1. O presente e o futuro da Igreja.
A graça de Deus se manifestou trazendo salvação – passado (Tt 2.11). O
resumo que Paulo apresenta do Evangelho em 1 Coríntios 15.1-4 expõe fatos
históricos da morte e ressurreição de Cristo como fundamento das verdades que
ele estaria ensinando no restante do capítulo que envolvem acontecimentos
escatológicos (ressurreição e arrebatamento). Elementos da esperança do
discípulo de Cristo.
Enfatize com seu aluno resumidamente o ministério de Jesus Cristo aqui na terra (seu nascimento, sua vida, seu ministério terreno, sua morte, sua ressurreição e ascensão aos céus). No passado, Cristo, manifestou a salvação, infelizmente muitas pessoas estão dentro das igrejas sem crer nesta verdade, estão fingindo ser cristãs, mas não estão seguindo em direção a fé. Estes dias uma pessoa cristã me questionou: Será mesmo que Jesus Cristo nasceu e viveu entre nós ? Tem muitas pessoas que possuem duvidas acerca do nascimento de Jesus, quanto mais sobre sua morte e ressurreição. Misericórdia !
Gostava muito de ouvir as pregações de um renomado pastor em uma rádio em SP, até o dia que ele disse: "A segunda volta de Cristo é uma Utopia", tomei um choque instantâneo, e perguntei para eu mesmo: "É isso mesmo que acabei de ouvir?". Então esse pastor (que nunca mais dei crédito a sua pregação) prosseguiu : "A volta de Cristo está revelada nas escrituras, não para a gente esperar por Ele. A volta de Cristo está revelada nas escrituras para nos mobilizar, para agirmos, para dizer que o Reino de Deus é chegado entre os homens... Eu creio na volta de Jesus Cristo, mas não creio como 'vem Jesus, oh vem Jesus' creio como força motivadora, uma esperança que me mobiliza para a ação". Confesso que fiquei incomodado e perguntando para eu mesmo: "de onde este camarada tirou esta teoria maluca ?",
Entrei no famoso google e cheguei na fonte desta maluquice, este renomado pastor fez essa tal afirmação baseada em um livro de Jurgen Moltmann, "Teologia da Esperança" onde ele trata a volta de Cristo como um ânimo, uma motivação.
Cremos que Jesus morreu, ressuscitou e na sua ascensão prometeu : "Na casa do meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito: vou preparar-vos lugar. E se eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também" (Jo 14:2,3).
Amados, escrevi tudo isso para afirmar o seguinte: Bem-aventurada Esperança é a segunda vinda de Jesus Cristo, tem muitos cristãos que infelizmente não tem ou não acreditam na Bem-aventurada Esperança, não acreditam na volta literal de Cristo.
Tem muito cristão que espera de Deus somente nesta vida !
Apóstolo Paulo disse : "Se só nesta vida esperarmos em Cristo, somos os mais miseráveis de todos os homens" (1Co 15:19).
1.1. O presente e a bem-aventurada
esperança.
Existe uma íntima relação entre o viver hoje da Igreja e a bem-aventurada
esperança. Eis o desafio: viver o presente na expectativa do futuro. Estamos no
mundo (Jo 17.11), porém não somos do mundo (Jo 17.14, 16), mas fomos enviados
ao mundo (Jo 17.18), e aqui estamos como peregrinos e forasteiros (1Pe 2.11).
Assim o presente da Igreja deve envolver consciência de chamado, santificação,
missão e esperança, pois como os patriarcas, vivemos pela fé e com esperança
(Hb 11.10).
"Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que abstenhais das concupiscências carnais, que combatem contra a alma" (1Pe 2:11).
Como crentes, somos "peregrinos e forasteiros" neste mundo, porque nosso verdadeiro lar é com Deus. O céu não é a existência em nuvens cor-de-rosa e harpas que é popular em desenhos animados. O céu é o local onde Deus habita. A vida no céu funciona segundo os princípios e os valores de Deus, e é eterna e inabalável. O reino dos céus veio à terra no simbolismo do santuário judaico (o Tabernáculo e o Templo), onde habitava a presença de Deus. Ele veio de uma maneira mais plena e completa na presença de Jesus Cristo, que é "Deus conosco".
Ele se espalhou por todo o mundo quando o Espírito Santo veio para viver em cada crente. Um dia, depois de Deus julgar e destruir todo o pecado, o reino dos céus governará cada canto desta terra. João viu esse dia, em uma visão e clamou : "Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão seu povo, e o mesmo Deus estará com eles" (Ap 21:3).
Nossa verdadeira lealdade deve ser voltada à nossa cidadania do céu, e não à nossa cidadania daqui, porque a terra será destruída. Nossa lealdade deve ser voltada à verdade de Deus, ao seu modo de vida, e ao seu povo dedicado. Como somos leais a Deus, frequentemente sentimos que somos estrangeiros em um mundo que preferia ignorar a Deus.
(Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - ARC - CPAD - 2009 - 4 Edição).
1.2. Identificação da bem-aventurada
esperança.
A bem-aventurada esperança da Igreja é a segunda vinda de Jesus Cristo.
São várias as designações bíblicas identificando este evento escatológico,
como: “esperar dos céus a seu Filho” (1Ts 1.10); “vinda do Senhor...o mesmo
Senhor descerá do céu com alarido...” (1Ts 4.15-16); “manifestação de nosso
Senhor Jesus Cristo” (1Co 1.7); “Quando Cristo, que é a nossa vida, se
manifestar...” (Cl 3.4); “bem-aventurada esperança” (Tt 2.13). O retorno do
Senhor Jesus Cristo desencadeará outros acontecimentos escatológicos, porém a
Igreja está aguardando a manifestação do próprio Senhor. É a ênfase bíblica
quanto a expectativa dos que estão em Cristo (Hb 9.28; Fp 3.20-21).
Estimado professor, você está na expectativa, você vive aguardando o grande dia do arrebatamento da igreja ? do dia que participaremos das bodas do cordeiro e do tribunal de Cristo ? Essa é nossa esperança. mesmo que estivermos mortos seremos ressuscitados para encontrar com Jesus Cristo nos ares em um corpo glorificado.
Reflita isso com seu aluno.
Muitos acham que Jesus está demorando muito, lançam duvidas no coração e questionam: "Será que Jesus vai arrebatar a igreja mesmo ? Será que Jesus vai voltar mesmo?" Quantas pessoas deixam de mortificar a carne, santificar a vida, viver um devocional diário porque esta sem esperança. Quantas pessoas vão a igreja aos domingos à noite para cumprir seu ritual religioso sem olhar ou estar preparado para a bem-aventurada esperança da Igreja.
1.3. A certeza da bem-aventurada
esperança.
Sugerimos voltar à lição 1, cujo tema foi “O Deus Todo-Poderoso se
revelou”, pois enfatizamos como primeiro aspecto da certeza da Igreja quanto à
bem-aventurada esperança o caráter de Deus: “não pode mentir” (Tt 1.2);
“impossível que Deus minta” (Hb 6.18). “fiel é o que prometeu” (Hb 10.23). O
apóstolo João identifica aquele que vinha do céu: “Fiel e Verdadeiro” (Ap
19.11). Assim, passemos às promessas registradas na Palavra de Deus: o próprio
Jesus Cristo prometeu (Jo 14.3; 20.22; Ap 22.7, 12, 20); os anjos anunciaram o
retorno do Senhor (At 1.11); os apóstolos registraram que o Senhor Jesus voltará
(Tg 5.8; Fp 3.20; 1Ts 4.13-18; Hb 9.28; 2Pe 3.3-4; 1Jo 2.28).
O Novo testamento fala mais de trezentas vezes que Jesus vai voltar. Jesus prometeu que voltará. Por acaso nosso Deus é mentiroso ?
Aparentemente, mentir era algo corriqueiro em Creta (Tt 1:12). Paulo deixou claro, no princípio, que Deus não mente. A base da nossa fé é confiar no caráter de Deus. Como Deus é a verdade, Ele é a fonte de toda verdade e não pode mentir.
A crença nele leva a um modo de vida que honra a Deus (Tt 1:1). A vida eterna que Deus prometeu será nossa, porque Ele cumpre suas promessas. Edifique sua fé sobre a fundação de um Deus confiável, que jamais mente.
(Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - ARC - CPAD - 2009 - 4 Edição).
2. Acontecimentos da segunda vinda.
Em sua primeira vinda, Jesus encarnou, “aniquilou-se a si mesmo tomando
a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens...humilhou-se” (Fp 2.7-8),
viveu entre os homens, pregou o Evangelho, chamando os homens para que se
arrependessem e cressem no Evangelho (Mc 1.15), “ofereceu-se para tirar os
pecados” (Hb 9.28), pelo próprio sacrifício (Hb 9.26), morreu, ressuscitou e
“foi levado às alturas” (At 1.9). Como será a Sua segunda vinda? Que
acontecimentos serão desencadeados?
2.1. Ressurreição dos que morreram em
Cristo.
Por ocasião da segunda vinda do Senhor, “os que morreram em Cristo
ressuscitarão primeiro” (1Ts 4.16). A ressurreição (no grego, “anastasis”,
“levantado de volta à vida, “levantar dentre os mortos”) é um tema frequente no
Novo Testamento. O Senhor Jesus a ensinou: Lucas 14.14; João 5.28-29; 6.39-40,
54. O apóstolo Paulo fez uma exposição sobre este assunto em 1 Coríntios 15,
pois parece que alguns coríntios diziam que não existia ressurreição dos mortos
(1Co 15.12). O apóstolo mostra que a ressurreição do discípulo de Cristo faz
parte da fé, pois sem essa esperança somos “os mais miseráveis de todos os
homens” (1Co 15.19). Então ele afirma que a ressurreição de Cristo é a certeza
da ressurreição dos Seus discípulos.
Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; (1Ts 4:16).
Saber exatamente quando os mortos serão ressuscitados, com relação aos outros eventos da segunda vinda, não é tão importante quanto saber por que Paulo escreveu estas palavras: para incentivar os crentes a consolar e encorajar, uns aos outros. Esta passagem pode ser uma grande consolação, quando algum crente morre. O mesmo amor que deve unir os crentes nesta vida (1Ts 4:9) unirá os crentes, quando Cristo voltar e reinar, por toda a eternidade.
No versículo quando fala "arcanjo" ... Um "arcanjo" é um anjo com uma posição de autoridade e liderança. Miguel é o único arcanjo mencionado no Novo Testamento (Veja Jd 9; Dn 10:13, Dn 12:1).
(Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - ARC - CPAD - 2009 - 4 Edição).
2.2. O arrebatamento da Igreja.
O retorno do Senhor também desencadeará uma mudança nos que estiverem
vivos: “arrebatados juntamente com eles (os que irão ressuscitar) nas nuvens, a
encontrar o Senhor nos ares” (1Ts 4.17). Em 1 Coríntios 15.52, Paulo designa
este acontecimento em relação aos vivos com a expressão: “seremos
transformados”. Interessante observar os sentidos das palavras usadas para
descrever este evento, no grego: “arrebatados” – “Harpadzo” – “tomar para si”;
e “transformados” – “allasso” – “mudar para melhor”.
Os cristãos que estiverem vivos neste dia não terão que morrer, mas serão transformados, imediatamente. O soar de uma trombeta dará início ao novo céu e à nova terra. Os judeus entenderiam o significado disso, porque sempre tocavam trombetas para indicar o início de grandes festas e outros eventos extraordinários (Nm 10:10).
(Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - ARC - CPAD - 2009 - 4 Edição).
2.3. O julgamento divino.
Estejamos cientes de que em uma lição não é possível abranger todos os
eventos escatológicos e nem esgotar os que estão sendo abordados. Também não é
propósito estabelecer uma ordem cronológica dos acontecimentos (outras lições
já o fizeram). Assim, como último acontecimento a ser abordado neste tópico,
também desencadeado pelo retorno de nosso Senhor, independente do aspecto
cronológico, é o julgamento divino. Trata-se de um tema não muito proclamado,
porém será uma realidade, pois faz parte da doutrina escatológica.
3. Efeitos da bem-aventurada
esperança.
Três efeitos devem ser produzidos na vida de todo aquele que é discípulo
de Jesus, considerando que a segunda vinda de Jesus é certa repentina e ninguém
sabe o dia e a hora (Ap 22.20; 1Co 15.52; Mt 24.42). Em termos práticos, como
estas verdades devem impactar o nosso viver entre o presente e o futuro?
3.1. Estabilidade Cristã.
O dicionário Aurélio informa sobre a palavra “estabilidade”: “qualidade
de estável; firmeza; solidez; segurança”! Ilustrando este termo, recorremos à
navegação. Para uma embarcação, estabilidade é a capacidade de restaurar seu
equilíbrio inicial após uma perturbação qualquer. Encontramos este resultado
prático na vida do discípulo de Cristo em 1 Coríntios 15.58. Notar como inicia
o versículo 58 – “Portanto”; expressão que introduz um texto que contém a
conclusão da exposição de motivos anteriores. A esperança e garantia da
ressurreição e o retorno do Senhor devem produzir em nós firmeza, perseverança,
desejo de sermos abundantes no serviço do Senhor e ciência de que todo o
esforço não é vão.
3.2. Constante purificação.
“E qualquer um que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo...”
(1Jo 3.3). Atentemos para os versículos anteriores: somos filhos de Deus;
seremos semelhantes a Jesus; temos uma esperança. O apóstolo João está expondo
sobre a segunda vinda de Jesus, mas não fica somente na teologia. Ele aponta
para a conduta. Enfatiza as implicações práticas da bendita expectativa:
“quando ele se manifestar”. Ele vai se manifestar, Cristo virá (Hb 10.23). Por
causa dessa esperança, o discípulo do Senhor “purifica-se a si mesmo”.
A vida cristã é um processo, em que nos tornamos cada vez mais semelhantes a Cristo (veja Rm 8:29). Este processo não será concluído, até que vejamos a Cristo face a face (1Co 13:12; Fp 3:21), mas saber que esse é nosso destino supremo deve nos motivar, para que purifiquemos a nós mesmos.
Purificar-se significa conservar-se moralmente correto, livre da corrupção do pecado. Deus nos purifica, mas também devemos adotar medidas para permanecermos em forma, moralmente (veja 1Tm 5:22; Tg 4:8; 1Pe 1:22)
(Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - ARC - CPAD - 2009 - 4 Edição).
3.3. Constante vigilância.
É significativa a quantidade de expressões usadas por Jesus em Seu
sermão profético registrado nos evangelhos (Mt 24.4, 42,44; Mc 13.33), além de
outros textos. São vários os significados: tende cuidado; atenção; esteja
alerta; ficai em prontidão. São termos que contrastam com a falta de firmeza e a
indiferença. É importante unir a vigilância à prática da oração (Lc 21.36),
como alertou o próprio Cristo.
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