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sábado, 25 de setembro de 2021

Lição 1 - O Maravilhoso Propósito da Salvação

        

 











Texto Áureo
"Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade." (Efésios 1.4)

Verdade Aplicada
Deus nos deixou essa epístola para revelar a grandeza de Seu plano de salvação, um projeto elaborado antes de tudo existir.

Texto de Referência
Efésios 1.1-3,5,6
1 - Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, aos santos que estão em Éfeso e fiéis em Cristo Jesus:
2 - A vós graça e paz, da parte de Deus, nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo!
3 - Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo;
5 - E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade,
6 - Para louvor da glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado.

                             Introdução
A narrativa paulina da Epístola escrita aos Efésios nos revela o maravilhoso plano da salvação idealizado por Deus desde a fundação dos tempos [Ef 2.8-9].
“Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor, e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade” (Ef 1.4,5).

1 - Conhecendo a Epístola aos Efésios
A Epístola aos Efésios relata a fantástica história da salvação humana. Inspirado pelo Espírito Santo, Paulo nos revela a nova dimensão alcançada através dela, a qual insere toda a raça humana debaixo da poderosa e imensurável graça divina.

Autoria. “Paulo, apóstolo de Jesus Cristo” (1.1a). A data provável da redação da Epístola aos Efésios ocorreu por volta de  62 d.C..Uma epístola da prisão. Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios;Ef 3:1Epístola que foi escrita no período em que Paulo se encontrava preso em Roma.( Biblia de estudo pentecostal,CPAD)

1.1 - A Epístola aos Efésios
A Epístola é uma contemplação do plano de Deus realizado em Jesus Cristo e na Igreja, com a consequente exortação de colocá-lo em prática em todos os atos da vida. Paulo destaca a função “cósmica” de Cristo, Seu domínio sobre os poderes angélicos e Sua soberania sobre todo o universo [Ef 1.20-21]. A Igreja é apresentada como resultado da obra salvífica de Cristo, sendo Seu Corpo, “a plenitude daquele que cumpre tudo em todos” [Ef 1.22-23], formada por judeus e gentios nascidos de novo e feitos um único povo de Deus [Ef 2.14-18]. E é também o Templo, que tem o próprio Jesus Cristo como a “pedra angular” e que está sendo construído pela ação do Espírito Santo [Ef 2.19-22].


“A CIDADE DE ÉFESO Situada em uma baía interior (hoje em dia coberta de lodo), a cidade se ligava, através de um canal estreito do Rio Cyster, ao mar Egeu, a uma distância aproximada de 3 milhas (4,8 quilômetros). A cidade ostentava impressionantes monumentos cívicos, incluindo-se entre eles o proeminente templo de Artemis (Diana), uma das sete maravilhas do mundo antigo. As moedas da cidade orgulhosamente exibiam o ‘slogan’ Neokoros , isto é, ‘guardiã do templo’. Paulo pregou a grandes multidões nessa cidade. Os artesãos se queixavam de que ele havia influenciado um grande número de pessoas em Éfeso e em praticamente toda a província da Ásia (At 19.26). Em um dos eventos mais dramáticos registrados no Novo Testamento, o apóstolo conseguiu desvencilhar-se de uma grande multidão no teatro. Essa estrutura, localizada na ladeira do monte Pion, no final do ‘Caminho da Arcádia’, podia acomodar 25.000 pessoas sentadas” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 2. RJ: CPAD, 2017, p.387).

Subsídio do Professor: Russell P. Shedd (Epístolas da prisão, Editora Vida Nova, p. 11) comentou que “é a epístola que foi reconhecida por uma autoridade como a rainha das epístolas de Paulo. Efésios é o mais sublime de todos os livros ou epístolas na literatura humana. O apóstolo aos gentios encontrava-se preso em Roma, mas tinha liberdade para ensinar. E, talvez mais importante ainda, podia meditar e colocar no papel suas meditações (segundo Atos 28.30-31). A Epístola aos Efésios foi escrita provavelmente em 61 A.D., trinta anos, mais ou menos, depois da sua conversão.”

1.2 - A Apresentação do Mistério de Cristo e da Igreja 
A Carta começa com um hino solene que reflete as características do estilo litúrgico que é inspirado nas grandes bênçãos judaicas. Seu tema é o “mistério de Cristo” [Ef 3.3-4], isto é, o desígnio divino da salvação, escondido em Deus desde a eternidade, anunciado pelos profetas e plenamente realizado em Jesus Cristo. A iniciativa deste desígnio pertence ao Pai. Foi Ele quem nos escolheu e nos predestinou para sermos Seus filhos adotivos. Mas quem cumpre a ação salvadora do Pai é “seu Filho amado” [Ef 1.6], através do Espírito, que é “o penhor de nossa herança” na glória [Ef 1.14].

“Revelação e Mistério Os termos revelação e mistério são associações comuns nas epístolas paulinas. Paulo emprega, por exemplo, o termo mistério seis vezes na epístola aos Efésios. Para compreender adequadamente este termo é necessária uma comparação formal com a epístola aos Colossenses, pois esta também usa o termo várias vezes (1.26,27; 2.2; 4.3). O termo também pode ser encontrado em Romanos (duas), 1 Coríntios (seis), 1 Timóteo (duas), 2 Timóteo (duas). Os usos do termo mystēhon nestas epístolas possuem particular afinidade com o contexto já encontrado em Efésios e Colossenses.

Em Colossenses, mistério é especificado pelo genitivo ‘mistério de Deus’ (2.2) e ‘mistério de Cristo’ (4.3). Nos outros dois casos (1.26,27), o contexto define o mistério em relação a Deus e a Cristo: ‘Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória’. Em Colossenses 2.2, este mistério é o próprio Cristo: ‘para conhecimento do mistério de Deus — Cristo’.

Esse conjunto de características se encontra também nos textos de Efésios. Em três casos, o mystēhon é determinado por um genitivo que o coloca em relação com a iniciativa eficaz e gratuita de Deus, a sua ‘vontade’ (1.9), com o Cristo (3.4) ou com o Evangelho (6.19). Em dois casos, o termo é usado de forma absoluta, ‘o mistério’ (3.3,9), mas o contexto permite referi-lo, sem dúvida, a Deus ou ao Cristo. Exclui-se dessa perspectiva o caso de 5.32, onde designa uma interpretação ‘profética’ de um texto bíblico, precisamente, de Gênesis 2.24, relido à luz da ligação salvífica entre Cristo e a Igreja [...]”.

(BENTHO. E. C. Hermenêutica fácil e descomplicada. 3.ed. RJ: CPAD, 2005, p.37-8.)

1.3 - A Essência da Epístola
Paulo deixa muito claro que não basta apenas contemplar o “mistério de Cristo” e bendizer ao Pai por seu desígnio de amor. É necessário viver esse mistério e ser coerente com esse desígnio. Se todas as coisas foram “reunidas” em Jesus, como os cristãos podem viver desunidos? Na Igreja existe uma diversidade de dons e funções, mas essa diversidade necessária, longe de ser um obstáculo à sua unidade, deve contribuir para enriquecê-la e torná-la mais manifesta. Como todo corpo e à maneira de um “edifício”, a Igreja deve crescer constante e harmonicamente com a contribuição de todos, até atingir “à medida da estatura completa de Cristo” [Ef 4.13].

“Assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor” Ef 1.4.

ATRIBUTOS DA UNIDADE DA FÉ: HUMILDADE, MANSIDÃO E LONGANIMIDADE
A Carta aos Efésios traz orientações bem práticas para que os crentes cheguem à unidade da fé. Ela mostra claramente que a unidade na Igreja de Cristo é o resultado da humildade, mansidão e longanimidade na vida dos crentes. Esse é o ponto que deve ser mostrado com ênfase ao longo da lição desta semana. Para garantir a unidade da fé, segundo o ensinamento de Efésios, é preciso Humildade, Mansidão e Longanimidade. Para isso que você deve ter outros objetivos bem delineados para atingi-los ao ministrar a lição em classe. O primeiro deles, explicar que a humildade é uma virtude indispensável para a comunhão. O segundo, enfatizar que a mansidão produz crentes que promovem a paz e a conciliação. E, finalmente, o terceiro é frisar que a longanimidade capacita o crente a ser tolerante com os defeitos alheios. Todos esses objetivos trabalham para mostrar o valor destas três grandes virtudes cristãs: Humidade, Mansidão e Longanimidade na manutenção da Unidade da Fé.(SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO, CPAD)

Subsídio do Professor:A unidade cristã deve ser o fruto da nova vida que recebemos quando nos revestimos de Cristo. O mesmo deve ser dito de todo comportamento cristão. Cristo nos transportou de um mundo de trevas para o reino de sua maravilhosa luz. Como “filhos da luz” [Ef 5.8], somos chamados para imitar a Deus, praticando o incomparável amor de seu Filho em nossos relacionamentos com os outros.


2 - Os Privilégios Concedidos por Jesus Cristo
Paulo sabia reconhecer perfeitamente que Deus era a verdadeira fonte de onde tudo se originava. Ele tinha todos os motivos para bendizer ao Senhor em todo o tempo. Ele conhecia perfeitamente o que a graça nos havia proporcionado e como nos tornamos abençoados por meio de nossa aliança com Jesus Cristo.

2.1 - Graça e Paz
A vós graça e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e da do Senhor Jesus Cristo” (Ef 1.2)Graça e paz era uma saudação muito comum na Igreja Primitiva [Ef 1.2; Fp 1.2; 2Pe 1.2]. A tradição judaica usava somente a palavra hebraica “shalom” (traduzida como paz). Mas Paulo, divinamente inspirado, dá um sentido muito mais especial a essa saudação quando lhe acrescenta o termo grego “charis” (que pode ser traduzido como graça ou encanto). A palavra graça possui dois conceitos importantes: aparece como um dom imerecido, e retratando algo amável. Indica que na vida cristã deve haver bondade e encanto. O “shalom” (paz) significa tudo o que se relaciona com o bem supremo do homem. Paz, do grego “eirene”, indica a tranquilidade, bênçãos que desfrutam todos que estão em Cristo, por terem sido reconciliados com Deus. Portanto, graça e paz são duas expressões de enorme significado para a fé cristã.

A saudação epistolar. A saudação é a mais breve dentre todos os escritos de Paulo. Ele se dirige “aos santos e fiéis em Cristo Jesus” (1.1), isto é, aqueles que foram separados e consagrados para ser a propriedade exclusiva de Deus (1Pe 2.9). Paulo os cumprimenta com as palavras “graça e paz” (1.2), uma expressão que lembra o favor gratuito e imerecido de Deus. Quanto aos destinatários, a maioria dos intérpretes considera que a Epístola era uma carta circular destinada aos cristãos de maioria gentílica das muitas igrejas da Ásia, provenientes de Éfeso, a metrópole mais importante daquela região.(CPAD,2020,2ºtrim.)

2.2 - A Fonte de onde tudo se Origina
Dirigindo-se ao povo de Éfeso, Paulo faz duas importantíssimas colocações. Acerca de si mesmo e de seu apostolado, ele não usa de vanglória quando afirma que se tornou apóstolo pela vontade de Deus [Ef 1.1]. Paulo vivia um assombro e uma grande admiração por Deus ter escolhido um homem como ele para tal missão. Ele sabia perfeitamente que sua eleição aconteceu devido à imensa graça de Deus, não porque fosse merecedor [Ef 2.8-9]. Em forma de gratidão, ele usa o termo: “bendito”, para dar exclusividade a Deus, e legitimar Aquele que é a fonte de todas as bênçãos. Somente o Senhor é digno de ser chamado de “bendito”, porque Ele é a fonte de onde tudo se origina [Ef 1.3].

O apóstolo Paulo — Paulo teve sérios problemas com os crentes de Corinto, pois alguns não reconheciam o seu apostolado. Por isso, ele inicia a primeira carta aos Coríntios, declarando-se apóstolo de Jesus Cristo (1Co 1.1). Paulo enfatiza que seu chamado se deu “pela vontade de Deus”. Os orgulhosos crentes de Corinto não aceitavam o apostolado de Paulo pelo fato dele não ter feito parte do colégio apostólico. Todavia, Paulo teve um encontro pessoal com Cristo no caminho de Damasco (At 9). Este encontro mudou seu ser. A missão confiada a Paulo foi dada pelo próprio Senhor Jesus (At 9.15). Os próprios coríntios eram a marca do apostolado de Paulo. Ele declara isso em 1 Coríntios 9.2. .(SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO, CPAD)


2.3 - Abençoados com todas as Bênçãos Espirituais
“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo” (Ef 1.3). Paulo também nos apresenta duas poderosas perspectivas acerca das bênçãos divinas. Primeiro ele fala da abrangência de nossas bênçãos. Temos “todas as bênçãos espirituais” [Ef 1.3].

As bênçãos espirituais. Obviamente que as bênçãos espirituais não são materiais, mas provenientes dos “lugares celestiais”, isto é, do reino espiritual. Essas bênçãos são mencionadas na longa passagem de Efésios (1.3-14), tais como: Deus nos elegeu para sermos santos (1.4); predestinou-nos para sermos filhos (1.5); nos fez agradáveis para si (1.6); remiu-nos por meio do sangue de Cristo (1.7); acolheu-nos por sua vontade redentora (1.8-12); revelou-nos a Palavra da verdade (1.13a); selou-nos com o Espírito Santo da promessa (1.13b); ainda garantiu a validade da promessa (1.14). Tais bênçãos provêm de Deus, que planejou a redenção; do Filho, que a realizou; e do Espírito Santo, que a garante. Essas bênçãos nos conduzem a exclamar como Paulo: “Bendito Seja Deus!”. Lições CPAD Jovens e Adultos» Adultos 2020 » 2º Trim.)

3 - As Grandiosas Riquezas da Graça
Nesta seção, Paulo faz um relato das bênçãos recebidas em Cristo Jesus. Ele apresenta os propósitos de nossa eleição em Deus, os efeitos da redenção e como nos tornamos filhos para que pudéssemos desfrutar das riquezas dessa tão grande salvação.

3.1 - Eleitos em Cristo
A doutrina da eleição nos causa maravilha e perplexidade. O fato de que Deus nos escolheu mesmo antes de criar o universo, nos revela Sua presciência e Seu propósito. Paulo ressalta duas coisas maravilhosas advindas dessa escolha: primeiro, Ele nos escolheu, essa escolha não parte da vontade de homem algum [Jo 15.16; Rm 3.10-11]. Ele não nos escolheu porque éramos bons, mas nos escolheu para que pudéssemos fazer algo de bom. Em segundo lugar, Ele nos escolheu “nele” (em Cristo), não em nós mesmos [Ef 1.4]. Também nos escolheu com um propósito: para sermos santos e irrepreensíveis.

 A Eleição divina.Eleição traz a ideia de escolha. Aos Efésios (1.4), Paulo menciona três aspectos dessa escolha: (1) Em quem fomos escolhidos? Em Jesus, por isso ela é Cristocêntrica; (2) Em que tempo se deu essa escolha? O tempo é dito como “antes da fundação do mundo”; (3) E qual a finalidade? Para que fôssemos “santos e irrepreensíveis”. Donald Stamps, editor da Bíblia de Estudos Pentecostal, afirma que a eleição de pessoas ocorre somente em união com Jesus Cristo e que ninguém é eleito sem estar unido a Cristo pela fé. Nossa Declaração de Fé assevera que Deus elegeu a Igreja desde a eternidade, antes da fundação do mundo, segundo a sua presciência (1Pe 1.2).(Lições CPAD Jovens e Adultos» Adultos 2020 » 2º Trim.)

Subsídio do Professor:Todos nós, cristãos, concordamos que a salvação começa em Deus. Sabendo que os recursos humanos são escassos, é Ele sempre quem dá o primeiro passo para que ela se concretize [Rm 3.10-11]. Em Seu infinito amor e graça, é Deus quem procura o pecador [Lc 19.10]. Convém observar que Deus nos escolheu mesmo antes de criar o universo, de modo que nossa salvação se deve inteiramente à Sua graça, não há mérito humano que possa justificar a salvação. Por isso Paulo afirma que fomos eleitos “nele”, em Cristo [Ef 1.4].

3.2 - Uma Poderosa Redenção 
A redenção da humanidade está intimamente ligada à ideia de sacrifício com derramamento de sangue [Lv 17.11; Hb 9.22]. A morte de Cristo e o derramamento de Seu sangue precioso resultaram na remissão dos pecados de toda a humanidade. Desse modo, a redenção trouxe como efeito a nossa justificação diante de Deus. A graça que foi derramada sobre nós é tão poderosa que, além de quitar completamente nossa dívida diante de Deus, ainda nos abriu a porta de acesso para que pudéssemos conhecer as riquezas de Sua graça. Acerca da graça, Paulo faz a seguinte afirmação: nos fez agradáveis [Rm 3.23-24; 5.1; Ef 1.6-7].

Subsídio do Professor:O homem jamais poderia salvar a si mesmo. A condição humana era de culpa. A redenção nos libertou dessa culpa e em Cristo fomos justificados. A palavra redenção indica “libertação em razão do pagamento de uma redenção”. O termo era usado especificamente em referência à compra da liberdade de um escravo. A aplicação desse termo esclarece perfeitamente a nossa condição antes da redenção. O sacrifício de Cristo comprou a nossa liberdade [Rm 3.23-24].

"Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele." Jo 3.17

A redenção do pecador. A redenção é o ato de remir, isto é, libertar, reabilitar, reparar e salvar algo ou alguém. Por meio de um valor pago em dinheiro adquire-se algo de novo; esse é o ato de resgatar, de tirar do poder alheio, de libertar do cativeiro. Na Bíblia, a redenção é a libertação de um escravo do jugo ou o livramento do mal mediante um resgate (Mt 20.28). O preço do resgate do ser humano foi altíssimo, pois custou a vida do Filho de Deus. Não haveria nada que pagasse o preço da desobediência de quem foi criado à imagem e semelhança de Deus, o ser humano. Só o Pai, mediante seu amor gracioso, poderia prover a remissão do pecador por intermédio de seu único Filho (Gl 3.13; 1 Tm 2.5,6).

 Uma redenção plena.A condição de redimido não traz benefícios somente para o tempo presente, mas garantia de vida eterna, de morar para sempre com Cristo no paraíso celestial (Ap 19.9; Lc 23.43). Portanto, a redenção eterna promovida por meio do sacrifício de Cristo extrapola as dimensões terrenas, temporais e espaciais da vida humana (1 Co 15.19). (Lições CPAD Jovens e Adultos » 2017 » 4º Trim)


3.3 - Filhos Adotivos
Paulo nos diz que Deus nos predestinou para sermos adotados como Seus filhos por meio de Jesus Cristo, de acordo com a pura afeição de Sua vontade [Ef 1.5]. A adoção é o ato pelo qual Deus coloca os que nasceram de novo em uma posição de filhos adultos dentro de sua família.

Conceito bíblico e teológico.No sentido bíblico, o ser humano caído em pecado é uma criatura e não filho de Deus. Para se tornar filho de Deus é preciso crer no sacrifício vicário de Cristo para então ser recebido pelo Pai como filho por adoção (Jo 1.12; Gl 4.5). Assim, é possível fazer parte da família de Deus, desfrutando de uma relação terna e amorosa cuja expressão mais peculiar para descrevê-la é Aba (paizinho), Pai (Gl 4.6). É um privilégio ser membro de uma família em que todos passam a chamar e a considerar uns aos outros, irmãos em Cristo (1 Ts 2.14). Toda essa bênção só é possível porque fomos feitos "filhos de adoção por Jesus Cristo" (Ef 1.5).(Lições CPAD Jovens e Adultos » 2017 » 4º Trim.)

Subsídio do Professor:Todos nós fomos criados para viver em comunhão com Deus, como seus filhos [Gn 1.26; At 17.28]. Porém, o pecado roubou de nós esse privilégio, e a consequência dessa qualidade de vida era viver fugindo de Deus. Pela graça de Deus, em Cristo e através dEle, fomos restaurados à filiação. Antes éramos apenas criaturas e não filhos [Mc 16.15; Jo 1.12]. A adoção nos colocou em uma posição privilegiada. O que antes era medo e afastamento de Deus, com a adoção se tornou alegria, prazer e amor pelas coisas divinas.

Conclusão
De acordo com o bom propósito de Sua vontade, Deus em Sua presciência e adorável graça elaborou desde a eternidade uma poderosa redenção para toda humanidade em Jesus Cristo. Ele nos resgatou e nos adotou para nos tornar participantes das promessas em Cristo [Ef 3.6].