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segunda-feira, 4 de abril de 2022

Lição 2 - Apocalipse: A Revelação de Jesus Cristo

 



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Lei 9.610/98

Nosso subsídio (comentário da lição) NÃO contem textos ou partes do conteúdo da revista Betel Dominical Adultos, é apenas um texto de auxílio complementar dos tópicos e subtópicos da Lição. 
Estamos de acordo com a Lei de Direitos Autorais (Lei 9.610/98)

1 - A Revelação do Apocalipse

O Livro de Apocalipse, escrito aproximadamente no ano 93 d.C é considerado um livro de esperança (mostra Jesus Glorificado e vitorioso vingando os justos e julgando os ímpios). Para muitos teólogos, a Revelação do Apocalipse trouxe consolação e incentivo para o povo de Deus que estava sendo injustamente perseguido pelo Império romano, pois apontava para o resgate do povo de Deus e os acertos de contas contra os perseguidores perversos.
Ainda hoje, passados aproximadamente dois mil anos, este livro continua a trazer esperança, consolação e incentivo para a Igreja. É oportuno enfatizar neste tópico que há vários  métodos de interpretação do livro de Apocalipse, a saber:

1 – PRETERISTA: Defendem que muitas profecias já foram cumpridas no período de perseguição a igreja primitiva a partir do ano 70 d.C com a destruição de Jerusalém. O Preterista radical aponta que todas as profecias do livro de apocalipse já foram cumpridas, enquanto que o Preterista moderado defende que nem todas as profecias de apocalipse foram cumpridas, como a segunda vinda de Cristo, a ressurreição dos mortos e o julgamento final. [4] “Formularam essa peculiar estrutura de tempo com o objetivo de estabelecer a teoria de que as sérias proclamações registradas no livro de Apocalipse foram todas cumpridas após o infame e devastador incêndio que ocorreu nos tempos de Nero. [...] A profecia a respeito da Besta ou do Anticristo tem simplesmente referência à tirania e às maldades perpetradas por César Nero. [3]

2 – HISTORICISTA: Defendem que ao longo do início da igreja primitiva em Atos 2, muitas profecias do livro de apocalipse vem sendo cumpridas, e ao longo da historia as profecias vem sendo cumpridas até que ocorra a segunda vinda de Jesus Cristo. [4]

3 – IDEALISTA: Defendem que a revelação do livro de apocalipse são simbólicas e espirituais, nada irá ocorrer de forma literal e histórica, mas de forma espiritual. [4]

4 – FUTURISTA: Defendem que quase tudo no livro de apocalipse ainda não foi cumprido, apontam que do capítulo 4 até o fim do livro se trata de eventos que ainda está para acontecer e não está relacionado a situação da Igreja Primitiva frente ao Império Romano.

A Doutrina das Assembleias de Deus, defendem as correntes :

1 – PRÉ-TRIBULACIONISTA: Arrebatamento antes da Grande Tribulação

2 – PRÉ-MILENISTA: A Vinda de Jesus ocorrerá antes do Milênio

3 – FUTURISTA: Quanto a interpretação do livro de Apocalipse, defende o conceito de que o livro de Apocalipse prediz que grande parte dos eventos escatológicos irão acontecer no fim dos tempos conforme comentado anteriormente.


1.1 - A Autoria do Livro
Quem é o autor do Livro de Apocalipse ? Observemos o Texto : 
“Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo.” (Ap 1.1) [1].
De fato, observando o texto, podemos afirmar que a AUTORIA HUMANA do livro de Apocalipse deve ser atribuída ao Apóstolo João. Mas quanto a AUTORIA DIVINA, deveríamos atribuir a pessoa de JESUS CRISTO, ou ao DEUS PAI? Perceba na frase “Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu”,  que a origem da Revelação ou mensagem veio do Deus Pai para seu Filho Jesus Cristo. Aqui apenas uma observação para uma reflexão maior pegando carona nos ensinamentos de Albert Barnes : 
A frase ‘a Revelação de Jesus Cristo’ pode significar que essa é uma revelação que Cristo faz à humanidade, ou seja, é dele no sentido em que Ele a comunica ao mundo.
A frase ‘a qual Deus lhe deu’ significa que foi uma revelação que Deus comunicou a Jesus Cristo. Isso está de acordo com as representações feitas em toda parte nas Escrituras, de que Deus é a fonte original da verdade e do conhecimento e que, qualquer que fosse a dignidade original do Filho de Deus, havia uma dependência mediadora do Pai. (Albert Barnes) , Veja :
“Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer ao Pai, porque tudo quanto ele faz; o Filho o faz igualmente. Porque o Pai ama o Filho e mostra-lhe tudo o que faz; e ele lhe mostrará maiores obras do que estas, para que vos maravilheis”. (João 5.19-20)
“Minha doutrina não é minha, mas a que me enviou” (João 7.16)
“Como meu Pai me ensinou, eu falo essas coisas” (João 8:28)
“Porque eu não falei de mim mesmo; mas o Pai que me enviou, ele me deu um mandamento: o que eu deveria dizer e o que deveria falar” (João 12:49)
“Não crês tu que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras” (João 14.10)
“Agora, já têm conhecido que tudo quanto me deste provém de ti, porque lhes dei as palavras que me deste; e eles as receberam, e têm verdadeiramente conhecido que sai de ti, e creram que me enviaste.” (João 17.8-9)
“Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.” (Mateus 11.27)
“Mas, daquele Dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai.” (Marcos 13.32)
A mesma dependência mediadora que o apóstolo nos ensina (no evangelho) ainda subsiste no céu em seu estado glorificado e continuará até que ele tenha subjugado todas as coisas (1 Coríntios 15:24-28); e, portanto, mesmo neste estado, ele é representado como recebendo a Revelação do Pai para comunica-la às pessoas. (Albert Barnes – Teólogo – 1798-1870).  

1.2 - A Tríplice Bem-aventurança
Na Lição anterior Pr. William Barros já tinha abordado sobre a Tríplice Bem-Aventurança, aqui o faz novamente para ressaltar a importância desta mensagem mencionada em Apocalipse 1.3 : 
“Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.” (Ap 1.3).   Portanto, Bem-aventurado é :

Perceba que a revelação de Jesus Cristo ao Apóstolo João, por vezes deve ser lida em voz alta, o texto sugere e incentiva a leitura para que outros a ouçam, pois o tempo está próximo e a mensagem revelada é de suma importância, pois haverá o juízo final e o estabelecimento do reino de Deus. Também vemos no decorrer do livro de Apocalipse o brilho desta Tríplice Bem-Aventurança se repetindo em outros versículos, como : “Eis que venho em breve! Bem-aventurados aquele que guarda às palavras da profecia deste livro” (Ap 22.7).

Não basta ler as profecias contidas no livro de Apocalipse, memorizar versículos, ser um bom ouvinte da revelação para obter a felicidade e a segurança do juízo que sobrevirá nos últimos dias, a orientação da Tríplice Bem-aventurança vai além,  é preciso guardar (praticar e obedecer) o que está escrito nesse livro profético. Essa orientação se estende para toda a palavra de Deus, vejamos o que Jesus Cristo disse :"E aconteceu que, dizendo ele estas coisas, uma mulher dentre a multidão, levantando a voz, lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que mamaste. Mas ele disse: Antes bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam.” (Lc 11.27-28). No Sermão do Monte, Jesus faz um ilustração maravilhosa sobre esta mesma abordagem, vejamos : 



Quando procuramos Livros sobre “Felicidade e Vida Plena” para comprar na internet encontramos vários títulos seculares com a proposta de ensinar os pilares para ter uma vida plena e feliz. São livros que não passam de teorias ou receitas de autoajuda, são os pilares edificados na areia. O comentarista faz uma colocação feliz quando afirma que a Bíblia não é um livro de TEORIA sobre felicidade, mas é um manual PRÁTICO de bem-aventurança (felicidade suprema) e de vida plena.


1.3 - A brevidade do Tempo
Quando Daniel recebeu as visões proféticas e escatológicas da parte de Deus, ele não entendeu o que significava cada tempo e eventos que iriam ocorrer. As visões seriam entendidas no curso da história. Deus deu uma ordem : “E tu, Daniel encerra estas palavras e sela este livro, até a hora do fim ...” [Dn 12.4]
sela este livro” – As profecias de Daniel deveriam ser fechadas, seladas porque o tempo de sua realização total e final era distante [...] Era preciso preservar esta profecia com segurança, como um tesouro de grande valor, depositado para as eras futuras, para o qual deveria ser de grande serviço.
Até a hora do fim” – ou da hora marcada; até que as coisas aqui preditas , comecem a acontecer; para que então tuas profecias possam ser comparadas com os eventos, e pode ser visto como exatamente elas são cumpridas; e os homens podem se surpreender com a sabedoria e o conhecimento daquele Deus que poderia, há muito tempo, revelar-lhe uma variedade tão grande e clara de coisas.” (Joseph Benson – Ministro Metodista – 1749-1821). Verdade, nos surpreendemos com o cumprimento das profecias de Daniel, observe as figuras abaixo e o respectivo cumprimento :



Há quase dois mil anos, o apóstolo João escreveu no Novo Testamento que “já é a última hora” : “Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos; por onde conhecemos que é já a última hora” (1Jo 2.18)

Estaria João mentindo ao afirmar há quase dois mil anos atrás que “já é a última hora” e até agora a Segunda Vinda de Cristo não tenha ocorrido?

Infelizmente até para algumas lideranças evangélicas, a volta de Jesus é uma utopia, não é literal (vide Liberalismo teológico), por certo por falta de entendimento cansaram de esperar ... 

João percebeu que começou a surgir várias pessoas negando Jesus Cristo como o verdadeiro Messias, negando que Jesus Cristo veio em carne, negando as doutrinas relacionadas a pessoa de Cristo, pessoas fazendo oposição a Cristo : “e todo espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne, não é de Deus; e esse é o espírito do anticristo” (2Jo 1.7). Quando começou a surgir pessoas com estas características, João escreveu “é já a última hora”, para o teólogo Albert Barnes, quando ao escrever “é já a última hora”, João está querendo dizer “começou a última dispensação”, a dispensação  em que todas as coisas deste mundo serão encerradas, vejamos : João diz que não é o aparecimento dessas pessoas, que o fim do mundo estava próximo, mas que eles tinham características que mostravam que estavam vivendo na última dispensação (Albert Barnes).

Observe que João se referiu a várias pessoas no espírito do anticristo. Já o apóstolo Paulo, fala que a vinda de Cristo (fim dos tempos ou última hora) será precedida da manifestação do anticristo, uma única pessoa, essa indicará realmente o final da dispensação da graça, o final dos tempos : “Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ...” (2Ts 2.3-4). Paulo o descreve assim (o anticristo) para mostrar que o fim do mundo não era de se esperar imediatamente (Albert Barnes). Vejamos: “Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e pela nossa reunião com Ele, que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos pertubeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o Dia de Cristo estivesse já perto.” (2Ts 2.1-2).


2 - A Visão da Igreja
Qual deve ser a verdadeira identidade e posição da Igreja de Cristo na terra? 
Qual é a importância que a Igreja tem nesta dispensação da graça?
Qual é a responsabilidade da Igreja de Cristo frente a esse mundo?
Cristo quer responder estas perguntas para nós, nos dando uma Visão da Igreja nesta dispensação enquanto não é arrebatada.

2.1 - As Sete Igrejas da Ásia
Na próxima Lição, será comentado sobre as sete Igrejas da Ásia. Nesta lição o comentarista se detém nos questionamentos citados acima.

“João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete Espíritos que estão diante do seu trono; e da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o príncipe dos reis da terra.” (Ap 1.4). 

No versículo acima o comentarista Pr. William Barros nos chama a atenção quanto a essa saudação, numeramos para facilitar o entendimento :

1 – A Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) saúda às sete igrejas que representam a Igreja de Cristo.

2 – A Saudação contém as palavras “Graça e Paz”  dois elementos fundamentais e insubstituíveis para a vida da Igreja. Podemos notar que as palavras “Graça e Paz” já fazia parte da saudação dos apóstolos aos irmãos da Igreja Primitiva (1Co 1.3; 1Pe 1.2) e agora foi utilizada pelo Deus Trino. "Tanto a Graça quanto a Paz são dádivas divinas à igreja. É impossível pertencer à igreja sem ter graça e paz. A graça é o amor imerecido de Deus aos pecadores , revelado em Cristo. A Paz é o estado de reconciliação com Deus desse pecador salvo pela graça. A graça indica sempre algum dom absolutamente gratuito e totalmente imerecido, enquanto  paz é o bem-estar que os homens desfrutam mediante a graça. A graça é a raiz; a paz é o fruto. A graça é a causa da salvação; a paz é o resultado.” (Hernades Dias Lopes) [6]

3 – As sete Igrejas (Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia, Laodiceia) são as primeiras igrejas escolhidas para receber a revelação do Apocalipse : “... o que vês, escreve-o num livro e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, ea Filadélfia, e a Laodiceia.” (Ap 1.11)


2.2 - Reino e Sacerdócio
Atualmente a Igreja é identificada com a expressão “sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido” (1 Pedro 2.9), essa é a verdadeira identidade da Igreja.

“sacerdócio real, nação santa” é uma expressão mencionada em Êxodo 19.6 “E vós, me sereis reino sacerdotal e povo santo.” Agora, permita a comparação: Assim como o propósito de Deus era separar a nação de Israel para se tornar um reino sacerdotal, uma nação santa somente constituída por judeus para trazer luz as demais nações, vemos agora, Deus identificando Sua Igreja como geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido para ser luz e sal para esse mundo. Igreja formada por pessoas salvas em Cristo, tanto por judeus como por gentios.

Essa identificação da Igreja “sacerdócio real e nação santa”, mostra o privilégio da Igreja de Cristo, um povo muito mais elevado que a nação de Israel, povo que tem o poder de Deus, que tem a vitória sobre o pecado, o mundo e o diabo; povo consagrado a Deus para sacrifícios espirituais, povo que será arrebatado [2]

Frente aos privilégios, vem as responsabilidades da Igreja de Cristo, que o comentarista pontua :

1 – Responsabilidade de interceder pelo mundo

“Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões, e ações de graças, em favor de todas as pessoas, pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade. Isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador.” (1Tm 2.1-3)

“E, tendo dito isso, soprou sobre eles e disse-lhes: ‘recebei o Espírito Santo’. Aqueles a quem perdoastes os pecados ser-lhe-ão perdoados; aqueles aos quais mantiverdes ser-lhe-ão mantidos” (Jo 20.22-23) [5]

2 – Responsabilidade de desfazer as obras do diabo

“Atentai! Eu vos tenho dado autoridade para pisardes serpentes e escorpiões, assim como sobre todo o poder do inimigo, e nada nem ninguém vos fará qualquer mal.” (Lc 10.19).

“E estes sinais acompanharão aos que crerem: em meu Nome expulsarão demônios; em línguas novas falarão.” (Mc 16.17).


2.3 - Sete Castiçais de Ouro
João viu sete candelabros ou castiçais, Eles eram sete em número em pé, cada um com suas respectivas hastes. O Cristo glorificado estava no meio : 
“E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro; e, no meio dos sete castiçais, um semelhante ao Filho do Homem, vestido até aos pés de uma veste comprida e cingido pelo peito com um cinto de ouro.” (Ap 1.12-13)
Os Sete Castiçais de Ouro simbolizam as Sete Igrejas da Ásia, que por sua vez estava representando a Igreja de Cristo, cuja missão é trazer luz a toda humanidade guiando-a ao Salvador Jesus Cristo.
"Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte." (Mt 5.14
"Falou-lhes, pois Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida." (João 8.12)
"para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo;" (Fp 2.15)

3 - Visão de Deus
Pelos olhos da fé, vejo o apóstolo João  ali aprisionado na ilha de Patmos, isolado, longe de tudo e de todos, quando então, tem a visão do Cristo glorificado. Certamente, foi um consolo do Céu ao servo de Deus.

3.1 - A Trindade Santa
Desde o livro de Gênesis vemos a operação da Trindade Santa em várias passagens bíblicas (Gn 1.26; Gn 3.22; Gn 11.7, Mt 28.19, Jo 14.26; 1Pe 1.2; e outras) e agora deparamos com a Trindade Santa na revelação ao apóstolo João : “João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono; e da parte de Jesus Cristo...” (Ap 1.4-5)

3.2 - Jesus, o Filho do Homem
“e, no meio dos sete castiçais, um semelhante ao Filho do Homem, vestido até aos pés de uma veste comprida e cingido pelo peito com um cinto de ouro.” (Ap 1.13)
A expressão “Filho do homem” em suma aponta para o ministério terreno de Jesus Cristo, seu sofrimento e morte, e também aponta para o Cristo glorificado cumprindo a profecia de Daniel : “Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem.” (Dn 7.13-14) 

3.3 - A Visão de Cristo Glorificado
“E, no meio dos sete castiçais, um semelhante ao Filho do Homem, vestido até aos pés de uma veste comprida e cingido pelo peito com um cinto de ouro. E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os olhos, como chama de fogo; e os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivesse sido refinado numa fornalha; e a sua voz, como a voz de muitas águas.” (Ap 1.13-15)

O Apóstolo João viu Jesus Cristo em carne durante seu ministério terreno, viu Jesus Cristo ressuscitado e sua ascensão ao céu, e agora tem o privilégio de ver Jesus Cristo glorificado.  Abaixo, um quadro que montei baseado nos comentários do Pr. William Barros, para facilitar a visualização e entendimento do significado da visão :


Comentário 
Pr. Éder Tomé

Referências

[1] Bíblia Sagrada (ARC) - Sociedade Bíblica do Brasil - 4° edição - 2009
[2] Comentários de John Wesley
[3] Apostila Livro de Apocalipse - Universidade da Bíblia - Pág.11
[4] Daniel Conegero
       https://estiloadoracao.com/metodos-de-interpretacao-do-livro-de-apocalipse/
[5] Bíblia Sagrada King Jones - Atualizada - Fiel aos Originais
[6] Hernandes Dias Lopes - Comentário Expositivo de Romanos