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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Lição 9 - Não Furtarás: Estabelecendo um Princípio Moral e Ético essencial para a Convivência Social

 

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Lei 9.610/98 (Direitos Autorais)

Nosso subsídio (comentário da lição) não é o mesmo conteúdo da revista Betel Dominical Adultos, é apenas um texto de auxílio complementar referente aos tópicos e subtópicos da lição. 

Introdução  

O texto de referência :    

Êxodo 22.1-3
1 - Se alguém furtar boi ou ovelha e o degolar ou vender, por um boi pagará cinco bois, e pela ovelha, quatro ovelhas.
2 - Se o ladrão for achado a minar, e for ferido, e morrer, o que o feriu não será culpado do sangue.
3 - Se o sol houver saído sobre ele, será culpado do sangue. O ladrão fará restituição total; e, se não tiver com que pagar, será vendido por seu futuro.

Efésios 4.28
28 - Aquele que furtava, não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade.

Não Furtarás (Êx 20.15; Dt 5.19)
Pr. Davi Cabral: Todo o roubo é crime perante a lei e pecado perante Deus. Não furtar quer dizer: não possuir, não guardar para si coisa alguma que não lhe pertença. Este mandamento estabelece o respeito que se deve ter pelo patrimônio alheio. Nem um simples furto, ou um gesto de esperteza para ludibriar o irmão, passará desapercebido a Deus, cujos olhos procuram os fiéis da terra (Sl 101.6). [7]

1 - Compreendendo o Oitavo Mandamento
O oitavo mandamento diz respeito à proteção da propriedade e abrange grande número de modalidades de furto sobre os quais o cristão precisa vigiar para não cair nas ciladas do Diabo. O oitavo mandamento diz respeito não apenas ao roubo ou furto, mas a qualquer negócio ilícito que venha prejudicar o próximo [8]

1.1 - O Significado do Mandamento

Esequias Soares: O oitavo mandamento é o terceiro da série de proibição absoluta expresso com duas palavras e fala basicamente sobre dinheiro e bens, trabalho e negócios. Não pode haver paz numa sociedade se não houver respeito mútuo pela propriedade. Todo ser humano tem o direito de possuir bens e propriedades e, tendo conseguido as coisas de maneira lícita, ninguém tem o direito de privá-lo de suas conquistas.
Numa leitura superficial, parece tratar-se apenas de proibição de simples furto da aquisição ilegítima de propriedades ou possessões de outras pessoas ou grupos. Mas o mandamento vai muito além disso. Diz respeito a qualquer negócio com vantagem ilícita e que deixe o outro no prejuízo (Lv 6.2; 19.11,13). Estende-se ainda à provisão de emprego para que todos possam ganhar seu sustento de maneira digna e honrada, e isso envolve justiça social (Pv 14.34). Este é o grande desafio dos governantes no mundo inteiro [8]

Definição de Furto
Furto é um crime que consiste em se apropriar ilegalmente de bens alheios sem o uso de violência ou ameaça. O ato é cometido de forma discreta (reservada, secreta, sem chamar a atenção, que não dá na vista, evitando a interação com a vítima). 

A pena para o crime de furto é de reclusão de 1 a 4 anos, e multa de acordo com o artigo 155 do código penal. No âmbito jurídico existe modalidades na ação criminosa do Furto, a saber :
Furto Simples: Exemplos: quando alguém leva um celular que está acima de uma mesa enquanto a pessoa está distraída, furtar carteiras em locais movimentados, se apropriar de objetos deixados em veículos destrancados.
Furto Qualificado: Exemplo, quando o infrator abusa de uma relação de confiança, como quando um empregado subtrai bens do patrão.

No Novo Testamento a palavra 'Furto' do grego 'nosphizomai' aparece em Tito 2.10 quando Paulo ensina que o cristão não deve 'furtar', 'roubar', 'desapossar', 'apropriar' ou ainda 'defraudar' alguém mas deve andar praticando a lealdade. Esse mesmo verbo grego 'nosphizomai' aparece em Atos 5.2,3 quando Ananias se apropriou-se de uma parte da venda de uma propriedade.                                       

Definição de Roubo
Roubo se trata de subtrair, tirar algum bem alheio mediante uso de violência ou grave ameaça à vítima. Roubo e Assalto é o mesmo ato criminoso, 'Roubo' é um termo jurídico e 'Assalto' é uma expressão popular. Se diz Assalto a mão armada quando a vitima é intimada a entregar seus bens mediante ameaça de uma arma.

A pena para o crime de roubo é de 4 a 10 anos de reclusão e multa, de acordo com o artigo 157 do Código Penal. Se a violência resultar em lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7 a 18 anos. Se a violência resultar em morte (Latrocínio ou seja combinação de roubo e homicídio) a reclusão é de 20 a 30 anos.

1.2 - O Contexto Terreno e Espiritual do Mandamento

Contexto Terreno do oitavo Mandamento
Esequias Soares: O propósito do mandamento 'Não Furtarás' (Êx 20.15; Dt 5.19) é a proteção e o respeito pelos bens alheios e pelo próximo. Vinculado a este mandamento está o trabalho como recurso para que cada um possa obter o sustento de sua família de maneira digna (Ef 4.28). A legislação é dada a Israel numa estrutura hipotética utilizando-se de suposições, um estilo de fácil compreensão (Êx 22.1-15). A desonestidade em todas as suas modalidades é um câncer na sociedade, um mal que precisa se erradicado [8]

No Contexto Terreno, tudo o que conseguimos com a força do nosso trabalho honesto, produzido por nossas mãos e habilidades afirmamos ser nosso, tendo o direito de usá-lo ou descartá-lo, como quisermos, de tal forma que nenhuma outra pessoa tem o direito de tirá-lo de nós ou de determinar como devemos empregá-lo.

Contexto Espiritual do oitavo Mandamento
"Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam" (Sl 24.1)
No Contexto Espiritual, O mundo inteiro e tudo o que nela há pertence a Deus, é propriedade de Deus, Albert Barnes ressalta que Deus no sentido mais alto possível, tem direito à terra e a tudo o que produz, como sendo tudo isso a criação de Suas mãos e o fruto de sua cultura e habilidade. Ele tem o direito de dispor dela como quiser; pelo fogo, inundação ou tempestade; e Ele tem o mesmo direito de dirigir o homem de sua maneira. Ele empregará a porção das produções da terra que lhe podem ser confiadas. Todo o direito que qualquer pessoa tem a qualquer parte da superfície da terra, ou ao que é estimado na terra, ou ao que é feito para produzir , está subordinado às reivindicações de Deus, e tudo deve ser entregue à Sua vontade" [5] Quando uma pessoa viola o Oitavo Mandamento de Deus está afrontando ao Deus Criador, pois Ele, como dono de tudo, deixou seu mandamento como uma proibição formal, deixando claro como é que as coisas devem funcionar aqui na Terra.
  
1.3 - O Mandamento em Nossos Dias
Vivemos em um mundo onde a maioria das pessoas procuram sempre levar vantagem em tudo, e esse mandamento é uma proibição formal contra toda e qualquer pratica de furto e roubo, incluindo aqui, qualquer tipo de negócio que venha causar prejuízo ou perda ao próximo.
As pessoas que fazem uso do engano, agindo com desonestidade nos negócios estão desobedecendo ao Oitavo Mandamento; infelizmente muitos vivem neste mundo violando o Oitavo Mandamento sem perceber, sem atentar para a gravidade, como se fosse algo natural da vida, daí o fato de Lutero mencionar: "Se olharmos para a humanidade em todas as suas condições, não há nada mais que um vasto e amplo estábulo cheio de ladrões fabulosos".  É bem possível que muitos ladrões fabulosos que agem dentro da legalidade mas não da moralidade ou da ética não saiba que é um verdadeiro ladrão e terá um dia que se ajustar com Deus, aqui se enquadra lideres religiosos que se tornaram milionários a custa do evangelho. A ganância cega o entendimento e obscurece o sentido da vida.
A ganância pode ser alimentada por mentiras e corrupção, e pode fazer com que as pessoas esqueçam o bem comum. Quando o poder e o dinheiro são colocados em primeiro lugar, valores eternos podem ser enterrados.

Comentário Bíblico Beacon
Também passa a ser roubo o ato de tirar vantagens de outrem na vida de propriedades ou produtos, ou na administração de transações comerciais. É impróprio pagar salários mais baixos do que devem receber por direito. O amor ao dinheiro é o pecado básico condenado por este mandamento. A obediência é perfeita somente com um coração puro [10]

2 - O outro Lado do Mandamento
O Oitavo mandamento além de proibir formalmente toda e qualquer forma de furto e desrespeito pela propriedade alheia, nos ensina a viver em honestidade e a praticar a mordomia cristã.

2.1 - Cuidar da Providência Divina
"E disse o Senhor: Qual é, pois o mordomo fiel e prudente, a quem o Senhor pôs sobre seus servos, para lhes dar a tempo a ração? Bem-aventurado aquele servo a quem o Senhor, quando vier, achar fazendo assim" (Lc 12.42,43)
Elinaldo Renovato: Deus nos confiou a mordomia dos bens materiais e espirituais; por isso, sejamos vigilantes e zelosos, porque, em breve, Ele nos chamará a prestar contas de tudo quanto recebemos [11]
Somos mordomos de Deus, incumbidos de administrar tudo que Deus nos dá, tanto na esfera material como na esfera espiritual e daremos conta ao Senhor sobre o que recebemos dEle. 

A Mordomia dos Bens Materiais
Elinaldo Renovato: Na mordomia dos bens materiais, o cristão deve trabalhar honestamente para garantir sua sobrevivência financeira. Deus não demoniza a riqueza nem diviniza a pobreza. O cristão não deve recorrer aos meios ou práticas ilícitas de ganhar dinheiro (Pv 28.20). A Bíblia mostra que a avareza é a idolatria ao dinheiro, ou seja, um compulsão para enriquecer a qualquer custo. Portanto, a mordomia dos bens do cristão envolve as finanças, as riquezas e contribuição para a igreja [11]

A Mordomia Espiritual do Cristão
Elinaldo Renovato: A Mordomia Espiritual do cristão envolve a prática do amor e o exercício da fé. [11]

Prática do Amor
Jesus ensinou que de dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas (Mt 22.37-40) , a saber :
(1) "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento" 
(2) "Amarás o teu próximo como a ti mesmo"  
      (Quem ama seu próximo não rouba)

Exercício da Fé
Elinaldo Renovato: A fé cristã é o deposito espiritual acumulado durante toda a vida do crente. Fé é o nosso patrimônio espiritual, de valor e virtudes inestimáveis. O crente foi estimulado a guardar a Fé para não perder a 'coroa' (Ap 3.11). A palavra Fé (no grego pistis) traz a ideia de confiança que depositamos em todas as providências de Deus (Hb 11.1) [11]
       
2.2 - O Amor a Deus e ao Próximo
A Palavra "Mordomo" tanto no Antigo como no Novo Testamento corresponde a função de "Administrador". Somos mordomos de Deus na administração dos bens espirituais e materiais no aspecto individual e coletivo do ser humano e nas intenções de nosso Deus.
O oitavo mandamento quer assegurar o amor ao próximo, o bom relacionamento horizontal na forma de proteção, cuidado ao próximo.

2.3 - Trabalhando com Labor

Trabalho é uma Bênção
Elinaldo Renovato: No Jardim do Edén, Deus pôs o homem para trabalhar, mesmo antes da queda (Gn 1.26-28; 2.15). A Bíblia está cheia  de ensinamentos sobre o trabalho (Êx 34.21; 2Ts 3.10). O trabalho realiza o ser humano. O que pode, às vezes, fazer disso um tédio são os baixo salários, as péssimas condições de trabalho e a opressão dos maus patrões (Tg 5.4-6), mas o trabalho em si é gratificante (Ec 3.22). O patrão deve ter o cuidado para não atrasar o pagamento de seus empregados (Lv 19.13) e estes devem ser honestos naquilo que fazem e dizem (Cl 3.22-25) [11]

Os Bens Materiais
Elinaldo Renovato: Jesus renunciou à riqueza (2Co 8.9; Fp 2.6,7) e, pelo que parece, esperava o mesmo dos discípulos (Lc 9.3; 10.4; 14.33). Além disso, Jesus mandou que o moço rico desse seus bens aos pobres (Mt 19.21), mas não exigiu isso de Zaqueu, que se prontificou livremente em doar metade de seus bens aos pobres (Lc 19.8). Não é requerido voto de pobreza para ser cristão, mas a riqueza pode ser um tropeço na vida cristã (Mt 13.22). A fé cristã não condena os bens materiais, desde que adquiridos com honestidade. É o amor ao dinheiro, e não o dinheiro em si, a raiz de toda a espécie de males (1Tm 6.9,10) [11]

Trabalho no Novo Testamento
Elinaldo Renovato: O oitavo mandamento é reafirmado diversas vezes no Novo Testamento (Mt 15.10; Rm 2.21; 13.9; 1Pe 4.15), mas adaptado à graça, pois as sanções previstas no sistema mosaico (Êx 22.1-8); não parece na Nova Aliança. O Senhor Jesus disse: "Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também" (Jo 5.17). O apóstolo Paulo encoraja o trabalho não somente para o sustento da família (1Tm 5.8), mas também para que cada um contribua para suprir a necessidade do próximo (veja 2 Coríntios nos capítulos 8 e 9) [11]

3 - O Furto, a Escravidão e a Esperança

3.1 - Por que as Pessoas Roubam ?
Professor, utilize este tópico para um interação entre os alunos:
Por que as pessoas roubam ? Ouça-os e faça suas considerações.

As pessoas roubam devido a natureza pecaminosa, ou seja, roubam por ter uma vida dominada pelo pecado através das obras da carne, pelo egoísmo, cobiça e inveja, conforme relacionado pelo apóstolo Paulo em Gálatas 5.19-21.
Quem é salvo por Jesus tem uma nova vida não dedicada ao pecado, pois agora produz o fruto do Espírito que é: Amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança (Gl 5.22). 

Para a psiquiatria, existem casos de pessoas que roubam por ter um transtorno psiquiátrico denominado Cleptomania, que é pouco compreendido, ao qual a pessoa tem um desejo incontrolável de roubar objetos, mesmo que não tenha utilidade ou valor monetário. Estima-se que 0,3% da população sofra de cleptomania, segundo a psiquiatria, não se trata de desvio de caráter, mas um transtorno real que causa vergonha à pessoa que sofre com ele, o que pode dificultar a busca por ajuda.

Para o Pr. Beto Assis, o diabo tem inventado nomes de doenças para por nos pecados das pessoas para que os pecadores não se arrependam dos pecados cometidos e não sejam salvos. O Roubo virou Cleptomania, se a pessoa aceita um determinado pecado como doença ela vai morrer no pecado.

3.2 - Quem Roubar é Escravo do Diabo
É interessante que o ser humano já nasce sabendo que é errado roubar, matar e adulterar sem que aja qualquer contato com a lei mosaica ou com ensinamentos de outra pessoa, já vem no instinto, ou seja, assim como a pessoa pratica inconscientemente atos adequados a sua sobrevivência, ela sabe que o ato de roubar ou furtar é pecado. O instinto é uma parte do nosso comportamento que não é fruto do nosso aprendizado, já vem impregnado ou influenciado no interior do ser humano.
De grosso modo, quando a pessoa viola o Oitavo Mandamento: "Não furtarás" ela está de uma forma direta sendo influenciada e escravizada pelo Diabo, mas há quem considera o posicionamento da psiquiatria, e acredita que algumas pessoas roubam por ter Cleptomania.
       
3.3 - Nem Tudo está Perdido
Quem rouba precisa passar por arrependimento e libertação do pecado, através de um novo nascimento em Cristo Jesus, como ocorreu com Zaqueu ( Lc 19.8) e o ladrão da Cruz.
Para quem considera os raros casos de pessoas com Cleptomania, segundo a psiquiatria, a pessoa deve ser tratada por terapias e  medicamentos.  
Jesus pode libertar a pessoa do habito de furtar independente de sua causa, Jesus pode libertar tanto o que rouba por perversidade ou por ser cleptomaníaco. Eu creio ! (Veja testemunho abaixo)

Testemunho de um ex-ladrão 
Minha mania era roubar nas lojas. Várias vezes me apanharam. No princípio bastou pagar algumas multas. Mas como continuava roubando, tive de ir para a prisão. Perdi meu emprego e quase a vontade de viver. No fundo, esperava que o temor de outros castigos ou o passar dos anos me dissuadissem de continuar roubando. Porém, depois de ser colocado em liberdade, esse hábito persistiu. Por um lado estava obcecado, por outro, desesperado.
Em meio a tal dilema, fui libertado de meu mau comportamento e de minhas dificuldades. Ouvi a mensagem do Evangelho e respondi "SIM" ao Salvador Jesus Cristo. Hoje estou livre do poder do pecado. Salvo e curado, agradeço ao meu Senhor de todo coração. Quando escrevi à minha mãe contando o que havia acontecido, ela me respondeu: "Estou muito emocionada. Tenho chorado amargamente. Quanta felicidade saber que Jesus, nosso Senhor e Deus, te salvou e fez de você um servo dEle! Agradeço diariamente por isso" [12]


Comentário 
Pr. Éder Tomé

Referências

[1] Bíblia Sagrada (ARC) – Sociedade Bíblica do Brasil - 4° edição - 2009
[2] Bíblia Sagrada King Jones – Atualizada – Fiel aos Originais
[3] Bíblia Sagrada (NTLH) - Linguagem de Hoje
[4] Revista Betel Dominical Adultos - 2T - 2024
[5] versículoscomentados.com.br
[6] Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD
[7] Revista Betel Jovens e Adultos - 3T - 1996 - Pág.12
[8] Revista Lições Bíblicas Adultos - 1T - 2015 - Pág.69-75
[9] Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD - Pág.827
[10] Comentário Bíblico Beacon - CPAD - Pág. 191
[11] Revista Lições Bíblicas Adultos - 3T - 2019 - Pág. 5
[12] https://www.irmaos.com/2818-cleptomania/

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Lição 8 - Não Adulterarás: Uma Obrigação Moral para a Santidade e a Preservação da Família

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Lei 9.610/98 (Direitos Autorais)

Nosso subsídio (comentário da lição) não é o mesmo conteúdo da revista Betel Dominical Adultos, é apenas um texto de auxílio complementar referente aos tópicos e subtópicos da lição. 

Introdução  

O texto de referência :    

Deuteronômio 22.22-24
22 - Quando um homem for achado deitado com mulher casada com marido, então ambos morrerão, o homem que se deitou com a mulher e a mulher; assim tirarás o mal de Israel.
23 - Quando houver moça virgem, desposada com algum homem, e um homem a achar na cidade e se deitar com ela.
24 - Então trareis ambos à porta daquela cidade, e os apedrejareis com pedras, até que morram; a moça, porquanto não gritou na cidade, e o homem, porquanto humilhou a mulher do seu próximo; assim, tirarás o mal do meio de ti.

Sétimo Mandamento - "Não Matarás" (Êx 20.14; Dt 5.18)
Pr. Davi Cabral: O adultério arruina a honra da pessoa, do lar e da família. O mandamento divino objetiva estabelecer um equilíbrio moral na convivência em sociedade. A infidelidade conjugal e o desgaste do casamento têm destruído muitas famílias, mas o lar cristão valoriza os preceitos bíblicos para o seu próprio bem estar (Hb 13.4) [7]

Infelizmente, vivemos em uma sociedade em que muitos já começam a ver a infidelidade conjugal como uma prática normal. Contudo, segundo a Palavra de Deus, o adultério é e continuará sendo pecado. Encontramos tanto no Antigo Testamento quanto no Novo, sérias advertências contra a infidelidade conjugal (Êx 20.14; Dt 5.18; Rm 13.9; Gl 5.19). A princípio, a quebra do sétimo mandamento pode parecer doce e até prazerosa, mas o seu fim é amargoso como o absinto (Pv 5.4). Com a infidelidade vem a disfunção familiar. A disfunção é perigosa, é destrutiva para toda a família, para a igreja do Senhor e para a sociedade de um modo geral. [8]


1 - Aspectos do Sétimo Mandamento
Pr. Elinaldo Renovato: O Sétimo Mandamento: Não Adulterarás (Êx 20.14; Dt 5.18) visava valorizar e proteger a família e o casamento, livrando-o dos males funestos e destruidores da infidelidade conjugal, bem como defender a pureza sexual. [9]
Pr. Esequias Soares: O Sétimo mandamento condena o adultério e a impureza sexual com o objetivo de proteger a família. A Bíblia não condena o sexo; a santidade dele é inquestionável dentro do padrão divino, mas sua prática ilícita tem sido um dos maiores problemas do ser humano ao longo dos séculos. O sétimo mandamento é tratado de uma maneira na lei, e de outra na graça. Um olhar no episódio da mulher adúltera (Jo 8.1-11) mostra que tal preceito foi resgatado pela graça e adaptado a ela, e não à lei. [8]

1.1 - Uma Definição de Adultério

O que é Adultério ?
Pr. Esequias Soares: É traição e falsidade. É a quebra de uma aliança assumida pelo casal diante de Deus e da sociedade, uma infidelidade que destrói a harmonia no lar e desestabiliza a família. A tradição judaico-cristã leva o assunto a sério e considera o adultério um pecado grave. Trata-se de uma loucura que compromete a honra e a reputação de qualquer pessoa, independentemente  de sua confissão religiosa ou status social (Jr 29.23; Pv 6.32,33). [8]

No Dicionário Bíblico Wycliffe, encontramos a observação de que na Bíblia, o termo adultério é muitas vezes utilizado como uma metáfora para representar a idolatria ou apostasia da nação e do povo comprometido com Deus. Exemplos disso podem ser encontrados em Jeremias 3.8-9; Ezequiel 23.26,43; Oséias 2.2-13.

1.2 - A Natureza do Mandamento
Quando um casal era pego em adultério, ambos eram condenados à morte, e morte por apedrejamento: "Também o homem que adulterar com a mulher do outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera" (Lv 20.10).
Se um homem tivesse relação sexual com uma jovem solteira, não eram condenados à morte. A pena era menos rigorosa, mas o homem tinha de se casar com a mulher, pagar uma indenização por danos morais ao pai da jovem e nunca mais se divorciar dela: "Quando  um homem achar uma moça virgem, que não for noiva, e pegar nela e se deitar com ela e forem apanhados, então o homem que se deitou com ela dará ao pai da moça cinquenta siclos de prata; porquanto a humilhou, lhe será por mulher; não a poderá despedir em todos os seus dias" (Dt 22.28-19)
Hoje, o sexo antes do casamento, entre os jovens cristãos é um pecado que requer aplicação de disciplina da Igreja, mas nem sempre o casamento é a solução.
O Senhor Jesus estendeu a culpa pelo adultério da mesma forma como fez para outros mandamentos, incluindo o propósito ou o desejo de cometê-lo ao próprio ato em si (Mt 5.28). Tecnicamente, o adultério se distingue da fornicação, que é a relação sexual entre pessoas que não são casadas. Entretanto, a palavra grega PORNEIA, uniformemente traduzida como 'fornicação', inclui toda lascívia e irregularidade sexual. [10]
  
1.3 - A Punição do Mandamento
Pr. Esequias Soares: A Lei foi promulgada numa sociedade patriarcal que permitia a poligamia. Nesse contexto social, o adultério na Lei de Moisés consistia no fato de um homem se deitar com uma mulher casada com outro homem, independentemente de ser ele casado ou solteiro. Os infratores da lei deviam ser mortos, tanto o homem quanto a mulher (Dt 22.22; Lv 20.10). [8]

2 - A Abordagem de Jesus acerca do Adultério

2.1 - O Adultério não acontece por acaso

O Sétimo Mandamentos nos Evangelhos
Pr. Esequias Soares: O Senhor Jesus reiterou o que Deus disse no princípio da criação sobre o casamento, que se trata de uma instituição divina, uma união estabelecida pelo próprio Deus (Mt 19.4-6). Ele também se referiu ao tema do sétimo mandamento de maneira direta e indireta. Direta ao fazer uso das palavras "não adulterarás" ou "não cometerás adultério" no Sermão do Monte (Mt 5.27), na questão do moço rico (Mt 19.18) e nas passagens paralelas (Mc 10.19; Lc 18.20). Indireta quando fala acerca do divórcio, tema pertinente ao sétimo mandamento (Mt 19.9; Mc 10.11,12). [8]

O Adultério procedem do Coração Humano
Pr. Esequias Soares: Mais uma vez Jesus corrige o pensamento equivocado das autoridades religiosas de Israel. Os escribas e fariseus haviam reduzido o sétimo mandamento ao próprio ato físico, pois desconheciam o espírito da lei, apegavam-se à letra dela (2Co 3.6). Assim, como é possível cometer assassinato com a cólera ou palavras insultuosas, sem o ato físico (Mt 5.21,22), da mesma forma é possível também cometer adultério só no pensamento (Mt 5.27,28).  Há diferença entre olhar e cobiçar. O pecado é o olhar concupiscente. O sexo é santo aos olhos de Deus, desde que dentro do casamento, nunca fora dele. O livro de Cantares de Salomão mostra que o sexo não é apenas para procriação, mas para o prazer e a felicidade dos seres humanos. Jesus não está questionando o sexo, mas combatendo a impureza sexual e o sexo ilícito, a prostituição. O Senhor Jesus disse que os adultérios procedem do coração humano (Mt 15.19). [8]

Pr. Elinaldo Renovato: 
No Antigo Testamento. "Ouviste o que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério" (Mt 5.27). O adultério só era realmente condenado se ocorresse a conjução carnal.
No Novo Testamento: "Eu porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela" (Mt 5.18). A exigência agora é muito maior, porque parte dos motivos, e não apenas do ato. Cristo não apenas condena o ato, mas os pensamentos impuros, as fantasias sexuais, envolvendo uma pessoa que não é o cônjuge do transgressor. É condenado o "adultério mental". O décimo mandamento abrange esse pecado (Êx 20.17 e Dt 5.21). [9]
       
2.2 - A Unidade do Casamento
"Por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e serão dois numa carne. Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja. Assim também vós, cada um em particular ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido" (Ef 5.31-33)
A união entre marido e esposa funde duas pessoas de tal forma que é difícil algo afetar um dos dois sem afetar também o outro. A unidade do casamento não significa perder sua personalidade em meio à personalidade de outra pessoa. Antes, significa cuidar do seu cônjuge como você cuida de si mesmo, aprender a antecipar necessidades, ajudar a outra pessoa a se tornar tudo aquilo que ela pode ser. A história da criação fala sobre o plano de Deus no qual marido e mulher se tornam uma só carne (Gn 2.24), e Jesus também se referiu a este plano (Mt 19.4-6) [6]

2.3 - Zelando pelo Matrimônio
A união sexual do casal fortalece a comunhão espiritual e fecha as brechas, a fidelidade conjugal são consequências do casal que procura seguir os preceitos bíblicos no seu Matrimônio.
Pr. Natalino das Neves: No casamento, mesmo entre duas pessoas crentes, a convivência no dia a dia não é nada fácil, pois são duas pessoas diferentes. Mas, com a ajuda do Senhor, com a oração e diálogo, as dificuldades são vencidas. Por isso, no período de namoro e casamento, o casal deve orar juntos e não permitir que nada venha impedir o diálogo, que é imprescindível para manter a saúde do relacionamento. [11]

Vamos ler o texto de 1 Coríntios 7.3-5, abaixo :
3 - O Marido pague à mulher a devida benevolência e da mesma sorte a mulher ao marido.
4 - A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher.
5 - Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes ao jejum e à oração; depois ajuntais-vos outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência.
As tentações sexuais são difíceis de resistir porque apelam para os desejos normais e naturais que Deus nos deu. O casamento fornece o caminho de Deus para satisfazer estes desejos sexuais naturais e fortalecer os cônjuges contra as tentações. Os cônjuges têm a responsabilidade de cuidar um do outro; portanto, o marido e a esposa não devem abster-se sexualmente um do outro, mas satisfazer as necessidades e os desejos mútuos [6]
 
3 - O Objetivo do Mandamento

3.1 - Guardar a Santidade do Casamento
Deus espera de todos que se unem em casamento, uma vida de fidelidade e santidade, pois essa é a base de sustentação da vida familiar. Todos casais devem estar atentos a tudo que possa desestabilizar a união, devem fechar as brechas que possam surgir.
Pr. Natalino das Neves: A advertência bíblica contra o adultério vai além do relacionamento extraconjugal, pois trata de uma proibição de toda a forma de prostituição, toda concupiscência, pensamentos impuros e lascivos (Mt 5.27,28). Tal ato, além de ofender a Deus e transgredir seus Mandamentos, é uma ofensa para toda a família e traz prejuízos, danos morais e espirituais para todos. [11]

3.2 - Guardar a Santidade do Lar
O adversário trabalha muito para que o adultério venha romper a Santidade do Lar e desintegrar a família através de um divórcio. 
       
3.3 - Guardar a Estabilidade das Sociedades
Famílias instáveis, desintegradas e fracas podem resultar em filhos fracos, igrejas fracas e sociedade fraca. 


Comentário 
Pr. Éder Tomé

Referências

[1] Bíblia Sagrada (ARC) – Sociedade Bíblica do Brasil - 4° edição - 2009
[2] Bíblia Sagrada King Jones – Atualizada – Fiel aos Originais
[3] Bíblia Sagrada (NTLH) - Linguagem de Hoje
[4] Revista Betel Dominical Adultos - 2T - 2024
[5] versículoscomentados.com.br
[6] Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD
[7] Revista Betel Jovens e Adultos - 3T - 1996 - Pág.12
[8] Revista Lições Bíblicas Adultos - 1T - 2015 - Pág.62-68
[9] Revista Lições Bíblicas Adultos - 3T - 2002 - Pág.14-15
[10] Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD - Pág.35
[11] Revista Lições Bíblicas Jovens - 2T - 2019 - Pág. 58