Lição 10 - Convencendo o Pecador
Versículo do Dia
O Espírito Santo não foi enviado unicamente para um ato exclusivo. Ele veio para convencer o homem de que é pecador, e que precisa aceitar a obra de Cristo, para se livrar do dia do juízo.
Objetivos da Lição
1 - Compreender que o Espírito Santo é multifuncional na vida do homem;
2 - Entender o que é justiça;
3 - Aprender sobre o juízo divino;
Texto de Referência
João 16.1-11
1 - Tenho-vos
dito estas coisas para que vos não escandalizeis.
2 - Expulsar-vos-ão das sinagogas; vem mesmo a hora em que qualquer que vos
matar cuidará fazer um serviço a Deus.
3 - E isto vos farão, porque não conheceram ao Pai nem a mim.
4 - Mas tenho-vos dito isto, a fim de que, quando chegar aquela hora, vos lembreis de que já vo-lo tinha dito. E eu não vos disse isto desde o princípio, porque estava convosco.
5 - E agora vou para aquele que me enviou; e nenhum de vós me pergunta: Para onde vais?
3 - E isto vos farão, porque não conheceram ao Pai nem a mim.
4 - Mas tenho-vos dito isto, a fim de que, quando chegar aquela hora, vos lembreis de que já vo-lo tinha dito. E eu não vos disse isto desde o princípio, porque estava convosco.
5 - E agora vou para aquele que me enviou; e nenhum de vós me pergunta: Para onde vais?
6 - Antes,
porque isto vos tenho dito, o vosso coração se encheu de tristeza.
7 - Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei.
8 - E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.
9 - Do pecado, porque não crêem em mim;
10 - Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais;
11 - E do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado.
7 - Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei.
8 - E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.
9 - Do pecado, porque não crêem em mim;
10 - Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais;
11 - E do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado.
INTRODUÇÃO
Dentre a multifuncionalidade do Espírito Santo, algo muito importante deve ser estudado : a sua capacidade de convencer o homem quanto ao seu pecado.
PONTO CHAVE
Mesmo o homem se afundando no pecado, Deus tem misericórdia da humanidade, a ponto de permitir que o único Filho morresse em lugar de todos aqueles que mereciam a morte. E o Espírito Santo veio para convencer o homem que é um pecador e que precisa aceitar a obra da redenção em sua vida.
1. O HOMEM PECADOR
Pecados são ações ou intenções do homem que
infligem as leis de Deus, são atos expressos de desobediência ao Senhor.
“Qualquer que comete o pecado também comete iniqüidade, porque o pecado
é iniqüidade” (1 Jo 3.4).
Definição etimológica. Tanto em hebraico como no grego, a
palavra pecado traz esta conotação: errar o alvo. Veio o Todo-Poderoso e
ordenou ao homem: “Este é o caminho; andai nele, sem vos desviardes nem para a
direita nem para a esquerda” (Is 30.21). Mas o ser humano, ao desprezar a
recomendação divina, pôs-se a trilhar a senda da rebelião, errando assim o alvo
que lhe propusera o Criador: servi-lo na beleza de sua santidade.
Definição teológica. O pecado pode ser definido,
teologicamente, como a transgressão deliberada e voluntária das leis
estabelecidas por Deus.
Definição bíblica. Em 1 João 3.4, temos uma definição,
embora pequena, essencial e completa: “O pecado é iniqüidade”.
1.1 O Peso do Pecado
"Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de
Deus;", Rm 3.23
Desde a queda do homem no Éden, sua ligação com Deus foi rompida, pois o pecado
se instaurou na natureza humana.
"Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.", (Is59.2)
"Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.", (Is59.2)
A UNIVERSALIDADE DO
PECADO
Os
gentios. Paulo
enfoca a universalidade do pecado no mundo greco-romano, garantindo que a mais
brilhante civilização da história era, na verdade, uma abominação contra o
Senhor (Rm 1.23-27).
Os judeus. Em seguida, o apóstolo trata da
apostasia dos judeus, mostrando estarem eles tão comprometidos com o pecado
quanto os gentios (Rm 2.17-23).
A universalidade do
pecado. No
capítulo três, o apóstolo é obrigado a concluir: “Porque todos pecaram e
destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23). Por conseguinte, não há nação,
por mais adiantada ou por mais atrasada, que não possua uma clara noção de
pecado.
1.2 Consequência do Pecado.
"Porque o salário do
pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus
nosso Senhor.", Rm 6.23
“Pelo que, como por um homem entrou o pecado no
mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens,
por isso que todos pecaram.(Rm 5.12)
"Não erreis: Deus não se
deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também
ceifará.", Gl 6.7
“Em
Romanos 1-3, Paulo argumentou que toda humanidade está perdida nas garras do
pecado, tanto judeus como gentios. Em Romanos 4, ele mostrou que a justificação
pela fé também está universalmente disponível a todos aqueles que creem que
Deus manterá a promessa que fez no evangelho — tanto para os gentios como para
os judeus.
Agora,
Paulo dá um passo atrás, apenas por um momento, para perguntar como pode ser
isso. Como todos os homens tornaram-se pecadores? E como a vida pode ser
oferecida a todos?
Como
contexto, precisamos entender uma coisa importante sobre o relacionamento entre
‘pecado’ e ‘pecados’. Enquanto 'pecados' são atos de iniquidade ou
transgressões à Lei de Deus, o ‘pecado’ é algo diferente. Ele se refere àquele
defeito essencial da natureza humana que distorce o caráter moral do homem,
obscurece sua inteligência e o incita em direção ao mal. De acordo com a terminologia bíblica, esta
condição é frequentemente mencionada como ‘morte’, não no sentido biológico,
mas espiritual” (RICHARDS,
Lawrence O. Comentário
Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2014,
p.300).
2. AQUELE QUE CONVENCE O PECADO
Mesmo o homem se
afundando no pecado, Deus tem misericórdia da humanidade, a ponto de permitir
que o seu único Filho morresse em lugar de todos aqueles que mereciam a
morte. E o Espírito Santo
veio para convencer o homem que é um pecador e que precisa aceitar a obra da
redenção em sua vida.
2.1 Nada podeis Fazer.
O homem só pode alcançar
uma vida plena em Deus, se aceitar a obra de Cristo, e para essa aceitação se faz fundamentalmente
necessário o trabalhar do Espírito Santo.
"O Espírito
Santo veio para convencer o homem que é um pecador e que precisa aceitar a obra
da redenção em sua vida."
Espírito Santo: O
Consolador e o Penhor da igreja
“Conforme
observado no estudo dos títulos [nomes] do Espírito Santo, eles nos oferecem
chaves para entendermos a sua pessoa e obra. A obra do Espírito Santo como
Consolador inclui o seu papel como Espírito da Verdade que habita em nós (Jo
14.16; 15.26), como Ensinador de todas as coisas, como aquEle que nos fez
lembrar tudo o que Cristo tem dito (14.26), como aquEle que dará testemunho de
Cristo (15.26) e como aquEle
que convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo (16.8). Não se pode subestimar a importância
dessas tarefas. O Espírito Santo, dentro em nós, começa a esclarecer as crenças
incompletas e errôneas sobre Deus, sua obra, seus propósitos, sua Palavra, o
mundo, crenças estas que trazemos conosco ao iniciarmos nosso relacionamento
com Deus. Conforme as palavras de Paulo, é uma obra vitalícia, jamais
completada neste lado da eternidade (1 Co 13.12). Claro está que a obra do
Espírito Santo é mais que nos consolar em nossas tristezas; Ele também nos leva
à vitória sobre o pecado e sobre a tristeza. O Espírito Santo habita em nós
para completar a transformação que iniciou no momento de nossa salvação. Jesus
veio para nos salvar dos nossos pecados, e não dentro deles. Ele veio não
somente para nos salvar do inferno no além. Veio também para nos salvar do
inferno nesta vida terrestre — o inferno que criamos com os nossos pecados. Jesus trabalha para realizar essa obra por
intermédio do Espírito Santo.
[...] É
difícil sugerir que um dos títulos [nomes] ou propósitos do Espírito Santo seja
mais importante que outro. Tudo que o Espírito faz é vital para o Reino de
Deus. Há, no entanto, um propósito, uma função essencial do Espírito Santo, sem
a qual tudo quanto se tem dito a respeito dEle até agora não passa de palavras
vazias; o
Espírito Santo é o penhor que garante nossa futura herança em Cristo. ‘Em quem [Cristo] também vós estais,
depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e,
tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; o
qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus, para
louvor da sua glória’ (Ef 1.13,14). Qual a garantia oferecida pela operação do
Espírito em nossa vida e na vida da Igreja? ‘Porque sabemos que, se a nossa
casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma
casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso, também gememos,
desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu; se, todavia, estando
vestidos, não formos achados nus. Porque também nós, os que estamos neste
tabernáculo, gememos carregados, não porque queremos ser despidos, mas
revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida. Ora, quem para isso
mesmo nos preparou foi Deus, o
qual nos deu também o penhor do Espírito’ (2 Co 5.1-5, ver também 2 Co 1.22; Ef 4.30)”
(HORTON, S. M. et al. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva
Pentecostal. 10.ed., RJ: CPAD, 2006, pp.397,401).
2.2 O Poder Sobrenatural do Espírito Santo.
A salvação do ser humano é um processo
simples,lindo e eficaz, já que foi projetado pelo próprio Deus.
7 - Portanto, como diz o Espírito Santo, se
ouvirdes hoje a sua voz.
8 - não endureçais o vosso coração, como na
provocação, no dia da tentação no deserto,
(Hb
3.7-8)
Para se apropriar dos benefícios
da salvação.
Como a
salvação pode ser negligenciada (Hb 2.3), devemos nos esforçar para conhecer e
se apropriar de todos os seus benefícios, dentre os quais destacamos: o
livramento da condenação do inferno, a libertação do poder do pecado e do poder
das trevas (Cl 1.13), o experimentar da redenção em Cristo (1 Pe 1.18,19), a vida segundo o Espírito (Rm 8.1), o novo
nascimento (Jo 3.5) e a
participação da manifestação de Cristo em glória (Cl 3.4).
3. O JUÍZO E A JUSTIÇA DIVINA
"Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo" (Mt 12.36).
3.1 A Justiça de Deus.
“Pois assim como por
uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça
sobre todos os homens para
justificação de vida” (Rm 5.18).
O Espirito Santo nos faz entender que:
Deus faz justiça. A
base para absolvição no julgamento divino é a morte de Cristo e, antes da
primeira vinda de Jesus, Deus fazendo justiça, não havia dado o castigo devido
pelos pecados de todas as gerações anteriores. Portanto, reteve seu julgamento
e fez de Cristo o meio de propiciação mediante sua morte, após ter ajuntado os
pecados do mundo e lançado sobre Cristo. Na morte de Cristo Deus demonstra o
julgamento justo e na sua ressurreição a prova de sua justiça. Conforme já
visto, a ideia legal de um ambiente forense é demonstrada no fato de Cristo ter
sofrido a morte de cruz em nosso lugar, Ele que sem pecado, foi
feito pecado por nós, para que nEle fossemos feitos justiça de Deus. Aqueles
que estão em Cristo, pela fé, são absolvidos no julgamento de Deus.
“No NT, a palavra grega mais frequente para justiça é dikaiosyne,
que é a tradução regular da LXX para a palavra hebraica sedaqa. Da
mesma maneira que no AT, a expressão ‘justiça de Deus’ não se refere
especificamente à inerente perfeição do caráter divino. Antes, ela fala sobre a
sua justa provisão de salvação para os pecadores (Em 1.17: 3.5,21,22,25,26;
10.3; 2Co 5.21). No evangelho, que é o poder de Deus para a salvação de todo
aquele que crê, foi revelada a justiça de Deus (Rm
1.16,17). Ela se torna efetiva entre os homens que, por causa de seu
pecado, estão sujeitos à ira de Deus e muito longe dele. Através da bondosa
extensão da justiça de Deus, eles são conduzidos a um relacionamento salvador
com Ele. A justiça de Deus depende, por um lado, do Senhor ser fiel à sua
própria natureza — que é boa e santa — e, por outro, de tratar suas criaturas
com justiça. Na justa provisão divina de uma forma de salvação, Ele não pode
perdoar o pecado sem satisfazer sua justiça, e manter sua santidade. A justiça
de Deus, manifestada em seu justo plano para a salvação através da morte
expiatória e substitutiva de Cristo, satisfaz a ambas. A aceitação dessa
provisão, por parte do pecador, permite a Deus atribuir-lhe tudo que Cristo fez
por ele, para alcançar a sua salvação. Nessa aceitação de Cristo, como portador
de pecados e Salvador pela fé, o homem recebe a ‘justiça que é pela fé’, uma
expressão que expressa a justiça de Cristo que é atribuída ao crente” (Rm 4.5;
9.30; Fp 3.9). (Dicionário Bíblico Wycliffe 1ª Edição. RJ: CPAD, 2010,
p.1120).
3.2 O Juízo de Deus.
O Espírito Santo nos convence sobre a realidade do juízo:
“Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os
homens para condenação, assim também por um
só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida” (Rm
5.18).
Existe um dia
preparado pelo próprio Deus, no qual julgará as nações, e neste dia haverá
alívio para alguns e dor eterna para outros. O Espírito Santo está trabalhando
hoje em nossa vida, para que saibamos que este dia chegará, e é uma verdade
absoluta (Rm 2.5-11).
[...]Seja
qual for a nossa visão, está claro que o relato do dilúvio estabelece uma
poderosa declaração. Ele afirmava que Deus é Regente moral deste universo, que
tem o poder de julgar o pecado. 2 Pedro 3 lembra-nos daqueles que escarnecem da
ideia do Juízo Final que o Senhor perpetuou nos tempos de Noé para julgar os
homens ímpios e violentos. O Todo-Poderoso, cujo ódio ao pecado está revelado
no dilúvio, não permitirá que os pecados continuem impunes”
(RICHARDS, Lawrence O. Guia
do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse
capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.29).
CONCLUSÃO
O Espírito Santo é um presente do Pai à todos nós.
Ele é aquele que consola e convence o homem, e tudo isto com um único propósito: o de salvar a humanidade.
Ele é aquele que consola e convence o homem, e tudo isto com um único propósito: o de salvar a humanidade.
BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA
[1] Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD - ARC
Biblia de estudo pentecostal, Almeida revista e corrigida, Rio de Janeiro, CPAD
Bíblia do Culto - Editora Betel
Revista EBD Betel Conectar + - 3 trimestre 2019, ano 3, número 10 - Editora Betel
Biblia de estudo pentecostal, Almeida revista e corrigida, Rio de Janeiro, CPAD
Bíblia do Culto - Editora Betel
Revista EBD Betel Conectar + - 3 trimestre 2019, ano 3, número 10 - Editora Betel
[
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