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Nosso subsídio (comentário da lição) não é o mesmo conteúdo da revista Betel Dominical Adultos, é apenas um texto de auxílio complementar referente aos tópicos e subtópicos da lição
Introdução
Texto de Referência :
João 6.35,48,51
35 - E Jesus lhes disse: Eu Sou o Pão da Vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede.
48 - Eu Sou o Pão da Vida.
51 - Eu sou o Pão Vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo.
João 8.12,58
12 - Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu Sou a Luz do mundo; quem me segue não andarás em trevas, mas terá a Luz da vida.
58 - Disse-lhe Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, Eu Sou.
João 11.25
25 - Disse-lhe Jesus: Eu Sou a Ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá.
1 - A Divindade de Jesus
No Evangelho de João, Jesus faz sete declarações de "Eu Sou" que são frequentemente interpretadas como evidências de Sua divindade. Essas declarações ecoam o nome de Deus revelado a Moisés no Antigo Testamento ("Eu Sou o que Sou"), estabelecendo uma conexão direta com a divindade.
1. "Eu Sou o pão da vida" - João 6:35
2. "Eu Sou a luz do mundo" - João 8:12
3. "Eu Sou a porta das ovelhas" - João 10:7
4. "Eu Sou o bom pastor" - João 10:11
5. "Eu Sou a ressurreição e a vida" - João 11:25
6. "Eu Sou o caminho, a verdade e a vida" - João 14:6
7. "Eu Sou a videira verdadeira" - João 15:1
1.1 - Jesus Revela Ser o Messias
Em João 4:26, Jesus se revela à mulher samaritana com a declaração "Eu Sou", mas de uma forma um pouco diferente das outras sete declarações do Evangelho de João.
Após uma longa conversa, a mulher samaritana diz a Jesus: "Eu sei que o Messias (chamado Cristo) está por vir. Quando ele vier, nos explicará tudo" (João 4:25). A resposta de Jesus é direta e enfática: "Eu sou o Messias! Eu, que estou falando com você" (João 4:26).
A tradução mais precisa do original grego para essa passagem é "Eu Sou, aquele que fala contigo". O uso do "Eu Sou" aqui é uma afirmação de Sua identidade como o Messias, a figura esperada pelos judeus e samaritanos para restaurar a ordem e trazer a salvação.
Importância dessa Revelação
Essa declaração é significativa por vários motivos:
(a) Revelação Direta: Diferente de outras passagens onde Jesus usa metáforas ("o pão da vida", "a luz do mundo"), aqui Ele se identifica diretamente como o Messias.
(b) Quebra de barreiras: Jesus revela Sua verdadeira identidade a uma mulher, e, o que era ainda mais chocante para a época, a uma mulher samaritana. Judeus e samaritanos não se relacionavam. Essa revelação demonstra que a salvação é para todos, independentemente de etnia, gênero ou histórico.
(c) Contexto da conversa: Jesus já havia revelado que Ele tinha a "água viva" e que Ele era a fonte de uma adoração verdadeira, "em espírito e em verdade". A mulher, reconhecendo a profundidade das palavras de Jesus, levanta a questão do Messias, e é nesse momento que a revelação culmina.
1.2 - Jesus se Apresenta como "Eu Sou"
No Evangelho de João, Jesus se apresentou como "Eu Sou" em sete diferentes predicados ou declarações a saber :
1. "Eu Sou o pão da vida" - João 6:35
2. "Eu Sou a luz do mundo" - João 8:12
3. "Eu Sou a porta das ovelhas" - João 10:7
4. "Eu Sou o bom pastor" - João 10:11
5. "Eu Sou a ressurreição e a vida" - João 11:25
6. "Eu Sou o caminho, a verdade e a vida" - João 14:6
7. "Eu Sou a videira verdadeira" - João 15:1
Essas sete declarações de "Eu Sou" de Jesus no Evangelho de João são vistas como uma profunda revelação de Sua natureza divina e de Sua missão redentora para a humanidade.
"És tu maior do que o nosso pai Abraão, que morreu" (João 8:53)
Os judeus comparam Jesus a Abraão e aos profetas, figura centrais na história de Israel, para questionar a autoridade de Jesus. Para eles, Abraão foi o maior de todos. Eles veem Jesus como apenas mais um homem, talvez um profeta, e não conseguem conceber que Ele possa ser superior a Abraão. Essa pergunta revela a limitação da compreensão humana diante da verdadeira identidade de Jesus.
"Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, Eu Sou" (João 8:58)
A resposta de Jesus é direta e chocante. Ele não diz "Era Eu", mas sim "Eu Sou" (em grego, Ego Eimi).
1.3 - Deus se Revelou como "Eu Sou"
"Eu Sou" é a mesma frase que Deus usou ao se revelar a Moisés na sarça ardente (Êxodo 3:14) como "Eu Sou o que Sou".
(a) Identidade Divina: Ao usar "Eu Sou", Jesus reivindica para Si a mesma identidade e natureza de Deus.
(b) Preexistência: Jesus afirma que existe antes de Abraão. Isso indica Sua eternidade, não sendo um ser criado, mas preexistente.
Essa declaração foi tão poderosa e clara que os judeus, entendendo que Jesus estava se fazendo igual a Deus, pegaram em pedras para apedrejá-lo por blasfêmia. Para eles, era a prova final de que Ele estava reivindicando divindade, algo que consideravam o maior dos pecados.
2 - Jesus: Pão, Luz e Porta
2.1 - O Pão da Vida
"Eu Sou o pão da vida" (João 6:35)
Jesus se apresenta como a fonte de sustento espiritual.
Assim como o pão nutre o corpo, Ele sacia a fome espiritual de quem Nele crê, oferecendo vida eterna.
Em João 6, Jesus se declara "o pão da vida" após um milagre impressionante: a multiplicação dos pães e peixes, que alimentou uma multidão de cerca de 5.000 homens. As pessoas, impressionadas com o pão físico que receberam, o procuram novamente, esperando mais alimento para seus corpos. Jesus, então, usa essa oportunidade para direcionar o foco do alimento físico para o alimento espiritual.
"... Moisés não vos deu o pão do céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu" (João 6:32)
O versículo acima é uma declaração central, ou uma das passagens-chave para entender o conceito de "Jesus o pão da vida". Jesus faz uma distinção crucial. A multidão estava comparando o milagre da multiplicação dos pães com o maná que Moisés deu a seus antepassados no deserto. Jesus esclarece que o maná era apenas um pão temporário, dado por Deus, mas não era o "verdadeiro pão do céu". Ele está preparando-os para um revelação ainda maior.
"Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo" (João 6:33)
Aqui, Jesus define o que é o "pão de Deus". Ele não é um objeto ou uma coisa, mas uma pessoa. Ele é "aquele" que veio do céu e tem uma finalidade muito maior do que simplesmente sustentar o corpo: dar vida ao mundo. A "vida" a que Ele se refere não é a vida biológica, mas a vida eterna, a comunhão com Deus.
O Significado da Declaração.
(a) Contraste com o Maná: O maná dado por Moisés alimentou o corpo por um tempo, mas quem o comeu, no fim, morreu. O pão que Jesus oferece é diferente; ele dá vida eterna.
(b) Alimento Espiritual: A fome da qual Jesus fala não é física, mas a espiritual, a busca por um propósito e por Deus. Ele se apresenta como a única fonte capaz de saciar essa fome de forma definitiva.
(c) Reinvindicação de Divindade: Ao se colocar como o "pão que desce do céu", Jesus está se identificado como alguém de origem divina, que veio diretamente de Deus para cumprir uma missão de salvação. Ele é a resposta para a fome e a busca por sentido da humanidade.
2.2 - A Luz do Mundo
"Falando novamente ao povo, Jesus disse: 'Eu Sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida" (João 8:12)
Jesus se declara a fonte de verdade e orientação.
Ele ilumina o caminho da humanidade, dissipando as trevas do pecado e da ignorância, e guiando as pessoas para Deus.
Outros versículos sustentam que Jesus é a Luz do Mundo:
"Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo" (João 9:5)
"Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas" (João 12:46)
"Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas, e as trevas não o derrotaram" (João 1:4-5)
No Sermão da Montanha, Jesus também diz aos seus seguidores: "Vocês são a luz do mundo" (Mateus 5:14). Isso significa que, ao seguir a Jesus, os cristãos são chamados a refletir a luz dele para o mundo, através de suas boas obras e testemunho, para que outras pessoas também possam ver a glória de Deus.
Em resumo, a afirmação de que Jesus é a Luz do mundo é uma declaração de sua divindade e de seu papel essencial como o único que poder oferecer salvação, verdade e direção espiritual para a humanidade.
2.3 - A Porta das Ovelhas
"Eu Sou a porta das ovelhas" (João 10:7)
Jesus demonstra Seu cuidado, proteção e sacrifício por Seus seguidores. Ele conhece Suas ovelhas, cuida delas e, em última análise, dá a vida por elas, mostrando um amor e dedicação incondicionais.
Nesse versículo, Jesus usa a metáfora de um pastor e suas ovelhas para explicar sua identidade e missão.
Na cultura da época, os pastores usavam currais (apriscos) para proteger as ovelhas à noite. Esses currais geralmente não tinham uma porta de madeira, mas uma única abertura. O próprio pastor se deitava nesta abertura, tornando-se a "porta".
Ao fazer essa afirmação, Jesus estava se identificando como:
(a) O Único Acesso à Salvação: Jesus é a única passagem para o rebanho de Deus e, por consequência, para a salvação. Ele deixa claro que qualquer um que tente entrar por outro caminho é um "ladrão e assaltante" (João 10.1).
(b) Proteção e Segurança: A porta era a principal defesa contra ladrões e animais selvagens, como lobos. Ao se colocar como a porta, Jesus promete que ele mesmo é a segurança e a proteção para suas ovelhas. Quem entra por Ele está seguro e guardado.
(c) Provisão e Liberdade: Jesus afirma: "Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo. Entrará e sairá, e encontrará pastagem" (João 10:9). Isso significa que, através dele, as ovelhas (os seus seguidores) não apenas recebem a salvação, mas também têm a liberdade de "entrar e sair" e encontrar "pastagem" (provisão e vida abundante).
3 - Jesus: A Ressurreição e a Vida, O Caminho, A Verdade e a Vida, E a Videira Verdadeira
3.1 - A Ressurreição e a Vida
"Eu Sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, nunca morrerá" (João 11:25-26)
Essa declaração é uma das mais profundas e centrais na teologia cristã, ela é feita no contexto da ressurreição de Lázaro. Jesus revela que Ele é a fonte de toda a vida e a única esperança de superação da morte, oferecendo a promessa da ressurreição e da vida eterna para aqueles que Nele confiam.
Ao se declarar a ressurreição e a vida, Jesus está dizendo que a vida eterna não é algo que Ele dá, mas que Ele é. Ele é a própria fonte e essência da vida, tanto física quanto espiritual, e tem poder sobre a morte.
"Eu sou a Ressurreição"
Jesus não é apenas alguém que tem o poder de ressuscitar os mortos (como Ele fez com Lázaro), mas é a própria ressurreição. Ele é a garantia de que a morte não é o fim para aqueles que creem nele. A sua própria ressurreição dos mortos, mais tarde, prova essa afirmação.
"Eu sou a Vida"
Jesus é a fonte da vida espiritual e da vida eterna. Ele não apenas oferece a salvação da morte, mas também a vida plena e abundante. A fé nele conecta o crente à própria fonte da vida.
Essa declaração é a base da esperança cristã. A mensagem é que, através de Jesus, a morte é vencida, e a vida eterna está garantida para todos que creem. A morte física se torna apenas uma transição para a vida com Deus, que é prometido por Jesus, a Ressurreição e a Vida.
3.2 - O Caminho, a Verdade e a Vida
"Eu Sou o caminho, a verdade e a vida" (João 14:6)
Jesus se posiciona como a única via para se chegar a Deus. Ele não apenas mostra o caminho, mas Ele próprio é o caminho, a encarnação da verdade e a fonte da vida. Não há outro meio de acesso ao Pai senão através d'Ele.
Esta afirmação foi feita por Jesus aos seus discípulos, na noite anterior à sua crucificação, durante a Última Ceia. Eles estavam preocupados com a partida de Jesus, e Tomé expressou essa preocupação, perguntando: "Senhor, não sabemos para onde vais; como podemos saber o caminho", Jesus, então, respondeu: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim" (João 14:6).
O Caminho
Jesus se declara o único caminho para Deus. Em um mundo cheio de diferentes crenças e religiões, ele afirma ser a rota exclusiva para salvação e para um relacionamento com o Pai. Ele não apenas mostra o caminho, mas é o caminho.
A Verdade
Jesus não apenas fala a verdade, mas encarna a própria essência da verdade. Em um mundo de engano e confusão, ele é a fonte da realidade e do conhecimento sobre Deus, o ser humano e o propósito da vida. A verdade em Jesus liberta as pessoas do pecado e da ignorância.
A Vida
Jesus é a fonte da vida, tanto a vida física quanto a vida eterna. Sua declaração "Eu sou a vida" significa que a verdadeira vida, uma vida plena e eterna, só é encontrada nele. Ele oferece a salvação da morte espiritual e a promessa da ressurreição.
Essa declaração é a base da crença cristã de que a salvação é encontrada exclusivamente em Jesus Cristo. Ele é a única via para a reconciliação com Deus, a fonte da verdade absoluta e a garantia da vida eterna.
3.3 - A Videira Verdadeira
"Eu Sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda, para que dê ainda mais fruto" (João 15:1-2)
Jesus usa essa metáfora para ilustrar a relação de dependência entre Ele e Seus discípulos. Ele é a fonte da qual os crentes extraem sua vida espiritual e frutificação. Para dar frutos, os ramos (os seguidores) precisam permanecer ligados a Ele (a videira).
Jesus fez essa declaração aos seus discípulos na Última Ceia, pouco antes de ser crucificado. Ele estava preparando-os para sua partida, e a metáfora da videira serve para explicar a importância da união com Ele após sua ascensão.
Nesta metáfora, a videira e seus ramos eram uma imagem muito familiar na cultura judaica, frequentemente usada no Antigo Testamento para representar a nação da Israel. Ao se declarar a "videira verdadeira", Jesus estava fazendo uma distinção crucial:
A Videira (Jesus)
Jesus é a fonte espiritual. Ele é a videira de onde flui a seiva vital, o alimento e a força para todos os ramos. A vida eterna e a capacidade de dar fruto vêm exclusivamente dEle.
O Agricultor (Deus Pai)
Deus Pai é quem cuida da videira e de seus ramos. Ele supervisiona o crescimento, a produção e a saúde de todo o sistema. Ele poda os ramos que dão fruto para que se tornem mais produtivos e remove os que não produzem.
Os Ramos (Os Cristãos)
Os seguidores de Jesus são os ramos. Sua principal função é permanecer conectados à videira, pois, sem essa união, não podem produzir frutos. A separação de Jesus leva à morte espiritual.
O Fruto (Boas Obras e Caráter Cristão)
Esse Fruto que Jesus menciona nessa parábola da videira e o Fruto do Espírito em Gálatas 5 estão profundamente relacionados. Embora as passagens usem a palavra "fruto" em contextos ligeiramente diferentes, elas se referem à mesma ideia central: as qualidades e ações que demonstram a presença e a vida de Cristo em um cristão verdadeiro. O Fruto do Espírito é a manifestação visível e prática do caráter de Cristo na vida de uma pessoa.
Comentário
Pr. Éder Tomé
Referências
[1] Bíblia Sagrada (ARC) – Sociedade Bíblica do Brasil - 4° edição - 2009
[2] Bíblia Sagrada King Jones – Atualizada – Fiel aos Originais
[3] Bíblia Sagrada (NTLH) - Linguagem de Hoje
[4] Revista Betel Dominical Adultos - 3T - 2025
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