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sábado, 16 de agosto de 2025

Lição 8 - Jesus e a Mulher Adúltera - A Manifestação da Graça em Meio a Condenação

 

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Lei 9.610/98 (Direitos Autorais)

Nosso subsídio (comentário da lição) não é o mesmo conteúdo da revista Betel Dominical Adultos, é apenas um texto de auxílio complementar referente aos tópicos e subtópicos da lição

Introdução
Texto de Referência : 

João 8.4-11
4 - E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando.
5 - E, na lei, nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?
6 - Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra.
7 - E, como, insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.
10 - E, endireitando-se Jesus e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?
11 - E ela disse: Ninguém,  Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.

1 - O Adultério: Um pecado com Consequências e Feridas Profundas
"O Casamento deve ser honrado por todos; e o leito conjugal, mantido puro. Porque Deus julgará os imorais e os adúlteros" (Hebreus 13.4)
O "leito conjugal" é uma referência à intimidade sexual dentro do casamento. A pureza desse leito significa que a relação sexual deve ser exclusiva entre o marido e a mulher. Essa exclusividade protege a união e aprofunda a confiança e a intimidade do casal. A infidelidade, em qualquer de suas formas, contamina essa pureza.
O fato de o adultério ser mencionado ao lado da imoralidade sexual mostra que o autor de Hebreus o coloca na mesma categoria de pecado grave. Essa passagem defende a santidade e a exclusividade do casamento, e qualquer ato que viole essa aliança é considerado impuro e, portanto, pecaminoso.
"Deus julgará os imorais e os adúlteros": A palavra "julgará" aqui não se refere a um simples julgamento humano, mas sim a um juízo divino.

"Mas o que comete adultério com uma mulher é falto de entendimento; aquele que faz isso destrói a própria alma" (Pv 6:32)
O livro de Provérbios, em seu capítulo 6, dedica uma seção inteira (versículos 20-35) para advertir contra a imoralidade sexual e o adultério. O Versículo acima, em particular, resume a gravidade desse pecado de forma contundente. Essa passagem revela dois pontos cruciais sobre o adultério:

1. É um Ato de Insensatez
A expressão "falto de entendimento" significa que a pessoa age de forma tola e irracional. O adultério é um pecado que promete prazer momentâneo, mas leva à destruição duradoura. O autor de Provérbios compara o adúltero a alguém que, em vez de ser sábio e prever as consequências, age por impulso e com total falta de discernimento. Ele está trocando algo de valor inestimável (a honra, a paz, a família) por um prazer passageiro.

2. É Autodestrutivo
A frase "destrói a própria alma" é a parte mais forte do versículo. isso vai muito além de perder a reputação ou a confiança de outras pessoas. A palavra hebraica para "destruir" é Shâchath que significa "corromper", "arruinar" ou "estragar". O adultério, portanto, não é apenas um pecado contra o cônjuge, mas um ato que causa um dano profundo e permanente no próprio ser do adúltero. Ele corrompe o seu caráter e compromete sua vida espiritual. A destruição aqui tem várias camadas:

(a) Destruição da reputação
O adúltero sobre "vergonha e humilhação que jamais se apagará" (Pv 6:33)

(b) Destruição dos relacionamentos
O pecado pode levar a um divórcio, à perda da família e à ira do cônjuge traído, que "não perdoará no dia da vingança" (Pv 6:34-35)

(c) Destruição da vida espiritual
Ao se afastar da pureza e dos caminhos de Deus, o adúltero causa uma separação entre ele e o Criador, ponto em risco a sua salvação.

Adultério no Antigo Testamento
"Se um homem for encontrado deitado com uma mulher que tem marido, ambos, o homem e a mulher, deverão morrer. Desse modo, vocês eliminarão o mal do meio de Israel" (Dt 22:22).
O pecado no Antigo Testamento era tratado com a pena de morte. Essa lei era parte do código mosaico, que visava estabelecer e manter a santidade e a pureza da nação de Israel, que era considerada o povo escolhido de Deus. A penalidade rigorosa para o adultério tinha múltiplos propósitos: Proteger a santidade do casamento, Preservar a pureza da comunidade e Garantir a legitimidade da linhagem.

Adultério nos dias Atuais
Biblicamente, o adultério continua sendo um pecado diante de Deus e, na maioria das culturas, é visto como uma séria traição e uma ofensa moral e social. 
A visão de Deus sobre o adultério não mudou. Ela é consistente em toda a Bíblia, do Antigo ao Novo Testamento. 

1.1 - Reconhecendo o Adultério
A palavra adultério vem do latim adulterium, que significa "infidelidade" ou "falsificação". A definição mais comum e tradicional para adultério é a relação sexual voluntária de uma pessoas casada com alguém que não é seu cônjuge.
É um termo usado para descrever a quebra da fidelidade e dos votos de exclusividade dentro do casamento.

Moicheia
A palavra adultério, do grego Moicheia, refere à infidelidade sexual de uma pessoa casada. Quando a Bíblia fala sobre o ato de um homem casado se envolver com uma mulher que não é sua esposa, ou vice-versa, a palavra usada é Moicheia ou seu verbo correspondente, Moichao. O termo carrega o peso da quebra de uma aliança matrimonial sagrada e é o termo mais exato para o que entendemos como adultério.

Porneia
Essa palavra grega tem significado muito mais amplo e genérico, referindo-se a qualquer tipo de imoralidade sexual. Porneia abrange uma gama de pecados, incluindo fornicação (sexo antes do casamento), prostituição, incesto, homossexualidade e, em alguns contextos, também pode incluir o adultério.

1.2 - O Adultério afronta o Criador
Como já vimos anteriormente, tanto no AT como no NT, o adultério é um pecado que afronta ao nosso Deus.
Jesus não diminuiu a seriedade do adultério. Pelo contrário, Ele a aprofundou. Em Mateus 5, Ele ensinou que o pecado não está apenas no ato físico, mas começa no coração. Ele disse: "Eu, porém, vos digo que qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura no coração, já cometeu adultério com ela em seu coração" (Mt 5:28).

O apóstolo Paulo ensinou uma verdade muito clara e séria sobre a salvação e o Reino de Deus: "Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros (...) herdarão o Reino de Deus" (1Co 6:9-10). 
A principal lição aqui é que a prática contínua e não arrependida desses pecados, incluindo o adultério, é incompatível com a vida cristã e com a participação no Reino de Deus.
Paulo coloca os adúlteros na mesma lista dos devassos e idólatras para mostrar que o pecado de adultério não é um pecado menor. Ele tem consequências espirituais eternas e impede a pessoa de herdar o Reino de Deus. A herança aqui não é apenas um lugar no céu, mas a plena participação no plano de salvação de Deus.

Por que o Pecado de Adultério afronta ao Criador ?
O adultério é considerado uma afronta ao Criador por ser uma violação direta de princípios e alianças que Ele mesmo estabeleceu. Mais do que uma simples traição a uma pessoa, é uma quebra de promessa feitas a Deus e uma profanação de algo que Ele considera sagrado. Afronta a Deus porque :
1. Viola a Aliança do Casamento (Gn 2:24)
2. Desrespeita os Mandamentos Divinos (Êx 20:14)
3. Contamina o Templo do Espírito Santo (1Co 6:19)
4. Demonstra Falta de sabedoria Divina (Pv 6:32)

1.3 - O Sexo foi criado por Deus
"Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne" (Gn 2:24)
Aqui, Deus instituiu o casamento assegurando o relacionamento sexual do casal. O sexo é a expressão mais profunda da união de "uma só carne" que Deus designou para o casamento. O homem e a mulher se unem para se tornar uma só carne. O ato sexual não é apenas uma união física; é um ato que reflete a conexão emocional, espiritual e mental do casal.

2 - Perdoador ou Acusador?
"E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério; e, pondo-a no meio" (João 8:3)
Essa passagem faz parte de um dos episódios mais conhecidos e impactantes do Evangelho: a história da mulher apanhada em adultério.
O capítulo 8 de João começa com Jesus no Templo de Jerusalém, ensinando o povo. Ele estava sentado, e uma multidão se reunia para ouvi-lo. De repente, a cena é interrompida pela chegada de um grupo de escribas e fariseus que trazem uma mulher.
O objetivo dos escribas e fariseus não era fazer justiça de acordo com a lei de Moisés. A lei, na verdade, determinava que tanto o homem quanto a mulher deveriam ser apedrejados. O fato de terem trazido apenas a mulher já revela a sua hipocrisia e parcialidade.
Eles estavam usando a mulher como isca para prender Jesus em uma armadilha, busca um motivo para acusá-lo.

Satanás, o Acusador
A Bíblia descreve Satanás como o acusador e também sugere que ele usas as pessoas para espalhar a divisão através de acusações.
A Bíblia se refere a Satanás com vários nomes, e um dos mais significativos é o de "acusador". Essa característica é claramente mencionada em passagens como Apocalipse 12:10, que o descreve como "o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite diante do nosso Deus".
Paulo faz uma advertência séria e direta à igreja em Roma. Paulo instrui a comunidade a identificar e reconhecer as pessoas que estão causando divisões e escândalos: "Rogo-vos, irmãos, que tomeis nota daqueles que causam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; e que vos afasteis deles" (Rm 16:17).

2.1 - A Malícia dos Acusadores
"E, na lei, nos ordenou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? (João 8:5)
Um grupo de escribas e fariseus, trazem um mulher pega em adultério até Jesus, não para que fosse julgada de acordo com a lei, mas sim para armar uma cilada para Jesus. A malícia deles se manifesta de forma clara em pelo menos três pontos:

1. A Seletividade e o Conhecimento da Lei
Os acusadores citam a lei de Moisés de Levítico 20:10 e Deuteronômio 22:22, que de fato prescrevia a pena de morte para o adultério. No entanto, a lei exigia que ambos os adúlteros fossem levados para o julgamento: o homem e a mulher. O fato de eles terem trazidos apenas a mulher demonstra que a intenção não era aplicar a lei de maneira justa, mas apenas usar a situação para manipular a Jesus. Onde estava o homem? O silêncio deles sobre isso já revela a má-fé. 

2. O motivo Oculto
O versículo 6 de João 8 revela a verdadeira intenção por trás da pergunta: "isso diziam eles, tentando-o, para terem de que o acusar". Eles colocaram Jesus em um dilema:
(a) Se Jesus dissesse "SIM" para o apedrejamento, ele iria contra a sua própria mensagem de graça e perdão. Além disso, estaria se colocando contra a autoridade romana, que na época detinha o poder de executar a pena de morte.
(b) Se Jesus dissesse "NÃO" para o apedrejamento, eles poderiam acusá-lo de desrespeitar a lei de Moisés, o que era um crime grave na época.
Perceba que o objetivo deles não era sobre a justiça e lei, mas sobre encontrar uma falha em Jesus para desacreditá-lo diante do povo e das autoridades. A mulher era apenas um peça desse jogo.

3. A Falta de Misericórdia e Humanidade
A forma como eles tratam a mulher demonstra uma total falta de compaixão. Eles se arrastam para o meio da multidão, a expõem publicamente e a usam como um objeto. Não se preocupam com a sua dignidade ou sua vida. O foco está apenas em seu próprio plano de derrubar Jesus. 

2.2 - Jesus ignora os Acusadores
"E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? Isto diziam eles, tentando-o, para que tivesses de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra" (João 8:5-6)
Esse é um dos momentos mais enigmáticos e estudados dos Evangelhos. Embora a Bíblia não revele o que Jesus escreveu, o ato em si é carregado de significado e pode ser interpretado de diversas formas. É certo que nesta cena, Jesus não ignora os escribas e fariseus no sentido de desprezo, Ele não queria entrar  no jogo de armadilha deles; o que Jesus fez foi ignorar a pressão deles para mostrar que não estava sujeito à manipulação.
Em seus ensinamentos e ações, Jesus nunca demonstrou ignorar ou desprezar pessoas ou grupos por causa de sua condição social, religiosa, étnica, moral ou de saúde. É importante notar a diferença entre ignorar (desprezar) e criticar. Embora Jesus não desprezasse as pessoas, ele frequentemente repreendia com dureza a hipocrisia e o orgulho dos líderes religiosos, como os fariseus e escribas. Ele os criticava porque eles criavam regras pesadas para as pessoas, mas não as seguiam, e por se preocuparem mais com as aparências e rituais externos do que a justiça, a misericórdia e a fidelidade a Deus.
Portanto, ao se inclinar e escrever no chão, Jesus cria um silêncio que desarma a pressão e desloca o foco da acusação. Aqui estão algumas das interpretações mais aceitas sobre esse ato de Jesus :

1. Uma Pausa para Desarmar a Armadilha
Os acusadores vieram com um plano bem definido, e a pressão era enorme. Ao se inclinar, Jesus criou uma pausa dramática. Ele quebrou a tensão e inverteu a dinâmica do poder. Em vez de reagir impulsivamente, Ele forçou os escribas e fariseus a esperar. Esse silêncio inesperado e o ato incomum de escrever no chão mostraram que Ele não estava intimidado pela acusação. Foi uma forma de tomar o controle da situação.

2. Cumprimento de Profecias
Alguns teólogos sugerem que Jesus estava se referindo a uma passagem do Antigo Testamento, mas especificamente: "Ó Senhor, esperança de Israel, todos aqueles que te abandonam, serão envergonhados; aqueles que se desviam de mim serão escritos no pó, porque abandonaram o Senhor, a fonte de águas vivas" (Jeremias 17:13).
De acordo com essa interpretação, ao escrever no pó, Jesus estaria simbolicamente "escrevendo" a culpa e a hipocrisia dos acusadores, lembrando-os de que eles, que O haviam rejeitado, seriam julgados por suas próprias ações. A própria lei que eles usavam para condenar a mulher seria a mesma que os condenaria.

3. Evidência da Divindade
Outra interpretação fascinante é que o ato de escrever na terra ecoa a imagem de Deus escrevendo a Lei com o próprio dedo nas tábuas de pedra no Monte Sinai (Êxodo 31:18). Ao fazer isso, Jesus estava se identificando sutilmente com o próprio legislador, mostrando que Ele tinha autoridade para interpretar e até mesmo "re-escrever" a lei. Ele era o fonte da lei, não apenas alguém sujeito a ela.

4. Uma Declaração de Misericórdia e Graça
Finalmente, o ato de escrever na terra pode ser visto como um reflexo de misericórdia. Em vez de confrontá-lo imediatamente, Jesus deu aos acusadores um momento para reconsiderar suas próprias vidas. 

2.3 - O Advogado Fiel
Diante do dilema em que os escribas e fariseus colocaram Jesus, Ele se inclina e escreve na terra, e proferi a famosa frase "Aquele que dentre vós está sem pecado, seja o primeiro a atirar a pedra contra ela" (João 8:7), expondo a hipocrisia e a malícia de seus corações. Eles não eram justos, mas cheios de pecado, e o apedrejamento da mulher serviria apenas como uma desculpa para esconder suas próprias falhas e injustiças.

Atuando como um Advogado Fiel, Jesus os estava desafiando a olhar para suas próprias falhas antes de julgar a mulher. Quando finalmente se levantou, Sua resposta foi direta e devastadora: "Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra" (João 8:7). A escrita no chão serviu de prefácio para essa declaração poderosa, que expôs a hipocrisia deles e os forçou a se retirarem.

3 - Jesus nos Ensina a Perdoar

3.1 - Perdão, uma Expressão de Amor
"Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?" (João 8:11)
Esse versículo conclui a história da mulher apanhada em adultério, é uma das mais poderosas expressões do perdão de Jesus e, por extensão, do amor de Deus. A resposta é um ressonante "sim". Jesus não apenas perdoou a mulher, mas fez isso de maneira que demonstra a natureza do amor divino: que é incondicional, redentor e libertador. A cena se desenrola assim:

1. A partida dos acusadores
Após a desafiadora frase de Jesus, "Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra" os acusadores se retiram, um a um. Isso deixa Jesus sozinho com a mulher, que antes estava no centro de um círculo de julgamento e ódio.

2. O diálogo de Jesus
"E, endireitando-se Jesus e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?" (João 8:10)
Jesus questiona a mulher, não para humilhá-la, mas para que ele perceba sua própria situação. Ela Responde : "Ninguém, Senhor" (João 8:11).

3.2 - Perdoados e Perdoando
"... Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais." (João 8:11)
Essa declaração de Jesus é uma manifestação de amor de diversas maneiras:

1. É um Perdão Incondicional
Jesus não impôs uma penitência ou exigiu que ela "ganhasse" o perdão. Ele simplesmente o concedeu. Ele viu a mulher, não seu pecado. Seu amor foi a resposta à sua vulnerabilidade e à sua situação desesperadora.

2. É um Perdão Redentor
O perdão de Jesus não é um aval para o pecado. A frase "vai, e não peques mais" mostra que o perdão não anula a seriedade da transgressão, mas oferece uma oportunidade de mudança e redenção. O amor de Jesus não a deixou onde ela estava, mas a empoderou para um novo começo. Ele a libertou do seu passado para que ela pudesse construir um futuro diferente.

3. É um Perdão que Liberta
O perdão de Jesus rompe as cadeias do medo, da vergonha e da condenação. Ele a libertou do julgamento cruel dos outros e do seu próprio peso de culpa. O amor expresso neste perdão não é apenas um sentimento, mas uma força transformadora que devolve a dignidade.

3.3 - Compreendendo o Perdão
A história dessa mulher relatada em João 8 mostra que Jesus aniquila o plano malicioso dos escribas e fariseus, estende o perdão a mulher adúltera sem descumprir a Lei e nos ensina a compreender o Perdão como um ato de misericórdia e compaixão; se recebemos do Senhor o perdão, devemos estender esse ato aos nossos semelhantes.


Comentário 
Pr. Éder Tomé

Referências

[1] Bíblia Sagrada (ARC) – Sociedade Bíblica do Brasil - 4° edição - 2009
[2] Bíblia Sagrada King Jones – Atualizada – Fiel aos Originais
[3] Bíblia Sagrada (NTLH) - Linguagem de Hoje
[4] Revista Betel Dominical Adultos - 3T - 2025 

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Lição 7 - O Encontro de Jesus com a Mulher Samaritana - A Água que Sacia para Sempre

 

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Lei 9.610/98 (Direitos Autorais)

Nosso subsídio (comentário da lição) não é o mesmo conteúdo da revista Betel Dominical Adultos, é apenas um texto de auxílio complementar referente aos tópicos e subtópicos da lição

Introdução
Texto de Referência : 

João 4.9-13
9 - Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana?
10 - Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
11 - Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens como que tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva?
12 - És tu maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado?
13 - Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede.

1 - O Evangelho é para Todos

1.1 - Jesus Quebra Barreiras e Transforma Mentalidades
"Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (Porque os judeus não se comunicam com os samaritanos)" (João 4.9)

Por que os Judeus não se comunicam com os samaritanos ?
A origem da inimizade remonta ao exílio do Reino do Norte de Israel, em 722 a.C., quando o rei da Assíria, deportou a população israelita, vieram com eles povos estrangeiros. Esses novos habitantes se misturaram com os israelitas que não foram deportados, resultando em uma população mista, tanto em etnia quanto em religião. Eles passaram a ser conhecidos como samaritanos.
Os samaritanos desenvolveram suas próprias práticas religiosas. Eles aceitavam apenas os cinco primeiros livros da Bíblia (o Pentateuco), que chamavam de Torá Samaritana, e consideravam o Monte Gerizim como o local sagrado para adoração, em oposição a Jerusalém (capital de Judá), que era o centro de adoração para os judeus.

As Razões do Distanciamento
Essa separação resultou em uma série de pontos de discordância, a saber :
Diferenças religiosas: Os judeus viam a religião samaritana como uma forma corrompida do judaísmo, misturada com crenças pagãs. A Torá Samaritana, embora semelhante a Torá judaica, tinha variações significativas, principalmente em relação ao local de adoração.
Discordância sobre o local de Adoração: A maior disputa era sobre qual monte era o local correto para adorar a Deus. Os judeus consideravam o Templo em Jerusalém como o único lugar autorizado para o sacrifício e a adoração, conforme a tradição judaica. Os samaritanos, por sua vez, acreditavam que o Monte Gerizim, onde construíram seu próprio templo, era o lugar escolhido por Deus.
Questões Étnicas: Os judeus consideravam os samaritanos como "meio-raça", descendentes de casamentos mistos entre israelitas e pagãos, o que os fazia ver os samaritanos como impuros e inferiores.

Essa inimizade foi tão forte que os judeus muitas vezes evitavam viajar pela Samaria, preferindo fazer um caminho mais longo pela Transjordânia. A conversa de Jesus com a mulher samaritana à beira do poço quebrava não apenas uma, mas várias barreiras sociais e religiosas da época, sendo um ato revolucionário.

1.2 - Jesus Cumpre o Ide
Embora Jesus só tenha dado a ordem explícita do "IDE" após sua ressurreição em Mateus 28:19-20, sua vida e ministério foram um modelo de como essa missão deve ser cumprida.
A Grande Comissão não é apenas sobre ir para lugares distantes, mas sobre levar a mensagem de salvação a todas as pessoas, independentemente de sua origem, status social ou religião. O verbo "IDE" significa estar em movimento, levando a mensagem de Cristo para onde quer que se esteja. Jesus cumpre o "IDE" quando ao passar em Samaria quebra qualquer preconceito e barreira entre judeus e samaritanos; no encontro no poço, Jesus demonstra isso perfeitamente:
Ele quebra barreiras culturais e religiosas: Ele inicia uma conversa com uma mulher samaritana, algo que os judeus da época consideravam impuro e inaceitável.
Ele se importa com a pessoa, não com o rótulo: Em vez de focar na reputação da mulher (que tinha um passado complicado), Jesus se concentra em suas necessidades espirituais, oferecendo-lhe a "água viva".
Ele transforma um encontro casual em um momento de discipulado: A conversa no poço não foi apenas um bate-papo. Jesus revelou à mulher que Ele era e a convidou a compartilhar essa verdade em sua comunidade. Ela, por sua vez, se tornou a primeira missionária a Samaria, levando a notícia de que "o Messias veio".

A ida de Jesus a Samaria e seu encontro com a mulher são, portanto, um protótipo da Grande Comissão. Ele foi ao encontro de uma pessoa marginalizada, quebrou todas as barreiras sociais e a transformou em uma seguidora e evangelista. Isso mostra que o "IDE" começa onde estamos, alcançando as pessoas ao nosso redor, mesmo as que a sociedade considera excluídas.
  
1.3 - Jesus Socorre os que vão a Ele

Porque a mulher samaritana ficou surpresa de Jesus falar com ela ?
A mulher samaritana ficou surpresa de Jesus falar com ela, conforme em João 4:9, por três motivos principais que refletem as profundas divisões sociais e religiosas da época.

1. A Inimizade entre Judeus e Samaritanos
A principal razão para a surpresa dela era a forte inimizade entre judeus e samaritanos, que já existia há séculos. Os judeus consideravam os samaritanos impuros, tanto etnicamente quanto religiosamente. Eles viam a religião samaritana como uma versão corrompida do judaísmo e evitavam qualquer contato com eles. Portanto, um judeu, especialmente um rabino, falar com uma samaritana em público era algo extremamente incomum e chocante.

2. A Barreira de Gênero
Naquela cultura, era considerado inapropriado para um homem, especialmente um mestre religioso, conversar com uma mulher desconhecida em público. A sociedade era patriarcal e as interações entre homens e mulheres de fora da família eram muito limitadas. O fato de Jesus iniciar uma conversa com ela quebrava essa norma social.

3. A Questão da Reputação da mulher
A mulher samaritana veio buscar água ao meio-dia, uma hora incomum, o que sugere que ela estava tentando evitar as outras mulheres da cidade. A Bíblia revela mais tarde que ela teve cinco maridos e vivia com um homem que não era seu marido, o que indica que ela provavelmente tinha uma reputação questionável em sua comunidade. Para um homem santo como Jesus se dirigir a ela, sem demonstrar preconceito ou julgamento, era algo totalmente inesperado e digno de espanto.

Em suma, a surpresa da mulher samaritana não era apenas por uma única razão, mas pela combinação dessas três barreiras socias. O gesto de Jesus quebrou todas essas regras, demonstrando que sua mensagem de salvação e socorro era para todos, independentemente de sua origem, gênero ou passado.

2 - Todos temos Sede de Deus

2.1 - Uma Mulher Desprezada

A Abordagem de Jesus às pessoas
A Abordagem de Jesus às pessoas que encontrava pelo caminho é um dos aspectos mais marcantes e revolucionários de seu ministério. Em vez de seguir as normas sociais e religiosas de sua época, Ele as subvertia, tratando a todos com dignidade, compaixão e um senso de propósito único.

1. Ele Quebrava Barreiras Sociais
Jesus frequentemente conversava e interagia com grupos de pessoas que a sociedade judaica de sua época considerava excluídos ou "impuros". Caso da mulher samaritana (João 4), onde Jesus falava abertamente com mulheres, algo que não era comum para um rabino. Caso de pecadores e coletores de Impostos, Ele jantava com coletores de impostos, como Zaqueu (Lucas 19), pessoas que eram vistas como traidores e pecadores. Jesus também dedicou grande parte de seu ministério a curar os doentes e a ter compaixão pelos marginalizados, como leprosos (Mateus 8) e cegos (João 9), que eram frequentemente isolados da sociedade.

2. Ele iniciava a Conversa, Não Esperava Ser Procurado
Diferentemente de outros mestres religiosos que esperavam ser procurados, Jesus muitas vezes tomava a iniciativa. 
No Poço em Samaria: Ele começou a conversa com a mulher samaritana pedindo-lhe àgua.
Com Zaqueu: Ele viu Zaqueu em cima de uma árvore e se convidou para jantar em sua casa.
Ele não esperava que as pessoas estivessem "prontas" para recebê-lo; ele ia ao encontro delas, independentemente de sua situação.

3. Ele Enxergava o Indivíduo, Não o Rótulo
A abordagem de Jesus era pessoal. Ele não via as pessoas como categorias (mulher, samaritano, coletor de impostos, outros), mas como indivíduos com histórias, necessidades e potencial espiritual. 
Ele tratou a mulher no poço como uma pessoa sedenta por algo mais, não apenas como uma samaritana de má reputação: "Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede e não venha aqui tirá-la" (João 4:15).
Ele viu em Zaqueu não um coletor de impostos corrupto, mas alguém com o coração pronto para a mudança.

Essa essência, a abordagem de Jesus era fundamentada no amor, na compaixão e na aceitação incondicional. Ele se importava com as pessoas o suficiente para quebrar normas sociais e religiosas, ensinando pelo exemplo que cada ser humano é valioso aos olhos de Deus.

2.2 - Desprezada pela Sociedade

Por que a Mulher samaritana era desprezada ?
A mulher samaritana do poço, conforme o relato em João 4, era desprezada e marginalizada por uma série de razões que se somavam e a isolavam socialmente.

1. Desprezo por ser Samaritana
A principal razão, e a mais óbvia, era sua origem. Os judeus e os samaritanos tinham uma longa história de inimizade e desprezo mútuo. Os judeus viam os samaritanos como "meio-raça", descendentes de casamentos mistos entre israelitas e pagãos, e consideravam sua religião uma forma corrompida do judaísmo. Conversar como um samaritano, e muito menos beber do mesmo utensílio, era considerado impuro para um judeu.

2. Desprezo por ser Mulher
Naquela cultura, as mulheres tinham um status social inferior ao dos homens. Era considerado inapropriado para um homem, especialmente um mestre religioso como Jesus, conversar com uma mulher desconhecida em público. Isso já a colocava em uma posição de vulnerabilidade e pouca importância social.

3. Desprezo por seu Histórico Pessoal
A Bíblia revela que ela tinha um histórico de relacionamentos turbulentos: ela teve cinco maridos e vivia com um homem que não era seu marido. Isso, por si só, era motivo de grande estigma na sociedade. É provável que essa seja a razão pela qual ela buscava água ao meio-dia, a hora mais quente do dia, para evitar a companhia das outras mulheres da cidade que a julgavam e a desprezavam.

Foi a combinação desses três fatores que fez com que o ato de Jesus conversar com ela no poço fosse tão surpreendente e revolucionário. Ele não apenas quebrou as normas sociais e religiosas, mas a viu com dignidade, oferecendo-lhe a salvação, algo que ninguém mais faria.

2.3 - Somos Convidados a Adorar a Deus
Havia uma divergência central e de longa data entre judeus e samaritanos sobre o lugar correto para a adoração a Deus. Essa questão não era de pouca importância; era a principal causa de sua separação e inimizade. 

A Raiz do Conflito: Monte Gerizim ou Jerusalém
Para os judeus, o lugar de adoração escolhido por Deus era o Templo em Jerusalém, construído no Monte Moriá, que mais tarde foi associado ao Monte Sião. Eles baseavam essa crença na sua tradição e em escrituras que descreviam Jerusalém como o lugar onde Deus colocaria Seu nome.
Os samaritanos, por outro lado, acreditavam que o verdadeiro lugar de adoração era o Monte Gerezim, localizado na Samaria. Eles baseavam sua crença em sua própria versão do Torá (os cinco primeiros livros da Bíblia), que incluía uma passagem modificada em Deuteronômio, instruindo o povo a construir um altar no Monte Gerizim. Eles viam o Monte Gerizim como um local sagrado desde os tempos de Abraão, Jacó e Josué.

O Templo Samaritano
Como resultado dessa crença, os samaritanos construíram seu próprio templo no Monte Gerizim por volta do século IV a.C. Esse ato foi um ponto de ruptura definitivo com os judeus, que só reconheciam o Templo de Jerusalém. 
Embora o Antigo Testamento não mencione explicitamente a construção de um templo samaritano no Monte Gerizim, em João 4:20, temos um indicação implícita que aponta para a crença dos samaritanos de que o Monte Gerizim era o lugar correto para adorar a Deus, uma crença que estava ligada à existência de um templo no passado.
Historiadores como Flávio Josefo relatam que os samaritanos construíram um templo no Monte Gerizim por volta do século IV a.C. Esse templo foi destruído acerca de 100 anos antes do tempo de Jesus por um líder judeu, João Hircano, mas os samaritanos continuaram a adorar no monte, mantendo a tradição viva.

É exatamente essa a questão que a mulher samaritana levanta quando reconhece em Jesus um profeta: "Nossos pais adoraram neste monte, mas vós dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar" (João 4:20).

Jesus, ao responder, transcende a disputa sobre o local físico. Ele declara que, no futuro, a adoração não estará ligada a um monte específico, seja Gerizim ou Jerusalém, mas sim a uma adoração "em espírito e em verdade" (João 4:23-24). Ele estava ensinando que a verdadeira adoração se dá no coração e na sinceridade, e não na geografia.

3 - A Conversão da Mulher Samaritana

3.1 - Jesus se Revela como o Messias

"A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier; nos anunciará tudo. Jesus disse-lhe: Eu sou, eu que falo contigo" (João 4:25-26).
De forma clara e direta, Jesus se revela como o Messias para a mulher samaritana. Este momento é um dos pontos altos do relato dos versículos acima.
A mulher expressa no texto uma expectativa comum entre judeus e samaritanos da época, a de que o Messias viria para resolver todas as dúvidas e questões. 
Essa é uma das poucas vezes em que Jesus se identifica tão diretamente como o Messias. Essa revelação transforma a vida da mulher, que imediatamente deixa seu cântaro, corre para a cidade e se torna a primeira missionária a anunciar a chegada do Salvador.

3.2 - A Samaritana tinha Conhecimento Religioso
A mulher samaritana demonstra um conhecimento religioso significativo durante a conversa com Jesus, o que a torna uma personagem complexa e perspicaz. Seu conhecimento é evidenciado em vários pontos da interação em João 4:

Ela tinha conhecimento da Inimizade e Costumes Religiosos
Logo no início da conversa, ela expressa sua surpresa com a atitude de Jesus, mostrando que ela estava ciente das profundas divisões entre judeus e samaritanos (João 4:9). Isso prova que ela entendia as normas sociais e religiosas que regiam a interação entre os dois povos, incluindo as proibições de usar o mesmo utensílio.

Ela tinha conhecimento Teológico e Messiânico
Mais adiante na conversa, a mulher eleva o diálogo a um nível teológico, discutindo a adoração e a expectativa do Messias:
A disputa sobre a Adoração: Ela levanta a principal questão teológica que separava judeus e samaritanos: o lugar de adoração. Ela conhecia a tradição samaritana sobre o Monte Gerizim e a visão judaica sobre o Templo de Jerusalém (João 4:9).
A Expectativa do Messias: O ponto culminante da conversa ocorre quando ela menciona o Messias (chamado Cristo), demonstrando sua crença na vinda de um salvador que "nos explicará todas as coisas" (João 4:25).

Embora a mulher samaritana estivesse vivendo uma vida moralmente questionável, seu intelecto e seu conhecimento religioso estavam intactos. O que faltava a ela não era conhecimento, mas a revelação do verdadeiro Messias, algo que Jesus lhe deu no final da conversa.

3.3 - A Primeira Missionária
A mulher samaritana se tornou a primeira missionária a Samaria após seu encontro com Jesus. Sua transformação é um dos pontos mais impactantes do relato em João 4.
Após Jesus se revelar como o Messias, a mulher reage imediatamente, deixando seu cântaro de água e correndo de volta para a cidade. O que acontece em seguida demonstra sua nova missão: "Então, a mulher, deixando o seu cântaro, foi a cidade e disse àqueles homens: Vinde ver um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Porventura, não é este o Cristo?" (João 4:28-29). Esse ato dela é o que a classifica como missionária:

Ela Testemunha: Ela compartilha sua experiência pessoal e a revelação que teve sobre Jesus.
Ela Convida: Ela incentiva as pessoas a irem e verem por si mesmas, em vez de simplesmente acreditar nela.
Ela age sem hesitação: Ela não se preocupa com seu passado ou sua reputação manchada; sua alegria e convicção são maiores que seu medo.

Graças ao seu testemunho, muitos samaritanos foram ao encontro de Jesus e creram nEle, não apenas por causa das palavras da mulher, mas porque o ouviram pessoalmente e concluíram por si mesmos que ele era o "Salvador do mundo" (João 4:41-42).
Assim, a mulher samaritana não apenas se tornou uma seguidora de Jesus, mas também a primeira a levar a mensagem do evangelho a seu próprio povo, que até então era visto como inimigo dos judeus.


Comentário 
Pr. Éder Tomé

Referências

[1] Bíblia Sagrada (ARC) – Sociedade Bíblica do Brasil - 4° edição - 2009
[2] Bíblia Sagrada King Jones – Atualizada – Fiel aos Originais
[3] Bíblia Sagrada (NTLH) - Linguagem de Hoje
[4] Revista Betel Dominical Adultos - 3T - 2025