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segunda-feira, 22 de abril de 2024

Lição 4 - Ordenança quanto à Contribuição Financeira

 

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Lei 9.610/98 (Direitos Autorais)

Nosso subsídio (comentário da lição) não é o mesmo conteúdo da revista Betel Dominical Adultos, é apenas um texto de auxílio complementar referente aos tópicos e subtópicos da lição. 

Introdução  

O texto de referência :    

Malaquias 3.10-11 
10 - Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança.
11 - E, por causa de vós, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo vos não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos. 

2 Coríntios 9.6 
6 - E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância também ceifará.

1 - Trazei todos os dízimos à Casa do Tesouro

Significado do Termo Dízimo
O termo dízimo, do hebraico Ma'aser, tem o sentido de décima parte, pagamento de uma décima parte. É uma doutrina de Deus e muito questionada por aqueles que não servem ao Senhor, mas aceita com alegria por todos aqueles que, com um coração sincero, servem a Deus e são alcançados pela Sua benevolência e liberalidade. Tudo que o cristão faz para o Senhor deve ser feito com prazer. Portanto, contribuir com o dízimo é um grande privilégio que o Senhor concede aos Seus filhos. Sendo a prática de dizimar alvo de questionamento, levando muitos a difamar os pastores por causa do dízimo, não devemos nos envergonhar de sermos dizimistas, pois estamos obedecendo a Palavra de Deus [...] Doutrina bíblica é para os que estão dentro da igreja, para os que creêm, ainda que aqueles que estão do lado de fora nos critiquem [8]

Pb. Gerson Tomé: Professor seria interessante esclarecer que vivemos dias difíceis com relação à credibilidade de algumas lideranças, todavia cada um prestará contas a Deus de tudo que fez ou está fazendo. Atualmente clamamos por transparência as contas públicas e quando olhamos para algumas igrejas, lideres omitem de seus contribuintes a lisura na prestação de contas da igreja local ou regional e tal fato é muito prejudicial. Oremos para que Deus nos dê um coração semelhante ao da viúva e aos nossos lideres a sabedoria para utilizar as contribuições. Que haja um retorno às prestações de contas à igreja como era feito a alguns anos atrás (por exemplo década de 80/90).

1.1 - Origem do Dízimo

Dízimo no Antigo Testamento
O dízimo é a parte do Senhor e foi dado para aqueles que exercem o ministério na casa do Senhor: "E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo seu ministério da tenda da congregação" (Nm 18.21). O dízimo também é dar honra a Deus. [8]
Pb. Gerson Tomé: Note que a base para as contribuições é a manutenção da obra de Deus: "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa" (Ml 3.10).

Abraão Dizimou
A primeira menção do dízimo na Bíblia foi quando Abraão se encontrou com Melquisedeque (Gn 14.20), depois de ser abençoado por ele (Gn 14.19). É importante observar a sequência dos fatos: primeiro Abraão é abençoado, depois ele dizima. Assim acontece com os que servem a Deus. Abraão é o pai da fé dos que creem e como filhos espirituais devemos seguir o seu exemplo e trazer o que é do Senhor para a Sua casa. Abraão foi um homem possuidor de muitas riquezas, mas não se tornou um avarento, não tendo, assim nenhuma dificuldade de entregar o seu dízimo [8]

Jacó Também Dizimou
Jacó neto de Abraão, certamente ouvira seu pai Isaque o que seu avô fizera diante do rei de Salém e num momento de encontro com Deus faz um voto (Gn 28.20-22). É nítido que neste episódio, Jacó está tendo uma experiência com Deus em um momento marcante em sua vida. Note que a expressão "dizimo" aparece no final do relato: Deus se revela, fala com ele e lhe faz promessas. A seguir vem a reação de Jacó: ele declara a grandeza e majestade de Deus e só então faz um voto. Porém, antes de mencionar o dízimo, ele declara: "O Senhor será o meu Deus". O dízimo surge como consequência do Senhor ser o seu Deus! Deus estabelece na lei a necessidade do ensino em família para que as gerações seguintes obedeçam ao mandamento do Senhor. É essencial ensinar os filhos a serem dizimistas (Dt 6.6-7). [8]

Dízimo na Lei Mosaica
Pelos relatos acerca de Abraão e Jacó, o dízimo não foi estabelecido em Israel pela lei mosaica. A Lei deu conteúdo e forma à prática do dízimo (Lv 27; Num 18; Dt 12,14,16). Portanto, o dízimo não era opcional e sim uma determinação da parte do Senhor, que deveria ser obedecida pelo ISRAELITA com prazer, por poder contribuir para a obra do Senhor [8]

Propósitos do Dízimo no Antigo Testamento
(1) Num 18.21-32 - Sustento dos levitas em troca dos serviços prestados na tenda da congregação; por sua vez, os levitas davam os dízimos dos dízimos ao sacerdote [9]
(2) Dt 14.28,29 - Auxiliar os necessitados: o estrangeiro, o órfão e a viúva [9]

Promessas aos Dizimistas no Antigo Testamento
Dt 26.25 e Ml 3.8,10-11 - Assim como Deus dera bênçãos a seu povo, os que as receberam deviam reparti-las com as pessoas menos favorecidas. Dar o dízimo, portanto, traria bênçãos divinas [9]

1.2 - O Dízimo é a maior Doutrina da Prosperidade

Doutrina da Prosperidade
Essa doutrina chegou no Brasil em meados da década de 1970, hoje difundida pelos neopentecostais, é uma corrente doutrinária que afirma que todos os verdadeiros cristãos prosperam em todas as áreas da vida. Para eles o crente que tem fé é bem sucedido fisicamente, espiritualmente, emocionalmente e financeiramente, ora visto que a pobreza não faz parte dos planos divinos para os cristãos, esses devem ter riquezas materiais.
Para os neopentecostais, se o cristão for pobre, ficar doente, passar por adversidades e sofrimento, é por que lhe falta fé. O foco deles é a prosperidade nesta vida, o dinheiro é sempre enfatizado e pedido de forma exagerada, estimula-se a barganha, ou seja, se faz a garantia de que Deus retribuirá cada doador de forma milagrosa. Muitas pessoas quando não recebem a bênçãos prometidas abandonam as reuniões neopentecostais, engrossando o número dos desigrejados (sem igreja). Já ouvi pregações neopentecostais vinculando o dízimo a salvação, onde afirmam que quem não é dizimista não é salvo, pois é um ladrão e transgride o oitavo mandamento, baseado em Malaquias 3:8-10, mas estão forçando a barra com esse argumentos fora de contexto.

Entendimento dos Pentecostais Clássicos
Os dizimistas não precisam se preocupar com a Doutrina da Prosperidade, visto que automaticamente, o dizimista é abençoado por Deus por sua fidelidade. O Dízimo não deve ser vinculado a salvação, não somos salvos pelas obras, e nem precisamos pagar a salvação, é um ato de fé, onde temos testemunhos e experiência que mostram que Deus abençoa aqueles que são dizimistas. Isto é Fato !
Pb. Gerson Tomé: Existe um mistério no ato de dizimar que não pode ser compreendido naturalmente, mas aqueles que o fazem entendem muito bem vivenciando tais experiências: "Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido" (1Co 2.14,15)
 
1.3 - A Confirmação do Dízimo e das Ofertas por Jesus

Dizimo no Novo Testamento
O próprio Cristo não passou ao largo do dízimo: 
"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dizimais da hortelã, do endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas" (Mt 23.23).
Alguns podem pensar, à primeira vista, que Jesus estivesse condenando o dízimo. Porém o texto revela que Ele estava reprovando a motivação errada. Aqueles religiosos judeus deveriam dar o dízimo sem desprezar ou omitir o mais importante da lei que é o juízo, a misericórdia e a fé. Os escribas e fariseus eram dizimistas para serem vistos e honrados pelos homens e não como fruto sincero de corações agradecidos. Era apenas aparência, falsa religiosidade.[9]

O Dízimo nas Epístolas
"No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder juntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar" (1Co 16.2)
Ainda que a palavra dízimo não apareça nos ensinos do apóstolo Paulo, está implícito (subentendido) todas as vezes em que ele admoesta sobre a contribuição.
Duas coisas aparecem no texto: as contribuições eram feitas no primeiro dia da semana (domingo), proporcionalmente à prosperidade de cada um. O dízimo é exatamente isto. Quando se paga 10 por cento, ele sempre será proporcional. Em outras palavras, quanto mais o crente prospera, mais contribui. [9]

2 - Dízimos e Ofertas: Uma Rica Semeadura

2.1 - Adorando a Deus com os nossos Recursos

Quais são as promessas para quem é Dizimista ?
Veja algumas coisas que acontecem quando, motivado pela visão correta, o crente paga o dízimo:
a) Sente-se recompensado por sentir-se parte ativa da obra de Deus
b) Deus o socorre em tempos trabalhosos
c) Torna-se exemplo para os demais crentes
d) Deus lhe é recíproco em proporções bem maiores
e) Os recursos são mais abundantes para os projetos da igreja
f) A obra de Deus é realizada com maior rapidez  [9]

Onde deve ser aplicado o dinheiro do dízimo na Igreja ?
Se todos os crentes pagassem o dízimo, não haveria necessidade de a igreja local lançar mão de campanhas financeiras para a execução de sua tarefa. O que ocorre é exatamente o oposto. É pequeno o percentual dos que se dispõem a cumprir este mandamento, talvez por falta de ensino e de ter a visão correta do que significa o dízimo.
Malaquias afirmou que o dízimo é para que haja "mantimento na casa do Senhor". Aplicando-se ao contexto de hoje, é o meio que a Igreja tem aqui na terra para realizar a evangelização, enviar missionários, manter os seus obreiros, cuidar da assistência social, construir templos para abrigar o povo e suprir o dia-a-dia da administração. [9]
     
2.2 - Deus tem compromisso com quem tem compromisso com Ele
A promessa dada por Deus através de Malaquias impõe uma condição: primeiro trazer os dízimos, depois fazer prova do Senhor, que garante derramar bênção tal, trazendo maior abastança. Porém, é preciso que fique claro: isto não anula as aflições da vida, onde podem aparecer os momentos de sequidão. Agora, com certeza garante vitória aos que, com fidelidade em tudo, atravessam estas horas mais difíceis, pois a palavra de Deus jamais cai por terra. Fazer prova aqui não é chantagear o Senhor, mas saber que Ele é recíproco para conosco, se cumprirmos a nossa parte. [9]

2.3 - Quem semeia muito, muito Ceifará
"Quem semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância em abundância também ceifará" (2Co 9.6)
Albert Barnes: Paulo aqui diz que está dando como está na agricultura. Um homem que semeia pouco deve esperar colher pouco. Se ele semear um pequeno pedaço de terra, colherá uma pequena colheita; ou se ele estiver semeando de maneira desprezível e desejar salvar sua semente e não a comprometer com a terra, deve esperar colher pouco. Assim é dado. Dinheiro dado em ofertas, dízimos, para ajudar os pobres e necessitados ... é dinheiro concedido de maneira semelhante ao ato de enviar sementes para a terra. Ele será devolvido de alguma forma com um aumento abundante. Não deve ser perdido. A semente pode ser enterrada por muito tempo [5]

"Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza, ou por necessidade, porque Deus ama ao que dá com alegria" (2Co 9.7)
O apóstolo Paulo também reitera o conceito de que a contribuição sistemática, além de proporcional, deve ser oriunda da motivação correta.
Pb. Gerson Tomé: Pergunte para a classe: "A obediência é o único motivo que os leva a ser um contribuinte da obra do Senhor ?" - Espera-se que os alunos respondam que é um dos motivos, mas quando contribuímos com uma obra de Deus somos movidos pela fé e alegria do Espírito Santo.
 
3 - Os Cuidados Necessários com o Orçamento

3.1 - A Administração do nosso orçamento é de responsabilidade nossa
Douglas Baptista: A Bíblia ensina que o dinheiro serve de proteção (Ec 7.12). Contudo, o dinheiro somente será uma bênção se a família souber administrar os rendimentos. Estipular prioridades e metas a serem atingidas é o caminho mais fácil para aplicar habilidosamente os recursos e evitar o desperdício (Pv 21.5). As metas devem ser estabelecidas, obviamente, de acordo com as condições financeiras da família. O planejamento evita aplicação do dinheiro em atividades supérfluas ou desnecessárias (Is 55.2). Nesse sentido as prioridades deve ser ordenadas pela necessidade e urgência de cada situação. Assim, uma administração transparente e sincera demonstra temor de Deus na aplicação das finanças da família (1Tm 5.8). [7]
Não adiante ser dizimista e não tem um planejamento financeiro dos recursos da família. O dizimista tem que ser responsável em fechar o mês no azul, ou seja, gastar menos do que ganha, não se endivida além de suas posses.
Douglas Baptista: O comprometimento da renda familiar acarreta uma série de outros prejuízos, tais como: impaciência, nervosismo e desavenças no lar. Para evitar essas desagradáveis situações é aconselhável comprar tudo à vista (Rm 13.8), não ser fiador (Pv 11.15;27.13), fugir dos agiotas (Êx 22.25; Lv 25.36) e ser fiel nos dízimos e nas ofertas (Ml 3.10,11). [7]

3.2 - A Administração dos recursos da casa do tesouro é de responsabilidade de que a governa
Os que se enriquecem com salários exorbitantes as custas dos dízimos, os que vivem uma vida luxuosa as custas dos dízimos, pode ter certeza, um dia darão conta a Deus. Muitos acham que devemos dar o dízimo sem se importar com o seu destino, isso é um equivoco, deve haver transparência financeira, saber seu destino, infelizmente em algumas denominações evangélicas, os dízimos e ofertas alimentam um sistema religioso corrupto e sujo, não seja um dizimista conivente com a má administração dos recursos e falta de responsabilidade da liderança.
      
3.3 - Faça a sua parte, cumpra o seu dever com fidelidade
Douglas Baptista: Entregar os dízimos significa devolver ao Senhor a décima parte de todos os nossos rendimentos. Já a oferta é extra ao dízimo. Tanto um quanto outro devem ser dados com alegria (2Co 9.7), amor, altruísmo e voluntariedade. O sentimento que deve predominar no coração do crente no momento da entrega solene é o da gratidão a Deus: "O povo se alegrou com tudo o que se fez voluntariamente; porque de coração íntegro deram eles liberalmente ao SENHOR; também o rei Davi se alegrou com grande júbilo" (1Cr 29.9) [7]


Comentário 
Pr. Éder Tomé

Referências

[1] Bíblia Sagrada (ARC) – Sociedade Bíblica do Brasil - 4° edição - 2009
[2] Bíblia Sagrada King Jones – Atualizada – Fiel aos Originais
[3] Bíblia Sagrada (NTLH) - Linguagem de Hoje
[4] Revista Betel Dominical Adultos - 2T - 2024
[5] versículoscomentados.com.br
[6] Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD 
[7] Revista Lições Bíblicas - 2T - 2028 - CPAD
[8] Revista Betel Dominical Adultos - 1T - 2018
[9] Revista Discipulado - Mestre 1 - Pág.23-24

 

domingo, 14 de abril de 2024

Lição 3 - Ordenança para Congregar e Prestar Culto Racional


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Lei 9.610/98 (Direitos Autorais)

Nosso subsídio (comentário da lição) não é o mesmo conteúdo da revista Betel Dominical Adultos, é apenas um texto de auxílio complementar referente aos tópicos e subtópicos da lição. 

Introdução  

O texto de referência :    

Salmos 84.3,4,10 
3 - Até o pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si e para sua prole, junto dos teus altares, Senhor dos Exércitos, Rei meu e Deus meu.
4 - Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvar-te-ão continuamente.
10 - Porque vale mais um dia nos teus átrios do que, em outra parte, mil. Preferia estar à porta da casa do meu Deus, a habitar nas tendas da impiedade.

Hebreus 10.25 
25 - Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.

1 - Não deixando de Congregar
Não há motivos que justifique o cristão deixar de congregar (reunir-se) com outros cristãos em uma igreja local.

1.1 - O que significa Igreja e a sua Missão

O que Significa Igreja ?
A Palavra "igreja", empregada em sentido universal (Ef 5.30; 1.22,23), designa o corpo de Cristo. A igreja universal e invisível, da qual Cristo é a cabeça, não é uma organização, mas um organismo, pois em cada um de seus membros palpita a vida de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual dirige o movimento de todo o corpo e de cada crente em particular.
A palavra "igreja" também pode designar no Novo Testamento a uma congregação local (comunidade local), organizada para adorar a Deus e para observar as ordenanças do evangelho e executar os mandamentos do Senhor. [9]

Qual é a missão da Igreja ?
Através da Bíblia, você descobre que a Igreja foi fundada por Cristo, para cumprir as seguintes finalidades:  

1. Evangelizar o mundo
A principal atividade dos cristãos é levar a salvação para os não-cristãos. Cristo, depois de completar a sua missão na Terra, declarou: "É me dado todo o poder no céu e na terra". E, em seguida, estabeleceu uma missão aos seus seguidores. Leia Mateus 28.19,20. É através da Igreja que o Evangelho é pregado a todas as pessoas do mundo. Esta missão não foi dada aos anjos e nem a um outro ser espiritual, mas ao cristão.

2. Lugar para o cristão cultuar a Deus
Os cristãos se reúnem para cultuar a Deus [leia Romanos 12.1]. O culto é o momento de oração, louvor, adoração, estudo da Bíblia e edificação dos cristãos. No culto, todos os cristãos podem se unir em oração, seja em petição, ação de graças e intercessão [...] Sempre Deus há de acrescentar algo mais em sua vida espiritual, se você o cultuar. Na igreja, você é aperfeiçoado, para o desempenho do seu serviço, a edificação do corpo de Cristo, "até que todos cheguemos à unidade da fé e ao pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo" (Ef 4.11-13).

3. Lugar para o crente praticar a mordomia cristã
Tudo o que você possui, não lhe pertence [leia Salmo 24;1]. Por isso, não tem mais o direito de fazer o que quer. Deus agora está em primeiro lugar em sua existência. Isso inclui sua vida, seu tempo, seus talentos e suas finanças [...] você prestará conta a Deus de tudo o que administrou nesta vida.

4. Lugar para o ensino da disciplina e norma de conduta cristã
Ao fazer parte de uma igreja local, o novo crente disciplina-se e aprende a norma bíblica de conduta. Existe um padrão de vida exposto na Bíblia e todos os crentes devem se esforçar para vivê-lo. Significa afastar-se da ignorância, preservar-se da corrupção e ter todas as esferas da sua vida e atividades regulamentadas, dirigidas por Deus. Leia Mateus 5.13-16 e 18.15-17. referência [9]

1.2 - Os que habitam na casa do Senhor são bem-aventurados
"Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvar-te-ão continuamente." (Sl 84.4)
No Antigo Testamento ao ler o Salmo 84, percebemos que quando o Salmista desejava se afastar do mundo agitado para encontrar a Deus, se dirigia ao Santo Templo. Agora no Novo Testamento, podemos encontrar Deus em qualquer lugar e momento, a partir de Atos 2, o cristão passou a ter as comunidades cristãs ou igrejas locais como um lugar reservado, que o ajuda a afastar do mundo agitado, possibilitando a meditação na Palavra de Deus e oração. 
"Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor" (Sl 122.1)
Quando estamos congregando em uma Igreja temos alegria nas orações, nos louvores, nas lições, nas pregações da Palavra de Deus, na comunhão com os demais cristãos e somos fortificados para perseverar na caminhada.
 
1.3 - Como é bom e agradável que os irmãos vivam em união
"Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos habitem em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes. Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre" (Sl 133.1-3)
O ambiente da igreja local propicia ao cristão a oportunidade de firmar a união ou comunhão com os demais irmãos que professam a mesma fé.
A comunhão é muito mais do que uma simples amizade. A comunhão é resultante de uma experiência espiritual comum. Todas as diferenças são eliminadas, onde os homens e as mulheres se tornam irmãos em Cristo. [9]

2 - Não perdendo o desejo de Congregar

Porque será que as pessoas perdem o desejo de Congregar ?
Há várias razões para que isso aconteça e é preciso deixar claro que o cristão que deixa de congregar nem sempre está desviado da fé, o censo do IBGE de 2010, apontou significativamente o aumento do número de outra categoria de evangélicos denominada "cristãos evangélicos não determinados", "Evangélicos não praticantes" ou simplesmente "desigrejados" ao qual naquela época já somava mais de 9 milhões de pessoas, o que representava 21% dos evangélicos.

O DESVIADO é a pessoa que deixou de congregar, mas, está longe da presença de Deus, não tem comunhão com Deus e com os outros cristãos, é aquele que rompeu com o mundo espiritual, deixou de seguir os ensinamentos de Jesus e voltou a praticar todo tipo de pecado, as vezes, até pior do que fazia antes de ter o encontro com o Senhor.

O DESIGREJADO é a pessoa que por algum motivo, resolveu deixar de congregar na Igreja local aderindo ao fenômeno dos desigrejados, que defendem o conceito que a fé cristã pode ser exercida sem a necessidade de congregar, optando por expressar sua fé de uma maneira descentralizada da prática religiosa.

2.1 - Consequências ao deixar de congregar
Na Revista e no Slide temos 11 motivos sobre as consequências ao deixar de congregar, comente elas com seus alunos. (não quero ser repetitivo aqui).
     
2.2 - Por que alguns abandonam a Igreja ?
Na Revista e no Slide temos 13 motivos porque as pessoas abandonam a Igreja, comente elas com seus alunos. (não quero ser repetitivo aqui).
Reflita comigo, Três Motivos do aumento dos Desigrejados :

(1) Igreja Eletrônica
Com o aumento significativo de cultos transmitidos pelo rádio, televisão e pelas redes sociais (principalmente pelo Facebook e Youtube), muitas pessoas não veem mais necessidade de congregar em uma igreja. Em apenas um toque, via celular, é possível assistir um culto gravado ou ao vivo, não resta duvida de que esse comodismo é responsável pelo aumento dos Desigrejados. Teria sido essa descoberta da Igreja Eletrônica o motivo de 20% dos cristãos não terem o desejo de congregar após a pandemia de COVID-19 ? Cadê essas pessoas que nunca mais voltaram a congregar depois da liberação dos cultos presenciais ? Aproveitaram para mudar de igreja ? Passaram a achar que a frequência à igreja é algo opcional ? Essa resposta ainda é um mistério, carece de estudos mais aprofundados, não estamos falando de pessoas não evangelizadas, estamos falando de pessoas evangelizadas, batizadas, que participavam da Ceia do Senhor, que frequentavam nossas igrejas e não querem voltar a congregar mais.

(2) Descontentamento com a Liderança (Bispos, Pastores, Presbíteros, apóstolos)
Muitos resolveram não mais congregar porque ficaram decepcionados com promessas feitas pelo seu líder em nome de Deus e que nunca foram cumpridas. Outros, deixaram de congregar por descontentamento ao notar que seu líder era um mau exemplo no tocante a lidar com as finanças, pelo nepotismo religioso, por práticas e ensinos questionáveis, por seu líder ter caído em pecado e gerado escândalos, muitas famílias deixaram de congregar por falta de apoio da liderança em momento de dificuldade. Paulo Romeiro, no livro "Decepcionados com a Graça", afirma que se antes havia a confiança despreocupada dos membros com relação a liderança, "com o tempo, porém, vêm os questionamentos relativos à linha de pregação, à administração financeira ou às questões éticas, provocando o rompimento" (Romero, 2005, p.42).

(3) Não gostam da Liturgia do Culto. 
A maioria dos cultos é uma bênção e derruba esse argumento para não congregar, todavia, não há mais nada desanimador e infrutífero do que participar de cultos desorganizados, sem hora para acabar, onde se fala muito em dinheiro, problemas administrativos da igreja, onde há muita perda de tempo com coisas que não edificam. Culto não é para agradar ao homem, mas deve ser feito com sabedoria, o ambiente deve ser favorável para que Deus seja sempre o alvo da adoração e possa manifestar a sua misericórdia em nosso favor: corrigindo, tratando, ensinando, encorajando, estimulando nosso crescimento espiritual. 

2.3 - Aprendendo com o Exemplo de Jesus
Na Revista e no Slide temos 6 exemplos de Jesus em relação ao Templo e sinagogas. Desde criança, Jesus frequentava, ensinava, fazia leitura da Palavra de Deus, colocava ordem. Os desigrejados argumentam que o Templo e as sinagogas não eram igrejas e que Jesus não deixou biblicamente nenhuma igreja como edifício e instituição organizada, mas Jesus foi quem a concebeu pós-morte através dos apóstolos. Se existem igrejas locais que perverteram o cristianismo verdadeiro, também existem as igrejas locais sérias e boas para que haja crescimento espiritual dos cristãos. Oremos por esses irmãos desigrejados, que estão com o coração endurecido para não congregar mais.
 
3 - Oferecendo um Culto Racional
Elienai Cabral - O termo 'Racional' é o mesmo que razoável, inteligente, isto é, que saiba o que está fazendo, para que e como fazer esse culto. Não significa que devamos cultuar a Deus dirigidos pela nossa mente, mas devemos dispor a nossa mente para que o Espírito Santo dirija e oriente o nosso culto a Deus [8]

O culto racional é aquele que oferecemos a Deus de forma integral. Todo elemento e liturgia do culto serve ao propósito de enaltecer e engrandecer o nome do Senhor. Tanto o intelecto como nossas emoções devem estar envolvidos no culto oferecido a Deus, de acordo com a Sua Palavra [10]

3.1 - Sacrifício Vivo, Santo e Agradável a Deus
"Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional" (Rm 12.1)
Elienai Cabral - 'Sacrifício Vivo' não significa um sacrifício literal, mas espiritual. No Antigo Testamento os sacrifícios eram literais. No Novo Testamento, a ordem dos sacrifícios continua, mas dentro de uma perspectiva espiritual. [8]
Elienai Cabral - 'que é vosso culto racional' são nossos atos e serviços a Deus que devem ser feitos conscientemente [8]
David Brown - 'Santo e agradáveis' - Assim como os animais, quando oferecidos sem defeitos a Deus, eram considerados santos, assim também os crentes "entregando-se Deus como os que estão vivos dentre os mortos, e seus membros como instrumentos da justiça para Deus", são considerados por Ele, não ritualmente, mas realmente 'santos', e assim agradáveis a Deus.
Pb. Gerson Tomé - Devemos tomar cuidado para que o culto a Deus não seja mecânico e formal, rotineiro, mas um culto espiritual, que é oferecido no cotidiano da vida do crente.
Billy Graham - Cristianismo não é apenas ir à igreja aos domingos. É viver 24 horas por dia com Jesus Cristo.

3.2 - Deus está à procura de verdadeiros adoradores
"Mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai em espírito e verdade, e são esses adoradores que o Pai deseja" (Jo 4.23)
Albert Barnes - 'Os verdadeiros adoradores' - São todos que verdadeiramente e sinceramente adoram a Deus. Aqueles que fazem isso com o coração, e não apenas na forma [5]
Adam Clarke - 'Os verdadeiros adoradores' - O culto dos samaritanos era um culto defeituoso, eles não receberam os escritos proféticos. O culto dos judeus era um culto carnal, que tratava apenas da letra e as cerimônias. O Evangelho de Cristo mostrou o significado de todas essas ordenanças carnais, e os sacrifícios legais, que tiveram toda a sua consumação em sua oferta de si mesmo: assim, uma dispensação espiritual tomou o lugar da carnal que a prefigurou. A pregação do Evangelho descobriu a verdadeira natureza de Deus, da salvação, da alma humana, das coisas terrenas e celestes; e, por isso, é posta em oposição ao culto samaritano defeituoso [5]
      
3.3 - Só ao Senhor adorarás e só Ele prestará culto
"Vai-te Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele servirás" (Mt 4.10]
Devemos adorar somente a Deus, não adoramos pessoas e coisas !
A adoração não é um passatempo, e nem uma atitude de louvor irrefletida (Rm 12.1), mas sim, é a expressão sacrificial de nosso ser a Deus; isso implica uma oferta completa de nosso afeto, bens e de todo o nosso trabalho. Nosso espírito só poderá penetrar na dimensão do louvor quando estivermos dispostos a oferecer o nosso melhor para Deus [7]


Comentário 
Pr. Éder Tomé

Referências

[1] Bíblia Sagrada (ARC) – Sociedade Bíblica do Brasil - 4° edição - 2009
[2] Bíblia Sagrada King Jones – Atualizada – Fiel aos Originais
[3] Bíblia Sagrada (NTLH) - Linguagem de Hoje
[4] Revista Betel Dominical Adultos - 2T - 2024
[5] versículoscomentados.com.br
[6] Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD 
[7] Revista Discipulado - Mestre 2 - Pág.73-77
[8] Romanos - Cabral, Elienai - CPAD - 2005 - Pág. 135
[9] Revista Discipulado - Mestre 1 - Pág.23-24
[10] Revista Betel Dominical Adultos - 2T - 2019