" (Mt 6.9)
Albert Barnes: A palavra "santificado" significa tornar ou pronunciar santo. O nome de Deus é essencialmente santo; e o significado desta petição é: "Seja teu nome celebrado, venerado e estimado como santo em todos os lugares, e receba de todos as pessoas a devida honra.". É, portanto, a expressão de um desejo por parte do adorador, que o nome de Deus, ou que o próprio Deus, seja mantido em toda parte em veneração adequada.[5]

2.3 - Venha o teu reino, e seja feita a tua vontade
"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu" (Mt 6.10)
Albert Barnes: A palavra "reino" aqui significa "reinar". A petição é a expressão de um desejo de que Deus possa "reinar" em todos os lugares; para que suas leis sejam obedecidas; e especialmente para que o evangelho de Cristo possa ser promovido em toda parte, até que o mundo seja cheio da sua glória. 
"Seja feito a tua vontade" - A vontade de Deus é que as pessoas obedeçam à sua lei e sejam santos. A palavra "vontade", aqui, faz referência à sua lei e ao que seria "aceitável" para ele. Orar, então, para que sua vontade seja feita, tanto na terra como no céu, é orar para que a sua "lei", sua "vontade revelada" sejam obedecidas e amadas. Sua lei é perfeitamente obedecida no céu, e seus verdadeiros filhos desejam e oram ardentemente para que também seja obedecida na terra.[5]

São três as primeiras três petições da oração do Pai Nosso:
- Santificado seja o teu nome
- Venha o teu reino
- Seja feita a tua vontade
Estas petições tem o objetivo de que o nome de Deus seja glorificado e seu reino estabelecido.
Ao pronunciarmos tais palavras, estamos glorificando a Deus e colocando o seu reino acima de nossas vontades e desejos.

3 - Nossas Necessidades e Carências

Bp. Abner Ferreira [4]

3.1 - O Pão Nosso de Cada Dia
"O pão nosso de cada dia nos dá hoje;" (Mt 6.11)
Joseph Benson: "O Pão nosso de cada dia" significa que estamos pedindo a Deus "aquilo que é suficiente para a nossa vida" ou que nos fortalecerá dia após dia para servir a Deus com alegria e vigor. O pão diário observado de acordo com o idioma hebraico, significa o pedido de "provisão", inclui roupas e tudo o que é necessário para a vida. Nessa frase "O Pão nosso de cada dia" está proibido as preocupações ansiosas com o futuro; [5]
John Wesley: "O pão nosso de cada dia nos dá hoje" - Dá-nos ó Pai, todas as coisas necessárias para nossas almas e corpos; não apenas a carne que perece, mas o pão sacramental e a tua graça, o alimento que permanece para a vida eterna.

3.2 - O Perdão de Nossas Dívidas
"E perdoa-nos as nossa dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;" (Mt 6.12)
Albert Barnes: "Dívidas" aqui não aparece no sentido literal, mas figurativo. Isso não significa literalmente que somos "devedores de Deus", mas que nossos pecados têm uma semelhança com dívidas. Somos culpados e Deus só pode perdoar, da mesma maneira que ninguém, exceto um "credor", pode perdoar um devedor. "Dívida" aqui  significa "pecados" ou ofensas a Deus. [5]
Joseph Benson: O sofrimento da punição por transgredir as leis de Deus é uma dívida que os pecadores devem à justiça divina. Aqui Jesus nos ensina a confessarmos nossos pecados e expressarmos o sentido que temos de seu demérito, a saber, que eles merecem condenação e ira de Deus, dos quais nada podemos fazer. A condição em que devemos pedir perdão é notável. Perdoe-nos, como perdoamos. Devemos perdoar os outros para que sejamos perdoados [5]
Scofield : Na graça somos perdoados por causa de Cristo e exortados a perdoar porque fomos perdoados (Mt 18:32; Mt 26:28)
      
3.3 - Livrai-nos do Mal
"E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém." (Mt 6.13)

"E não nos induzas à tentação"
A palavra "tentação" significar "ser seduzido ao mal" e as vezes significa "provação, aflição". A frase "E não nos induzas à tentação" , ao qual prefiro a outra versão que diz "E não nos deixe cair em tentação", aqui traz o sentido: "Deus não deixe ou não permita que eu caia em tentação, não deixe que eu seja seduzido ao mal". 
Na versão "E não nos induzas à tentação", pode dar o entendimento que Deus pode nos tentar ou causar uma tentação, todavia, Deus não tenta nenhum homem, mas somos seduzidos pela nossa própria natureza pecaminosa : "Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência" (Tg 1.13-14).
Ainda na versão "E não nos induzas à tentação" no entendimento de "tentação" como "provação, aflição",  ficando o sentido "Deus não me submeta a provação ou aflição" também é possível, visto que não é errado orar para que sejamos salvos do sofrimento, da provação e dos testes de nossas virtudes, se for a vontade de Deus; o próprio Jesus orou:
"Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua." (Lc 22.42)

Comentário 
Pr. Éder Tomé

Referências

[1] Bíblia Sagrada (ARC) – Sociedade Bíblica do Brasil - 4° edição - 2009
[2] Bíblia Sagrada King Jones – Atualizada – Fiel aos Originais
[3] Bíblia Sagrada (NTLH) - Linguagem de Hoje
[4] Revista Betel Dominical Adultos - 3T - 2022
[5] versículoscomentados.com.br
[6] Bíblia de Estudo Cronológica - CPAD - Pág. 1326
[7] estiloadoração.com - Daniel Conegero
      https://estiloadoracao.com/tipos-de-oracao/


7 comentários:

  1. Deus continue abençoando aos fornecedores deste material de complementação. Deus os recompense grandemente.

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    1. Amém irmão Marcos, Estamos juntos nessa nobre missão !

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  2. A Paz d Senhor! Excelente explanação (Subsídio) acerca dos Ensinos de Jesus Sobre a Oração! Deus Abençoe Poderosamente Pr. Éder Tomé!

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    1. Amém irmão Jairo, vamos caminhando e aprendendo juntos à Palavra de Deus !

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  3. Deus abençoe grandemente por esse material de apoio

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  4. Deus abençoe grandemente todos!! Ótima Explicação

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