Aula presencial dia 02 de outubro de 2016
Objetivos da Lição
1 - Definir o conceito
bíblico da adoração;
2 - Observar a urgente
necessidade de um conhecimento mais profundo sobre adoração;
3 - Encorajar-nos ao exercício de uma adoração
que agrade a Deus.
Texto Áureo
"Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o
adorem em espírito e em
verdade." (Jo 4:24)
Verdade Aplicada
Adorar em espírito e em verdade é obedecer ao
padrão de Deus para a
adoração.
Motivo de Oração
Ore por uma vida de obediência à Palavra de Deus.
Hinos sugeridos.
154, 185, 396.
Glossário
Cadência: regularidade de
movimentos; harmonia; ritmo;
Dotes: Merecimento; boas
qualidades; mérito;
Imbuído: Convencido;
implantado; impregnado.
Leituras complementares
Segunda 2Co 3.13-18
Terça Is 61.1-7
Quarta Jo 3.1-16
Quinta At 2.37-47
Sexta Rm 8.1-17
Sábado Hb 10.19-23
TEXTO DE REFERÊNCIA
João 4:19-23
19 Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.
20 Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o
lugar onde se deve adorar.
21 Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem em que nem neste monte
nem em Jerusalém adorareis o Pai.
22 Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a
salvação vem dos judeus.
23 Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão
o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
IMPORTANTE
Apresento neste Blog a Lição Completa conforme a
Revista Lições Bíblicas do Professor, os meus comentários
estarão no final deste estudo em textos escritos em letras vermelhas.TENHA UM BOM ESTUDO !
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1. Definindo adoração.
2. Os pré-requisitos da adoração.
3. Elementos indispensáveis à adoração.
Conclusão
Introdução
Em 2 Reis temos a narrativa de pessoas sendo estraçalhadas por leões
pelo fato de não saberem cultuar a Deus. A solução foi chamar um sacerdote do
Deus de Israel para que os ensinasse a adorar ao Senhor.
1. Definindo adoração.
Toda a cadência do texto bíblico é registrada pelo compasso da adoração.
A Bíblia é um livro de adoração. Para alcançarmos uma visão clara sobre a
adoração, é necessário examinar cuidadosamente as Sagradas Escrituras.
1.1. Adorar significa render-se.
O Novo Testamento destaca 58 vezes a palavra “adorar” (proskynéo), bem
como suas correspondentes dentre cinco mil termos relacionados com o culto.
Originalmente significa “beijar”. Entre os gregos era um termo técnico que
significava “adorar aos deuses”, dobrando os joelhos ou prostrando-se. Beijar a
terra ou a imagem em sinal de adoração acompanhava o ato de prostrar-se no
chão. Colocar-se nessa posição comunicava a ideia básica de submissão. O gesto
de curvar-se diante de uma pessoa e ir até o ponto de beijar seus pés quer
dizer: “reconheço a minha inferioridade e a sua superioridade; coloco-me à sua
inteira disposição.” (2Cr 7.3).
Subsídio Didático
Adoração
é um ato de rendição ao Eterno Senhor Deus. É o Espírito Santo que habita o
cristão a adorar, pois Ele conhece nossa interioridade pelo ângulo mais
profundo, do ponto de vista do Criador (Ef 5.18-19).
1.2. Adorar significa servir.
O culto implica em serviço (latreia), termo usado por Jesus para
responder ao diabo (Mt 4.1). Esse segundo termo é empregado frequentemente na
Septuaginta (90 vezes), especialmente em Êxodo. Deuteronômio, Josué e Juízes,
mas apenas uma vez nos profetas. Moisés várias vezes pediu a permissão da parte
de Faraó para deixar os israelitas partirem para servir a Deus. Trata-se de
cultuar e oferecer atos de adoração que agradem ao Deus da aliança (Êx 4.23;
8.1; 20; 9.1).
Subsídio Didático
No
contexto de 2 Reis 17, os novos dominadores da nação de Israel começaram a
povoar a terra conquistada com pessoas de diversos lugares, principalmente com
babilônios. Entretanto, mesmo estando na terra de YAHMEH, eles não sabiam
tributar louvores a Ele. E impressionante notar que a razão da ira divina sobre
os novos habitantes de Samaria consistia em que eles estavam na terra do
Maravilhoso Deus, mas não sabiam adorá-Lo. Porventura não será também esta a realidade
da Igreja no século XXI? A diferença é que hoje não existem leões, mas ainda
vemos multidões que frequentam a casa de Deus sem saberem cultuá-Lo.
1.3. Adorar requer atos de
reverência.
Em terceiro lugar, o Novo Testamento utiliza o vocábulo “sebein”
(reverenciar). As palavras que derivam desta raiz (seb) são muito frequentes na
língua grega fora da Bíblia. Transmitem o quadro característico do grego como
homem religioso devotado a seus deuses para evitar as nefastas consequências do
azar (At 17). A conotação religiosa grega impediu que esses vocábulos fossem
muito usados para designar o culto, na tradução do Antigo Testamento. A
adoração requer uma reverente preocupação com o que agrada a Deus (2Tm 3.12).
Consequentemente, devemos reconhecer que a vida de temor a Deus não pode ser
isolada duma piedade (eusebeia) prática de seguir a Cristo, como não vale
qualquer culto separado do sacrifício do Filho.
Subsídio Didático
Vale
a pena destacar que adorar é reconhecer, no íntimo, a soberania de Deus sem
considerar secretamente outras opções. É adorar a Deus sem rivais. É adorar a
Deus sem “segundas intenções”. Adoramos pela Sua essência, não apenas pelas
evidências.
2. Os pré-requisitos da adoração.
É necessário que aquele que se aproxima de Deus, comporte-se
adequadamente, isto é, esteja imbuído pelo ato de adorar (Jo 4.23). Isto requer
experiência e conhecimento. Para entrar na presença de Deus, supõe-se que o
adorador saiba o que esta fazendo e tenha legitimidade para isto. Basta
lembrar-se de Uzias, que entrou no templo sem legitimidade e sem competência
levando sobre si a lepra como fruto da desobediência e rebeldia contra Deus
(2Cr 26.16-21).
2.1. O novo nascimento.
A experiência pessoal do novo nascimento é requisito fundamental para os
que procuram adorar (Jo 3.3). Em hipótese alguma a adoração dispensa esse
encontro com o Calvário. É preciso submeter-se a uma experiência com Jesus
Cristo, a quem dirigimos o louvor. A experiência não se compra, não se vende,
não se negocia; experiência se vive. É isso que ocorre na vida do adorador
genuíno. Ele teve uma experiência transformadora com Deus, cujo resultado foi
uma mudança em toda a sua forma de ser e agir.
É extremamente válido ressaltar que a adoração é o brado de júbilo de
alguém que foi liberto e liberto para adorar (Sl 142.7ª). O Deus Todo-Poderoso
não pode apreciar o louvor de uma vida que está presa ao pecado, já que está
presa ao pecado, já que este elimina a base para a legítima adoração. Assim, os
lábios não regenerados estão impossibilitados de cultuar ao Senhor. A
regeneração é a credencial essencial daquele que adora. Os ímpios poderão
elevar suas súplicas a Deus e até poderão obter respostas. Entretanto, não
terão os seus louvores aceitos por Deus, exceto se caírem ao pé da cruz. É esse
ato que marcará o rompimento com o pecado e, consequentemente, abrirá as
cortinas do santuário do Altíssimo. Deus não pode endossar a adoração prestada
por alguém que continua distante da cruz; dessa cruz que era nossa e que nosso
Senhor Jesus Cristo tomou para si de tal modo que ela O qualificou para receber
toda a honra, gloria e domínio. Portanto, antes de nos chegarmos ao trono da
adoração, devemos passar pela cruz da remissão.
2.2. A quebra dos ídolos.
Existe um teste que pode avaliar muito bem o nosso culto: ele está
projetando Deus ou o homem? Desta resposta dependerá toda a validade de nossa
adoração. Esse homem pode ser qualquer personagem que esteja ocupando o lugar
de Deus, ou talvez um objeto que estamos colocando acima dEle, mas esse homem
pode ser ainda você próprio. Infelizmente, não são poucos os que têm caído na
egolatria. São pessoas que estão a idolatrar o seu próprio ego. Além dos
glutões, dos depravados e dos sensuais, que são homens “cujo fim é a perdição;
cujo Deus é o ventre; e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas
coisas terrenas.” (Fp 3.19), existem aqueles que fazem de sua aparência, do seu
intelecto e mesmo dos seus dotes naturais o seu próprio deus. Afinal, o que é
um ídolo? Tudo que desvia nossa atenção de Deus torna-se um ídolo. Somos
propensos, em razão de nossa natureza adâmica, a idolatrar até mesmo os nossos
sentimentos mais nobres. Por certo, foi pensando nisto que João, o discípulo
amado, exortou: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém.” (1Jo 5.21). Um
louvor absoluto a Deus exige a quebra dos ídolos.
Subsídio Didático
Pior
que cultuar a outro deus é estar cultuando a si próprio. O homem arrogante,
cheio de si mesmo raramente dará lugar para Deus. Ele retém consigo aquilo que
pertence ao Senhor e todo espaço fica ocupado por sua presunção. O seu orgulho
acaba aprisionando a sua devoção, a vaidade pessoal lhe amordaça os lábios
impedindo-o de bendizer a Deus. A ênfase ao ego é a causa da esterilidade na
adoração. Despojemo-nos de toda autossuficiência. Que toda plataforma de
egocentrismo seja destruída! Quando o nosso ego se apaga, a adoração se
inflama. De fato, a gênese de nosso tributo acontece quando depomos a nós
mesmos e permitimos que o Senhor seja o soberano inquestionável de nossas
vidas. Deixar de dobrar-se diante do nosso ego para nos dobrarmos única e
exclusivamente diante do Senhor significa juntar-se aos genuinamente humildes
de espírito. Com efeito, quem almeja subir aos píncaros do louvor deve passar
pelo vale da humildade na adoração? É, sem dúvida, aquela sujeição deliberada
em reverência à majestade divina. O princípio da submissão governa a vida e as
atitudes do verdadeiro adorador visando sempre a glória de Deus.
2.3. Um coração sincero.
Na bagagem do adorador não pode faltar um coração sincero. O louvor é
para os retos de coração (Sl 32.11; 119.7). O que não proceder de um coração
sincero não encontrará aceitação divina. O louvor deve envolver o coração por
ser ele o centro de nossas emoções e uma adoração comovida comoverá o coração
de Deus muito mais facilmente. Por outro lado, somente com um coração sincero é
que poderemos prestar um culto de forma lógica, equilibrada e racional.
Subsídio Didático
Certamente,
não há dúvidas de que carecemos também de um coração sincero porque a
sinceridade “é o cimento no concreto do louvor”. Se não houver sinceridade,
nosso louvor simplesmente deixará de ser adoração, por mais belo que seja.
3. Elementos indispensáveis à
adoração.
Adoração não é um estilo musical. É o resultado do encontro da alma com
seu Criador, exposto na forma de música ou não. Muitas vezes uma oração é uma
tremenda adoração (Sl 90). Outras vezes, o silêncio se transforma no lugar da
adoração mais intensa.
3.1. Contemplação: a dádiva
esquecida.
No Salmo 8.3-4, Davi diz: “Quando vejo os teus céus, obra dos teus
dedos, a lua e as estrelas que preparaste; que é o homem mortal, para que te
lembres dele? E o filho do homem, para que o visites?”. Numa época de tanta
confusão, correrias e ansiedades, contemplar é quase loucura. Poucos ainda
ousam adorar a Deus através da contemplação de Sua obra. Poucos meditam.
Esquecem que o silêncio nos leva para o lado de dentro de nossa intimidade,
onde habitam nossos medos e inquietações.
Subsídio Didático
O
grande problema da atualidade é que encarceramos a adoração no cativeiro do
ritual formal, com seus protocolos específicos, seu vocabulário meloso e sua
gesticulação própria e restrita a determinadas horas e lugares. Contemplar é
gastar tempo meditando na inerrante, infalível, completa e soberana Palavra de
Deus e deliciando-se em Sua maravilhosa presença. Quando aprendemos a
contemplar, qualquer e lugar se transformam em um prazeroso convite ao mergulho
nas dimensões insondáveis da adoração.
3.2. Alegria: o sorriso que não
termina no final da música.
Muitos “adoradores” não conseguem fazer a conexão certa entre o domingo
e a segunda-feira; entre o culto e a vida. O que exprimem no altar termina
quando sentam em seus lugares. Seus sorrisos só se abrem quando soam os
acordes. A adoração vai muito além de um sorriso profissionalmente fabricado.
Ela invade a vida. Ela restaura a alegria que não é apenas sorriso. Ela
restaura a alegria como aspecto do fruto do Espírito Santo (Gl 5.22).
Subsídio Didático
A
alegria da adoração verdadeira é uma alegria que desafia a tristeza. Uma
alegria pelo que Deus já fez em mim. Nosso sorriso precisa se elevar para além
do simples prazer provocado pela musicalidade, precisa se elevar como
característica fiel do encontro com o Deus da verdadeira alegria.
3.3. Entrega: a adoração
incondicional.
Incondicional significa que, ainda que no silêncio, somos chamados a
adorar. Nossa adoração não pode ficar refém de alguns minutos de um culto
semanal. Ela precisa ter vida em casa, na rua, na alma. Se a adoração ficar
restrita ao som das bandas, fecha-se numa sufocante cela do costume. Naqueles
dias onde nenhuma música consegue fluir através da angústia, a adoração
consegue brotar como lágrima, como oração embargada, como abraço amigo no
aflito, como olhar para a esperança.
Subsídio Didático
Há
dias em que “as harpas ficam penduradas nos salgueiros” (Sl 137.2). Nesses dias
extremamente difíceis, quando somos verdadeiros adoradores, produzimos os mais
belos salmos, pois compreendemos que não é a música que entoamos, mas a música
que o Espírito Santo de Deus nos ministra para entoarmos que faz realmente a
essência do adorador.
Conclusão.
A adoração reconhece a majestade de Deus, engrandece-O, exteriorizando
este reconhecimento através de uma rendição completa à Sua vontade, servindo-o
com atitudes corretas em um viver santo, cultivando o amor, regado com
reverência à Sua Pessoa.
COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO
Comentado pelo Prof. Éder Tomé
"Deus é
Espírito, e importa que os que o adoram o
adorem em espírito
e em verdade." (Jo 4:24)
A verdadeira adoração à Deus
consiste em:
a)
Rendição
à Deus
b) Deixar Deus reinar de forma soberana na
nossa vida
c) Adorar à Deus pelo que Ele é, e não pelo
que Ele nos dá
d) Preocupar-se em agradar à Deus
e) Oferecer adoração com um coração sincero
e puro
f) Expressar gratidão pela salvação e pelas
bênçãos
Aprendemos
nesta lição que para adorarmos à Deus em espírito e em verdade :
1) É
necessário ter legitimidade para prestar a adoração à Deus
a)
A
pessoa já teve encontro no Calvário? já
nasceu de novo? já conhece Deus ?
b)
A
pessoa está liberta do pecado e Anda de acordo com a palavra de Deus ?
c)
A
pessoa já teve sua vida transformada na sua maneira de ser e viver ?
2) É necessário entronizar Deus no centro da
adoração
a)
Quem
é o centro da nossa adoração ? estamos
projetando Deus ou o homem ?
b)
Será
que não estamos adorando a si próprio ou a pessoas no lugar de Deus ?
c)
Quem
é nosso ídolo ? Estamos de fato quebrando os ídolos ?
d)
Estamos
de fato deixando Deus reinar absoluto no nosso louvor ?
Veja alguns links interessantes sobre o
assunto :
Questionário
1. Como Uzias entrou no templo?
R: Sem legitimidade e sem competência (2Cr 26.16-21).
2. Qual é o requisito fundamental para os que procuram adorar?
R: A experiência pessoal do novo nascimento (Jo 3.3).
3. O que o louvor absoluto a Deus exige?
R: A quebra dos ídolos (1Jo 5.21).
4. Para quem é o louvor?
R: Para os retos de coração (Sl 32.11; 119.7).
5. O que a adoração restaura?
R: Ela restaura a alegria como aspecto do fruto do Espírito Santo (Gl
5.22).
Fonte: Revista de Escola Bíblica Dominical, Betel, Adoração e Louvor, A
excelência e o propósito de uma vida inteiramente dedicada a Deus, Jovens e
Adultos, edição do professor, 4º trimestre de 2016, ano 26, Nº 101, publicação
trimestral, ISSN 2448-184X.
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