Autoria. “Paulo, apóstolo de Jesus Cristo” (1.1a). A data provável da redação da Epístola aos Efésios ocorreu por volta de 62 d.C..Uma epístola da prisão. Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios;Ef 3:1. Epístola que foi escrita no período em que Paulo se encontrava preso em Roma.( Biblia de estudo pentecostal,CPAD)
Subsídio do Professor: Russell P. Shedd (Epístolas da prisão, Editora Vida Nova, p. 11) comentou que “é a epístola que foi reconhecida por uma autoridade como a rainha das epístolas de Paulo. Efésios é o mais sublime de todos os livros ou epístolas na literatura humana. O apóstolo aos gentios encontrava-se preso em Roma, mas tinha liberdade para ensinar. E, talvez mais importante ainda, podia meditar e colocar no papel suas meditações (segundo Atos 28.30-31). A Epístola aos Efésios foi escrita provavelmente em 61 A.D., trinta anos, mais ou menos, depois da sua conversão.”
“Revelação e Mistério Os termos revelação e mistério são associações comuns nas epístolas paulinas. Paulo emprega, por exemplo, o termo mistério seis vezes na epístola aos Efésios. Para compreender adequadamente este termo é necessária uma comparação formal com a epístola aos Colossenses, pois esta também usa o termo várias vezes (1.26,27; 2.2; 4.3). O termo também pode ser encontrado em Romanos (duas), 1 Coríntios (seis), 1 Timóteo (duas), 2 Timóteo (duas). Os usos do termo mystēhon nestas epístolas possuem particular afinidade com o contexto já encontrado em Efésios e Colossenses.
Em Colossenses, mistério é
especificado pelo genitivo ‘mistério de Deus’ (2.2) e ‘mistério de Cristo’
(4.3). Nos outros dois casos (1.26,27), o contexto define o mistério em relação
a Deus e a Cristo: ‘Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória
deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória’. Em
Colossenses 2.2, este mistério é o próprio Cristo: ‘para conhecimento do
mistério de Deus — Cristo’.
Esse conjunto de
características se encontra também nos textos de Efésios. Em três casos,
o mystēhon é determinado por um genitivo que o coloca em
relação com a iniciativa eficaz e gratuita de Deus, a sua ‘vontade’ (1.9), com
o Cristo (3.4) ou com o Evangelho (6.19). Em dois casos, o termo é usado de
forma absoluta, ‘o mistério’ (3.3,9), mas o contexto permite referi-lo, sem
dúvida, a Deus ou ao Cristo. Exclui-se dessa perspectiva o caso de 5.32, onde
designa uma interpretação ‘profética’ de um texto bíblico, precisamente, de
Gênesis 2.24, relido à luz da ligação salvífica entre Cristo e a Igreja [...]”.
(BENTHO. E.
C. Hermenêutica fácil e descomplicada. 3.ed. RJ: CPAD, 2005, p.37-8.)
“Assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para
sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor” Ef 1.4.
ATRIBUTOS DA UNIDADE DA
FÉ: HUMILDADE, MANSIDÃO E LONGANIMIDADE
A Carta aos Efésios traz orientações bem práticas para que os crentes cheguem à
unidade da fé. Ela mostra claramente que a unidade na Igreja de Cristo é o
resultado da humildade, mansidão e longanimidade na vida dos crentes. Esse é o
ponto que deve ser mostrado com ênfase ao longo da lição desta semana. Para
garantir a unidade da fé, segundo o ensinamento de Efésios, é preciso
Humildade, Mansidão e Longanimidade. Para isso que você deve ter outros
objetivos bem delineados para atingi-los ao ministrar a lição em classe. O
primeiro deles, explicar que a humildade é uma virtude indispensável para a
comunhão. O segundo, enfatizar que a mansidão produz crentes que promovem a paz
e a conciliação. E, finalmente, o terceiro é frisar que a longanimidade
capacita o crente a ser tolerante com os defeitos alheios. Todos esses
objetivos trabalham para mostrar o valor destas três grandes virtudes cristãs:
Humidade, Mansidão e Longanimidade na manutenção da Unidade da Fé.(SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO, CPAD)
Subsídio do Professor:A unidade cristã deve ser o fruto da nova vida que recebemos quando nos revestimos de Cristo. O mesmo deve ser dito de todo comportamento cristão. Cristo nos transportou de um mundo de trevas para o reino de sua maravilhosa luz. Como “filhos da luz” [Ef 5.8], somos chamados para imitar a Deus, praticando o incomparável amor de seu Filho em nossos relacionamentos com os outros.
A saudação epistolar. A saudação é a mais breve dentre todos os escritos de Paulo. Ele se dirige “aos santos e fiéis em Cristo Jesus” (1.1), isto é, aqueles que foram separados e consagrados para ser a propriedade exclusiva de Deus (1Pe 2.9). Paulo os cumprimenta com as palavras “graça e paz” (1.2), uma expressão que lembra o favor gratuito e imerecido de Deus. Quanto aos destinatários, a maioria dos intérpretes considera que a Epístola era uma carta circular destinada aos cristãos de maioria gentílica das muitas igrejas da Ásia, provenientes de Éfeso, a metrópole mais importante daquela região.(CPAD,2020,2ºtrim.)
O
apóstolo Paulo — Paulo teve sérios problemas com os crentes de Corinto, pois
alguns não reconheciam o seu apostolado. Por isso, ele inicia a primeira carta
aos Coríntios, declarando-se apóstolo de Jesus Cristo (1Co 1.1). Paulo enfatiza
que seu chamado se deu “pela vontade de Deus”. Os orgulhosos crentes de Corinto
não aceitavam o apostolado de Paulo pelo fato dele não ter feito parte do
colégio apostólico. Todavia, Paulo teve um encontro pessoal com Cristo no
caminho de Damasco (At 9). Este encontro mudou seu ser. A missão confiada a
Paulo foi dada pelo próprio Senhor Jesus (At 9.15). Os próprios coríntios eram
a marca do apostolado de Paulo. Ele declara isso em 1 Coríntios 9.2. .(SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO, CPAD)
As bênçãos espirituais. Obviamente que as bênçãos espirituais não são materiais, mas provenientes dos “lugares celestiais”, isto é, do reino espiritual. Essas bênçãos são mencionadas na longa passagem de Efésios (1.3-14), tais como: Deus nos elegeu para sermos santos (1.4); predestinou-nos para sermos filhos (1.5); nos fez agradáveis para si (1.6); remiu-nos por meio do sangue de Cristo (1.7); acolheu-nos por sua vontade redentora (1.8-12); revelou-nos a Palavra da verdade (1.13a); selou-nos com o Espírito Santo da promessa (1.13b); ainda garantiu a validade da promessa (1.14). Tais bênçãos provêm de Deus, que planejou a redenção; do Filho, que a realizou; e do Espírito Santo, que a garante. Essas bênçãos nos conduzem a exclamar como Paulo: “Bendito Seja Deus!”. Lições CPAD Jovens e Adultos» Adultos 2020 » 2º Trim.)
Subsídio do Professor:Todos nós, cristãos, concordamos que a salvação começa em Deus. Sabendo que os recursos humanos são escassos, é Ele sempre quem dá o primeiro passo para que ela se concretize [Rm 3.10-11]. Em Seu infinito amor e graça, é Deus quem procura o pecador [Lc 19.10]. Convém observar que Deus nos escolheu mesmo antes de criar o universo, de modo que nossa salvação se deve inteiramente à Sua graça, não há mérito humano que possa justificar a salvação. Por isso Paulo afirma que fomos eleitos “nele”, em Cristo [Ef 1.4].
Subsídio do Professor:O homem jamais poderia salvar a si mesmo. A condição humana era de culpa. A redenção nos libertou dessa culpa e em Cristo fomos justificados. A palavra redenção indica “libertação em razão do pagamento de uma redenção”. O termo era usado especificamente em referência à compra da liberdade de um escravo. A aplicação desse termo esclarece perfeitamente a nossa condição antes da redenção. O sacrifício de Cristo comprou a nossa liberdade [Rm 3.23-24].
"Porque Deus enviou o seu Filho
ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por
ele." Jo 3.17
A redenção do pecador. A redenção é o ato de remir, isto é, libertar, reabilitar, reparar e salvar algo ou alguém. Por meio de um valor pago em dinheiro adquire-se algo de novo; esse é o ato de resgatar, de tirar do poder alheio, de libertar do cativeiro. Na Bíblia, a redenção é a libertação de um escravo do jugo ou o livramento do mal mediante um resgate (Mt 20.28). O preço do resgate do ser humano foi altíssimo, pois custou a vida do Filho de Deus. Não haveria nada que pagasse o preço da desobediência de quem foi criado à imagem e semelhança de Deus, o ser humano. Só o Pai, mediante seu amor gracioso, poderia prover a remissão do pecador por intermédio de seu único Filho (Gl 3.13; 1 Tm 2.5,6).
Uma redenção plena.A condição de redimido não traz benefícios somente para o tempo presente, mas garantia de vida eterna, de morar para sempre com Cristo no paraíso celestial (Ap 19.9; Lc 23.43). Portanto, a redenção eterna promovida por meio do sacrifício de Cristo extrapola as dimensões terrenas, temporais e espaciais da vida humana (1 Co 15.19). (Lições CPAD Jovens e Adultos » 2017 » 4º Trim)
Conceito bíblico e teológico.No sentido bíblico, o ser humano caído em pecado é uma criatura e não filho de Deus. Para se tornar filho de Deus é preciso crer no sacrifício vicário de Cristo para então ser recebido pelo Pai como filho por adoção (Jo 1.12; Gl 4.5). Assim, é possível fazer parte da família de Deus, desfrutando de uma relação terna e amorosa cuja expressão mais peculiar para descrevê-la é Aba (paizinho), Pai (Gl 4.6). É um privilégio ser membro de uma família em que todos passam a chamar e a considerar uns aos outros, irmãos em Cristo (1 Ts 2.14). Toda essa bênção só é possível porque fomos feitos "filhos de adoção por Jesus Cristo" (Ef 1.5).(Lições CPAD Jovens e Adultos » 2017 » 4º Trim.)
Subsídio do Professor:Todos nós fomos criados para viver em comunhão com Deus, como seus filhos [Gn 1.26; At 17.28]. Porém, o pecado roubou de nós esse privilégio, e a consequência dessa qualidade de vida era viver fugindo de Deus. Pela graça de Deus, em Cristo e através dEle, fomos restaurados à filiação. Antes éramos apenas criaturas e não filhos [Mc 16.15; Jo 1.12]. A adoção nos colocou em uma posição privilegiada. O que antes era medo e afastamento de Deus, com a adoção se tornou alegria, prazer e amor pelas coisas divinas.