Aula presencial dia 17 de junho de 2018
Estimado professor, acredito que já tenha percebido que nosso SLIDE semanal traz uma abordagem DETALHADA de todos os pontos abordados na lição. É um resumo da lição fazendo uso de uma metodologia moderna de ensino, tornando-o mais eficiente e efetivo. Aplica-se ao conteúdo da lição, ilustrações com figuras relacionadas com cada tópico a ser ensinado. Faça bom uso ! Baixe o Slide no formato desejado, Tenha liberdade de cortar, alterar e adicionar conteúdo. Não deixe de Divulgar e Compartilhar nas Redes Sociais !
Texto Áureo
“E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes,
enganado-vos com falsos discursos” (Tiago 1:22)
enganado-vos com falsos discursos” (Tiago 1:22)
Verdade Aplicada
Não é suficiente ouvir e conhecer a Palavra de Deus,
é preciso praticá-la em todas as áreas da vida.
é preciso praticá-la em todas as áreas da vida.
Tiago 1:21-25
21 - Por isso, rejeitando toda a imundícia e superfluidade da malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar as vossas almas.
22 - E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos.
23 - Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural;
24 - Porque se contempla a si mesmo, e vai-se, e logo se esquece de como era.
25 - Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecediço, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito.
22 - E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos.
23 - Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural;
24 - Porque se contempla a si mesmo, e vai-se, e logo se esquece de como era.
25 - Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecediço, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito.
IMPORTANTE
Apresento neste BLOG o Esboço da Lição e os comentários como
professor de EBD em cima do PAE - PLANO DE AULA EXPOSITIVA
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ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1. Honrar a Deus por meio do trabalho.
2. Serviço visando a edificação da Igreja.
3. Princípios bíblicos do serviço cristão.
Conclusão
Lição 12 - Nossas atitudes diante da Palavra de Deus
Texto
Áureo
"E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes,
enganando-vos com falsos discursos”.( Tiago 1.22)
Professor
no primeiro contato com a classe comente que para ser cumpridor e ou praticante
da palavra de Deus o novo nascimento é uma condição essencial.
O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é
espírito.
João 3:6
Mas quem pratica a verdade vem para a luz, para que se veja claramente
que as suas obras são realizadas por
intermédio de Deus".(João 3:21)
Verdade
Aplicada
Não é suficiente ouvir e conhecer a Palavra de Deus, é preciso
praticá-la em todas as áreas da vida.
Taz
fato somente é possível quando temos comunhão com o Espírito Santo coso
contrario nos inclinaremos para a carne e a pratica do que lhe satisfaz
Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que
tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir.
Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de
anunciar.(João 16:13,14)
Objetivos
da Lição
Enfatizar que Deus se
comunica com o homem através da Sua Palavra;
Ressaltar nossa relação com a
Palavra de Deus como medida da nossa relação com Deus;
Mostrar que devemos ter
disposição em praticar a Palavra de Deus.
Textos
de Referência.
Tiago 1.21-25
21 Pelo que, rejeitando toda imundícia e superfluidade de malícia,
recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar as vossas
almas.
22 E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos
com falsos discursos.
23 Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor, é semelhante
ao varão que contempla ao espelho o seu rosto natural;
24 Porque se contempla a si mesmo, e se foi, e logo se esqueceu de como
era.
25 Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade e
nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, este tal
será bem-aventurado no seu feito.
Motivo
de Oração
Ore ao Senhor para que dê sabedoria aos cristãos para discernir e
praticar as Escrituras.
Introdução
A Bíblia é a Palavra de Deus, única regra de fé para a vida e o caráter
do discípulo de Cristo. Como temos nos relacionado com a Palavra de Deus? Somos
ouvintes e leitores esquecidos ou praticantes?
“Se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor, é semelhante ao varão
que contempla ao espelho o seu rosto natural; porque se contempla a si mesmo, e
foi-se, e logo se esqueceu de como era (1.23,24). O verbo traduzido como
‘contempla’ é katanoounti, que indica ‘um escrutínio atento’. Esta pequena
alegoria descreve uma pessoa que encontra um espelho e olha intensamente para
si mesma.
A alegoria depende de uma questão simples. Por que as pessoas olham-se
no espelho? Embora alguns possam simplesmente desejar admirar-se, na maioria
dos casos nós olhamos no espelho para guiar nossos atos. Como devo pentear o
meu cabelo? Meu rosto está sujo? E nós agimos com base no que vemos. Mas o que
acontece se olharmos com atenção, e nos afastarmos, simplesmente esquecendo a
sujeira em nosso rosto, ou aquela mecha que fica em pé de maneira tão selvagem?
Então o espelho terá provado ser totalmente irrelevante e nosso exame
completamente sem significado. Da mesma maneira, Tiago argumenta que olhar para
a Palavra de Deus e não agir de acordo com o que vemos ali significa que o que
encontramos nas Escrituras não tem significado para nós. Não é a pessoa que
conhece o que diz a Bíblia que é abençoada, mas sim a pessoa que faz o que a
Bíblia diz.” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo
Testamento. 1ª Edição, RJ: CPAD, 2007, p.514).
1.
Deus se comunica com a humanidade.
Desde o princípio, o Senhor Deus decidiu falar com o ser humano,
instruindo-o sobre como deveria viver no mundo criado por Ele e estabelecendo
limites (Gn 1.26, 28; 2.16-17). É nítido na Bíblia que o Deus que criou
continuou se comunicando com as pessoas, mesmo depois do pecado (Gn 3.8-9;
4.5-7).
Comunicar: Do latim comunicare, significa “pôr em comum”, “ligar”,
“fazer saber”, “estabelecer comunicação”.
1.1.
O Deus criador se revelou.
Nesta lição nos deteremos na comunicação de Deus por intermédio de
palavras, sejam orais ou escritas, considerando que, ao longo da história da
humanidade, o Criador tem falado em várias ocasiões e de muitas maneiras (Hb
1.1). As obras da criação revelam a existência, a glória e o poder de Deus (Sl
19.1-40). A importância de refletirmos na comunicação de Deus conosco fica
clara quando meditamos em alguns textos bíblicos acerca de Deus: Ele é Espírito
(Jo 4.24); ninguém jamais viu a Deus (Jo 1.18); Ele é totalmente distinto de
Sua criação (Is 40.18-23, 25-26) e diferente do homem (Sl 50.21).
Professor, mostre aos seus alunos, através do quadro abaixo, a variedade
incrível de métodos e modos utilizados por Deus para comunicar sua Palavra.
Reproduza o gráfico no quadro-de-giz. Enfatize a criatividade do Senhor e leia
o texto de Hebreus 1.1.
Ele falou do Céu, direta e audivelmente.Lc 3.21,22
Ele escreveu em tábuas de pedra.Êx 31.18
Ele se tornou carne.Jo 1.14
Ele deu vívidos sonhos e visões.Gn 28.12; Mt 1.20; 2.19,29
Ele utilizou paredes de palácios.Dn 5.5
Ele fez animais falarem.Nm 22.28
Ele expressou a verdade dos profetas.Ez 51.1; Am 2.1; Ag 1.7; Zc 8.3
Ele utilizou os anjos.Lc 1.11,28; At 10.3,4
Se Deus não se revelasse, o homem não poderia conhece-Lo por seu
próprios meios (Rm 1.19-20). Diante da transcendência, grandeza e eternidade de
Deus, precisamos da Sua revelação para conhece-Lo e nos relacionarmos com Ele
(Jr 9.23-24).(Revista do professor)
1.2.
A necessidade da revelação.
Por causa da realidade da natureza humana pecaminosa, todo o nosso ser é
afetado (inclusive mente e coração), porém Deus, por Seu grande amor, age para
que sejamos restaurados e possamos conhecer o que Ele tem revelado (Jr 24.7;
1Co 2.10-16). No entanto, há mistérios de Deus que estão além da capacidade
humana de entender (Rm 11.33-36). Contudo, o que nos foi revelado, podemos e
devemos ter interesse em conhecer e atentar (Dt 29.29). Interessante notar que
este texto enfatiza a revelação e o propósito: “para cumprirmos”.
Deus também se comunica através de suas várias maneiras de se revelar
aos homens.
Revelação
geral ou natural. É aquela em
que o Senhor se revela por meio da natureza e da consciência humana. No que
concerne à natureza, a Bíblia nos é clara: "Os céus manifestam a glória de
Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos" (Sl 19.1; Rm 1.19,20).
Quanto à consciência, Deus se utiliza da comunicação não-verbal para revelar
aos homens toda sua vontade, como vemos em sua Palavra"... os quais
mostram a obra da lei escrita no seu coração, testificando juntamente a sua
consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os"
(Rm 2.15). A revelação geral ou natural é dirigida a todos os homens, e pode
ser absorvida pela razão.
Revelação
especial. É aquela em
que Deus emprega duas formas especiais para se comunicar com o homem: a Palavra
escrita e Cristo.
a) Por meio da Palavra. Deus ordenou a Moisés que escrevesse sua mensagem revelada
"num livro" (Êx 17.14). A revelação escrita substituiu a tradição
oral, como testemunho da existência e comunicação de Deus (Êx 34.27; Jr 30.2;
Ap 1.19). Essa revelação escrita é chamada de Escritura (2 Tm 3.16), ou
Escrituras (Mt 22.29; 26.56).
b) Por meio de Cristo. Essa revelação é sublime (Jo 1.14,18). Não se trata de uma
comunicação através das palavras de um profeta, mas da revelação de Deus por
meio de uma Pessoa santíssima e co-eterna com o Pai (Jo 1.1; 14.9; Hb 1.1-3). O
propósito da revelação especial é conduzir o homem a Deus (Jo 14.6-11). Nela,
encontramos o plano divino para a salvação de todo ser humano.
A revelação especial de Deus foi dada aos homens tanto pelas Escrituras
quanto pelo Verbo de Deus. Estes são os mais completos meios pelos quais Deus
se revelou à humanidade (Mt 22.29; Jo 5.39).
1.3.
A relevância da revelação.
Os professores e escritores Gordon D. Fee e Douglas Stuart assim escreveram
sobre a natureza da Escritura: “Porque a Bíblia é a Palavra de Deus, tem
relevância eterna; fala para toda a humanidade em todas as eras e em todas as
culturas. Porque é a Palavra de Deus, devemos escutar – e obedecer”. O próprio
Senhor Jesus autenticou a revelação escrita de Deus, constante no Antigo
Testamento, como Palavra de Deus (Mt 22.31-32; Mc 10.6; Lc21.22; 24-27, 32),
indicando, assim, que era referencial para o Seu ministério e em assuntos de fé
e conduta de Seus discípulos.
Porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam, e têm
verdadeiramente conhecido que saí de ti, e creram que me enviaste.(João 17:8)
Isso é bom e agradável perante Deus, nosso Salvador,
que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da
verdade.(1 Timóteo 2:3,4)
Sem a fundamentação na comunicação de Deus pela Sua palavra ficamos à
mercê de modismos, percepções humanas, correndo o risco de sermos levados pelos
ventos das invenções da intelectualidade decaída do homem. Como bem disse o Dr.
Martyn Lloyde-Jones: “Ou eu me submeto à autoridade das Escrituras, ou então
estou num Pântano onde não há pé”.(Revista do professor)
Obs.
Nunca se viu tanto modismo entrando na igreja como nos dias atuais, o resultado
são cultos sem mensagem vidas que não são transformadas e pessoas que estão
perdendo o prazer de participar dos cultos, pois alguns se tornaram formais e
longe do projeto de Deus.
2.
A medida da nossa relação com Deus.
A relevância da Palavra de Deus como medida da nossa comunhão com Deus
pode ser atestada em dois textos da Bíblia bastante significativos, por
encontrarem-se nos extremos do Livro Sagrado: Gênesis e Apocalipse.
2.1.
A Palavra de Deus é completa.
Em Gênesis 3 encontramos a investida do inimigo para levar o primeiro
casal a pecar. Ele iniciou justamente com um comentário, tentando distorcer e
levantar dúvidas na mente da mulher quanto ao que Deus disse (Gn 3.1). O
tentador, assim, procurou semear a falsa ideia de que a Palavra de Deus está
sujeita ao julgamento humano. Interessante, agora, notarmos que a última
exortação bíblica se refere à nossa relação com a Palavra de Deus (Ap
22.18-19). Em nossa relação com a Palavra de Deus não há espaço para
produzirmos alterações ou edições, para inserirmos interpolações das nossas próprias
ideias (Dt 4.2; 12.32). Em Gênesis, Eva acrescentou (3.3) e a serpente removeu
(3.4).
CORRIGINDO A MÁ INTERPRETAÇÃO: Existem muitos testes para provar um falso
profeta. Vários deles estão listados na passagem bíblica em questão.
Colocando-os em forma de perguntas, os testes são:
1. Eles sempre entregam falsas profecias? Cem por cento de suas
predições em relação ao futuro não se cumprem? (Dt 18.21,22)
2. Contatam espíritos de mortos? (Dt 18.11)
3. Utilizam meios de adivinhação? (Dt 18.11)
4. Envolvem médiuns ou feiticeiras? (Êx 20.3,4)
5. Seguem a falsos deuses ou ídolos? (Êx 20.3,4; Dt 13.1-3)
6. Negam a divindade de Jesus Cristo? (Cl 2.8,9)
7. Negam a humanidade de Jesus Cristo? (1 Jo 4.1,2)
8. As suas profecias desviam a atenção da pessoa de Jesus Cristo? (Ap
19.10)
9. Defendem a abstenção de certos alimentos e carnes por razões
espirituais? (1 Tm 4.3,4)
10. Criticam ou negam a necessidade do casamento? (1 Tm 4.3)
11. Promovem a imoralidade? (Jd vv.4,7)
12. Encorajam a renúncia pessoal legalista? (Cl 2.16-23)
Uma resposta positiva a qualquer das questões acima é uma indicação de
que o profeta não está falando por parte de Deus. Deus não fala e não encoraja
qualquer coisa que seja contrária ao seu próprio caráter e mandamentos conforme
registrados nas Escrituras. E com absoluta certeza, o Deus da verdade não dá
falsas profecias (Dt 18.21-23) (GEISLER, N. L.; RHODES, R. Respostas às Seitas. RJ: 1.ed.
CPAD, 2000, pp.65-6).
A Bíblia afiança que Deus fala através da consciência do indivíduo (Rm
2.14,15). O próprio fato de que as pessoas, em todos os lugares, possuem uma
consciência, uma idéia de certo e errado que se coaduna com a Bíblia,
mostra-nos que há uma autoridade acima de cada indivíduo e das circunstâncias.
Até aqueles que rejeitaram a Bíblia retêm a consciência, embora esta opere à
base daquilo em quem se acredita ser o certo e o errado".
(MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas Bíblicas: os Fundamentos da Nossa Fé. RJ: CPAD,
2005, pp.17,18.)
Evidente que nossa relação com as Escrituras deve ir além do
conhecimento meramente intelectual. É preciso acrescentar fé e um coração
humilde e sincero. Um exemplo desta situação encontramos no diálogo dos
saduceus (um dos partidos no tempo de Jesus que dominava a vida política dos
judeus) com Jesus, acerca da ressurreição. Eles imaginavam que a crença na
ressurreição se limitava à vida terrena. Eles tinham o Pentateuco, criam que
era inspirado por Deus e até citaram a Escritura para Jesus (Dt 25.5-6). Porém,
ao iniciar Sua resposta, Jesus diz que o erro deles era resultado de não
conhecerem as Escrituras e nem o poder de Deus (Mt 22.29). Howard Hendricks,
professor de Bíblia e Hermenêutica, escritor e pastor, escreveu: “Muitos de nós
queremos uma palavra de Deus, mas não queremos a Palavra de Deus. Sabemos o
bastante para possuirmos uma Bíblia, mas não o bastante para deixarmos que ela
nos possua”.(Revista do professor)
2.2.
Jesus Cristo é a Palavra.
A Palavra de Deus precisa fazer parte da nossa relação com Deus. Certa
ocasião muitos judeus creram em Jesus. Então, quando manifestaram esta crença,
o Senhor Jesus falou sobre a necessidade de eles permanecerem na Palavra de
Jesus e de serem libertos (Jo 8.30-32). Porém, apesar de anteriormente terem
crido nEle, não aceitaram a Palavra dEle. Jesus disse que a Palavra tinha que
entrar neles (Jo 8.37). O Senhor Jesus falou que eles examinavam as Escrituras
porque criam que nelas teriam a vida eterna, no entanto continuavam sem vida
por terem rejeitado Aquele do qual as Escrituras testificavam (Jo 5.38-40).
Em um caso os judeus creram em Jesus, mas não creram nas Palavras de
Jesus. Em outra situação os judeus creram nas Escrituras, mas não creram em
Jesus. Dependemos da Palavra de Deus e do Espírito Santo para nos guiar em
nossa comunhão com Deus. É preocupante quando uma pessoa diz ser discípulo de
Jesus e não se interessa em ler, ouvir, meditar e aprender a Palavra de Deus. O
que está guiando essa pessoa em sua relação com Deus? Seus pensamentos,
intuições ou sentimentos?(revista do professor)
Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós,
pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.(João 15:7)
2.3.
A ação da Palavra no discípulo.
Jesus Cristo afirmou que aquele que tem comunhão com Deus escuta (ouve
com atenção; valoriza; procura obedecer) as palavras de Deus (Jo 8.47). O
apóstolo Paulo atestou que os efésios estavam em Cristo, pois antes eles tinham
conhecido a palavra da verdade, ou seja, o Evangelho da salvação que lhes foi
anunciado (Ef 1.13). A própria fé em Cristo para salvação é produzida a partir
da Palavra de Deus (Rm 10.14-17). Interessante que Paulo cita uma profecia de
Isaías para argumentar que alguns não são salvos não por desconhecerem a
Palavra de Deus, mas por não acolherem a Palavra (Rm 10.16-19).
Enxertai-vos da Palavra (Tg1.21).
A Palavra de Deus é o guia maior do crente. E para que a Palavra atinja
efetivamente o coração do servo de Deus, este precisa acolhê-la com pureza e
sinceridade. Isto é, firmar uma posição radical rejeitando toda a imundícia e a
malícia mundana (Tg1.19); recebendo o Evangelho com mansidão e sobriedade. Leia
os Evangelhos! Persiga em conhecer a mensagem divina de Cristo Jesus, mas,
igualmente, abra o coração para ouvir a voz do Senhor.
Por isso, rejeitando toda a imundícia e superfluidade de malícia,
recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar as vossas
almas.(Tiago 1:21)
A reação às boas novas determina como será a comunhão com Deus. Assim
escreveu John Stott acerca da importância da Bíblia: “Deus não nos deixou
tateando às cegas na escuridão, mas deu-nos uma luz para indicar o caminho. Ele
não nos abandonou debatendo-nos em mares revoltos; a Escritura é uma rocha na
qual encontramos chão e firmeza. Nossa resolução deveria ser estudá-la, crer
nela e obedecê-la”. (Revista do professor)
3.
Atitudes para com a Palavra de Deus.
Jesus Cristo, em seus últimos momentos com Seus discípulos, antes da
crucificação, já preparando os Seus discípulos quanto ao Seu retorno ao céu,
admoesta-os quanto à necessidade de integrar conhecimento e prática (Jo 13.17).
Não é apenas conhecimento. Não é apenas ouvir (Tg 1.22). Interessante neste
texto da epístola de Tiago que o praticante e o não praticante ouviram a
Palavra de Deus. No entanto, o que ouve e não pratica está enganando e iludindo
a si próprio.
Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.(João 13:17)
3.1.
Conhecer e praticar.
Jesus relatou acerca de dois homens que ouviram as Suas palavras. Cada
um construiu uma casa, sendo que um edificou sobre a rocha e outro edificou
sobre a areia. Vindo a chuva, os ventos e o combate das águas contra as casas,
a que estava sobre a rocha permaneceu e a que estava sobre a areia caiu. O
Senhor fez então a comparação: quem ouve e pratica, edifica sobre a rocha;
aquele que ouve e não pratica, edifica sobre a areia (Mt 7.24-25). O Pr Emerson
da Silva, comentando acerca da obediência proposital à Palavra de Deus,
escreveu: “Todo obediente ouve a Palavra, mas nem todo ouvinte obedece”.
Praticai
a Palavra (vv.22-24). O escritor
sacro não tem interesse em que o leitor da epístola apenas acolha a Palavra no
coração, antes deseja que o crente a pratique (v.22). Não pode haver
incoerência entre o que se “diz” e o que se “faz” para quem é discípulo de
Jesus. Se amar a Deus e ao próximo são os maiores dos mandamentos, então,
devemos porfiar em vivê-los. Quem acolhe a Palavra rejeita tudo o que é imundo,
maligno, perverso, injusto, dissimulado, insincero. Não apenas isso, mas
igualmente abre a porta do coração para “tudo o que é verdadeiro, tudo o que é
honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que
é de boa fama” (Fp 4.8). Do contrário, seremos identificados com o homem que
contempla a própria imagem no espelho e depois se retira esquecendo-se
completamente dela. Há pessoas que olham para o Evangelho e ouvem, mas sem memória
e perseverança, não dão nenhuma resposta ou sequência ao chamado de Jesus
Cristo (vv.23,24). Deus nos livre desse engodo!
3.2.
Disposição em praticar.
Se declaramos e cremos que a Palavra de Deus é a verdade e a revelação
da vontade de Deus para nós, então a disposição em praticá-la deve preceder o
conhecimento da mesma. Ou seja, o discípulo de Cristo precisa ir à Palavra com
fé e disposição de obedecê-la. Encontramos esse princípio no Antigo Testamento,
quando Deus falou por intermédio do profeta Isaías que o povo se aproximava
dEle apenas com palavras, mas sem atitude e com o coração distante (Is
29.10-13). No Novo Testamento, quando estava falando com os judeus que
questionavam a validade de Seus ensinamentos, Jesus respondeu dizendo que
aquele que estivesse disposto a cumprir a vontade de Deus, iria saber ou
conhecer acerca da doutrina de Deus (Jo 7.17).
É preciso “desejar fazer”. É um verbo que no grego indica “ação
continuada ou repetida”. Há pessoas que decidem não cumprir a Palavra, mas,
sim, o que imaginam ser melhor para elas. Ou seja, não estão dispostas a
submeter seus planos e projetos ao crivo da Palavra. Procuram a Palavra apenas
para buscar respaldo para suas atitudes independentes. Porém, há um alerta
bíblico de que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal
(2Pe 1.20). Um exemplo de decidir antes de conhecer o que diz a Palavra de Deus
é Ismael e o povo que estava com ele no tempo de Jeremias, após a invasão e
destruição de Jerusalém pela Babilônia (Jr 41.17; 42.1-6; 43.2-4). Eles foram
ao profeta Jeremias para conhecer a Palavra de Deus acerca do caminho que
deveriam seguir. Porém, quando a mensagem de Deus foi contrário à decisão que
já haviam tomado (Jr 41.17), rejeitaram a Palavra de Deus.
Um
outro exemplo é o jovem rico que conhecia os mandamentos, mas não estava disposto
a praticá-los:
Disse-lhe o jovem: Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade; que
me falta ainda?
Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e
dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me.
E o jovem, ouvindo esta palavra, retirou-se triste, porque possuía
muitas propriedades.(Mateus 19:20-22)
3.3.
Conhecimento, decisão e atitude.
O apóstolo Paulo afirma que “vira tempo” em que as pessoas não valorizar
o verdadeiro ensinamento da Palavra de Deus, mas procurarão ouvir aquilo que
está de acordo com seus pensamentos, suas vontades e conclusões pessoais (2Tm
4.3-4). Será que estamos vivendo este tempo? O discípulo de Cristo não deve
buscar nas Escrituras apoio para sua decisão, mas busca-la para decidir e agir
a partir do que Deus revelou em Sua Palavra (Sl 119.9, 11, 105). Também é
possível decidir e agir, e, somente depois, procurar conhecer a vontade de Deus
(1Cr 13.12).
Certa ocasião, o rei Davi perguntou como ele deveria conduzir a arca de
Deus até Jerusalém (1Cr 13.12). Porém, ele somente buscou conhecer a maneira
correta, após tentar agir fora das orientações de Deus e ter como resultado o
fracasso, como registrado no mesmo capítulo. Mas, também, é um exemplo de
arrependimento e humildade. Pois, tendo fracassado, não se afastou do Senhor,
mas procurou, na palavra de Deus, as diretrizes para conduzir a arca. Ele
reconheceu que é preciso decidir e agir a partir da Palavra de Deus para ser
bem-sucedido.(Revista do professor)
Lição 12 - Nossas atitudes diante da Palavra de Deus
Texto
Áureo
"E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes,
enganando-vos com falsos discursos”.( Tiago 1.22)
Professor
no primeiro contato com a classe comente que para ser cumpridor e ou praticante
da palavra de Deus o novo nascimento é uma condição essencial.
O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é
espírito.
João 3:6
Mas quem pratica a verdade vem para a luz, para que se veja claramente
que as suas obras são realizadas por
intermédio de Deus".(João 3:21)
Verdade
Aplicada
Não é suficiente ouvir e conhecer a Palavra de Deus, é preciso
praticá-la em todas as áreas da vida.
Taz
fato somente é possível quando temos comunhão com o Espírito Santo coso
contrario nos inclinaremos para a carne e a pratica do que lhe satisfaz
Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que
tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir.
Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de
anunciar.(João 16:13,14)
Objetivos
da Lição
Enfatizar que Deus se
comunica com o homem através da Sua Palavra;
Ressaltar nossa relação com a
Palavra de Deus como medida da nossa relação com Deus;
Mostrar que devemos ter
disposição em praticar a Palavra de Deus.
Textos
de Referência.
Tiago 1.21-25
21 Pelo que, rejeitando toda imundícia e superfluidade de malícia,
recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar as vossas
almas.
22 E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos
com falsos discursos.
23 Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor, é semelhante
ao varão que contempla ao espelho o seu rosto natural;
24 Porque se contempla a si mesmo, e se foi, e logo se esqueceu de como
era.
25 Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade e
nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, este tal
será bem-aventurado no seu feito.
Motivo
de Oração
Ore ao Senhor para que dê sabedoria aos cristãos para discernir e
praticar as Escrituras.
Introdução
A Bíblia é a Palavra de Deus, única regra de fé para a vida e o caráter
do discípulo de Cristo. Como temos nos relacionado com a Palavra de Deus? Somos
ouvintes e leitores esquecidos ou praticantes?
“Se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor, é semelhante ao varão
que contempla ao espelho o seu rosto natural; porque se contempla a si mesmo, e
foi-se, e logo se esqueceu de como era (1.23,24). O verbo traduzido como
‘contempla’ é katanoounti, que indica ‘um escrutínio atento’. Esta pequena
alegoria descreve uma pessoa que encontra um espelho e olha intensamente para
si mesma.
A alegoria depende de uma questão simples. Por que as pessoas olham-se
no espelho? Embora alguns possam simplesmente desejar admirar-se, na maioria
dos casos nós olhamos no espelho para guiar nossos atos. Como devo pentear o
meu cabelo? Meu rosto está sujo? E nós agimos com base no que vemos. Mas o que
acontece se olharmos com atenção, e nos afastarmos, simplesmente esquecendo a
sujeira em nosso rosto, ou aquela mecha que fica em pé de maneira tão selvagem?
Então o espelho terá provado ser totalmente irrelevante e nosso exame
completamente sem significado. Da mesma maneira, Tiago argumenta que olhar para
a Palavra de Deus e não agir de acordo com o que vemos ali significa que o que
encontramos nas Escrituras não tem significado para nós. Não é a pessoa que
conhece o que diz a Bíblia que é abençoada, mas sim a pessoa que faz o que a
Bíblia diz.” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo
Testamento. 1ª Edição, RJ: CPAD, 2007, p.514).
1.
Deus se comunica com a humanidade.
Desde o princípio, o Senhor Deus decidiu falar com o ser humano,
instruindo-o sobre como deveria viver no mundo criado por Ele e estabelecendo
limites (Gn 1.26, 28; 2.16-17). É nítido na Bíblia que o Deus que criou
continuou se comunicando com as pessoas, mesmo depois do pecado (Gn 3.8-9;
4.5-7).
Comunicar: Do latim comunicare, significa “pôr em comum”, “ligar”,
“fazer saber”, “estabelecer comunicação”.
1.1.
O Deus criador se revelou.
Nesta lição nos deteremos na comunicação de Deus por intermédio de
palavras, sejam orais ou escritas, considerando que, ao longo da história da
humanidade, o Criador tem falado em várias ocasiões e de muitas maneiras (Hb
1.1). As obras da criação revelam a existência, a glória e o poder de Deus (Sl
19.1-40). A importância de refletirmos na comunicação de Deus conosco fica
clara quando meditamos em alguns textos bíblicos acerca de Deus: Ele é Espírito
(Jo 4.24); ninguém jamais viu a Deus (Jo 1.18); Ele é totalmente distinto de
Sua criação (Is 40.18-23, 25-26) e diferente do homem (Sl 50.21).
Professor, mostre aos seus alunos, através do quadro abaixo, a variedade
incrível de métodos e modos utilizados por Deus para comunicar sua Palavra.
Reproduza o gráfico no quadro-de-giz. Enfatize a criatividade do Senhor e leia
o texto de Hebreus 1.1.
Ele falou do Céu, direta e audivelmente.Lc 3.21,22
Ele escreveu em tábuas de pedra.Êx 31.18
Ele se tornou carne.Jo 1.14
Ele deu vívidos sonhos e visões.Gn 28.12; Mt 1.20; 2.19,29
Ele utilizou paredes de palácios.Dn 5.5
Ele fez animais falarem.Nm 22.28
Ele expressou a verdade dos profetas.Ez 51.1; Am 2.1; Ag 1.7; Zc 8.3
Ele utilizou os anjos.Lc 1.11,28; At 10.3,4
Se Deus não se revelasse, o homem não poderia conhece-Lo por seu
próprios meios (Rm 1.19-20). Diante da transcendência, grandeza e eternidade de
Deus, precisamos da Sua revelação para conhece-Lo e nos relacionarmos com Ele
(Jr 9.23-24).(Revista do professor)
1.2.
A necessidade da revelação.
Por causa da realidade da natureza humana pecaminosa, todo o nosso ser é
afetado (inclusive mente e coração), porém Deus, por Seu grande amor, age para
que sejamos restaurados e possamos conhecer o que Ele tem revelado (Jr 24.7;
1Co 2.10-16). No entanto, há mistérios de Deus que estão além da capacidade
humana de entender (Rm 11.33-36). Contudo, o que nos foi revelado, podemos e
devemos ter interesse em conhecer e atentar (Dt 29.29). Interessante notar que
este texto enfatiza a revelação e o propósito: “para cumprirmos”.
Deus também se comunica através de suas várias maneiras de se revelar
aos homens.
Revelação
geral ou natural. É aquela em
que o Senhor se revela por meio da natureza e da consciência humana. No que
concerne à natureza, a Bíblia nos é clara: "Os céus manifestam a glória de
Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos" (Sl 19.1; Rm 1.19,20).
Quanto à consciência, Deus se utiliza da comunicação não-verbal para revelar
aos homens toda sua vontade, como vemos em sua Palavra"... os quais
mostram a obra da lei escrita no seu coração, testificando juntamente a sua
consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os"
(Rm 2.15). A revelação geral ou natural é dirigida a todos os homens, e pode
ser absorvida pela razão.
Revelação
especial. É aquela em
que Deus emprega duas formas especiais para se comunicar com o homem: a Palavra
escrita e Cristo.
a) Por meio da Palavra. Deus ordenou a Moisés que escrevesse sua mensagem revelada
"num livro" (Êx 17.14). A revelação escrita substituiu a tradição
oral, como testemunho da existência e comunicação de Deus (Êx 34.27; Jr 30.2;
Ap 1.19). Essa revelação escrita é chamada de Escritura (2 Tm 3.16), ou
Escrituras (Mt 22.29; 26.56).
b) Por meio de Cristo. Essa revelação é sublime (Jo 1.14,18). Não se trata de uma
comunicação através das palavras de um profeta, mas da revelação de Deus por
meio de uma Pessoa santíssima e co-eterna com o Pai (Jo 1.1; 14.9; Hb 1.1-3). O
propósito da revelação especial é conduzir o homem a Deus (Jo 14.6-11). Nela,
encontramos o plano divino para a salvação de todo ser humano.
A revelação especial de Deus foi dada aos homens tanto pelas Escrituras
quanto pelo Verbo de Deus. Estes são os mais completos meios pelos quais Deus
se revelou à humanidade (Mt 22.29; Jo 5.39).
1.3.
A relevância da revelação.
Os professores e escritores Gordon D. Fee e Douglas Stuart assim escreveram
sobre a natureza da Escritura: “Porque a Bíblia é a Palavra de Deus, tem
relevância eterna; fala para toda a humanidade em todas as eras e em todas as
culturas. Porque é a Palavra de Deus, devemos escutar – e obedecer”. O próprio
Senhor Jesus autenticou a revelação escrita de Deus, constante no Antigo
Testamento, como Palavra de Deus (Mt 22.31-32; Mc 10.6; Lc21.22; 24-27, 32),
indicando, assim, que era referencial para o Seu ministério e em assuntos de fé
e conduta de Seus discípulos.
Porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam, e têm
verdadeiramente conhecido que saí de ti, e creram que me enviaste.(João 17:8)
Isso é bom e agradável perante Deus, nosso Salvador,
que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da
verdade.(1 Timóteo 2:3,4)
Sem a fundamentação na comunicação de Deus pela Sua palavra ficamos à
mercê de modismos, percepções humanas, correndo o risco de sermos levados pelos
ventos das invenções da intelectualidade decaída do homem. Como bem disse o Dr.
Martyn Lloyde-Jones: “Ou eu me submeto à autoridade das Escrituras, ou então
estou num Pântano onde não há pé”.(Revista do professor)
Obs.
Nunca se viu tanto modismo entrando na igreja como nos dias atuais, o resultado
são cultos sem mensagem vidas que não são transformadas e pessoas que estão
perdendo o prazer de participar dos cultos, pois alguns se tornaram formais e
longe do projeto de Deus.
2.
A medida da nossa relação com Deus.
A relevância da Palavra de Deus como medida da nossa comunhão com Deus
pode ser atestada em dois textos da Bíblia bastante significativos, por
encontrarem-se nos extremos do Livro Sagrado: Gênesis e Apocalipse.
2.1.
A Palavra de Deus é completa.
Em Gênesis 3 encontramos a investida do inimigo para levar o primeiro
casal a pecar. Ele iniciou justamente com um comentário, tentando distorcer e
levantar dúvidas na mente da mulher quanto ao que Deus disse (Gn 3.1). O
tentador, assim, procurou semear a falsa ideia de que a Palavra de Deus está
sujeita ao julgamento humano. Interessante, agora, notarmos que a última
exortação bíblica se refere à nossa relação com a Palavra de Deus (Ap
22.18-19). Em nossa relação com a Palavra de Deus não há espaço para
produzirmos alterações ou edições, para inserirmos interpolações das nossas próprias
ideias (Dt 4.2; 12.32). Em Gênesis, Eva acrescentou (3.3) e a serpente removeu
(3.4).
CORRIGINDO A MÁ INTERPRETAÇÃO: Existem muitos testes para provar um falso
profeta. Vários deles estão listados na passagem bíblica em questão.
Colocando-os em forma de perguntas, os testes são:
1. Eles sempre entregam falsas profecias? Cem por cento de suas
predições em relação ao futuro não se cumprem? (Dt 18.21,22)
2. Contatam espíritos de mortos? (Dt 18.11)
3. Utilizam meios de adivinhação? (Dt 18.11)
4. Envolvem médiuns ou feiticeiras? (Êx 20.3,4)
5. Seguem a falsos deuses ou ídolos? (Êx 20.3,4; Dt 13.1-3)
6. Negam a divindade de Jesus Cristo? (Cl 2.8,9)
7. Negam a humanidade de Jesus Cristo? (1 Jo 4.1,2)
8. As suas profecias desviam a atenção da pessoa de Jesus Cristo? (Ap
19.10)
9. Defendem a abstenção de certos alimentos e carnes por razões
espirituais? (1 Tm 4.3,4)
10. Criticam ou negam a necessidade do casamento? (1 Tm 4.3)
11. Promovem a imoralidade? (Jd vv.4,7)
12. Encorajam a renúncia pessoal legalista? (Cl 2.16-23)
Uma resposta positiva a qualquer das questões acima é uma indicação de
que o profeta não está falando por parte de Deus. Deus não fala e não encoraja
qualquer coisa que seja contrária ao seu próprio caráter e mandamentos conforme
registrados nas Escrituras. E com absoluta certeza, o Deus da verdade não dá
falsas profecias (Dt 18.21-23) (GEISLER, N. L.; RHODES, R. Respostas às Seitas. RJ: 1.ed.
CPAD, 2000, pp.65-6).
A Bíblia afiança que Deus fala através da consciência do indivíduo (Rm
2.14,15). O próprio fato de que as pessoas, em todos os lugares, possuem uma
consciência, uma idéia de certo e errado que se coaduna com a Bíblia,
mostra-nos que há uma autoridade acima de cada indivíduo e das circunstâncias.
Até aqueles que rejeitaram a Bíblia retêm a consciência, embora esta opere à
base daquilo em quem se acredita ser o certo e o errado".
(MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas Bíblicas: os Fundamentos da Nossa Fé. RJ: CPAD,
2005, pp.17,18.)
Evidente que nossa relação com as Escrituras deve ir além do
conhecimento meramente intelectual. É preciso acrescentar fé e um coração
humilde e sincero. Um exemplo desta situação encontramos no diálogo dos
saduceus (um dos partidos no tempo de Jesus que dominava a vida política dos
judeus) com Jesus, acerca da ressurreição. Eles imaginavam que a crença na
ressurreição se limitava à vida terrena. Eles tinham o Pentateuco, criam que
era inspirado por Deus e até citaram a Escritura para Jesus (Dt 25.5-6). Porém,
ao iniciar Sua resposta, Jesus diz que o erro deles era resultado de não
conhecerem as Escrituras e nem o poder de Deus (Mt 22.29). Howard Hendricks,
professor de Bíblia e Hermenêutica, escritor e pastor, escreveu: “Muitos de nós
queremos uma palavra de Deus, mas não queremos a Palavra de Deus. Sabemos o
bastante para possuirmos uma Bíblia, mas não o bastante para deixarmos que ela
nos possua”.(Revista do professor)
2.2.
Jesus Cristo é a Palavra.
A Palavra de Deus precisa fazer parte da nossa relação com Deus. Certa
ocasião muitos judeus creram em Jesus. Então, quando manifestaram esta crença,
o Senhor Jesus falou sobre a necessidade de eles permanecerem na Palavra de
Jesus e de serem libertos (Jo 8.30-32). Porém, apesar de anteriormente terem
crido nEle, não aceitaram a Palavra dEle. Jesus disse que a Palavra tinha que
entrar neles (Jo 8.37). O Senhor Jesus falou que eles examinavam as Escrituras
porque criam que nelas teriam a vida eterna, no entanto continuavam sem vida
por terem rejeitado Aquele do qual as Escrituras testificavam (Jo 5.38-40).
Em um caso os judeus creram em Jesus, mas não creram nas Palavras de
Jesus. Em outra situação os judeus creram nas Escrituras, mas não creram em
Jesus. Dependemos da Palavra de Deus e do Espírito Santo para nos guiar em
nossa comunhão com Deus. É preocupante quando uma pessoa diz ser discípulo de
Jesus e não se interessa em ler, ouvir, meditar e aprender a Palavra de Deus. O
que está guiando essa pessoa em sua relação com Deus? Seus pensamentos,
intuições ou sentimentos?(revista do professor)
Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós,
pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.(João 15:7)
2.3.
A ação da Palavra no discípulo.
Jesus Cristo afirmou que aquele que tem comunhão com Deus escuta (ouve
com atenção; valoriza; procura obedecer) as palavras de Deus (Jo 8.47). O
apóstolo Paulo atestou que os efésios estavam em Cristo, pois antes eles tinham
conhecido a palavra da verdade, ou seja, o Evangelho da salvação que lhes foi
anunciado (Ef 1.13). A própria fé em Cristo para salvação é produzida a partir
da Palavra de Deus (Rm 10.14-17). Interessante que Paulo cita uma profecia de
Isaías para argumentar que alguns não são salvos não por desconhecerem a
Palavra de Deus, mas por não acolherem a Palavra (Rm 10.16-19).
Enxertai-vos da Palavra (Tg1.21).
A Palavra de Deus é o guia maior do crente. E para que a Palavra atinja
efetivamente o coração do servo de Deus, este precisa acolhê-la com pureza e
sinceridade. Isto é, firmar uma posição radical rejeitando toda a imundícia e a
malícia mundana (Tg1.19); recebendo o Evangelho com mansidão e sobriedade. Leia
os Evangelhos! Persiga em conhecer a mensagem divina de Cristo Jesus, mas,
igualmente, abra o coração para ouvir a voz do Senhor.
Por isso, rejeitando toda a imundícia e superfluidade de malícia,
recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar as vossas
almas.(Tiago 1:21)
A reação às boas novas determina como será a comunhão com Deus. Assim
escreveu John Stott acerca da importância da Bíblia: “Deus não nos deixou
tateando às cegas na escuridão, mas deu-nos uma luz para indicar o caminho. Ele
não nos abandonou debatendo-nos em mares revoltos; a Escritura é uma rocha na
qual encontramos chão e firmeza. Nossa resolução deveria ser estudá-la, crer
nela e obedecê-la”. (Revista do professor)
3.
Atitudes para com a Palavra de Deus.
Jesus Cristo, em seus últimos momentos com Seus discípulos, antes da
crucificação, já preparando os Seus discípulos quanto ao Seu retorno ao céu,
admoesta-os quanto à necessidade de integrar conhecimento e prática (Jo 13.17).
Não é apenas conhecimento. Não é apenas ouvir (Tg 1.22). Interessante neste
texto da epístola de Tiago que o praticante e o não praticante ouviram a
Palavra de Deus. No entanto, o que ouve e não pratica está enganando e iludindo
a si próprio.
Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.(João 13:17)
3.1.
Conhecer e praticar.
Jesus relatou acerca de dois homens que ouviram as Suas palavras. Cada
um construiu uma casa, sendo que um edificou sobre a rocha e outro edificou
sobre a areia. Vindo a chuva, os ventos e o combate das águas contra as casas,
a que estava sobre a rocha permaneceu e a que estava sobre a areia caiu. O
Senhor fez então a comparação: quem ouve e pratica, edifica sobre a rocha;
aquele que ouve e não pratica, edifica sobre a areia (Mt 7.24-25). O Pr Emerson
da Silva, comentando acerca da obediência proposital à Palavra de Deus,
escreveu: “Todo obediente ouve a Palavra, mas nem todo ouvinte obedece”.
Praticai
a Palavra (vv.22-24). O escritor
sacro não tem interesse em que o leitor da epístola apenas acolha a Palavra no
coração, antes deseja que o crente a pratique (v.22). Não pode haver
incoerência entre o que se “diz” e o que se “faz” para quem é discípulo de
Jesus. Se amar a Deus e ao próximo são os maiores dos mandamentos, então,
devemos porfiar em vivê-los. Quem acolhe a Palavra rejeita tudo o que é imundo,
maligno, perverso, injusto, dissimulado, insincero. Não apenas isso, mas
igualmente abre a porta do coração para “tudo o que é verdadeiro, tudo o que é
honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que
é de boa fama” (Fp 4.8). Do contrário, seremos identificados com o homem que
contempla a própria imagem no espelho e depois se retira esquecendo-se
completamente dela. Há pessoas que olham para o Evangelho e ouvem, mas sem memória
e perseverança, não dão nenhuma resposta ou sequência ao chamado de Jesus
Cristo (vv.23,24). Deus nos livre desse engodo!
3.2.
Disposição em praticar.
Se declaramos e cremos que a Palavra de Deus é a verdade e a revelação
da vontade de Deus para nós, então a disposição em praticá-la deve preceder o
conhecimento da mesma. Ou seja, o discípulo de Cristo precisa ir à Palavra com
fé e disposição de obedecê-la. Encontramos esse princípio no Antigo Testamento,
quando Deus falou por intermédio do profeta Isaías que o povo se aproximava
dEle apenas com palavras, mas sem atitude e com o coração distante (Is
29.10-13). No Novo Testamento, quando estava falando com os judeus que
questionavam a validade de Seus ensinamentos, Jesus respondeu dizendo que
aquele que estivesse disposto a cumprir a vontade de Deus, iria saber ou
conhecer acerca da doutrina de Deus (Jo 7.17).
É preciso “desejar fazer”. É um verbo que no grego indica “ação
continuada ou repetida”. Há pessoas que decidem não cumprir a Palavra, mas,
sim, o que imaginam ser melhor para elas. Ou seja, não estão dispostas a
submeter seus planos e projetos ao crivo da Palavra. Procuram a Palavra apenas
para buscar respaldo para suas atitudes independentes. Porém, há um alerta
bíblico de que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal
(2Pe 1.20). Um exemplo de decidir antes de conhecer o que diz a Palavra de Deus
é Ismael e o povo que estava com ele no tempo de Jeremias, após a invasão e
destruição de Jerusalém pela Babilônia (Jr 41.17; 42.1-6; 43.2-4). Eles foram
ao profeta Jeremias para conhecer a Palavra de Deus acerca do caminho que
deveriam seguir. Porém, quando a mensagem de Deus foi contrário à decisão que
já haviam tomado (Jr 41.17), rejeitaram a Palavra de Deus.
Um
outro exemplo é o jovem rico que conhecia os mandamentos, mas não estava disposto
a praticá-los:
Disse-lhe o jovem: Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade; que
me falta ainda?
Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e
dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me.
E o jovem, ouvindo esta palavra, retirou-se triste, porque possuía
muitas propriedades.(Mateus 19:20-22)
3.3.
Conhecimento, decisão e atitude.
O apóstolo Paulo afirma que “vira tempo” em que as pessoas não valorizar
o verdadeiro ensinamento da Palavra de Deus, mas procurarão ouvir aquilo que
está de acordo com seus pensamentos, suas vontades e conclusões pessoais (2Tm
4.3-4). Será que estamos vivendo este tempo? O discípulo de Cristo não deve
buscar nas Escrituras apoio para sua decisão, mas busca-la para decidir e agir
a partir do que Deus revelou em Sua Palavra (Sl 119.9, 11, 105). Também é
possível decidir e agir, e, somente depois, procurar conhecer a vontade de Deus
(1Cr 13.12).
Certa ocasião, o rei Davi perguntou como ele deveria conduzir a arca de
Deus até Jerusalém (1Cr 13.12). Porém, ele somente buscou conhecer a maneira
correta, após tentar agir fora das orientações de Deus e ter como resultado o
fracasso, como registrado no mesmo capítulo. Mas, também, é um exemplo de
arrependimento e humildade. Pois, tendo fracassado, não se afastou do Senhor,
mas procurou, na palavra de Deus, as diretrizes para conduzir a arca. Ele
reconheceu que é preciso decidir e agir a partir da Palavra de Deus para ser
bem-sucedido.(Revista do professor)
CONCLUSÃO
Que Deus nos conceda a bênção de sermos cheios do conhecimento da Sua vontade, com sabedoria e inteligência espiritual, a fim de que tenhamos um viver digno, agradando ao Senhor, sendo frutíferos e crescendo no conhecimento do Senhor, conforme exposto em Jeremias 9.24.
CONCLUSÃO
Que Deus nos conceda a bênção de sermos cheios do conhecimento da Sua vontade, com sabedoria e inteligência espiritual, a fim de que tenhamos um viver digno, agradando ao Senhor, sendo frutíferos e crescendo no conhecimento do Senhor, conforme exposto em Jeremias 9.24.
Bibliografia
[1] Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD - ARC
Biblia de estudo pentecostal, Almeida revista e corrigida, Rio de Janeiro, CPAD
Bíblia do Culto - Editora Betel
Revista EBD Betel Dominical Professor - 2 trimestre 2018, ano 28, número 107 - Editora Betel
Biblia de estudo pentecostal, Almeida revista e corrigida, Rio de Janeiro, CPAD
Bíblia do Culto - Editora Betel
Revista EBD Betel Dominical Professor - 2 trimestre 2018, ano 28, número 107 - Editora Betel
PAE - Plano de Aula Expositiva - Auxílio EBD - http://editorabetel.com.br/auxilio/beteldominical/
[
Estimado Professor, segue abaixo o material de apoio para nossos estudos !
Olá professor, infelizmente muitos estão prontos para ouvir, frequentam os cultos e as escolas bíblicas, todavia não colocam em prática o que ouvem, a frase "escuta por um ouvido e sai pelo outro" retrata o ato de uma pessoa "ignorar o que está ouvindo". Imagine você aconselhando uma pessoa dentro da Palavra de Deus, mostrando que ela está errada, e prontamente esta pessoa reconhece seu conselho, passado alguns dias, essa pessoa volta a praticar o mesmo erro.
Pior é quando uma pessoa ensina ou prega nos púlpitos, todavia não vive na prática ou no dia-a-dia o que ensina e prega. Como professores temos que tomar cuidado nesta questão, muitas pessoas estão olhando para nossa vida, fazendo este comparativo. Pense Nisso ! Como professor você já fez um balanço entre seus discursos e suas ações ? E qual foi o resultado.
“E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganado-vos com falsos discursos” (Tiago 1:22).
“E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganado-vos com falsos discursos” (Tiago 1:22).
É importante ouvir o que a Palavra de Deus diz, mas é muito mais importante obedecê-la, e fazer o que ela diz. Podemos avaliar a eficácia do nosso tempo de estudo bíblico pelo efeito que a Bíblia provoca em nosso comportamento e em nossas atitudes. Você coloca em ação aquilo que estudou ?
(Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - ARC - CPAD - Pág.1465)
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